10 maio 2006

Os eleitos para o novo Conselho de Direitos Humanos

Cuba, eleita à primeira volta com o apoio de quase dois-terços dos membros da Assembleia-geral (135 em 191 países), Indonésia, China, Paquistão, Azerbeijão e Arábia Saudita são alguns dos que foram eleitos.
Em África, Quénia foi o país preterido; mas a fazer face às palavras que circulam pelo “éter netiano”, e ao contrário do inicialmente estava previsto, no Conselho não haverá uma rotação em cada dois anos; a Assembleia-geral acordou, para evitar “descalabro com falta de quórum” – e se houver expulsões por violação dos Direitos Humanos? –, distribuir os países por um ano – África do Sul, Argélia, Marrocos e Tunísia – dois anos – Gana, Gabão, Mali e Zâmbia – e três anos – Camarões, Djibuti, ilhas Maurícias, Nigéria e Senegal.
Na América Latina e após votação apertada com o Equador ficaram de fora a Venezuela e a Nicarágua; foram nomeados Argentina, Brasil, Cuba, Equador, Guatemala, México, Peru e Uruguai.
A Ásia elegeu Arábia Saudita, Bahrein, Bangladesh, Coreia do Sul, China, Filipinas, Índia, Indonésia, Japão, Jordânia, Malásia, Paquistão e Sri Lanka.
O grupo “Europa Ocidental e outros países” com direito a seis representantes, foram contemplados Alemanha, Canadá, Finlândia, França, Holanda, Suíça – país promotor da iniciativa e último a ser eleito neste grupo – e Reino Unido. De notar que Portugal, um dos candidatos, não conseguiu ser eleito.
O grupo “Europa do Leste” viu eleitos Azerbeijão, Polónia, República Checa, Roménia, Rússia e Ucrânia.
Um facto tem de ser desde já registado. Houve dois claros derrotados neste novo Concílio: os EUA – que não queriam este novo Conselho – e os Direitos Humanos ao verem ser eleitos países que, claramente, são habituais violadores de Direitos Humanos, alguns para o período mais longo.

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