O ano que ora acaba continua a trazer-nos notícias preocupantes no que toca à saúde.
Em Angola, depois das febres hemorrágicas de Marburg, novo e desconhecido foco de febres epidémicas surge no Uíge já com vítimas mortais a lamentar e com as autoridades sanitárias angolanas e internacionais a assumirem o desconhecimento do tipo de doença.
Além destas a cólera, a tuberculose, ao paludismo/malária e o Sida não dão descanso às autoridades sanitárias.
E se o SIDA aumentou em Angola, no resto do Continente a progressão foi desproporcionada.
Segundo um estudo das Nações Unidas (ONUSIDA) dentro de 20 anos 10% a 25% da população africana estará contaminada com a doença do século.
E no entanto ainda há, em África, quem pense que esta doença passa com curandices e tisanas populares.
Mas o relatório considera que se duplicarmos os investimentos nos sistemas de saúde, na agricultura – segundo últimos dados a malária ajuda a deteriorar o sistema imunológico do seropositivo – e na educação poderíamos, de certa forma, reduzir os números da pandemia.
E no entanto ainda há, em África, quem pense que esta doença passa com curandices e tisanas populares.
Todavia, e apesar de 2006 ter sido considerado como um ano onde os esforços para prevenir o HIV/Sida, constata-se que na região subsahariana existem cerca de 8 milhões de crianças órfãs e morrem diariamente seis mil pessoas pelo Sida, entre os 15 e os 24 anos, a sua maioria mulheres.
E no entanto ainda há, em África, quem pense que esta doença passa com curandices e tisanas populares.
Segundo o relatório da ONUSIDA a África meridional continua a ser o epicentro da epidemia mundial do HIV-
E no entanto ainda há, em África, quem pense que esta doença passa com curandices e tisanas populares.
Mas, apesar disso, regista-se que no Zimbabwe diminuiu tanto a prevalência como a incidência da doença. Ainda assim, um em cada cinco adultos (20,1%, num intervalo de 13,3%-27%) vive com o HIV/SIDA fazendo com que a esperança de vida para os zimbabweanos se situe entre as mais baixas do mundo, ou seja 34 anos e para os homens 37 anos.
E no entanto ainda há, em África, quem pense que esta doença passa com curandices e tisanas populares.
Mas é na Swazilândia que se regista a maior prevalência do HIV/SIDA em adultos de todo o Mundo, cerca de 33,4%, só quase igualada pelo Botswana onde, em 2005/6, cerca de 40% das mulheres grávidas, entre os 25 e 40 anos, eram seropositivas; já na Namíbia os níveis de infecção em adultos, embora igualmente altos, não ultrapassam os 19,6%; por sua vez, na África do Sul, habitualmente um país onde a incidência está entre as maiores do Mundo, regista-se pelo menos 5,5 milhões de pessoas, incluindo cerca de 240.00 crianças, vivem infectadas com o HIV/SIDA; Moçambique registou um acréscimo com a mudança do século tendo o segmento feminino dos 15 aos 40 anos aumentado os níveis de mulheres grávidas infectadas; só o Malawi e a Zâmbia parecem ter estabilizado os números, no entanto, tanto um como outro mostra que as grávidas seropositivas andam na casa dos 14%-17%.
E no entanto ainda há, em África, quem pense que esta doença passa com curandices e tisanas populares.
E só falámos de países meridonais porque nos outros a situação não é muito melhor.
É altura, e de uma vez, dos políticos africanos compreenderem e tomarem consciência que o HIV/SIDA não só destrói o depauperado tecido social dos nossos países como tem reflexos fortemente negativos na economia dos mesmos.
Vamos fazer do combate ao HIV/SIDA o factor principal para o desenvolvimento económico e social dos Estados africanos.
Fonte: ANGOP
1 comentário:
Um feliz ano de 2007.
Com saúde e paz. O resto, a gente corre atrás...
:-)
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