Parecem uma peça de teatro em vários e intermináveis actos.
Acto 1. Se de início todos criticavam a pouca adesão, com evidentes efeitos na elevada abstenção, dos moçambicanos às eleições legislativas e presidenciais, também é verdade que não se registavam cenas que pudessem pôr em causa a legitimidade das mesmas;
Acto 2. Todavia é igualmente verdade que nos dois dias de votação houve algumas, não poucas, mesas de voto que nunca abriram; os números de não-votantes podem ascender aos 25 mil eleitores;
Acto 3. Os observadores da União Europeia e da CPLP embora reclamassem ter verificado situações menos claras durante a votação reconheceram que as mesmas poderiam ser consideradas legítimas;
Acto 4. Começam as contestações - diga-se em abono da verdade que elas vieram das duas partes em confronto;
Acto 5. A contagem de votos arrasta-se inexplicavelmente;
Acto 6. Começam a surgir os primeiros números, paradoxalmente através de órgãos de comunicação social e logo começam as grandes contestações por parte da oposição;
Acto 7. Os representantes da Frelimo contra-atacam e denunciam tentativas de manipulação da oposição com tentativas de adulteração de dados;
Acto 8. Entretanto, Dhlakama,um dos três candidatos à Presidência e líder da coligação Renamo-União Eleitoral (oposição) exige, a repetição das eleições presidenciais moçambicanas em todos os círculos onde as assembleias de voto não chegaram a ser abertas no primeiro dia dos dois dias de votação;
Acto 9. Posteriormente, Dhlakama, vem exigir a anulação das eleições gerais de 1 e 2 de Dezembro e a realização de um novo sufrágio dentro de seis meses, alegando fraude eleitoral;
Acto 10. Para ajudar outro candidato, o islamita Yá-qub Sibinde, do PIMO, propõe suspensão da contagem de votos, nova votação e manutenção de Chissano por mais 36 meses no poder até o sistema eleitoral moçambicano estar suficientemente credível;
Acto 11. Enquanto isto Guebuza e a Frelimo aguardam o mais que previsível anúncio da sua vitória que, face aos desenvolvimentos recentes, parecem inquestionáveis. Se legítimos ou não... é outra questão;
Acto 12. Bem vamos ver qual será o próximo passo...
Acto 1. Se de início todos criticavam a pouca adesão, com evidentes efeitos na elevada abstenção, dos moçambicanos às eleições legislativas e presidenciais, também é verdade que não se registavam cenas que pudessem pôr em causa a legitimidade das mesmas;
Acto 2. Todavia é igualmente verdade que nos dois dias de votação houve algumas, não poucas, mesas de voto que nunca abriram; os números de não-votantes podem ascender aos 25 mil eleitores;
Acto 3. Os observadores da União Europeia e da CPLP embora reclamassem ter verificado situações menos claras durante a votação reconheceram que as mesmas poderiam ser consideradas legítimas;
Acto 4. Começam as contestações - diga-se em abono da verdade que elas vieram das duas partes em confronto;
Acto 5. A contagem de votos arrasta-se inexplicavelmente;
Acto 6. Começam a surgir os primeiros números, paradoxalmente através de órgãos de comunicação social e logo começam as grandes contestações por parte da oposição;
Acto 7. Os representantes da Frelimo contra-atacam e denunciam tentativas de manipulação da oposição com tentativas de adulteração de dados;
Acto 8. Entretanto, Dhlakama,um dos três candidatos à Presidência e líder da coligação Renamo-União Eleitoral (oposição) exige, a repetição das eleições presidenciais moçambicanas em todos os círculos onde as assembleias de voto não chegaram a ser abertas no primeiro dia dos dois dias de votação;
Acto 9. Posteriormente, Dhlakama, vem exigir a anulação das eleições gerais de 1 e 2 de Dezembro e a realização de um novo sufrágio dentro de seis meses, alegando fraude eleitoral;
Acto 10. Para ajudar outro candidato, o islamita Yá-qub Sibinde, do PIMO, propõe suspensão da contagem de votos, nova votação e manutenção de Chissano por mais 36 meses no poder até o sistema eleitoral moçambicano estar suficientemente credível;
Acto 11. Enquanto isto Guebuza e a Frelimo aguardam o mais que previsível anúncio da sua vitória que, face aos desenvolvimentos recentes, parecem inquestionáveis. Se legítimos ou não... é outra questão;
Acto 12. Bem vamos ver qual será o próximo passo...
1 comentário:
escrevi um texto sobre isto.
Se quiser, quando tiver tempo gostaria que desse "olhadela" . Está no Abre-Surdo:
http://abre-surdo.blogspot.com/2004/12/sobre-dhlakama-e-as-eleies-em.html
Um kandando com espirito natalício.
Respeitosamente, Sacha
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