25 julho 2008

A Cimeira da Língua e onde está o fim dos vistos?

Este será o período da defesa, promoção e expansão da Língua Portuguesa, segundo o presidente em exercício, o primeiro-ministro português José Sócrates, na passagem de testemunho da Guiné-Bissau para Portugal adiantando que já disponibilizou um fundo de vários milhões de euros para o Instituto Camões, em vez de…

Mas não é a CPLP a organização criada por excelência, há 12 anos, para a defesa e promoção da Língua Portuguesa? E não é, também, o Instituto Internacional da Língua Portuguesa o organismo mais habilitado, ou pelo menos deveria de o ser, para isso?

Porquê agora aparece o senhor Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, a vir a terreiro dizer que a prioridade do seu Governo é defender, promover e expandir a Língua Portuguesa quando o que se constata é, precisamente, um recuo da Língua Portuguesa – que não a Lusofonia, estranhamente – numa parte significativa de alguns dos países membros da CPLP em detrimento de uma qualquer língua nacional ou do crioulo?

Também, senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado, os nacionais dos países-membros da CPLP não querem, nem se preocupam com a livre circulação dentro dos países da CPLP, até porque para aqueles onde a “irmandade” já existe, subsiste essa livre circulação.

O que os nacionais da CPLP querem é o fim de visto para entrar, nomeadamente, em Portugal, mais que “corredores de acesso” nos aeroportos; mas sabem que Portugal continua a manter um receio substancial do que a União Europeia (UE) possa dizer. Portugal continua a ser o “bom aluno” da UE no que toca às medidas que possam colocar “livre circulação” entre antigos países colonizadores e ex-colónias excepto, se esse Estado-membro se chamar Reino Unido ou França.

Mas quando a UE criou aquela coisa abjecta contra a imigração que o ministro francês da imigração, Brice Hortefeux, diz não ser “um pacto contra África” mas “com África”, mostrando que não sabe o que é África, salvo aquilo que lê no Afrique-Asie ou no Le Point, e complementa a sua ignorância ao reafirmar que o pacto “é equilibrado, coerente e justo” então tudo está dito.

Porque a UE em vez de procurar evitar que populações indefesas e carentes sejam utilizadas como instrumentos económicos para encher os bolsos dos balseiros e angariadores – a grande maioria não serão, certamente, africanos – tenta evitar que os africanos sejam impedidos de entrar ilegal e irregularmente na Fortaleza Europeia.

Mas como a UE manda e Portugal obedece, vamos continuar a ver angolanos, bissau-guineenses, moçambicanos e santomenses a ficarem nos corredores por períodos intensos ou ouvirem uma sacro-pergunta estúpida e desnecessária por parte de alguns membros do SEF “porque não se naturaliza?”…

Felizmente que brasileiros e cabo-verdianos já têm algumas prerrogativas na entrada em Portugal. Mas até quando?
Igualmente publicado na rubrica "Lusofonia" do ,

2 comentários:

Anónimo disse...

SALVEMOS A NATUREZA

Caros e Admiráveis Camaradas.

