O 1º de Maio é, por convenção internacional o Dia Internacional do Trabalhador; por tal facto as minhas homenagens aos trabalhadores que longe das suas terras, dos seus países e das suas famílias lutam por uma vida melhor tanto para si como, principalmente, pelos seus que lá longe esperam pelo seu regresso são e salvo.
quadro de Nora Patrich “Mother and Child”
Mas este ano, é também, pelo menos em Portugal, o Dia da Mãe.
Por esse facto, e pelo facto de muitas não terem os seus filhos trabalhadores emigrados junto de si, a minha maior homenagem através dum trecho do poema de Deolinda Rodrigues “À Mamã”*
À Mamã
África
Mamã África
Geraste-me no teu ventre
nasci sob o tufão colonial
chuchei teu leite de cor
cresci
atrofiada mas cresci
juventude rápida
como a estrela que corre
quando morre o nganga.
Hoje sou mulher
não sei se já mulher se velinha
mas é a ti que venho
África
Mamã África
*(parte de um poema que formam as Quatro Mensagens de Vida… de uma cela de morte, de Deolinda Rodrigues, na Antologia Temática de Poesia Africana (2~vol.) de Mário de Andrade, e editado pelo Instituto Caboverdiano do Livro)
30 abril 2005
Angola fez investimentos na Suiça?
De acordo com certos sectores da imprensa Suiça, nomeadamente, o jornal “Le Temps” o Governo angolano terá solicitado ao Banque de Patrimoines Privés Genève (BPG) que gerisse e investisse cerca de 100 milhões de dólares .
De acordo com aquele órgão, o banco suíço terá comprado, ou investido, num palácio em Genebra, num Hotel reconhecido por ser poiso de grandes VIP’s que demandam aquelas paragens e numa farmacêutica norte-americana falida.
Ou seja, delapidação pura de fundos públicos angolanos em paragens que, à partida, nada têm de comum com Angola.
Quer dizer. Nada, excepto no facto de Angola parecer ter recuperado posse de uns determinados fundos que estavam depositados em bancos suíços e que foram desbloqueados pela Procuradoria daquele país, mesmo contra a vontade da Comissão Bancária Suiça, e também pelo facto de ser na Suiça que, periodicamente, se reúne a nata da economia Mundial, em Davos, mais concretamente.
Ora, Angola deve mostrar que é um país desenvolvido e com capacidade de mostrar esse desenvolvimento num país com poucos recursos. Não é?
E esta notícia não teria qualquer relevância se a Embaixada angolana em Berna não tivesse vindo tão prontamente a terreiro considerar “ridículas” as notícias e a Angop não fizesse uso dessa “ridicularia” de imediato.
Também quando um membro do executivo angolano, perante jornalistas do Jornal de Angola avisa que quem quiser escrever contra o principal partido do Governo deve ir para jornais privados, mal seria se o principal órgão informativo angolano não fizesse eco das denúncias “ridículas” por que passa o Estado angolano na segunda sede do Sistema internacional, ou seja, na Suiça.
Sejamos honestos e concedamos o direito de dúvida.
Será que Angola pôs mesmo dinheiro do erário público nas mãos de um banco que está sob investigação internacional como pertencendo a uma rede de “máquinas de lavar”.
A acusação a ser verdadeira, mais do que grave é uma perfeita e completa limpeza de fundos que seriam muito mais úteis no estancar da terrível epidemia por que passa a martirizada província do Uíge.
Agora num palácio – provavelmente a futura casa de féria de Inverno -, num Hotal e numa farmacêutica falida.
Hum!!! Aqui há gato de certeza.
De acordo com aquele órgão, o banco suíço terá comprado, ou investido, num palácio em Genebra, num Hotel reconhecido por ser poiso de grandes VIP’s que demandam aquelas paragens e numa farmacêutica norte-americana falida.
Ou seja, delapidação pura de fundos públicos angolanos em paragens que, à partida, nada têm de comum com Angola.
Quer dizer. Nada, excepto no facto de Angola parecer ter recuperado posse de uns determinados fundos que estavam depositados em bancos suíços e que foram desbloqueados pela Procuradoria daquele país, mesmo contra a vontade da Comissão Bancária Suiça, e também pelo facto de ser na Suiça que, periodicamente, se reúne a nata da economia Mundial, em Davos, mais concretamente.
Ora, Angola deve mostrar que é um país desenvolvido e com capacidade de mostrar esse desenvolvimento num país com poucos recursos. Não é?
E esta notícia não teria qualquer relevância se a Embaixada angolana em Berna não tivesse vindo tão prontamente a terreiro considerar “ridículas” as notícias e a Angop não fizesse uso dessa “ridicularia” de imediato.
Também quando um membro do executivo angolano, perante jornalistas do Jornal de Angola avisa que quem quiser escrever contra o principal partido do Governo deve ir para jornais privados, mal seria se o principal órgão informativo angolano não fizesse eco das denúncias “ridículas” por que passa o Estado angolano na segunda sede do Sistema internacional, ou seja, na Suiça.
Sejamos honestos e concedamos o direito de dúvida.
Será que Angola pôs mesmo dinheiro do erário público nas mãos de um banco que está sob investigação internacional como pertencendo a uma rede de “máquinas de lavar”.
A acusação a ser verdadeira, mais do que grave é uma perfeita e completa limpeza de fundos que seriam muito mais úteis no estancar da terrível epidemia por que passa a martirizada província do Uíge.
Agora num palácio – provavelmente a futura casa de féria de Inverno -, num Hotal e numa farmacêutica falida.
Hum!!! Aqui há gato de certeza.
29 abril 2005
Crise política na Guiné-Bissau condiciona ajudas externas
A crise social e a pouca estabilidade política da Guiné-Bissau continua a condicionar a vida económica – e por extensão a social – do país.
Agora é o Banco Mundial a travar o apoio financeiro previsto para conceder à Guiné-Bissau.
De acordo com o director-adjunto da Região África do B.M. e coordenador da ajuda orçamental para Cabo Verde, Guiné-Bissau, Gâmbia e Senegal, Iradj Alikhani, no final de uma reunião de trabalho com o primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, e com o ministro das Finanças, João Fadiah, aquela Instituição financeira só deverá disponibilizar os fundas – cerca de 10 milhões de dólares – até Julho e desde haja paz e estabilidade no país.
Já a União Europeia travou, até Agosto, a sua ajuda de 9 milhões de Euros e que, tal como os fundos do B.M. serão canalizados para cobrir parte do défice orçamental, de 27 milhões de Euros.
Até lá, a Guiné-Bissau vai ter de gerir a sua estabilidade social, financeira, política e, acima de tudo, militar.
Agora é o Banco Mundial a travar o apoio financeiro previsto para conceder à Guiné-Bissau.
