"Ninguém vende chiclete nos engarrafamentos de Luanda. Mas se você quiser comprar tábua de passar, antena de TV, calcinha, relógio de parede, faqueiro ou sapato, é só esperar. Enquanto o trânsito estiver parado – e aqui a hora do rush vai das 8 da manhã às 8 da noite – sempre vai aparecer alguém para vender o mosquiteiro, o cinto, o abajur e a cueca que você estava precisando.
Com sorte, você leva para casa ventilador, três em um, toalha, churrasqueira, benjamins, óculos de grau e a Caras da semana, sem jamais se incomodar em achar uma vaga para estacionar. Você pode se chocar com a pobreza de um lugar em que todo mundo parece viver de vender alguma coisa na beira da estrada. Ou você pode admirar a vitalidade e a capacidade de um povo que inventa uma maneira de sobreviver entre os escombros de uma guerra que durou quase os 30 anos da existência do país. (...)"
Esta excelente análise poderá ser lida, na íntegra, no Angonotícias. É uma delícia para ler até ao fim.
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