12 dezembro 2006

Os ditadores protegem-se


(imagem BBC News)

Lembram-se de um tal Mengistu Mariam que chegou a se intitular “Imperador Vermelho” e que governou a Etiópia entre 1977 e 1991 com o apoio da defunta União Soviética que, por acaso e até essa data, apoiava a Somália?
De notar que Mariam esteve entre os militares que derrubaram o imperador Hailé Selassié.
Sabiam que quando Mariam foi deposto, fugiu para os braços de um tal Robert Mugabe, o eternizado presidente do Zimbabwé?
Acabei de ler aqui que o tal senhor, ao fim de 12 anos de férias no Zimbabwé, foi considerado culpado pelo Supremo Tribunal Federal da Etiópia pela prática de genocídio, detenção ilegal, homicídio e confiscação de propriedades. E com ele outros 34 réus, a maioria, à revelia.
Mas como ele continua nos braços do seu amigo Mugabe o Tribunal vai ter de proferir a condenação – que se espera seja à morte, para não variar, não conhecem outra condenação mesmo que a mereçam – à revelia porque o Zimbabwé, na pessoa do seu ilustre presidente, tem recusado os pedidos de extradição do ex-ditador.
Pois é, os ditadores protegem-se embora, por vezes, se odeiem. Mas como sabem muito uns dos outros…

1 comentário:

Egidio Vaz disse...

Pois é, O Mengistu continuará no Zimbabwe enquanto Mugabe la reinar. Caso o contrário, teremo-lo como defunto logo após a derrocada do seu protector.
Foi sempre assim.