(Luandino Vieira em foto da Ed. Caminho)
Mal vai um país que se preocupa em querer saber – ou discutir – o(s) porquê(s) da tão propalada recusa do Prémio Camões 2006 pelo luso-angolano (esta referência à dupla nacionalidade é intencional para evitar algum aproveitamento político) Luandino Vieira.
Acontece que o autor de grandes obras como "Luuanda" e "No Antigamente na Vida – estórias" não terá, de acordo com amigos chegados, recusado o Prémio mas, e tão só, o valor do prémio por motivos meramente pessoais e muito íntimas, como sendo o facto de estar, neste momento, a ter uma vida quase franciscana.
E, já agora, para que se saiba esta não terá sido a primeira vez que um autor recusa receber o prémio, dado que, já em 1994, o poeta português Herberto Hélder terá feito o mesmo, no caso com o Prémio Pessoa, e, registe-se, que a generalidade da sua biografia, incluindo a colocada no sítio do Instituto Camões, omite esta ocorrência.
Então porquê esta toda celeuma com a posição de José Luandino Vieira.
O que poderia era ter doado o valor pecuniário por terceiros, por exemplo, os Meninos da Rua, de Luanda, ou pelas Crianças SOS, de Angola, entre outras organizações de solidariedade.
Aí sim, talvez fosse mais bonito.
E nunca aquilo que a Ministra da Cultura portuguesa deseja fazer; aproveitando-se da situação - mesmo que juridicamente esteja previsto - para colocar metade da verba no orçamento do Gabinete de Relações Internacionais, do seu Ministério.
1 comentário:
Gostava de entrevistar este marmelo
Aceitam-se sugestões para o inquérito
Bom dia
Enviar um comentário