Nós, filhos do mesmo pai e da mesma mãe, nascidos em anos, meses, e localidades diferentes, por consequência de factores de vária ordem, não deixamos de evocar o bom nome dos nossos queridos progenitores, que desde o nosso nascimento, crescimento, até atingirmos a idade adulta, jamais nos esqueceram por todos os sacrifícios, obstáculos que tiveram e viveram para nos sustentar, e por essa razão, dignificamos o seu bom nome, costumes, origem e para também sabermos nos identificar como descendentes dessa família. Somos da nossa casa e sentimo-nos orgulhosos quando nos identificarmos.
Também entre nós, não há nem racista, tribalistas ou xenófobos, identificamo-nos também quando nos perguntam ao telefone ou em conversa, pela nossa cor, e respondemos aos curiosos interrogadores dizendo que as nossas cores são preto, amarelo e vermelho. E logo, por parte do interessado, cai um ensurdecedor silêncio. Pois bem, como podemos ver, somos de facto do mesmo ventre, muito embora se saiba que na barriga das nossas mães, alguns de nós herdaram o bom ou o mau feitio do tio materno, ou do avó paterno, como dizem as mães, etc. Mas isso no seio da família não dá o direito de nenhum de nós achar-se mais filho e tentar considerar os demais irmãos do mesmo ventre como sendo enteado. Aí não, temos imediatamente de repreende-lo pelo mau comportamento.
SALVEMOS A NATUREZA.
Porque nos acharmos mais desenvolvidos ou espertos que os nossos irmãos, sem antes medirmos os efeitos e causas negativas que as nossas atitudes podem causar no futuro?
Porque desesperadamente pensar que nossas ambições se não forem implementadas o mundo vai desabar? Porque andarmos endeusados, enquanto nem todo-poderosos somos?
Então, Salvemos a Natureza e todos os que nela habitam.
Os dois grandes males, que dias após dia colidem com a nossa sociedade chamam-se, Querer e Poder. E é isso que infelizmente, muitos dos nossos queridos camaradas, de fraca consciência humanista, angolanista, mepelanista e até mesmo política, padecem.
SOMOS TODOS DA FAMILIA MAIS FORTE, e chegará um dia em que muitos descendentes do nosso ventre, serão arrumados nas prateleiras, para nunca mais daí saírem até um dia definitivamente, serem substituídos, deserdados, excluídos do seio da nossa magna família.
Salvar a Natureza, significa não cortar as árvores que nela encontramos, não desequilibrar o Eco Sistema, não destruir o meio ambiente e nem sequer deixar de saber, que por essas aventuras descabidas e desesperadas pelo fácil ganhar, muitos locais deste pais, foram invadidos por devoradores nossos, usando no habitat animal, cercos ou demarcações cerradas, tocando nesses pontos, músicas altas, fumadas, e outros tipos de invasões e/ou violações de vária ordem, sem com isso terem em consideração os efeitos negativos que dai se produzem contra os viventes do nosso próprio pais.
Não basta apenas, ouvirmos dizer lá de fora, que a nova fórmula do futuro que o ocidente descobriu de amealhar cifrões, seja por via do Bio Diesel. É com muita técnica e patriotismo demonstrado que vamos procurar encontrar locais propícios para o efeito, sem prejudicar, nada e ninguém de forma desmedida. Lamento até, como é que os nossos técnicos, e muitos deles meus colegas, que por serem amigos íntimos dos nossos ditos irmãos mal comportados, não os assessoram tecnicamente para os fazer perceber de todos riscos que o nosso próprio país vive a cada vez mais, estando sendo alvo de queda livre e a mergulhar em velocidade assustadora.
Todos nós sabemos o que significa Bio Diesel. Não é requerermos 50.000ha/ 80.000ha de selva virgem, que nos dá a possibilidade de produzirmos os desejados produtos agrícolas para nos darem a derivação para o Bio Diesel. Sim é, sabermos como exactamente e onde podemos nos instalar para o efeito, sem invadir ou usar a ignorância dos nossos camaradas leigos em matéria de conservação da natureza e do meio ambiente para certas finalidades.
As áreas pretendidas pelos nossos camaradas para as demarcar apenas e orientados por simples análises pelos mapas do IGCA, que superam a dimensão de vários países do Mundo, deve ser imediatamente cambiada para locais certos e acertados, visto as áreas de Malange e Huila, possuírem riquíssima e rara vegetação, que mesmo o próprio colonizador, poupou em destruir ou ocupar. Há inclusive animais raros, mais como o nosso pais ainda não tem laboratórios suficientes para catalogar e centros de investigação a altura, … Vamos Salvar A Natureza. Bons dias virão para muitas raridades biológicas serem descobertas e publicadas. Cientistas de grandes nações, estarão entre nós e todos certamente teremos grandes benefícios resultantes dos estudos e não apenas o que alguns poucos mal comportados do nosso ventre querem fazer. Cuidado meus camaradas…
Matéria sobre fomento agrícola e outros incentivos projectados, em pouco ou nada resultaram. E porque nos arriscarmos nesse tipo de produções sem antes pensarmos no de comer que até hoje não é suficiente para todos?
E se de facto hoje os israelita e franceses desenvolveram zonas desérticas em terras aráveis; e se os nosso devoradores camaradas dizem ou exibem o seu poder económico, porquê não empregar tais valores em tecnologia moderna evitando conflito?
Não é entre as localidades da Cangandala, Jamba Mineira, Kuvango e Caiundo, que os nossos altos dirigentes, induzidos em erro, se vão instalar nesses locais para esse fim.
Nós precisamos de substituir o raciocínio do ser humano, em que deve um bem ser e jamais um mal, a lavoura de ciclo anual, que não faça nenhum dano á morada do reino animal.
Vamos querer mudar o conceito do progresso por todos aceite, não tendo tanta cimentação. Vamos logo fazer o possível para não termos um fim horrível. Façamos logo a restauração dos locais ecologicamente destruídos por nós mesmos.

Luanda aos 25 de Julho de 2008

Ass. João de Deus
Eng.º Agrónomo

sergio costa disse...

Desde quando é que um natural das Ex-colónias Francesas em África (CFA) está isento de visto para entrar na UE? Só se estiver munido dum passaporte de serviço ou diplomático.
Há por aqui muita desinformação. Os vistos de curta duração (turismo, p.ex.) concedidos por Portugal, assim como por França, Alemanha, Holanda ou por qualquer outro Estado da U.E, subscritores de Schengen, são válidos para toda esta zona que agrega a maioria do território da União.
E para o autor deste texto, que já se deve ter esquecido que a Europa de Schengen não tem fronteiras internas, um visto emitido por uma representação consular de Portugal no Estrangeiro (África, por ex.) permite ao seu portador circular por todo o Espaço Schengen. E o mesmo se aplica ao detentor de um visto idêntico emitido por qualquer outro Estado irmão (da U.E. claro).
As regras são iguais para todos.
Antes de postar atoardas como esta, convém estudar melhor o assunto em causa. O CAAS (Acervo de Schengen) é uma boa sugestão.