22 abril 2005

Liberdade

É voz popular que de poetas e loucos, todos temos um pouco.
Pois deixem-me pôr aqui um pouco dessa loucura que é a poesia, e em homenagem ao 25 de Abril de 1974, que muitos, infelizmente, adulteraram, fui buscar ao meu baú das memórias um poema (felizmente para quem lê, escrevi muito poucos) sobre a Liberdade.

LIBERDADE

Aos operários que por melhores salários lutam,
aos camponeses que por melhores dias reclamam,
a Liberdade os recompensará...

Às mulheres que pela igualdade batalham,
aos homens que pelos seus direitos gritam,
a Liberdade chegará...

Aos países que pela libertação clamam,
aos povos famintos que contra a fome esbracejam,
a Liberdade sorrirá...

Aos povos tiranizados que contra a opressão batem,
aos países pobres que contra a miséria combatem,
a Liberdade também os abraçará...

A Angolana Revolução
os Movimentos emancipalistas,
os Heróis da Libertação,
a Liberdade os jubilará...

Liberdade,
pequena é esta palavra,
múltiplos os seus sentidos.
Para muitos um suspiro,
um clamor;
para todos, porém,
um símbolo,
muito sangue e muita dor.

Lobitino Almeida N’gola (já nesta altura gostava de assinar assim),
Luanda, 28-Abril-1975

2 comentários:

Anónimo disse...

Obrigada! _ IO (chuinga).

Anónimo disse...

e digo mais: Obrigada! - a mesma.