23 novembro 2008

Dizer insólitos, é um aforismo…

A selecção angolana dos sub-17 rumou a Zimbabué para tentar o quase impossível. Ou seja, virar o 2-3 da primeira-mão para uma vitória que os levasse à fase final do CAN2009 em Argélia.

Se foram com essa vontade, e todos acreditamos que os palanquinhas iam com essa vontade indesmentível, ficaram-se pela vontade.

Mas o que está em causa não é terem perdido. Isso, apesar de nos aborrecer, nunca gostamos de ver a nossa equipa ou selecção baquear, não foi um insólito, ou não foi a razão dos insólitos acontecidos com o jogo de que
Angop fez eco.

Insólitos foram o jogo ser antecipado em uma hora e mudarem de local do jogo quase em cima da hora. Insólitos é a FAF estar, parece porque ainda não ouvi ou li qualquer intervenção nesse sentido, muda e queda e nada proferir. Insólitos é a CAF permitir que se abuse dos jovens para benefícios de interesses próprios e nada condizentes com a actividade desportiva que, nesta idade, é, ou deve ser, a base de formação de um futuro profissional do desporto.

Insólitos? Talvez não. Insólitos seria que isto não acontecesse no país do senhor Mugabe que, ainda ontem, impediu uma representação do “Grupo de Anciãos” entrar no Zimbabué porque ainda decorrem negociações para a formação do Governo – as eternizadas negociações do senhor Mugabe – e porque, segundo o seu partido, aquele “Grupo” apoia o MDC.

Ora, só por curiosidade, a delegação era
composta por Kofi Annan, antigo secretário-geral da ONU, Jimmy Carter, Nobel da Paz e antigo Presidente norte-americano, e por Graça Machel, activista dos Direitos Humanos, os quais pretendiam, unicamente, avaliar a situação humanitária no País, principalmente quando uma epidemia cólera entrou em força no Zimbabué tendo já feito cerca de 300 vítimas mortais o que levou a República da África do Sul tomar medidas para evitar o avanço da epidemia para o cone sul de África.

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