Parece-me que há aqui alguns erros gráficos e estratégicos na notícia. Senão vejamos:
a) Que violência Angola vai ajudar conter? A do poder mugabeano ou a que é exercida por prosélitos de Mugabe que persistem em dinamitar uma paz social no Zimbabué?
b) Muito dificilmente Angola poderá ajudar a conter uma Paz social num país estrangeiro quando não sabe fazê-lo em casa.
c) O que o PIR irá fazer é ajudar a manter Paz mugabeana consubstanciada na manutenção do poder e nunca uma Paz social zimbabueana.
d) A confirmarem-se estas notícias Angola está em clara contradição com o que pensam os povos e alguns dirigentes políticos de países limítrofes do Zimbabué e a cúpula da União Africana.
e) E muito importante, sendo Angola uma clara potência regional, já afirmada na região centro e centro-austral de África, acreditam os governantes angolanos que a África do Sul, a incontestável potência regional austral, aceitará esta "intromissão" político-estratégica na sua região de influência?
Porque se Angola quer e pode e tem capacidade para ser também uma potência regional – um Estado-director – deve ter em atenção que os sul-africanos nunca aceitarão que Angola desça da sua natural zona de influência para a parte meridional de África. Isso acarretaria um conflito regional, mesmo que só político e social, preocupante.
Por outro lado, Angola não deve destruir o capital de influência que granjeou nos dois Congos e na contribuição para a resolução dos conflitos dos Grandes Lagos.
Se esta sua hipotética intervenção – vamos admitir que esta notícia mais não é que uma mera hipótese académica para manutenção de um “status quo” que interessa aos partidários de Mugabe – vier ocorrer esse grande capital poderá ser rápido e inabalavelmente diluído.
Será que o governo de Angola quer desbaratar o que custou a ganhar?
1 comentário:
olá! Vi o teu blog referenciado no "sopafla" e resolvi dar uma espreitadela.Gostei muito e conto voltar.Parabéns!
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