Já vários, aqui neste meio que é a blogosfera, analisaram as memórias e as reflexões de Alcides Sakala no diário – assim o chama o autor –, “Memórias de Um Guerrilheiro”, em particular a pouco cuidada revisão de texto que contraria o habitual cuidado que caracteriza as obras publicadas pela editora Publicações D. Quixote.
São as memórias de um “guerrilheiro pelas circunstâncias, diplomata por profissão, [e] humanista por carácter e formação” – como escreveu Maria Antónia Palla, no prefácio – que relatam as operações militares entre Dezembro de 1998 e Março de 2002 e a sua natural apologia política sem, no entanto, deixar cair o humanismo descrito pela prefaciadora.
E esse humanismo está patente num trecho do texto publicado no Malambas.
Uma obra para ler, com o cuidado que a mesma exige – não esquecer que foi escrita em condições difíceis e sob um prisma político-militar complexo – para o natural estudo da moderna História de Angola.
Um obra vista e sentida pelo outro lado da barricada. E por isso mesmo não deve ficar esquecida, pelos cientistas sociais e pelos analistas e politólogos, nas prateleiras de uma qualquer estante.
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