De acordo com o director-adjunto da Região África do B.M. e coordenador da ajuda orçamental para Cabo Verde, Guiné-Bissau, Gâmbia e Senegal, Iradj Alikhani, no final de uma reunião de trabalho com o primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, e com o ministro das Finanças, João Fadiah, aquela Instituição financeira só deverá disponibilizar os fundas – cerca de 10 milhões de dólares – até Julho e desde haja paz e estabilidade no país.
Já a União Europeia travou, até Agosto, a sua ajuda de 9 milhões de Euros e que, tal como os fundos do B.M. serão canalizados para cobrir parte do défice orçamental, de 27 milhões de Euros.
Até lá, a Guiné-Bissau vai ter de gerir a sua estabilidade social, financeira, política e, acima de tudo, militar.
28 abril 2005
O Jornalismo e a cultura democrática em Angola
“É uma profissão marcada por armadilhas e incompreensões avultadas, sobretudo pela incultura dos poderes instituídos Em qualquer Estado onde o capitalismo, sob a capa da democracia impera, a intervenção da imprensa será tomada como um bem necessário no que diz respeito à informação sobre os fenómenos sociais e políticos benfazejos aos interesses públicos, pessoais ou estatais. De igual forma, em qualquer Estado onde o capitalismo, sob a capa da democracia impera, esta mesma intervenção será tida - em espiral - como um bem desnecessário, no que diz respeito à informação dos fenómenos sociais ou políticos recheados de corrupção, ou que contenham sérios factos que enfermam e comprometam a sociedade e/ou o próprio Estado. Parece paradoxal e incompreensível, mas não.”
Face aos problemas por que passam a Comunicação Social, nomeadamente, em Angola, um interessante artigo de Opinião, assinado pelo angolano Curry Duvall, e que pode ser lido no Notícias Lusófonas
Face aos problemas por que passam a Comunicação Social, nomeadamente, em Angola, um interessante artigo de Opinião, assinado pelo angolano Curry Duvall, e que pode ser lido no Notícias Lusófonas
27 abril 2005
Quo Vadis Guiné-Bissau?
Mal vai uma democracia quando movimentos ditos cívicos colocam em causa chefias militares, ao ponto da comunidade internacional ficar, deveras, preocupada (?); mas que parece já não estar quando ex-Chefes de Estado põem em causa a Constituição Nacional e se mantém queda e muda, pelos menos, aparentemente ao ponto de financiar a abertura de um novo Banco comercial.
Vem a isto à situação das eventuais ameaços, como segundo alguns órgãos de Comunicação Social têm realçado, ao Chefe do Comité Militar guineense, B'Tchofla Na Fafé, que tem sido alvo nos últimos dias por parte de políticos e militares afectos, segundo consta, a Kumba Yalá.
É preciso não esquecer, e pelos vistos em Bissau há quem queira, oportunisticamente, esquecer, que Yalá, de acordo com a Carta de Transição Política que assinou – e que diz tê-lo feito sob pressão (de quem? se os membros falados estão fora do país ou já o desmentiram) - prevê que o ex-presidente não pode exercer actividades político-partidárias nos cinco anos subsequentes à renúncia, isto é, até Setembro de 2008.
Yalá recorreu ao Tribunal; mas, entretanto, vai levando por diante movimentações política e “ameaças” veladas de, caso seja necessário, efectuar um Golpe para, nas suas palavras, “repor a legalidade democrática e Constitucional”. Talvez fosse verdade se não viesse de um indivíduo que, nos últimos tempos de governação mais parecia um bobo na corte com os seus pensamentos filosóficos absurdos que um presidente responsável num país soberano.
Ou seja. Era um político nada credível aos olhos da Comunidade internacional que, constantemente, apoia e doa os fundos com que a Guiné-Bissau gere a sua política financeira.
Será que os apoiantes de Yalá, ou Vieira, - e acredito que uma grande parte sê-lo-á na convicção de que os mesmos estão a ser ostracizados indevidamente – estarão preparados para uma crise como a que, por certo, o país irá sofrer caso os mesmos voltem ao poder?
Não creio. E como eu, uma grande parte dos doadores internacionais.
Só assim se compreendem as “preocupações” internacionais perante as ameaças que os militares também sofrem.
Ou seja. O país caminha a passos largos para uma completa e interminável instabilidade que só aproveita aos seus vizinhos. Um que quer o petróleo todo para si (Senegal) e outro que quer levar por diante a máxima de Sékou Touré (a Grande Guiné).
Caberão aos guineenses mostrar aos oportunistas que não é isso que desejam. As próximas eleições pesidenciais poderão ser o “canto do cisne” desses oportunistas.
Assim queiram os guineenses, independentemente da sua raiz étnica.
Vem a isto à situação das eventuais ameaços, como segundo alguns órgãos de Comunicação Social têm realçado, ao Chefe do Comité Militar guineense, B'Tchofla Na Fafé, que tem sido alvo nos últimos dias por parte de políticos e militares afectos, segundo consta, a Kumba Yalá.
É preciso não esquecer, e pelos vistos em Bissau há quem queira, oportunisticamente, esquecer, que Yalá, de acordo com a Carta de Transição Política que assinou – e que diz tê-lo feito sob pressão (de quem? se os membros falados estão fora do país ou já o desmentiram) - prevê que o ex-presidente não pode exercer actividades político-partidárias nos cinco anos subsequentes à renúncia, isto é, até Setembro de 2008.
Yalá recorreu ao Tribunal; mas, entretanto, vai levando por diante movimentações política e “ameaças” veladas de, caso seja necessário, efectuar um Golpe para, nas suas palavras, “repor a legalidade democrática e Constitucional”. Talvez fosse verdade se não viesse de um indivíduo que, nos últimos tempos de governação mais parecia um bobo na corte com os seus pensamentos filosóficos absurdos que um presidente responsável num país soberano.
Ou seja. Era um político nada credível aos olhos da Comunidade internacional que, constantemente, apoia e doa os fundos com que a Guiné-Bissau gere a sua política financeira.
Será que os apoiantes de Yalá, ou Vieira, - e acredito que uma grande parte sê-lo-á na convicção de que os mesmos estão a ser ostracizados indevidamente – estarão preparados para uma crise como a que, por certo, o país irá sofrer caso os mesmos voltem ao poder?
Não creio. E como eu, uma grande parte dos doadores internacionais.
Só assim se compreendem as “preocupações” internacionais perante as ameaças que os militares também sofrem.
Ou seja. O país caminha a passos largos para uma completa e interminável instabilidade que só aproveita aos seus vizinhos. Um que quer o petróleo todo para si (Senegal) e outro que quer levar por diante a máxima de Sékou Touré (a Grande Guiné).
Caberão aos guineenses mostrar aos oportunistas que não é isso que desejam. As próximas eleições pesidenciais poderão ser o “canto do cisne” desses oportunistas.
Assim queiram os guineenses, independentemente da sua raiz étnica.
23 abril 2005
Timor-Lorosae, assim não vão lá
Sob este título, o jornalista Orlando Castro, na rubrica Alto Hama, no NL, faz uma interessante reflexão sobre a situação actual no 8º país da Lusofonia(?) - ler aqui.
