(O mundo Baha'i)
“O governo egípcio vai recorrer da decisão de um tribunal administrativo que decidiu a favor dos direitos da pequena minoria baha'i, afirmou o ministro dos assuntos religiosos Mahmoud Hamdi Zakzouk. Perante o Parlamento, o ministro declarou que a base do recurso seria a opinião do principal clérigo muçulmano, o Sheikh de al-Azhar, segundo o qual "o Bahaismo não é uma religião revelada reconhecida pelos muçulmanos"”.
Pessoalmente, o que do bahaismo conheço – e muito pouco – devo ao blogue “Povo de Baha”. O que aqui está em causa não é a qualificação deste rito religioso mas, tão só, o direito de um Governo questionar as deliberações de um tribunal suportando-se numa opinião de um imã local que não considera este rito como religião. E isto não será o princípio de um retorno ao radicalismo religioso dos Irmãos e Irmãs Muçulmanos que, ultimamente, vêm ganhando posição no Parlamento e na vida social egípcia (sobre este assunto aceder aqui, nos Ensaios), bem assim acompanhado do aumento de violência e atentados contra interesses turísticos no país?
E os coptas estarão em sobreaviso?
Por onde é que anda a liberdade religiosa e os Direitos Humanos?
1 comentário:
A mim, custa.me a engolir que alguém com Licenciatura e Mestrado em Relações Internacionais, tenha ouvido balar da Fé Bahá'í através do Blog Povo de Bahá (Bahá: O mais precioso nome de Deus; Luz).
Admira-me, ainda mais, que setando a fazer um Doutoramento em Ciências Sociais, nem assim tenha vindo à baila a questão dos direitos humanos sonegado aos Bahá'ís no mundo árabe.
Mas passemos adiante, vim ao seu blog, mui educadamente, presta-lhe a minha sentida homenagem por se ter dado ao trabalho de ler o blog do meu querido amigo Marco.
Assim, gostaria de salientar que nem tudo o que Marco escreve é a opinião oficial das estruturas Bahá'is, mas sim muito do que lhe vai naquela enorme alma e que muitas vezes se transforma em especulações filosóficas.
Mas enfim se isso serve para chamar a tenção do mundo, já é um acto meritório aos olhos de Deus.
Um abraço, meu amigo.
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