29 janeiro 2013

Angola, Nigéria, CPLP e… Guiné-Bissau


Na recente reunião da União Africana (UA), onde o presidente etíope recebeu a presidência rotativa da Comunidade, a problemática Guiné-Bissau foi abordada com o previsível confronto entre duas potências regionais com interesses não só na região como na projecção da sua influência: Nigéria e Angola.



Por Angola esteve presente o secretário de Estado das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, que, segundo o África 21 Digital, terá afirmado que as reuniões, entre Angola, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), com a Nigéria à cabeça, e os restantes PALOP, devido à situação política na Guiné-Bissau, teriam sido acaloradas.

De acordo com o embaixador Manuel Augusto, houve – há  vontade da CEDEAO em forçar a UA levantar as sanções contra a Guiné-Bissau porque, segundo os nigerianos, “a situação já está normalizada e que há um governo de transição inclusivo”, fazendo, provavelmente, um paralelo com a situação do Mali que, também estes, foram alvo de dois Golpes de Estado e acabaram por ser “aceites” pela UA.

Segundo Manuel Augusto parece que Angola e os restantes PALOP conseguiram fazer valer os seus argumentos no que foram seguidos por outros países.

Houve, nesta reunião, uma clara tentativa de marcar posições dentro do panorama político africano, nomeadamente, na África Ocidental, com particular enfoque no Golfo da Guiné, quer por parte da Nigéria – aproveitando os recentes encontros do seu presidente em Davos – como por parte de Angola, potência emergente que prefere mandar outros aos encontros presidenciais e ministeriais, que o seu presidente, ora, legitimamente eleito (recordo que há uns anos, havia um país europeu onde o seu Presidente do Conselho era conhecido por “ter ido” – sem ninguém o ter visto – ou por nunca ir: e este tinha tomado o Poder…).

Por outro lado, a actual situação do Mali veio, uma vez mais, pôr em evidência as carências político-militares dos africanos. Só depois da intervenção armada francesa é que a Afisma, (“African-led International Support Mission to Mali” – força africana de cerca de 3464 soldados da CEDEAO), prevista após a Resolução 2085, da ONU, começou a chegar ao País.

Uma força similar à que deveria entrar na Guiné-Bissau para regularizar a situação militar dos Bissau-guineenses. E do que se conhece só ainda lá estão algumas centenas de militares nigerianos além das visitas regulares de superiores hierárquicos militares senegaleses, outros interessados no actual status quo da Guiné-Bissau e que se mantém calados!

Este texto foi igualmente publicado no Notícias Lusófonas (Colunistas) e transcrito no portal do Pravda.ru

São Tomé e o petróleo do Golfo


São Tomé e Príncipe quer saber como andam os dossiês do petróleo que, por acaso, e só por mero acaso, estão nas mãos dos nigerianos que, por sua vez, demonstram estar disponíveis para os divulgar.

Recordemos que quando assinaram a parceria – em 2001 foi criada uma Comissão parlamentar conjunta para fiscalizar o processo de exploração de petróleo da zona de sobreposição entre os dois países – a Nigéria ficou com 60% do petróleo explorado na zona da aplicação do contrato celebrado entre os dois Estados (Nigéria e São Tomé e Príncipe) com a Guiné-Equatorial a ver o panorama…

Isto foi em 2001.

Estranhamente o actual responsável pelo departamento que deveria controlar este(s) dossiê(s) terá afirmado que a não existência dos referidos documentos – nem de relatórios das reuniões dos dois responsáveis ministeriais do petróleo – se devia ao facto do organismo, entretanto criado, ser novo – por só ter 4 anos…

Ora, de 2001 a 2013 são… 12 anos e não 4 anos. Será que alguém parou no tempo? A criação de um novo organismo não para o desenvolvimento da exploração do petróleo...

Ou, como se previa, os santomenses continuam a fazer o papel de acanhados perante uma potência regional que manda, dispõe e… nada contrapõe! Ou seja, não paga nada do que usufrui em proveio próprio?!

Em 12 anos de exploração dos hidrocarbonetos – que dão grandes fundos à Nigéria e á Guiné-Equatorial – como é possível que STP continue sem ver retorno dos mesmos? Será que, por mero acaso, claro, só a zona santomense não dá petróleo?

A ser verdade não se compreende que haja interessados a pagarem os direitos de prospecção e exploração na área santomense do Golfo…

Este texto foi igualmente publicado no Notícias Lusófonas (como Manchete) e transcrito no portal do Pravda.ru

25 janeiro 2013

Solidariedade, qual e porquê?

(imagem de Facebook ximunada daqui)


O Estado português decidiu aplicar uma taxa dita de Solidariedade que incide sobre os reformados e pensionistas.

Sendo eu reformado, e tendo a minha Instituição profissional transferido para o respectivo Fundo de Pensões a totalidade do valor que deveria auferir mensalmente pergunto porque diabo tenho de contribuir com uma tal taxa – na realidade um imposto, porque nada nos garante que não seja ad eternus à boa maneira tuga – para o erário público?

Como escrevi no Facebook – a seguir retranscrito – volto aqui deixar a minha reclamação e o meu profundo descontentamento, ainda antes de saber qual será o veredito do Tribunal Constitucional!

Só uma pequena questão! Porque é que tenho de dar 3,5% de solidariedade para pagar aquilo que outros ROUBARAM e continuam a usufruir à grande e à francesa? Será que tenho mesmo de pagar ao erário público português por aquilo que nada fiz?

E a Kianda faz hoje anos...



Hoje a cidade-capital de Angola, a cidade da Kianda, de nome oficial, São Paulo de Assumpção de Luanda, faz a bonita e sábia idade de 437 anos.

Parabéns Luanda!

Novo Jornal, 5 anos

O semanário Novo Jornal completa hoje, Dia da Kianda, 5 anos de existência!

A todos os seus colaboradores as minhas felicitações e que possamos continuar a ler os seus bons artigos e excelentes reportagens.

21 janeiro 2013

Obrigado CDC


Ontem tive a oportunidade de assistir ao espectáculo de dança da Companhia de Dança Contemporânea (CDC) de Angola sob a supervisão, direcção artística e coordenação de Ana Clara G. Marques.

Um espectáculo intitulado “Paisagens Propícias”.

Recorde-se que este espectáculo, com coreografia de Rui Lopes Graça, era para se ter estreado em Angola, no centenário e velhinho Nacional (Luanda).

Infelizmente, razões de segurança que o teatro Nacional não oferece – bem como a salvaguarda da integridade física dos artistas e do próprio espectáculo – levaram que a CDC decidisse não efectuar o espectáculo em Luanda.

É, talvez, e volto a reafirma-lo como já o fiz na altura, que o nosso Governo comece também olhar para a Cultura com os olhos que ela merece.

Principalmente para a Cultura nacional oferecendo aos angolanos uma sala de espectáculos própria para a Dança e para o Canto e para outras actividades como o Teatro.

Fazer uma nova, com as modernas condições técnicas sem esquecer, naturalmente, em recuperar aquelas que sejam possíveis de o fazer, como, por exemplo, o centenário Teatro Nacional.

Que o exemplo de ontem, no português Teatro Camões, uma meia casa numa terceira sessão e de um espectáculo diferente do que os portugueses estão habituados, faça compreender os nossos governantes e a Ministra da Cultura para aquela necessidade.

Note-se que este espectáculo do CDC ainda vai percorrer outras paragens portuguesas, como por exemplo Bragança (podem ver o programa no Facebook em CDC).

18 janeiro 2013

O doping de Armstrong


(imagem via Internet)

O senhor Lance Armstrong, ciclista que terá vencido o Tour de France por 7 (SETE) vezes assumiu, em entrevista à apresentadora e fazedora de emoções e notícias (talvez a mais importante dos EUA), Oprah Winfrey, que se dopou durante as referidas provas ciclistas, embora, desde 2005, creio, que isso não se verificava.
 Foi o fim de um mito. Todavia…


Todavia, e pessoalmente, não condeno o atleta (este atleta) por se ter dopado.

Condeno, e deveriam responder em juízo, os delegados e os laboratórios internacionais e da União Ciclista Internacional (UCI) que nunca - NUNCA - detectaram a dopagem fosse nas provas ciclistas (e recordo que este ciclista esteve na Volta ao Algarve e que o laboratório que o verificou é assumido pelo seu responsável como um dos melhores da Europa, o português, ao ponto de ter quase destruído carreiras de atletas lusos), quer nos Jogos Olímpicos.

Só foi descoberto devido a colegas que "botaram a boca no trombone" e, ainda por cima, no seu próprio País.

Estes dirigentes laboratoriais deveriam ser todos responsabilizados juridicamente.

Quem nos garante que em outras modalidades estas dopagens não existem?

Tem havido várias acusações nesse sentido, nomeadamente, por quando dos antigos países socialistas e, mais recentemente, com provas já dadas e aferidas pelos próprios, em atletas chineses.

É altura de alguém voltar a tentar humanizar o desporto!

17 janeiro 2013

E na recente crise do Mali…


A crise do Mali resultante da secessão da parte norte do país levada a efeito por rebeldes tuaregues ditos islamitas radicais – o que se estranha porque os tuaregues nunca foram radicais islamitas, em parte, devido aos efeitos do pós-independência da Argélia –, após uma tentativa de Golpe de Estado, liderada pelo capitão Amadou Haya Sanogo, o que obrigou a uma tomada de posição forte por parte da União Africana e da CEDEAO.

Tal como a verificada no Coup d’État (Golpe de Estado) da Guiné-Bissau.

Recorde-se que a secessão resultou na proclamação do Estado de Azawad, de matriz islâmica, pelo Movimento Nacional para a Libertação de Azawad (MNLA), a que se juntaram outros grupos rebeldes, incluindo radicais alegadamente ligados à al-Qaeda, como a Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) ou o Ansar Dine Islâmico, bem como sudaneses e alegados saauris; o Azawad é um território um pouco maior que a França, e que corresponde a cerca de dois terços da área total do Mali (ver imagem).

Ou seja, e em boa verdade, o que a UA e a CEDEAO fizeram foi já habitual um tiro no escuro, demasiado breu, sem quaisquer efeitos práticos – como em todos os Golpes ocorridos no Continente – pelo que necessitou da entrada de terceiros para que a questão tivesse outro caminho.

Foi o que aconteceu nestes dois últimos dias com a entrada das forças armadas francesas na procura da recuperação da integridade territorial do Mali após suposto pedido das autoridades malianas de Bamako.

Essa foi a razão oficial. No entanto, há uma outra razão substantiva e subjacente para que a França, com o apoio da ONU, da CEDEAO, da União Africana – por via da aplicação da Resolução 2085 da ONU, sobre o Mali, – e de alguns dos principais líderes africanos, como o presidente sul-africano, Jacob Zuma o confirmou, ontem, em Luanda, tenha começado a actuar no Mali: a eventual queda do presidente interino Dioncounda Traoré.

O governo de Traoré começou a sentir os reais efeitos da crise militar quando os rebeldes tomaram de assalto, no passado dia 10, a cidade de Konna – na região de Mopti, que já não faz parte de Azawad –, a cerca de 300 quilómetros a norte da capital, Bamako.

Não esqueçamos que Traoré ascendeu ao poder em Bamako depois da tentativa de um Coup d’État levado a efeito em Março de 2012, pelo capitão Sanogo que visou a queda do regime de Mamadou Toumani Touré, também ele tendo ascendido ao poder, em 2002, após um golpe de Estado.

Ora, a razão invocada para o Golpe foi o alegado descontentamento dos militares com a falta de meios para combater os rebeldes tuaregues no Norte do país. E, todavia, isso não impediu que os revoltosos, após o não apoio da UA ao Golpe, tenham sido os mentores da secessão tuaregue.

Acresce que os tuaregues são acusados de terem estado na linha da frente líbia a apoiar e sustentar o regime de Muammar Kadhafi até ao seu fim definitivo. Na fuga destes elementos bem treinados e armados para o norte do Mali levou que os mesmos acarretassem consigo muito material bélico, nomeadamente, armamento pesado.

Como este conflito pode provocar uma série de riscos elevados para todo o continente, nomeadamente, uma eventual violenta reação dos islamitas e um potencial desastre humanitário, vamos aguardar qual será o desenrolar final do conflito.

Que esta ajuda militar da França – que deverá ter o apoio das forças africanas da Afisma, (força africana de cerca de 300 soldados da CEDEAO) – não acabe como a ajuda militar humanitária da Líbia.

O ataque de islamitas a um bloco de extração de gás na Argélia – sob a denúncia deste país ter facilitado a travessia aérea das forças francesas para o Mali –, com a captura de reféns e o contra-ataque das forças argelinas para a recuperação do território não inferem bom augúrio.

Ainda assim, há a expectativa que, depois do fim da crise, a questão da Azawad seja assunto de uma análise ponderada e objectiva, visando a integridade territorial do Mali, mas... (basta ver o que aqui escrevi)

14 janeiro 2013

De Marrocos ao Mali


(imagem Expresso/Google)

Interessante artigo do investigador Raúl M. Braga Pires, professor universitário em Rabat, sobre duas matérias incandescentes do Norte de África:

- as movimentações dos islamitas pró-Sharia em Marrocos com a proclamação do Ansar Achariaa (Defensores da Chariat/Lei Islâmica) levada a efeito pelos islamitas marroquinos subordinados ao Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) que, por sua vez, fazia enviar marroquinos para o norte do Mali onde foi proclamada a secessão do Azawad;

- a secessão do Norte do Mali por islamitas tuaregues e a tentativa emergente das tropas malianas apoiadas pela França e pela CEDEAO em recuperar a integridade territorial.

Um interessante artigo que aconselho a sua leitura e ponderação com particular destaque para dois últimos parágrafos que reproduzo e sublinho:

No terreno, certamente que o MNLA [Movimento Nacional para a Libertação d'Azawad, movimento laico que também defendeu a separação] preencherá o vazio que o Ansar Eddine deixará, abrindo assim espaço a negociação e à criação dum Azawad autónomo, mas não independente, garantindo a integridade territorial do Mali, fundamental para a manutenção da integridade territorial do Marrocos, da Costa do Marfim, da Nigéria, da Líbia e se quisermos ser atrevidos, até mesmo de Moçambique, por exemplo.

Neste campo, até já nem se pode falar do "evitar o levantar dum precedente histórico", já que o mesmo já foi levantado em África, aquando da secessão da Eritreia face à Etiópia em 1993 e do Sudão do Sul face à República do Sudão em 2011.

08 janeiro 2013

Haja Justiça…


Os velhos combatentes reclamam as pensões e são perseguidos pelas ruas de Luanda.

As zungueiras (quintadeiras ou vendedoras de ruas e similares) são perseguidas por uma personalidade que parece não gostar de as ver nas ruas – também concordaria se elas tivessem boas condições nos mercados ou nas praças – clamam por Justiça dizem das suas verdades aos jornalistas e são todos varridos à paulada; caso de Coque Mukuta, correspondente da VOA.

Parece que é altura do senhor Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Rui Jorge Carneiro Mangueira, fazer valer a sua voz e dizer como não deve ir a Justiça.

Entretanto, e segundo a Rádio Despertar – se não fossem estes, não sei quem o diria –, Isaías Samakuva, líder da UNITA, foi eleito como o melhor político de 2012, com 33 votos. A jurista e deputada Mihaela Webba, obteve 11 votos; já a própria Rádio Despertar tal como o advogado David Mendes recolherem 6 votos cada dos ouvintes, enquanto Makuta Nkondo e Abel Chivukuvuku (líder da CASA-CE) não foram além de 3 e 2 votos, respectivamente, bem como Reginaldo Silva, jornalista, e Raúl Danda, líder da bancada parlamentar da UNITA, com 2 votos cada.

Resumindo, parece que a Rádio Despertar ou tem poucos ouvintes ou, por segurança, só fez uma sondagem de curta duração.

Entretanto, a Chevron, empresa petrolífera americana que explora o nosso ouro negro em várias regiões, nomeadamente em Cabinda, vai abrir um poço, mas de água, no bairro de Talatona, para suprir as constantes faltas deste precioso líquido que se registam em Luanda – e, ainda, em grande parte do resto do País –, para que os seus colaboradores não continuem a sentir a falta da dita.

Perante tudo isto, e enquanto não sabemos qual o resultado do inquérito que o senhor presidente da República parece ter exigido sobre os incidentes do último dia do ano, no Estádio da Cidadela com os atropelos à segurança ocorridos durante uma pseudo vigília de uma igreja – dita universal e com um “i” pequeno –  – um seu antigo pastor acusou a dita igreja – com “i” pequeno – de estar por detrás de actividades menos cristãs…

Haja Justiça…

07 janeiro 2013

RTP África, 15 anos


Parabéns à RTP-África pelos 15 anos que hoje comemora.

Nem sempre, talvez muitas vezes, concordei com a programação ou com as visões restritivas dos responsáveis da RTP e, bem assim, de alguns "democratas" africanos que, não poucas vezes, a calaram só porque não seguiu as suas - deles - cartilhas políticas.

Porque é isso que se deseja de uma Comunicação Social responsável e independente deixo, hoje, os meus parabéns à RTP-África e aos seus colaboradores, com os votos que perdure na defesa da língua portuguesa que une os povos africanos, lusos, brasileiros e timorenses.

Bem haja RTP-África!

Citado no portal do Jornal Pravda (http://port.pravda.ru/news/cplp/08-01-2013/34159-rtp_africa-0/

03 janeiro 2013

O meu 2012 em revista no Facebook

Podem aceder ao "Meu ano em revista" no Facebook por este acesso!

Poderão ver algumas fotos e as 20 principais notícias ou acessos durante o ano de 2012, segundo os administradores do Facebook!

Nota: para os que desejam aceder à minha página e não estão inscritos podem fazê-lo solicitando "amizade" ou subscrevendo. Aviso, todavia, que só aceito pedidos de amizade de pessoas que reconheço - ou sem quem realmente são - ou de pessoas cujo fotos sejam previsivelmente delas. Fotos de animais (pelo respeito que me merecem) ou de crianças não terão resposta!

Também solicito aos amigos já existentes que deixem de propor terceiros. Estes, se desejarem, solicitem "amizade" indicando terem sido sugeridos a fazê-lo por (indicam a pessoa que o sugeriu).

Bom Ano de 2013 com muitas notícias e apontamentos, de preferível, positivos!

01 janeiro 2013

Acabou mal o dia de S. Silvestre em Luanda…

(Só o logótipo em fogo do cartaz quase que dizia a que iam...; foto recolhida no blogue Universal)

Dois apontamentos ontem e hoje colocados na minha página do Facebook sobre o hipotético acto de fé que deveria ter ocorrido ontem no Estádio da Cidadela e que resultou em vítimas mortais e inúmeros feridos.


Ontem ao cair do ano…
Lamentável que o final do ano termine tão mal em Luanda, mais concretamente no Estádio da Cidadela- Segundo Coque Mukuta e citado no blogue Universal terá ocorrido uma tragédia no Estádio da Cidadela. Esta notícia recebi-a, primeiro, a partir de Berlim:

"Mais de 12 fiéis maioritariamente crianças morrem por asfixia na vigília da igreja universal na cidadela. A propaganda daqueles dirigentes religiosos era “o fim dos seus problemas”, afinal os problemas só acabam mesmo com o fim da vida? O recinto está lotado e o pessoal vai caindo. São encaminhados para o Américo Boavida e muitos deles acabam por morrer. Fala-se já em 12 mortos"

Lamentável como se usa o dogmatismo religiosos para fins pouco admissíveis ou sem se cuidar, devidamente, da segurança de fieis e, principalmente, do das crianças!

Hoje, no novo ano e após ler sobre esta notícia no SAPO.ao:
A TPA no noticiário da hora de almoço já avançava com 13 vítimas mortais, sendo que 12 parecem ter dado entrada no Américo Boavida.

Como é possível que os nossos concidadãos ainda vão na onda de uma igreja - com "i" muito pequeno - que mais não demonstra ser que um receptáculo de dinheiro e pouca religião.

Quem faz uma propaganda de "Fim" e anuncia o fim dos problemas não é uma igreja nem um visionário; é um charlatão.

Para isso há os psicólogos clínicos que, mesmo eles, não acabam com os problemas, ajudam a lidar com estes!

Aos familiares das vítimas o meu lamento e os meus sentimentos. Ao Governo e às autoridades que da próxima vez que autorizarem estas "manifestações" obriguem ao acompanhamento de apoios médicos, bombeiros e autoridades!