14 dezembro 2006

Serviço (im)público de Comunicação

A UNITA tem vindo a reclamar – fê-lo uma vez mais ontem – que os órgãos Estatais de Comunicação Social (TPA, RNA e Jornal de Angola) têm protelado, recusado – e segundo uma das últimas acusações mesmo depois de terem recebido o respectivo pagamento pelo acto publicitário – transmitir, divulgar ou publicitar actos políticos de uma Organização política legal – que por acaso até faz parte do Governo de Unidade e Reconstrução Nacional (GURN) – reconhecida como tal pelo Supremo Tribunal.
A UNITA acusa os citados órgãos de dualidade de critério. Só transmitem o que diz respeito ao principal partido do GURN, o MPLA, e nada do que diz respeito aos restantes partidos nacionais.
Já agora, a UNITA podia ter incluído a ANGOP. Basta ir ao portal da ANGOP e ver como está equitativamente distribuída a informação partidária nacional…
Mas esta situação não se põe só com a actividade político-partidária. Também eventos que não tenham a chancela do chamado partido no poder – não gosto desta expressão porque queira a UNITA, ou não, ainda faz parte do GURN e como tal é jurídica, política e constitucionalmente um partido do Governo – são ignorados ostensivamente pelos órgãos estatais.
Relembro-me de ter lido aqui que uma iniciativa denominada Projecto Criança Futuro não terá tido qualquer cobertura pela Comunicação Social Estatal. Como diz o “Angolense” foi devido a “um “milagre” chamado Emissora Católica de Angola, que o Governo teima em não deixar florescer [e porque será?], que a opinião pública ficou a saber” como o mesmo tinha decorrido. Como curiosidade [terá sido por isso?] o antigo director-geral do Serviço de Inteligência Externa (SIE), general Fernando Miala, esteve presente neste evento.
E o interessante é que foi aprovada há pouco tempo, em Angola, uma nova Lei de Imprensa…

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