(Desculpem o ponto de interrogação mas quando começamos a ver a Lusofonia ser claramente questionada como suporte da língua portuguesa até pelos responsáveis do Instituto Camões...).
Orlando Castro não só analisa e questiona o que se passa no país do jacaré (ou crocodilo, como quiserem chamar) como traz a lume trechos de uma entrevista dada por Xanana ao Jornal de Notícias, em Fevereiro de 1999, e que parecem ser promonitórias "“A independência não se consegue, ou não se constrói, com um simples içar da bandeira”... ".
Tudo isto tem a haver com a crise que rebentou entre os Bispos católicos e o Governo de Mário Alkatiri (interessante não esquecer que Alkatiri foi durante vários anos o representante da Fretilin em Maputo) por causa de tornar a disciplina de Relegião e Moral como facultativa.
Num Estado em que os diferentes sectores devem estar separados, esta proposta governamental até que é correcta. Mas, num país novo,que cimentou a sua independência na guerrilha "patrocinada" pelo catolicismo, há ideias que pelo timing não são de, imediato, execuíveis.
E esta é uma delas.
Ou, como escreve Orlando Castro, "Não é que deixem de ser verdades se ditas fora do tempo. Mas todo o cuidado é pouco. Neste caso, parece-me que o Governo e a Igreja falam quando deviam estar calados e estão calados quando deveriam falar."
Senhores bispos e governantes de Timor-Lorosae, deixem a populaça sossegada e cheguem a um consenso.
Há cerca de 30 anos, por motivos quse semelhantes, a Indonésia invadiu e ocupou; e hoje com a Austrália tão perto e a avisar que terroristas islâmicos estão acoitados no território timorense...
(Desculpem o ponto de interrogação mas quando começamos a ver a Lusofonia ser claramente questionada como suporte da língua portuguesa até pelos responsáveis do Instituto Camões...).
Orlando Castro não só analisa e questiona o que se passa no país do jacaré (ou crocodilo, como quiserem chamar) como traz a lume trechos de uma entrevista dada por Xanana ao Jornal de Notícias, em Fevereiro de 1999, e que parecem ser promonitórias "“A independência não se consegue, ou não se constrói, com um simples içar da bandeira”... ".
Tudo isto tem a haver com a crise que rebentou entre os Bispos católicos e o Governo de Mário Alkatiri (interessante não esquecer que Alkatiri foi durante vários anos o representante da Fretilin em Maputo) por causa de tornar a disciplina de Relegião e Moral como facultativa.
Num Estado em que os diferentes sectores devem estar separados, esta proposta governamental até que é correcta. Mas, num país novo,que cimentou a sua independência na guerrilha "patrocinada" pelo catolicismo, há ideias que pelo timing não são de, imediato, execuíveis.
E esta é uma delas.
Ou, como escreve Orlando Castro, "Não é que deixem de ser verdades se ditas fora do tempo. Mas todo o cuidado é pouco. Neste caso, parece-me que o Governo e a Igreja falam quando deviam estar calados e estão calados quando deveriam falar."
Senhores bispos e governantes de Timor-Lorosae, deixem a populaça sossegada e cheguem a um consenso.
Há cerca de 30 anos, por motivos quse semelhantes, a Indonésia invadiu e ocupou; e hoje com a Austrália tão perto e a avisar que terroristas islâmicos estão acoitados no território timorense...
22 abril 2005
Liberdade
É voz popular que de poetas e loucos, todos temos um pouco.
Pois deixem-me pôr aqui um pouco dessa loucura que é a poesia, e em homenagem ao 25 de Abril de 1974, que muitos, infelizmente, adulteraram, fui buscar ao meu baú das memórias um poema (felizmente para quem lê, escrevi muito poucos) sobre a Liberdade.
LIBERDADE
Aos operários que por melhores salários lutam,
aos camponeses que por melhores dias reclamam,
a Liberdade os recompensará...
Às mulheres que pela igualdade batalham,
aos homens que pelos seus direitos gritam,
a Liberdade chegará...
Aos países que pela libertação clamam,
aos povos famintos que contra a fome esbracejam,
a Liberdade sorrirá...
Aos povos tiranizados que contra a opressão batem,
aos países pobres que contra a miséria combatem,
a Liberdade também os abraçará...
A Angolana Revolução
os Movimentos emancipalistas,
os Heróis da Libertação,
a Liberdade os jubilará...
Liberdade,
pequena é esta palavra,
múltiplos os seus sentidos.
Para muitos um suspiro,
um clamor;
para todos, porém,
um símbolo,
muito sangue e muita dor.
Lobitino Almeida N’gola (já nesta altura gostava de assinar assim),
Luanda, 28-Abril-1975
Pois deixem-me pôr aqui um pouco dessa loucura que é a poesia, e em homenagem ao 25 de Abril de 1974, que muitos, infelizmente, adulteraram, fui buscar ao meu baú das memórias um poema (felizmente para quem lê, escrevi muito poucos) sobre a Liberdade.
LIBERDADE
Aos operários que por melhores salários lutam,
aos camponeses que por melhores dias reclamam,
a Liberdade os recompensará...
Às mulheres que pela igualdade batalham,
aos homens que pelos seus direitos gritam,
a Liberdade chegará...
Aos países que pela libertação clamam,
aos povos famintos que contra a fome esbracejam,
a Liberdade sorrirá...
Aos povos tiranizados que contra a opressão batem,
aos países pobres que contra a miséria combatem,
a Liberdade também os abraçará...
A Angolana Revolução
os Movimentos emancipalistas,
os Heróis da Libertação,
a Liberdade os jubilará...
Liberdade,
pequena é esta palavra,
múltiplos os seus sentidos.
Para muitos um suspiro,
um clamor;
para todos, porém,
um símbolo,
muito sangue e muita dor.
Lobitino Almeida N’gola (já nesta altura gostava de assinar assim),
Luanda, 28-Abril-1975
Sem Computador...
... Logo, 3 (três) dias de férias que este instrumento de trabalho, consulta e, porque não, de lazer me vai proporcionar, embora com uma certa raiva.
No mínimo.
Espero na terça-feira já ter o meu de volta.
E Bom Dia da Liberdade para aqueles que a podem ter... como verdadeira e legitimamente sua.
No mínimo.
Espero na terça-feira já ter o meu de volta.
E Bom Dia da Liberdade para aqueles que a podem ter... como verdadeira e legitimamente sua.
23 de Março, Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor
Amanhã vai ser celebrado o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor.
Ora é aqui nos Blogues que, por vezes, esses Direitos não vêem ser considerados.
Quantas vezes já não vi colegas deste mesmo “métier” se queixarem de ver apontamentos seus serem utilizados despudoradamente e, por vezes, em versão integral, como artigos de imprensa originais e sem serem minimamente citados.
Para alguns quantos analistas, os Blogues já começam a ser olhados como os “High lights” das Notícias dos próximos matutinos.
