08 junho 2008

Já todos o pensávamos, mas…

Mas nunca se ouviu ninguém dizê-lo tão abertamente como ultimamente.
Era acusada de ser lenta, lentíssima, de, por vezes, dar primazia às boas bolsas em detrimento dos menos favorecidos, até de haver algum compadrio, nunca aquilo que agora lhe chamam.
Até já lhe disseram estar podre como a maioria dos locais onde é exercida. Mas nunca disseram que ela era o que dizem ser.
No entanto, por cerro que já todos o pensaram como sendo, só que nunca tiveram coragem de o afirmar publicamente excepto, talvez, o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol e o comentarista residente da RTP, dos domingos, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.
De facto, as duas entidades explicaram como se pode contrariar a Justiça portuguesa, para enganar os estrangeiros.
No primeiro caso, o tal Conselho de Justiça (CJ) propôs que uma equipa portuguesa, entretanto penalizada além fronteiras, apesar de ter deixado prescrever o prazo para fazê-lo, anexasse ao processo do seu presidente uma (penso que é assim que se diz) contestação, para que pudesse ser julgado e, com isso, talvez alterar o rumo das coisas.
Ou seja, primeiro torpedo na Justiça.
No segundo caso o emérito Professor catedrático propôs que, e claramente, o tal CJ desse todos como inocentes e, assim, já a UEFA não teria bases jurídicas para castigar a tal equipa portuguesa, até porque, segundo o emérito Professor, há dúvidas – pelo menos não teve a desfaçatez de dizer que o eram – quanto à Constitucionalidade das escutas.
Interessantes que para umas coisas as escutas são não só legais como constitucionais. Neste caso, já há dúvidas, não quanto à legalidade, mas quanto à constitucionalidade.
Resumindo, temos um segundo e claro torpedo à Justiça portuguesa.
Por outras palavras, há quem esteja, e com clareza, a dizer que a Justiça portuguesa é igual a uma simpática, porém não bem cheirosa, palavra de origem francesa…
Já não bastava a justiça ser cega e linear, e por vezes até pouco disponível em ouvir os sons do coração, como ainda a querem chamar de… isso mesmo!
Haja paciência!
E esperar não levar com algum processo jurídico por demonstrar a minha incredibilidade por aquilo que li e ouvi e aqui deixei comentada…

Sem comentários: