21 março 2009

Três num Dia por Três Dias Mundiais


(O poeta pensa como é possível o desmatamento da Amazónia e o rio Amazonas secar;
pintura de Manuel de Castro e imagens da Rede Infoseg, Brasil, e BBC)

Se há algo que gostaria que nunca fosse comemorado eram os Dias Internacionais ou Mundiais.

Infelizmente, o Homem continua a persistir na sua generosa ignorância de tudo destruir e fazer relembrar os quase “passado” através dos chamados Dias Mundiais.

Hoje há dois Dias que se rememoram; amanhã, outro, não menos importante se refresca.

Um relembra-nos o Dia Mundial da Floresta, inicialmente criado para recordar o início da Primavera no Hemisfério Norte e o (re)começo florido e esplendoroso da vida. Mas o Homem acabou por recriar este Dia com a devastação que tem feito nos maiores pulmões da nossa Mãe-Terra com a globalização da – será que é mesmo? – evolução.

O outro é para saudar uma forma de escrita que alguns consideram a mais pura da Humanidade: Dia Mundial da Poesia. O meu sublime contributo pode ser lido no
Malambas com o poema (deixem-me pensá-lo assim) “Saudades de Angola”.

Amanhã teremos a nossa memória refrescada com o Dia Mundial da Água. Ainda recentemente nos relembraram que a contínua falta de água potável está a tornar-se na segunda causa de morte das crianças até aos 5 anos e que a deficiente gestão dos recursos hídricos e a contínua desflorestação e desmatamento das nossas florestas provoca períodos de secas intercaladas com mortíferas cheias. Basta recordar, recentemente, as cheias nas províncias angolanas do Cunene, Huíla ou, ainda há dias, em Luanda, depois das secas em Benguela e Huíla ou, como mostra a imagem da BBC, no rio Amazonas.

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