Decorrem hoje, sob a supervisão de 10 observadores da União Africana, as eleições gerais neste país enclave do Senegal formado ao longo do rio Gâmbia.
Às eleições legislativas – o Parlamento tem 53 lugares, sendo 48 para os eleitos pelo povo e 5 nomeados pelo Presidente – concorrem 90 candidatos distribuídos por várias organizações políticas, destacando-se, de entre elas, a APRC, Alliance for Patriotic Reorientation and Construction, a UDP, United Democratic Party, o NRP, National Convention Party e a NADD, National Alliance for Democracy and Development e 9 independentes. Alguns partidos, nomeadamente o People's Democratic Organization for Independence and Socialism (PDOIS), parecem que decidiram ou não concorrer ou concorrer com um número mínimo de candidadtos.
No último escrutínio os deputados estavam distribuídos como segue: APRC com 45 assentos, PDOIS com 2 deputados e o NRP com 1 lugar.
Apesar da presença dos observadores da UA alguns candidatos, nomeadamente, independentes sentem-se alvo de perseguições.
Segundo alguns órgãos gambianos alguns candidatos foram coartados dos seus direitos cívicos, nomeadamente um dos candidatos independentes pela circunscrição de Niamina East e outro do partido UDP declarou que um seu candidato, por Basse, em ambos os casos terão sido detidos, sem razões aparentes, pelas polícias locais numa clara violação dos direitos cívicos e eleitorais.
E, no entanto, o presidente da Comissão independente eleitoral, Alhagie Mustapha Carayol, afirma que as eleições estão a decorrer normalmente e dentro de maior civismo…
Reconheçamos que quando se tem um território fronteiriço como Casamanse e se está “quase” rodeado por autocratas é natural que alguns resquícios fiquem no subconsciente daqueles que não prezam, realmente, a liberdade de expressão.
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ADENDA: Os primeiros resultados destas eleições dão a vitória, uma expressiva vitória, ao partido do poder, APRC, que já conquistou 37 assentos, a UDP 4 deputados, o NADD e os independentes, um cada.
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