“A imprensa deve «orientar a opinião pública» de acordo com o Partido Comunista Chinês (PCCh) e o Governo”, e contribuir para “para a construção de uma «sociedade harmoniosa», divulgando os textos do presidente Hu Jintao”; assim determina o chefe do departamento de propaganda do partido, Li Changchun, em conversa com os directores dos meios de comunicação chineses, país onde se regista o maior número de detenções de jornalistas por publicarem textos “não autorizados” na Internet.
Agora se percebe porque a R.P.China tem Angola como o maior parceiro comercial de África…
E eu a pensar que se devia ao petróleo; às obras públicas – que estão em (in)movimento – ou à electrificação da cidade de Luanda.
Nada disso. Basta ver o panorama comunicacional angolano que coloca o país no 91º (era 76º, em 2005) lugar no ranking de “liberdade de imprensa”, ainda assim, um pouco melhor que a China (163º).
E já agora, em talhe de foice, registe-se as posições dos restantes países lusófonos que passaram despercebidos na maioria dos órgãos informativos portugueses:
Portugal 12º (era 23º, em 2005); Cabo Verde, 45º (29º, em 2005); Moçambique 47º (49º); Guiné-Bissau 63º (72º); Brasil 75º (63º); Timor Lorosae 83º (58º); São Tomé e Príncipe (não classificado, o que se estranha).
A Namíbia (26º, melhorou 1 posição ) é o país africano onde se regista a imprensa mais livre, enquanto, pasme-se, os EUA não vão além dos 55º (era 44º, em 2005) e a Rússia está no 147º bem atrás de alguns países africanos e asiáticos tidos por “maus leitores”.
A Eritreia (166º) e a Coreia do Norte (167º) são os países mais repressores dos meios de Comunicação Social.
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