Neste dia internacionalmente dedicado às Crianças de todo o Mundo, não posso deixar de pensar nos Meninos do meu País que viram guerras inúteis, (sobre)vivem na rua, ou vendem o corpo por um naco de carinho e uma escudela de quase nada.
Os meninos de rua, com fios doces feitos de lágrimas de dor e com os lábios listrados de muito dizer aiué gerados na guerra, na fome, na falta de tudo e do nada que nada têm, ainda persistem, seis anos após o fim da guerra saltitando como felizes bandos de pássaros pelas acácias tintas da discórdia e pelas mulembeiras frondosas da vida, procurar (sobre)viver.
Mas os senhores dos palácios continuam a alardear grandes carros, opulentas barrigas e mordomias enormes nos bairros elegantes e nas torres principescas onde abundam confortos díspares em confronto com os colchões de cartão e os cobertores lunares que os meninos do meu País fazem por, diariamente, descansarem, agradecendo por mais um dia em que um qualquer idiota os não abalroou ou dele fez alvo da obtusa fúria que norteia os imbecis e os nababos.
Mas vamos esperar, e porque as Crianças e o sorriso luminoso que os alumia têm o condão de tudo saber mudar, que…
Os meninos do meu País
querem ser os Homens
que no próximo amanhã
a fome ceifarão,
a guerra suprimirão,
a doença aniquilarão
e quais alegres bandos de pássaros
sob um luminoso sorriso de catraio
o País iluminarão!
Assim os Homens do meu País
o percebam
e aos meninos do meu País
a vida lhes devolvam!*
NOTA SUPLEMENTAR: No dia que passa mais um Dia Munidal da Criança o meu lamento pelas milhares de crianças chinesas vítimas do sismo e da ganância do lucro fácil que levou adultos irresponsáveis fazerem escolas mas em saibro que em cimento como comprovaram as milhares imagens que correram Mundo.
Que o Mundo ponha os olhos neste claro homicídio e não mais permita tais situações!
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