Aproveitando o II Congresso Internacional de África Lusófona, que decorreu entre os dias 28 e 29 de Maio, na Universidade Lusófona, foi apresentada, ainda em versão online, a revista “Africanologia”.
Uma revista semestral que, futuramente, e segundo um dos seus responsáveis, passará a sair, simultaneamente, em online e em papel. Abordará temas cadentes não só com a África lusófona mas com tudo o que a África diga respeito.
Por razões pessoais só pude assistir – e nem poderia deixar de o fazer por questões académicas – às intervenções do painel “Prevenção, gestão e resolução de conflitos”, moderado pela professora Fátima Roque e que teve participações de Dra. Mónica Ferro, do ISCSP, de Fernando Jorge Cardoso, do IIEE, de António Almeida Tomé, da ULHT, e de Fátima Proença, de uma ONG.
Um naipe de intervenções interessantes, nomeadamente no que disse respeito à questão da questionável interpretação ocidental sobre os Estados Falhados, proferida por Mónica Ferro, assistente do ISCSP e doutoranda no mesmo Instituto, e o problema dos diferentes conflitos ou dos seus diferentes conceitos proferida pelo professor Fernando Jorge Cardoso.
Igualmente, interessante, mas que foi apresentado de uma forma um pouco corrida devido à ditadura do tempo, a análise sobre Prevenção, Comando e Resolução de Conflitos proferida pelo professor António Tomé. Fátima Proença abordou as relações entre ONG´s, a União Europeia e África e como muitos conflitos não se resolvem por causa da pressa que alguns cooperadores querem imprimir às questões político-administrativas africanas.
Se em termos de comunicação estas foram as que mais relevei, não posso deixar de registar a troca de opiniões entre um dos prelectores e uma jornalista reconhecida no meio português, apesar de não ser portuguesa, sobre as relações entre os jornalismo e a área social a que a personalidade da mesa pertencia.
Pelo que foi dado a perceber, há – ou havia – uma excelente relação entre a área dela e os jornalistas mas já não existe – ou existe cada vez menos – essa boa relação entre a referida área sociológica e o meio jornalístico, leia-se, as empresas de comunicação.
Sinteticamente afirmou-se que o grande problema actual entre estes dois actores passa pelo facto de muitos jornalistas estarem a ser colocados de parte e substituídos por meros estagiários que cumprem, unicamente, as directrizes dos meios que os empregam, esquecendo-se, porque disso não foram ou não têm quem os ensine, a ética que deve nortear as relações que devem haver entre a imprensa e as diferentes áreas sociais, económicas ou quaisquer outras.
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