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"Dada a situação actual da Etiópia, o país seria alvo de inúmeras convulsões caso se verificasse uma vitória completa dos Tribunais Islâmicos", salienta o especialista em Relações Internacionais Eugénio Costa Almeida, alertando para o facto de os etíopes "ainda não aceitarem o facto de terem ficado sem uma saída para o mar e de Djibuti não parece ser o caminho mais indicado para lá chegar". Este analista recorda a instabilidade de toda a região, "seja a oeste o Sudão com as crises que se conhecem, entre elas e a principal, em Darfur, seja a sul com um Quénia que, por vezes, nos oferece cíclicas perturbações sociais devido à incisiva penetração dos islamitas radicais". "Se a sudeste estiver um estado claramente islâmico, como poderia a Etiópia manter o actual estatuto de país-sede da União Africana, maioritariamente cristão, mas com uma comunidade islâmica superior a 30%?", interroga-se Eugénio Costa Almeida, afirmando que a situação na Somália "dará ao Sudão um pequeno intervalo nas pressões internacionais com nefastas consequências para o mártir povo de Darfur".
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