Sem qualquer comentário – já basta a gravidade da notícia - esta triste informação retirada do Panapress, sob o título “Toneladas de remédios poderão deteriorar-se em São Tomé e Príncipe”.
“Mais de 16 toneladas de medicamentos oferecidos pela Cooperação Portuguesa ao Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe correm o risco de deteriorarem-se por sobrestadia no porto de São Tomé debaixo de temperaturas elevadas.
Os remédios doados a pedido do Ministério da Saúde do arquipélago estão há pelo menos 4 meses no porto de São Tomé sob altas temperatura, sem que se processe o despacho para o seu levantamento.
(…) Contactados pela PANA, tanto o director do gabinete do ministro da Saúde como o director do Centro Hospitalar de São Tomé (CHST) negaram fazer qualquer comentário sobre a questão (…) as direcções da Empresa Nacional dos Portos (ENAPORT) e das Alfândegas afirmaram que desconhecem as causas da demora no desalfandegamento da mercadoria.
Segundo observadores na capital são-tomense, num país onde a saúde está "doente" e que carece de medicamentos não se compreendem que estes remédios fiquem esquecidos no porto durante tanto tempo”.
2 comentários:
Se os fármacos estão há 4 meses há altas temperaturas então já ultrapassaram a fase de "perigo" para se tornarem perigosos.
E não há responsáveis por este crime? Porque se trata efectivamente de um crime. Ainda para mais num país pobre e carenciado.
Li o texto e pensei sobre a irresponsabilidade que atos como esses causam a população carente e sofrida.
Aqui no Brasil não é raro termos notícias de remédios que perdem a validade quando deveriam estar a disposição dos pacientes.
E essa ação não fica restrita aos medicamentos. Equipamentos ficam encaixotados, guardados, deteriorando-se enquanto a população sofre nas filas do hospitais e postos de saúde.
Essa é uma situação que vem de longe e sendo denunciada constantemente pela imprensa.
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