21 maio 2008

Em casa de ferreiro, espeto…

(Foto Elcalmeida, via RTP-África)
Há um adágio popular na Europa que diz, mais ou menos, isto “em casa de ferreiro, espeto de pau”.
E pelos vistos também em Angola a situação é idêntica.
No já maior produtor de petróleo de África, a falta de gasolina é o pão-nosso de cada dia.
Enquanto na Europa, nomeadamente em Portugal há quem esteja largos minutos em bichas para atestar a sua viatura de gasolina a um preço mais convidativo, em Luanda, a capital do maior produtor de petróleo de África – e o maior exportador de crude para a China (ou como diz a canção "eles levam tudo e não deixam nada"...) – há quem esteja horas na bicha para conseguir uns litritos para a sua viatura!
A Sonangol diz que a situação já está regularizada.
O problema são os bidões e bidões que os luandenses guardam para especular.
Se a Sonangol – leia-se, o Governo angolano – não estivesse tão preocupado em tomar parte do capital dos Bancos angolanos e, ou, estrangeiros em vez de estabilizar os seus stocks nacionais ou se se preocupasse em pôr de pé e de vez – infelizmente, mas, do mal o menos – a refinaria do Lobito e recuperar a de Luanda – até já a compraram de vez – por certo que os angolanos, em geral, e os luandenses, em particular, não sentiriam a falta de gasolina.
E quem diz gasolina, por certo que dirá, também, a energia eléctrica, já que, se as barragens ainda não laboram a 100%, poderiam implantar nos arredores das grandes cidades, centrais termoeléctricas com o crude nacional.
E quase todos os dias a luz eléctrica só existe via geradores...

2 comentários:

goiaba disse...

Pena que um país com tantos recursos não os saiba canalizar em benefício de todos ! A guerra não justifica tudo. A corrupçãp é uma praga ...

Obrigada pelo que escreve.

Azul Diamante azul disse...

E por cá o combustível sobe em flecha. Vamos lá ver como isto acaba.

Beijinho