(secou? imagem daqui)
De acordo com um e-mail proveniente de Luanda, a cidade da Kianda vai ficar sem água potável devido a uma ordem do Tribunal e sem luz devido às obras "chinesas".
Para melhor entendimento transcrevo o e-mail tal como recebido, não identificando, por razões obvias, o remetente do mesmo..
"Vamos ficar sem água. Uma juiza decretou o encerramento das instalações da Epal- Empresa Pública de Águas de Luanda, numa causa perdida em juizo a favor de dois cidadãos angolanos. AS INSTALAÇÕES DO MARÇAL EM LUANDA, ESTÃO ENCERRADAS, DESDE ONTEM ÀS DOZE HORAS.
Também muita gente, muitos povos estão sem energia eléctrica devido a avarias em oito transformadores fabricados, fornecidos e montados recentemente por uma empresa chinesa. Tá-se mesmo a ver que foi mais uma argolada chinesa. Digo mais argolada, porque as obras de restauração da Cidadela Desportiva efectuada por chineses, estão literalmente a desabar. Assim vai o esbanjamento dos milhões de dólares que muito brevemente serão exiguos, com tanta idiotice progaramada, leia-se corrupção mal organizada."
Os pagamentos do petróleo estão a mostrar, com cada vez maior intensidade, a qualidade chinesa. E vão alguns países afro-lusófonos avançarem para a construção de empreendimentos desportivos, nomeadamente estádio de futebol, esquecendo-se o que aconteceu ao celebrado estádio bissau-guineense...
5 comentários:
Obrigado pela correcção.
Se quer saber como um branco fica vermelho veja a resposta ao seu comentário. EH EH EH olha eu a rir
Ps. Falando em chineses é verdade que os trabalhadores chineses são prisioneiros que eles levam da China e que eles não têm angolanos a trabalhar?
Permita-me dizer que esta notícia não parece ter qualquer fundo de verdade nem fundamento, e explico porquê:
1º - o serviço de água canalizada é um bem público, de interesse público. Logo, não concebo como é que uma juíza consegue ordenar o encerramento de um serviço de utilidade pública assim sem mais nem menos.
Era como eu agora apresentar uma providência cautelar em tribunal a requerer o encerramento do aqueduto de lisboa e de todas as canalizações de lisboa, ficando a cidade sem água. Por mais que eu tivesse fundamento para isso, duvido que a decisão de encerrar ou não fosse somente do juiz responsável. Ou, se efectivamente o fosse, teria necessariamente que tomar providências de forma a não privar ninguém de um bem público a que têm direito. Portanto, a ser verdade esta notícia, o que sinceramente não concebo, de certeza que o juiz em causa terá tomado as medidas adequadas para suprimir a falta de água. Ou a empresa pública de água de luanda, ou quem quer que seja de direito, porque, repito, é impensável suprir pura e simplesmente o abastecimento de água assim sem mais nem menos. Estamos a falar de África, mas acho que ainda há limites.
2º costumo vir frequentemente aqui ao seu blog, onde denoto uma constante crítica ao actual executivo angolano e, nomeadamente, à influência que o aludido executivo supostamente exerce sobre o poder judicial. Não quero discutir se isso corresponde ou não à verdade, mas pergunto o seguinte: acha que um sistema judicial que é "manobrado" pelo poder executivo, é capaz de proferir uma decisão neste sentido? Parece-me um contra-senso defender que a justiça em Angola é manipulada pelo governo e depois acreditar em mails anónimos com conteúdos destes. Se o governo é quem manda na justiça, e se a empresa de águas de luanda é pública (creio eu), custa-me a crer que os tais que mandam na justiça deixem a coisa chegar a este ponto.
3º A construção chinesa tem muito que se lhe diga, lá isso é verdade. Mas convém lembrar que é o país que vai organizar os próximos jogos olímpicos, com estádios nunca dantes vistos. E convém lembrar que em Dar-es-Salam existe um estádio nacional imenso, novinho em folha, prático e funcional, sem que alguma vez tenha ouvido qualquer crítica ao mesmo. Ahh, esqueci-me de dizer: o estágio foi construido por chineses.
Abraço
Em rsposta ao comentário "Anónimo" (honestamente não percebo proque não assinam no fim, mas respeito porque foi cordato).
1- O e-mail de Luanda não é anónimo só que por razões de segurança do remetente não foi divulgado;
2- Relembro que a empresa lisboeta de águas foi obrigada a parar a colocação de manilhas entre VFXira e Lisboa por estar ocupar terrenos privados sem autorização dos donos e teve de mudar o trajecto. Esta situação creio, não tenho acerteza, também aconteceu no Centro de Portugal.
3- Não afirmo que a Justiça está dependente do governo. Há situações em que isso se verifica mas também já houve casos da Justiça ter demonstrado que consegue ser independente;
4- Quanto aos Estádios não duvido da beleza do Estádio tanzaniano nem do de Bissau a que me referia. Só que o tempo, neste demonstrou problemas estruturais e qualificativos.
Não duvido da qualidade e das respectivas belezas dos locais desportivos do JO. Os chineses têm mostrado que conseguem fazer coisas com paciência. Mas também já demonstraram que quando está em jogo interesses políticos em que necessitam mostrar obra feita, fazem-no sem se preocuparem com a qualidade. E Angola tem trabalhos feitos por chineses que necessitam já de fortes e rápidas recuperações.
Não é em vão de o presidente dos Santos pensou em mudar agulhas para os lados da península arábica.
5- Já agora e quanto à pergunta de Bel, todas as pessoas que contactei ou confirmaram ou não negaram a existência de ex-presidiários chineses nas obras. Quanto aos angolanos em muitas obras eles estão lá. Fazem o que alguns chineses não querem fazer e são raros, muito raros os que estão em situação de "gerência2 de obras.
Cumprimentos
Eugénio ALmeida
"2- Relembro que a empresa lisboeta de águas foi obrigada a parar a colocação de manilhas entre VFXira e Lisboa por estar ocupar terrenos privados sem autorização dos donos e teve de mudar o trajecto. Esta situação creio, não tenho acerteza, também aconteceu no Centro de Portugal."
Desconheço o caso, mas acredito que assim tenha sucedido. Mas volto a colocar-lhe a questão: essa decisão implicou o fornecimento de água a alguma localidade? Implicou, pura e simplesmente, o corte de fornecimento de água às populações? Estas viram-se privadas de um bem público, sem que lhes tenha sido oferecida uma qualquer alternativa? Não acredito.
Daí questionar se o e-mail que recebeu não terá um carácter demasiado sensacionalista, ao afirmar que Luanda vai ficar sem água.
Uma coisa é a empresa de água ter de mudar o trajecto de condutas, outra é a empresa pura e simplesmente deixar de fornecer água aos munícpes, sem que haja qualquer alternativa. Isto, repito, custa-me a acreditar, mesmo tratando-de de um país africano.
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