"Como se esperava a Rússia e a China vetaram as sanções a Mugabe e à sua pandilha organizada. As sanções propostas consistiam no embargo de armas ao Zimbabué, congelar os bens e proibir as viagens de Mugabe e de outros 13 dirigentes do seu regime, além de escolher um outro mediador para a crise.
Perderam não os mentores da Resolução, mas o Zimbabué, os zimbabueanos, a Democracia e, quer queiram os dirigentes quer não, perdeu África.
Por isso não surpreende que Mugabe se diga feliz com o veto por, como ele afirmou, “por saber que as Nações Unidas são ainda uma organização onde existe uma soberania igual para cada membro e que há controlos no sistema que protegem os fracos dos poderosos” Ora há sistema mais antidemocrático que o Conselho de Segurança onde um Estado (são 5 com essa particularidade) tem o direito a vetar o que a maioria aprovar?
E não é de certeza que o veto aconteceu porque, como ele ameaçou a aprovação da Resolução seria o caminho para a guerra-civil. Além dos dois vetos também votaram contra a África do Sul – porque será ou levará Mbeki a manter esta fixação por Mugabe quando a maioria dos políticos e dos sul-africanos contestam Mugabe?! –, a Líbia e o Vietname!
Ora quando um Chefe de Estado, ilegitimamente consolidado no poder faz declarações – leia-se, ameaças, – destas, isso, só por si, já seria o principal factor para fazer aprovar a Resolução.
Mas há interesses mais elevados que a estabilidade e a paz na região. Como por exemplo, Mbeki a deixar de ser mediador quem poderia sê-lo, e isso Mbeki não o deseja nem por nada, seria Eduardo dos Santos? Ora a disputa pela primazia na região, leva a que as duas potências regionais emergentes torná-la mais importante e por vezes, insinua, também, os seus interesses devem ser colocados acima da estabilidade regional, principalmente quando está em jogo a supremacia na SADC. (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)
Perderam não os mentores da Resolução, mas o Zimbabué, os zimbabueanos, a Democracia e, quer queiram os dirigentes quer não, perdeu África.
Por isso não surpreende que Mugabe se diga feliz com o veto por, como ele afirmou, “por saber que as Nações Unidas são ainda uma organização onde existe uma soberania igual para cada membro e que há controlos no sistema que protegem os fracos dos poderosos” Ora há sistema mais antidemocrático que o Conselho de Segurança onde um Estado (são 5 com essa particularidade) tem o direito a vetar o que a maioria aprovar?
E não é de certeza que o veto aconteceu porque, como ele ameaçou a aprovação da Resolução seria o caminho para a guerra-civil. Além dos dois vetos também votaram contra a África do Sul – porque será ou levará Mbeki a manter esta fixação por Mugabe quando a maioria dos políticos e dos sul-africanos contestam Mugabe?! –, a Líbia e o Vietname!
Ora quando um Chefe de Estado, ilegitimamente consolidado no poder faz declarações – leia-se, ameaças, – destas, isso, só por si, já seria o principal factor para fazer aprovar a Resolução.
Mas há interesses mais elevados que a estabilidade e a paz na região. Como por exemplo, Mbeki a deixar de ser mediador quem poderia sê-lo, e isso Mbeki não o deseja nem por nada, seria Eduardo dos Santos? Ora a disputa pela primazia na região, leva a que as duas potências regionais emergentes torná-la mais importante e por vezes, insinua, também, os seus interesses devem ser colocados acima da estabilidade regional, principalmente quando está em jogo a supremacia na SADC. (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)
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