Francisca Van-Dunem, angolana refugiada em Portugal, desde as purgas do 27 de Maio de 1977, e até ontem a responsável pela Direcção Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa é a nova representante distrital do Procurador-geral da República (PGDL), em Lisboa.
A nova Procuradora-geral Distrital foi eleita, em votação secreta, pela maioria dos membros do Conselho Superior do Ministério Público. De registar que, em Agosto, a jurista angolana chegou a ver o seu nome ventilado para o cargo de Procuradora-geral da República em substituição de Souto Moura.
A nova Procuradora distrital esteve em evidência por quando da carta de Pepetela quando este afirmou nunca ter participado na repressão do 27 de Maio mas, tão somente, na criação de uma comissão criada para analisar os depoimentos dos detidos na altura dos acontecimentos que levaram à morte de Nito Alves.
Também em Outubro de 2005 não teve problemas em afirmar aquilo que Cavaco só o afirmou cerca de um ano depois: em Portugal, a população considera que "a pequena corrupção é endémica na administração pública" ou seja, a nova PGDL afirmava que havia corrupção em Portugal.
Só esperemos que o facto de ser uma sobrinha de Eduardo dos Santos, conforme já está a ser sublinhado, não lhe traga alguns escolhos nesta sua nova missão.
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