Pena é não lhes serem dados as devidas valorizações. Ou seja: verem citados os nomes, os pseudónimos, ou os Blogues como “as fontes de informação” que já começam a ser.
E por falar em livros.
Acabei de ler dois interessantes livros, um deles quase da minha idade:
"Novos Contos d' Africa", vários autores (entre eles Luandino Vieira), edição das Pub. Imbondeiro, 1962;
"Repensar Angola", uma colectânia de artigos do historiador do nacionalismo angolano Carlos Pacheco, edição Vega Editora, 2000;
e agora vou começar a ler a obra, em 2 volumes, de José Adelino Maltez, "Tradição e Revolução", editada este ano pela Tribuna da História.
Ora é aqui nos Blogues que, por vezes, esses Direitos não vêem ser considerados.
Quantas vezes já não vi colegas deste mesmo “métier” se queixarem de ver apontamentos seus serem utilizados despudoradamente e, por vezes, em versão integral, como artigos de imprensa originais e sem serem minimamente citados.
Para alguns quantos analistas, os Blogues já começam a ser olhados como os “High lights” das Notícias dos próximos matutinos.
Pena é não lhes serem dados as devidas valorizações. Ou seja: verem citados os nomes, os pseudónimos, ou os Blogues como “as fontes de informação” que já começam a ser.
E por falar em livros.
Acabei de ler dois interessantes livros, um deles quase da minha idade:
"Novos Contos d' Africa", vários autores (entre eles Luandino Vieira), edição das Pub. Imbondeiro, 1962;
"Repensar Angola", uma colectânia de artigos do historiador do nacionalismo angolano Carlos Pacheco, edição Vega Editora, 2000;
e agora vou começar a ler a obra, em 2 volumes, de José Adelino Maltez, "Tradição e Revolução", editada este ano pela Tribuna da História.
A Comunicação Social – Artigo de Opinião
“Uma vez mais a questão da Comunicação Social angolana volta a ribalta. Depois dos problemas por que passou o Semanário Agora com duas tiragens a ficarem “surpreendentemente” esgotadas quase antes de saírem para os ardinas (de tal forma “voaram” que alguns ardinas nem conseguiram ver nem o papel nem os kwanzas) das críticas que, sistematicamente, alguns órgãos mais independentes são objecto (basta ver os comentários disponibilizados em online) eis que a UNITA decidiu – esperemos que em boa-hora e que não tenha sido só uma manobra para encobrir os problemas internos, que os partidos que se querem jovens, por vezes auto-fomentam – chamar à colação esta tão difícil, quanto delicada, questão.”
O resto deste artigo de opinião, bem assim os comentários que já gerou, pode ser lido no AngoNotícias, sob o título “A Comunicação Social já não vai com declarações políticas”.
O resto deste artigo de opinião, bem assim os comentários que já gerou, pode ser lido no AngoNotícias, sob o título “A Comunicação Social já não vai com declarações políticas”.
21 abril 2005
A CS angolana de novo
20 abril 2005
Entrou Prefeito saiu Papa
Sobre a precariedade económica do Continente Negro e sobre as críticas às atitudes e às responsabilidades do Ocidente, em especial do Banco Mundial e do FMI, não se pode atribuir apenas ao Ocidente a responsabilidade “pelo desnível económico entre o Norte e o Sul se ter tornado, não pequeno, mas maior”. Ainda de acordo com o novo Papa, Bento XIV, existem causas internas no Terceiro Mundo “ em especial a corrupção muitas vezes dominante e em não poucas regiões, também a falta do “ethos” (costume, moral, ética) do trabalho” ao que ainda se acresce a insalubridade da maioria da sua população.
Isto afirmava o então Cardeal Joseph Ratzinger, e a partir de hoje, Papa Bento (ou Benedito) XVI, em princípios dos anos 90, (citado na minha Dissertação Final para o Mestrado em Relações Internacionais, em Outubro de 2000).
Ratzinger achava que o Ocidente tinha prescindido completamente dos problemas éticos e pensou poder promover de modo puramente mecânico a criação de economias modernas, no que terá sido apoiado pelas próprias Igrejas que se tornaram defensoras desta ilusão materialista. Como Ratzinger afirmava aplicavam o princípio “pimum vivere, deinde philosophari” ou seja, era o primado dos benefícios do bem-estar e, só depois, se poderia falar de Deus.
Esta era a teoria mais inoportuna para o então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Daí que Ratzinger não se surpreendesse com a raiva que, na altura, o Terceiro Mundo nutria pela Europa e por América. Considerava que as civilizações e religiões africanas e as identidades latino-americanas sentiam as suas almas recalcadas, facto tanto mais evidente que após a saída de cena dos modela marxista da América Latina, a revolta vira-se contra a Europa e o cristianismo devido à repressão sofrida pelas civilizações ameríndas e pela escravatura africana deportada para a América e, subsequentemente, com perca da sua identidade cultural e religiosa.
Ou seja, segundo palavras de Ratzinger, para o pensamento dos latino-americanos a Europa e o cristianismo serão sinónimos de poder, domínio e produtores de alienação.
Afirma, também, que a África vê o Cristianismo sofrer dessa regressão com a acentuada tendência das grandes Igrejas em se fragmentarem em inúmeras seitas, com predominância em seitas de raiz norte-americana.
Estes eram alguns dos pensamentos do então Cardeal Joseph Ratzinger, em princípios dos anos 90. Sobre as ideias do novo Papa Bento XIV e se estiverem preparados para tal, proponho-vos a leitura da sua obra A Igreja e a Nova Europa, Lisboa, Editorial Verbo, 1993.
Isto afirmava o então Cardeal Joseph Ratzinger, e a partir de hoje, Papa Bento (ou Benedito) XVI, em princípios dos anos 90, (citado na minha Dissertação Final para o Mestrado em Relações Internacionais, em Outubro de 2000).
Ratzinger achava que o Ocidente tinha prescindido completamente dos problemas éticos e pensou poder promover de modo puramente mecânico a criação de economias modernas, no que terá sido apoiado pelas próprias Igrejas que se tornaram defensoras desta ilusão materialista. Como Ratzinger afirmava aplicavam o princípio “pimum vivere, deinde philosophari” ou seja, era o primado dos benefícios do bem-estar e, só depois, se poderia falar de Deus.
Esta era a teoria mais inoportuna para o então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Daí que Ratzinger não se surpreendesse com a raiva que, na altura, o Terceiro Mundo nutria pela Europa e por América. Considerava que as civilizações e religiões africanas e as identidades latino-americanas sentiam as suas almas recalcadas, facto tanto mais evidente que após a saída de cena dos modela marxista da América Latina, a revolta vira-se contra a Europa e o cristianismo devido à repressão sofrida pelas civilizações ameríndas e pela escravatura africana deportada para a América e, subsequentemente, com perca da sua identidade cultural e religiosa.
Ou seja, segundo palavras de Ratzinger, para o pensamento dos latino-americanos a Europa e o cristianismo serão sinónimos de poder, domínio e produtores de alienação.
Afirma, também, que a África vê o Cristianismo sofrer dessa regressão com a acentuada tendência das grandes Igrejas em se fragmentarem em inúmeras seitas, com predominância em seitas de raiz norte-americana.
Estes eram alguns dos pensamentos do então Cardeal Joseph Ratzinger, em princípios dos anos 90. Sobre as ideias do novo Papa Bento XIV e se estiverem preparados para tal, proponho-vos a leitura da sua obra A Igreja e a Nova Europa, Lisboa, Editorial Verbo, 1993.
18 abril 2005
Medicamentos em perigo ou incúria?
Sem qualquer comentário – já basta a gravidade da notícia - esta triste informação retirada do Panapress, sob o título “Toneladas de remédios poderão deteriorar-se em São Tomé e Príncipe”.
“Mais de 16 toneladas de medicamentos oferecidos pela Cooperação Portuguesa ao Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe correm o risco de deteriorarem-se por sobrestadia no porto de São Tomé debaixo de temperaturas elevadas.
Os remédios doados a pedido do Ministério da Saúde do arquipélago estão há pelo menos 4 meses no porto de São Tomé sob altas temperatura, sem que se processe o despacho para o seu levantamento.
(…) Contactados pela PANA, tanto o director do gabinete do ministro da Saúde como o director do Centro Hospitalar de São Tomé (CHST) negaram fazer qualquer comentário sobre a questão (…) as direcções da Empresa Nacional dos Portos (ENAPORT) e das Alfândegas afirmaram que desconhecem as causas da demora no desalfandegamento da mercadoria.
Segundo observadores na capital são-tomense, num país onde a saúde está "doente" e que carece de medicamentos não se compreendem que estes remédios fiquem esquecidos no porto durante tanto tempo”.
“Mais de 16 toneladas de medicamentos oferecidos pela Cooperação Portuguesa ao Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe correm o risco de deteriorarem-se por sobrestadia no porto de São Tomé debaixo de temperaturas elevadas.
Os remédios doados a pedido do Ministério da Saúde do arquipélago estão há pelo menos 4 meses no porto de São Tomé sob altas temperatura, sem que se processe o despacho para o seu levantamento.
(…) Contactados pela PANA, tanto o director do gabinete do ministro da Saúde como o director do Centro Hospitalar de São Tomé (CHST) negaram fazer qualquer comentário sobre a questão (…) as direcções da Empresa Nacional dos Portos (ENAPORT) e das Alfândegas afirmaram que desconhecem as causas da demora no desalfandegamento da mercadoria.
Segundo observadores na capital são-tomense, num país onde a saúde está "doente" e que carece de medicamentos não se compreendem que estes remédios fiquem esquecidos no porto durante tanto tempo”.
17 abril 2005
Casa de Angola, revisão de estatutos
Começou a ser analisada e debatida a nova “Carta Magna” estatutária da Casa de Angola, em Lisboa.
No entanto, e dado o adiantado da hora em que decorria a Assembleia extraordinária para a aprovação dos Estatutos, a Mesa - onde se encontrava o signatário destas linhas -, a pedido da maioria dos associados presentes, decidiu interromper a sessão e recomeçá-la no próximo dia 8 de Maio, sábado, pelas 16 horas.
A quem interessar, nomeadamente aos sócios da Casa de Angola, o projecto dos novos Estatutos estão disponíveis na sede da Casa de Angola, ou podem ser solicitados por e-mail para o endereço: casa.angola@oninet.pt
Foram redactores destes novos Estatutos os associados Jorge Pessoa (coordenador), Olinda França, Gervásio Viana, António de Oliveira e Jaime Araújo.
Guiné-Bissau com governo remodelado
© Aly Silva/Notícias Lusófonas…..
A Guiné-Bissau continua a viver momentos pouco claros, principalmente quando estamos a cerca de 2 meses das eleições presidenciais.
Sabendo que o actual presidente não parece ter vontade em avançar para uma nova e “legítima” prova presidencial e sabendo que é quase norma, em democracia, o primeiro-ministro apresentar a sua demissão ao novo dono da cadeira presidencial não parece ser compreensível a remodelação ocorrida neste fim-de-semana.
Particularmente quando os ministérios mexidos foram dois dos mais sensíveis da governação guineense e o único afastado é considerado como próximo do ex-presidente “Nino” Vieira; ou talvez por isso mesmo.
Mas quando, como se consta nos meios guineenses “Nino” teve o apoio de uma certa franja das Forças Armadas, mesmo que pertinente, pode ser preocupante este afastamento.
Quem esperou até agora para fazer esta remodelação, já exigida desde a intentona de desde Outubro de 2004, poderia ter esperado mais dois meses; nomeadamente quando duas das personalidades que agora ocupam as sensíveis cadeiras das Finanças e Economia, reconhecidas quer internacionalmente, quer pela oposição, como muito capazes, por sinal já lá estavam.
Realce-se, todavia, a entrada de novas senhoras para o governo Gomes Júnior, elevando este número para sete (cinco ministras e duas secretárias de Estado).
A nova composição do governo de Costa Gomes Júnior, tal como a dança das cadeiras, pode lida, na íntegra, no Notícias Lusófonas.
A Guiné-Bissau continua a viver momentos pouco claros, principalmente quando estamos a cerca de 2 meses das eleições presidenciais.
Sabendo que o actual presidente não parece ter vontade em avançar para uma nova e “legítima” prova presidencial e sabendo que é quase norma, em democracia, o primeiro-ministro apresentar a sua demissão ao novo dono da cadeira presidencial não parece ser compreensível a remodelação ocorrida neste fim-de-semana.
Particularmente quando os ministérios mexidos foram dois dos mais sensíveis da governação guineense e o único afastado é considerado como próximo do ex-presidente “Nino” Vieira; ou talvez por isso mesmo.
Mas quando, como se consta nos meios guineenses “Nino” teve o apoio de uma certa franja das Forças Armadas, mesmo que pertinente, pode ser preocupante este afastamento.
Quem esperou até agora para fazer esta remodelação, já exigida desde a intentona de desde Outubro de 2004, poderia ter esperado mais dois meses; nomeadamente quando duas das personalidades que agora ocupam as sensíveis cadeiras das Finanças e Economia, reconhecidas quer internacionalmente, quer pela oposição, como muito capazes, por sinal já lá estavam.
Realce-se, todavia, a entrada de novas senhoras para o governo Gomes Júnior, elevando este número para sete (cinco ministras e duas secretárias de Estado).
A nova composição do governo de Costa Gomes Júnior, tal como a dança das cadeiras, pode lida, na íntegra, no Notícias Lusófonas.
Racismo!!!!
Na semana que está a acabar uma notícia sobre o racismo no desporto voltou a criar parangonas nos órgãos de informação escrita, falada e televisiva.
Muito sinteticamente um jogador argentino terá insultado verbalmente um jogador brasileiro (as palavras não eram audíveis mas os actos não deixavam dúvidas que o argentino não estava a perguntar ao brasileiro pela saúde dos familiares).
Um blogue que muito prezo, “O Bazonga da Kilumba” sob o título “Aconteceu no Brasil” veio a terreiro também dar a sua opinião sobre o assunto fazendo um paralelismo entre a rapidez da justiça brasileira e a celebrada morosidade da portuguesa.
Hoje recebi um e-mail de uma amiga brasileira sobre o assunto que, pela sua oportunidade e certeira flechada merece que o mesmo seja aqui colocado.
Complemente-se, ainda, que esta semana também a Comunidade Europeia criticou o Estado português por haver poucos casos de origem rácica, como se cá não houvesse também a sua quota-parte de racismo ou não houvesse atentados rácicos.
Há-os como bem referiu um representante da justiça portuguesa a uma rádio nacional. Mas há também uma norma jurídica em Portugal que impede que seja tipificada a etnia do queixoso ou da vítima; uma forma de evitar atitudes racistas até por quem esteja a receber a queixa ou por quem a produza. É legítimo, é certo… pessoalmente aprovo esta medida. Não existem etnias ou raças, existem pessoas. Umas caucasianas, outras negróides, outras mongóis…
“Em recente entrevista, Dalmo Dallari, comentou sobre o racismo que são vítimas os jogadores negros que atuam na Europa.
O caso virou manchete no Brasil após o jogador argentino Desabato ofender em campo o jogador Grafite do São Paulo. Os meios de comunicação não divulgaram todas as palavras ofensivas que Desabato disse. Quem navega na net e tem assinatura de algum provedor teve acesso as ofensas. Além de chamá-lo de negro, Desabato disse-lhe para enfiar uma banana no rabo e chamou-o de macaco. Grafite deu queixa do jogador argentino. Muitos comentáristas e jornalistas brasileiros "acharam" exagero.
Todos sabemos que há uma rivalidade enorme entre brasileiros e argentinos, principalmente no futebol.
O Marcelo Tas que tem um blog no UOL também achou exagero e publicou nos seus comentários a pergunta: Por que o Grafite é chamado de Grafite?
A pergunta era uma provocação aos que responderam ao seu comentário anterior criticando-o.
Que existe racismo no Brasil não resta dúvidas. O racismo atinge aos negros e também aos nordestinos. Baiano no Brasil é sinônimo de gente indolente e preguiçosa.
Ao meu ver existe uma grande diferença entre os jogadores do São Paulo chamarem o colega de Grafite e o Desabato chamá-lo de negro e mandá-lo enfiar uma banana no rabo.
De toda essa polêmica o que mais me deixou perplexa é que no Brasil o racismo é crime inafiançável e o Desabato saiu da prisão após pagar 10 mil reais de fiança.
Desse jeito é melhor rasgar a lei...uma vez que o judiciário não a cumpre.”
Para ajudar à festa, o UOL-Notícias voltava à carga com mais um acto racista contra um atleta de raça negra, no caso passado, e uma vez mais, em Espanha (ultimamente tem sido useira e vezeira nestes casos; foi contra a Inglaterra, Roberto Carlos também já foi vítima destes energúmenos que vilipendiam uma Nação):
“A torcida do Atlético de Madri fez uma nova manifestação de racismo ao atirar uma banana em direção ao goleiro camaronês Carlos Kameni, do Espanyol, no empate entre as duas equipes por 0 a 0 neste sábado, em Madri, pelo Campeonato Espanhol.
Kameni defendeu um pênalti cobrado pelo atacante Fernando Torres, do Atlético de Madrid, evitando a vitória da equipe local. Esta foi mais uma demonstração de racismo no futebol da Espanha.”
Até onde é que iremos?
Muito sinteticamente um jogador argentino terá insultado verbalmente um jogador brasileiro (as palavras não eram audíveis mas os actos não deixavam dúvidas que o argentino não estava a perguntar ao brasileiro pela saúde dos familiares).
Um blogue que muito prezo, “O Bazonga da Kilumba” sob o título “Aconteceu no Brasil” veio a terreiro também dar a sua opinião sobre o assunto fazendo um paralelismo entre a rapidez da justiça brasileira e a celebrada morosidade da portuguesa.
Hoje recebi um e-mail de uma amiga brasileira sobre o assunto que, pela sua oportunidade e certeira flechada merece que o mesmo seja aqui colocado.
Complemente-se, ainda, que esta semana também a Comunidade Europeia criticou o Estado português por haver poucos casos de origem rácica, como se cá não houvesse também a sua quota-parte de racismo ou não houvesse atentados rácicos.
Há-os como bem referiu um representante da justiça portuguesa a uma rádio nacional. Mas há também uma norma jurídica em Portugal que impede que seja tipificada a etnia do queixoso ou da vítima; uma forma de evitar atitudes racistas até por quem esteja a receber a queixa ou por quem a produza. É legítimo, é certo… pessoalmente aprovo esta medida. Não existem etnias ou raças, existem pessoas. Umas caucasianas, outras negróides, outras mongóis…
“Em recente entrevista, Dalmo Dallari, comentou sobre o racismo que são vítimas os jogadores negros que atuam na Europa.
O caso virou manchete no Brasil após o jogador argentino Desabato ofender em campo o jogador Grafite do São Paulo. Os meios de comunicação não divulgaram todas as palavras ofensivas que Desabato disse. Quem navega na net e tem assinatura de algum provedor teve acesso as ofensas. Além de chamá-lo de negro, Desabato disse-lhe para enfiar uma banana no rabo e chamou-o de macaco. Grafite deu queixa do jogador argentino. Muitos comentáristas e jornalistas brasileiros "acharam" exagero.
Todos sabemos que há uma rivalidade enorme entre brasileiros e argentinos, principalmente no futebol.
O Marcelo Tas que tem um blog no UOL também achou exagero e publicou nos seus comentários a pergunta: Por que o Grafite é chamado de Grafite?
A pergunta era uma provocação aos que responderam ao seu comentário anterior criticando-o.
Que existe racismo no Brasil não resta dúvidas. O racismo atinge aos negros e também aos nordestinos. Baiano no Brasil é sinônimo de gente indolente e preguiçosa.
Ao meu ver existe uma grande diferença entre os jogadores do São Paulo chamarem o colega de Grafite e o Desabato chamá-lo de negro e mandá-lo enfiar uma banana no rabo.
De toda essa polêmica o que mais me deixou perplexa é que no Brasil o racismo é crime inafiançável e o Desabato saiu da prisão após pagar 10 mil reais de fiança.
Desse jeito é melhor rasgar a lei...uma vez que o judiciário não a cumpre.”
Para ajudar à festa, o UOL-Notícias voltava à carga com mais um acto racista contra um atleta de raça negra, no caso passado, e uma vez mais, em Espanha (ultimamente tem sido useira e vezeira nestes casos; foi contra a Inglaterra, Roberto Carlos também já foi vítima destes energúmenos que vilipendiam uma Nação):
“A torcida do Atlético de Madri fez uma nova manifestação de racismo ao atirar uma banana em direção ao goleiro camaronês Carlos Kameni, do Espanyol, no empate entre as duas equipes por 0 a 0 neste sábado, em Madri, pelo Campeonato Espanhol.
Kameni defendeu um pênalti cobrado pelo atacante Fernando Torres, do Atlético de Madrid, evitando a vitória da equipe local. Esta foi mais uma demonstração de racismo no futebol da Espanha.”
Até onde é que iremos?
16 abril 2005
Haverá um OM em versão portuguesa?
De acordo com o semanário português Expresso, na edição 1694, de 16 de Abril, a juíza que esteve a preparar o denominado caso “Apito Dourado” sobre escândalos no desporto português, com particular incidência no futebol, terá afirmado que um dos arguidos, por sinal presidente de um clube grande na Europa terá conseguido obter benefícios claros para o seu clube em prejuízo evidente de clubes terceiros, comprometendo, assim e de uma forma clara, o referido arguido, entre outros que estão, também, constituídos arguidos no caso.
Reconheço a minha insuficiente formação jurídica para questionar da oportunidade do artigo e das declarações da juíza mas, em todo o caso, gostaria de saber se as mesmas não poderão influenciar as decisões finais do caso, se este for a julgamento, ou mesmo torná-lo nulo?
É que em Portugal, como em todos Estados que se dizem de Direito e de Justiça um arguido só se tornará culpado após julgamento, ou seja, até provas em contrário é sempre inocente. Apesar de todas as linhas já escritas sobre o assunto mereceram mais inclinação para o contrário.
Mas quanto a isso cabe aos juízes – e, ou, aos jurados, caso requeridos – decidirem em conformidade.
No meio desta polémica, e caso se venha a comprovar as palavras da juíza, só fica esta pergunta:
Haverá coragem, por partes das entidades que supervisionam o Futebol português de aplicar a mesma medida que os franceses aplicaram ao Olympique de Marseille, em 1993, com a despromoção do clube e a prisão do principal “artilheiro” do escândalo que levou a essa despromoção?
A questão fica no ar!!! Responda, não quem souber, mas quem quiser.
Reconheço a minha insuficiente formação jurídica para questionar da oportunidade do artigo e das declarações da juíza mas, em todo o caso, gostaria de saber se as mesmas não poderão influenciar as decisões finais do caso, se este for a julgamento, ou mesmo torná-lo nulo?
É que em Portugal, como em todos Estados que se dizem de Direito e de Justiça um arguido só se tornará culpado após julgamento, ou seja, até provas em contrário é sempre inocente. Apesar de todas as linhas já escritas sobre o assunto mereceram mais inclinação para o contrário.
Mas quanto a isso cabe aos juízes – e, ou, aos jurados, caso requeridos – decidirem em conformidade.
No meio desta polémica, e caso se venha a comprovar as palavras da juíza, só fica esta pergunta:
Haverá coragem, por partes das entidades que supervisionam o Futebol português de aplicar a mesma medida que os franceses aplicaram ao Olympique de Marseille, em 1993, com a despromoção do clube e a prisão do principal “artilheiro” do escândalo que levou a essa despromoção?
A questão fica no ar!!! Responda, não quem souber, mas quem quiser.
14 abril 2005
Sporinguê mas meias da UEFA
PARABÉNS SPORINGUÊ
(a minha homenagem a Jorge Perestrêlo, um dos maiores largartos na família angolana)
Assina: um benfiquista que sabe respeitar e aplaudir a valia dos adversários.
(a minha homenagem a Jorge Perestrêlo, um dos maiores largartos na família angolana)
Assina: um benfiquista que sabe respeitar e aplaudir a valia dos adversários.
Lula pede perdão a África pela escravatura
Num acto que tem tanto de politicamente correcto como de uma benignidade patética, “Lula” da Silva, de visita á ilha senegalesa de Gorée, imitou um acto de João Paulo II que, esse sim, foi profundamente inovador.
Ou seja, pediu perdão a África, pelos escravos africanos que foram enviados para o continente americano.
É politicamente correcto porque cai bem na nova sociedade africana que, periodicamente, e há um tempo a esta parte, exige desculpas pública e indemnizações pelos filhos africanos que foram arrancados ao ventre da Mãe África; não esqueçamos que Chissano quando recebeu o título de “Honoris Causa” pela Universidade do Minho voltou a relembrar que os países colonizadores (e esclavagistas) ainda não pediram desculpas públicas pelo ignóbil acto; ou movimentos negros dos EUA que já acusaram Portugal, a par da Espanha e da Igreja Católica, de ser responsável pela escravatura negra e sugerir que sejam pagam indemnizações à semelhança das vítimas do holocausto nazi.
Só que gostaria de saber quem seriam os depositários dessas indemnizações…
É patético o acto porque, nem o Brasil deve-se arrogar de ser o “testa de turco” da América, para se pronunciar em nome do Continente, e nós sabemos que foi na parte Norte do Continente onde se praticaram mais actos de esclavagismo – e não foi até há muito tempo atrás – como nem o presidente brasileiro tem obrigações de índole moral para, em nome do Brasil, dever falar por actos que, na realidade, foram, praticados por outras Nações, em nome da revolução industrial. O Brasil era, tal como outros Estados da região um grande entreposto exportador de matéria-prima para a novel indústria europeia, com particular destaque, para a inglesa, francesa – na altura potência ocupante da região senegalesa, e prussiana (alemã). Há que não esquecer que o Brasil, embora comportando uma população falante da língua portuguesa, é um mosaico etno-cultural de várias Nações que; formam a República Federativa actual.
É patético porque no caso da Igreja Católica e, mais tarde, da Anglicana e da Reformista, que tiveram e foram partes interessadas no esclavagismo (por actos de fé mais que por motivos económicos) o pedido de desculpas e de perdão foi pertinente.
Fica bem enaltecer as qualidades intrínsecas dos africanos; já não fica bem chorar por actos que foram praticados por outros e em nome de interesses, por vezes, inqualificáveis.
Porque é que em vez de se chorar no “leite derramado” não se faz uma verdadeira Conferência multi-nacional e multi-racial e se debate o problema que foi (infelizmente que é, em algumas partes do Continente africano, não escamoteemos) a escravatura.
A ONU seria um local óptimo para se debater a questão.
Mas não seria para pedir indemnizações que essas já estão prescritas; mas sim para louvar a troca de experiências e cultura que um acto de tão absurdo quanto ignóbil permitiu criar grandes Nações e grandes Culturas.
Provavelmente haverão muitos dos que lerem este apontamento que não concordarão ou mesmo verberarão esta minha posição. Todavia, se ela for o princípio de um debate já será muito proveitoso.
Ou seja, pediu perdão a África, pelos escravos africanos que foram enviados para o continente americano.
