O Dalai Lama, líder máximo espiritual dos tibetanos, quis visitar o Quénia, mais especificamente uma reserva natural, mas não pôde porque viu a sua entrada negada pelas autoridades quenianas.
Perguntar-me-ão o que têm as duas situações em comum.
Muito simples: a República Popular da China e o seu pragmatismo político-económico.
No primeiro caso a China considerou que Portugal não lhe ia trazer mais-valias políticas, sociais e económicas que justificassem a presença e, consequentemente, a alteração da visita do presidente Hu Jintao ao continente africano; alguns analistas portugueses não têm problemas em admitir que a visita à China interessou, e interessa, mais a Portugal do que este país possa interessar à China. A prova disso está nas iniciativas económicas de relevo que partiram de Portugal, como a abertura do Consulado Geral e de uma Delegação do ICEP em Xangai, ou a criação de Centros Portugueses de Negócios em Xangai e Macau. Da China só uma pequena e velada crítica chinesa a uns certos comentários do líder regional da Madeira quanto à presença chinesa em Portugal, no que foi bem interpretada pelo destinatário que se calou de imediato. (...)"
Parte do artigo publicado na edição 103 do , que pode aceder, na íntegra, aos artigos daqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário