(vamos fazer com que estas imagens [via RTP-África] se diluam no tempo)
A cidade que começou nos morros e se estendeu até ao sítio do muxiluanda faz hoje 431 anos.
Aquela que o poeta, num dos primeiros discos gravados em Angola, cantou como “a minha cidade é linda / linda de morrer, / a minha cidade é linda / vou amá-la até morrer” parece caminhar lenta e inexoravelmente para este último verso se as autoridades, e de uma vez, não tomarem as devidas posturas.
Uma cidade aniversariante mas não em festa.
Uma cidade, onde alguma – demasiada – da incompetência e a inoperância prevalecem, viu alguns dos seus melhores filhos serem levados devido às últimas chuvadas desmentindo que esta é a época da Kiangala.
Com as chuvadas esperam-se – e não se desejam – a chegadas de epidemias, nomeadamente, a cólera!
Job Capapinha afirma que Luanda tem de recuperar o seu antigo esplendor, a alegria de viver.
Acho bem! Mas não basta aos funcionários camarários limparem os detritos e as ruas; recolherem os sinistrados e acomodá-los em tendas e dar-lhes alguma assistência social, pedir ajuda internacional.
É preciso muito mais!
É preciso – tem de – criar condições para que 90% da actual população da província e da cidade voltem aos seus antigos lugares, porque a terra de Kianda só tem – e mal – estruturas para albergar pouco mais de 500.000 habitantes. Ou seja, Luanda tem de apresentar, rapidamente, um plano director e proceder a um consensual reordenamento urbano com melhores e mais capazes vias de acesso à cidade e ao centro.
Ainda assim, e embora seja orgulhosamente lobitanga, não posso deixar de sentir a emoção de quem passou alguns dos seus melhores anos na cidade de Luanda e desejar que volte a ser LINDA para continuar amá-la até morrer!
Aquela que o poeta, num dos primeiros discos gravados em Angola, cantou como “a minha cidade é linda / linda de morrer, / a minha cidade é linda / vou amá-la até morrer” parece caminhar lenta e inexoravelmente para este último verso se as autoridades, e de uma vez, não tomarem as devidas posturas.
Uma cidade aniversariante mas não em festa.
Uma cidade, onde alguma – demasiada – da incompetência e a inoperância prevalecem, viu alguns dos seus melhores filhos serem levados devido às últimas chuvadas desmentindo que esta é a época da Kiangala.
Com as chuvadas esperam-se – e não se desejam – a chegadas de epidemias, nomeadamente, a cólera!
Job Capapinha afirma que Luanda tem de recuperar o seu antigo esplendor, a alegria de viver.
Acho bem! Mas não basta aos funcionários camarários limparem os detritos e as ruas; recolherem os sinistrados e acomodá-los em tendas e dar-lhes alguma assistência social, pedir ajuda internacional.
É preciso muito mais!
É preciso – tem de – criar condições para que 90% da actual população da província e da cidade voltem aos seus antigos lugares, porque a terra de Kianda só tem – e mal – estruturas para albergar pouco mais de 500.000 habitantes. Ou seja, Luanda tem de apresentar, rapidamente, um plano director e proceder a um consensual reordenamento urbano com melhores e mais capazes vias de acesso à cidade e ao centro.
Ainda assim, e embora seja orgulhosamente lobitanga, não posso deixar de sentir a emoção de quem passou alguns dos seus melhores anos na cidade de Luanda e desejar que volte a ser LINDA para continuar amá-la até morrer!
2 comentários:
Continuará linda, amigo Eugénio... e amá-la-emos até morrer!
Claro que não basta aos funcionários municipais (Elisal, chineses ou filipiinos...) efectuar a limpeza. Há muito mais a fazer a montante e que está por fazer... há demasiados anos!
É fundamental criar condições para o regresso ás províncias e essa é a primeira condição para um reordenamento eficaz da cidade, para o progresso das próprias províncias e permitirá planear a cidade, proporcionar melhores condições de vida e evitar a repetição ciclica destas desgraças.
Um grande kandandu.
Um beijo à cidade e aos dois amantes dela, Cacusso e Eugénio!!, IO.
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