"O tradicional dito Mundo rico, nomeadamente o Ocidente, está a ser paulatinamente substituído por novos países cujas fontes de produção são manifestamente mais baratas, se bem que de clara qualidade inferior.
Mas o que o consumidor quer é usufruir, mesmo que de sucedâneos ou clones se tratem, de produtos que mostrem um tipo de vida que, até há pouco, era possível só para alguns.
Quantos não se lembram de, não há muito tempo, os povos economicamente menos favorecidos mostrarem reluzentes relógios rolexes, piagets, seikos, certinas, ómegas, pierres cardin, raymond veils, etc., que de comum só tinham o facto de terem, os tais nomes gravados nos mostradores e a pulseira que indicavam, claramente, que se tratavam de relógios. A maioria eram comprados nas ruas ou em zonas como as “chinatowns” norte-americanas ou britânicas e, mais recentemente, em alguns países do sul da Europa (em algumas casas de venda, substituem uma das letras, a primeira, em regra, para não serem apreendidos como falsificação).
Duravam, quinze dias, um mês, ou pouco mais. Mas até “morrerem” permitiam ao seu possuidor o necessário “status” que evidenciavam perante os seus colegas e concidadãos. E então se aparecessem na televisão, o que se via, logo, era o dourado e, ou, os “vidros” que adornavam os pulsos e reluziam nos pequenos televisores.
Com o advento do petróleo, nomeadamente, nos países árabes, alguns desses antigos artefactos de imitação foram substituídos por genuínos produtos, mantendo-se, agora e mais que nunca, a sua ostentação televisiva.
E se os árabes, cuja a educação social é posta em causa, segundo os padrões ocidentais e ocidentalizados, poderiam alardear uma riqueza para que nada tinham feito para a ter, porque não fazê-lo, também os novos produtores petrolíferos e os novos países cuja economia está em crescendo, precisamente à custa do petróleo de países produtores que querem desenvolver as suas economias sem ponderação e só vendo o lucro fácil que o preço do crude vem apresentando nos circuitos internacionais. (...)" (continuar a ler aqui)
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