(imagem Internet)
E nessa altura, ao contrário de agora, ninguém viu a Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, Navanethem Pillay, pedir responsabilidades nem criticar o líder do Estado onde estava detido o referido autor, por causa de sua libertação. (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)
"Em Timor-Leste o Parlamento – leia-se, os deputados – decidiu impedir a saída do Presidente da República, José Ramos-Horta, enquanto este não explicar, com clareza, os motivos que levaram a autorizar a libertação do antigo chefe das milícias pró-indonésias, Martenus Bere, que se encontrava em prisão preventiva e referenciado por crimes contra os direitos humanos devido a um massacre ocorrido em 1999, na Igreja do Suai.
Acredito, ou quero acreditar, que por razões meramente humanitárias (deixem-me continuar acreditar nisto) e não por razões económicas e diplomáticas (leia-se, submissão à potência regional e vizinha).
Apesar de ser minoritário enquanto grupo, mas o maior enquanto partido, a Fretilin conseguiu incorporar outros deputados, incluindo quatro deputados da actual maioria governativa para vetar a saída do Presidente.
O que já não sei é se essa deliberação foi da iniciativa do Presidente Ramos-Horta, na linha do seu pensamento quando dos 10 anos do Referendo onde propôs uma amnistia geral para a total pacificação do País – se pensarmos bem, por certo que, também, entre militantes e dirigentes da resistência devem ter acontecido actos que os envergonha pelo que se aceita essa visão presidencial –, ou se, pelo contrário, houve intervenção do Governo liderado por “Xanana” Gusmão, ou seja, se amizades políticas e económicas não se sobrepuseram aos interesses nacionais que não os do Estado.
Volto a dizer que quero acreditar que a libertação do eventual líder e autor do massacre de Suai, tenha sido libertado por razões humanitárias. Por razões iguais, o autor – não confesso, mas tacitamente aceite pelo país de origem e pelos países das vítimas – do atentado de Lockerbee foi, também ele, libertado por razões humanitárias.
Acredito, ou quero acreditar, que por razões meramente humanitárias (deixem-me continuar acreditar nisto) e não por razões económicas e diplomáticas (leia-se, submissão à potência regional e vizinha).
Apesar de ser minoritário enquanto grupo, mas o maior enquanto partido, a Fretilin conseguiu incorporar outros deputados, incluindo quatro deputados da actual maioria governativa para vetar a saída do Presidente.
O que já não sei é se essa deliberação foi da iniciativa do Presidente Ramos-Horta, na linha do seu pensamento quando dos 10 anos do Referendo onde propôs uma amnistia geral para a total pacificação do País – se pensarmos bem, por certo que, também, entre militantes e dirigentes da resistência devem ter acontecido actos que os envergonha pelo que se aceita essa visão presidencial –, ou se, pelo contrário, houve intervenção do Governo liderado por “Xanana” Gusmão, ou seja, se amizades políticas e económicas não se sobrepuseram aos interesses nacionais que não os do Estado.
Volto a dizer que quero acreditar que a libertação do eventual líder e autor do massacre de Suai, tenha sido libertado por razões humanitárias. Por razões iguais, o autor – não confesso, mas tacitamente aceite pelo país de origem e pelos países das vítimas – do atentado de Lockerbee foi, também ele, libertado por razões humanitárias.
E nessa altura, ao contrário de agora, ninguém viu a Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, Navanethem Pillay, pedir responsabilidades nem criticar o líder do Estado onde estava detido o referido autor, por causa de sua libertação. (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)
©Publicado na rubrica "Manchete", do , em 8.Set.2009, com o título “Parlamento timorense impede a saída de José Ramos-Horta”
Sem comentários:
Enviar um comentário