É politicamente correcto porque cai bem na nova sociedade africana que, periodicamente, e há um tempo a esta parte, exige desculpas pública e indemnizações pelos filhos africanos que foram arrancados ao ventre da Mãe África; não esqueçamos que Chissano quando recebeu o título de “Honoris Causa” pela Universidade do Minho voltou a relembrar que os países colonizadores (e esclavagistas) ainda não pediram desculpas públicas pelo ignóbil acto; ou movimentos negros dos EUA que já acusaram Portugal, a par da Espanha e da Igreja Católica, de ser responsável pela escravatura negra e sugerir que sejam pagam indemnizações à semelhança das vítimas do holocausto nazi.
Só que gostaria de saber quem seriam os depositários dessas indemnizações…
É patético o acto porque, nem o Brasil deve-se arrogar de ser o “testa de turco” da América, para se pronunciar em nome do Continente, e nós sabemos que foi na parte Norte do Continente onde se praticaram mais actos de esclavagismo – e não foi até há muito tempo atrás – como nem o presidente brasileiro tem obrigações de índole moral para, em nome do Brasil, dever falar por actos que, na realidade, foram, praticados por outras Nações, em nome da revolução industrial. O Brasil era, tal como outros Estados da região um grande entreposto exportador de matéria-prima para a novel indústria europeia, com particular destaque, para a inglesa, francesa – na altura potência ocupante da região senegalesa, e prussiana (alemã). Há que não esquecer que o Brasil, embora comportando uma população falante da língua portuguesa, é um mosaico etno-cultural de várias Nações que; formam a República Federativa actual.
É patético porque no caso da Igreja Católica e, mais tarde, da Anglicana e da Reformista, que tiveram e foram partes interessadas no esclavagismo (por actos de fé mais que por motivos económicos) o pedido de desculpas e de perdão foi pertinente.
Fica bem enaltecer as qualidades intrínsecas dos africanos; já não fica bem chorar por actos que foram praticados por outros e em nome de interesses, por vezes, inqualificáveis.
Porque é que em vez de se chorar no “leite derramado” não se faz uma verdadeira Conferência multi-nacional e multi-racial e se debate o problema que foi (infelizmente que é, em algumas partes do Continente africano, não escamoteemos) a escravatura.
A ONU seria um local óptimo para se debater a questão.
Mas não seria para pedir indemnizações que essas já estão prescritas; mas sim para louvar a troca de experiências e cultura que um acto de tão absurdo quanto ignóbil permitiu criar grandes Nações e grandes Culturas.
Provavelmente haverão muitos dos que lerem este apontamento que não concordarão ou mesmo verberarão esta minha posição. Todavia, se ela for o princípio de um debate já será muito proveitoso.
Dois “guardiães” MONUC detidos por razões sexuais
Os escândalos sexuais continuam a manchar a Missão das Nações Unidas na RD Congo (MONUC), com a detenção de dois novos capacetes azuis pela Polícia ugandesa alegadamente por abuso sexual de uma menina de 19 anos, anunciou terça-feira a imprensa.
A Polícia identificou os acusados (…), 39 anos, e (…), 40 anos, todos de nacionalidade nepalesa que foram libertados depois da vítima admitir ter consentido manter relações sexuais com os dois homens por 10 mil shillings ugandeses (cerca de seis dólares americanos).
Ora até aqui nada de mais, se os problemas resultantes tivessem a haver com necessidades sexuais, ou mesmo prostituição, ou com a protecção dos dois indivíduos que quase foram linchados por uma população em fúria que quis invadir o hotel onde estão alojados os capacetes-azuis.
O que já é grave foi que os mesmos, e mais outros 3, terem afirmado que o que queriam era tirar fotos da rapariga em diferentes posições sexuais.
Aqui já não é prostituição, ou incentivo da mesma. É exploração sexual pura. E isto deve ser fortemente penalizado pelas autoridades onusianas para que esta Instituição não fique mais descredibilizada do que está.
Já começam a ser por demais as acusações que a MONUC vem sofrendo.
A Polícia identificou os acusados (…), 39 anos, e (…), 40 anos, todos de nacionalidade nepalesa que foram libertados depois da vítima admitir ter consentido manter relações sexuais com os dois homens por 10 mil shillings ugandeses (cerca de seis dólares americanos).
Ora até aqui nada de mais, se os problemas resultantes tivessem a haver com necessidades sexuais, ou mesmo prostituição, ou com a protecção dos dois indivíduos que quase foram linchados por uma população em fúria que quis invadir o hotel onde estão alojados os capacetes-azuis.
O que já é grave foi que os mesmos, e mais outros 3, terem afirmado que o que queriam era tirar fotos da rapariga em diferentes posições sexuais.
Aqui já não é prostituição, ou incentivo da mesma. É exploração sexual pura. E isto deve ser fortemente penalizado pelas autoridades onusianas para que esta Instituição não fique mais descredibilizada do que está.
Já começam a ser por demais as acusações que a MONUC vem sofrendo.
13 abril 2005
Nino e o regresso a Bissau
Há dias, num artigo no Notícias Lusófonas e aqui citado, questionei a quem interessava a crise na Guiné-Bissau?
Pois eis que no NL, citando fontes de Bissau surge este interessante artigo cujo primeiro parágrafo deixo há vossa consideração. O restante, podem lê-lo clicando no referido parágrafo.
“Um dirigente político da oposição guineense (Silvestre Alves, jurista e líder do Movimento Democrático Guineense, um dos ideólogos da Junta Militar que, liderada pelo brigadeiro Ansumane Mané, derrotou as tropas fiéis ao então presidente "Nino" Vieira no conflito militar de 1998/99 em entrevista à rádio "Bombolom FM") responsabilizou terça-feira as chefias militares da Guiné- Bissau por, contrariando as ordens do governo, terem permitido o regresso ao país do ex-presidente "Nino" Vieira, situação que foi caucionada pela comunidade internacional.”
Depois disto ainda há dúvidas???
E depois surpreendemo-nos, ou parecemos nos surpreender, com as imagens de “felicidade” patenteadas por “Nino” e Yalá e o seu fraterno abraço.
E o país pode continuar à espera e ao sabor de uns quantos?
Pois eis que no NL, citando fontes de Bissau surge este interessante artigo cujo primeiro parágrafo deixo há vossa consideração. O restante, podem lê-lo clicando no referido parágrafo.
“Um dirigente político da oposição guineense (Silvestre Alves, jurista e líder do Movimento Democrático Guineense, um dos ideólogos da Junta Militar que, liderada pelo brigadeiro Ansumane Mané, derrotou as tropas fiéis ao então presidente "Nino" Vieira no conflito militar de 1998/99 em entrevista à rádio "Bombolom FM") responsabilizou terça-feira as chefias militares da Guiné- Bissau por, contrariando as ordens do governo, terem permitido o regresso ao país do ex-presidente "Nino" Vieira, situação que foi caucionada pela comunidade internacional.”
Depois disto ainda há dúvidas???
E depois surpreendemo-nos, ou parecemos nos surpreender, com as imagens de “felicidade” patenteadas por “Nino” e Yalá e o seu fraterno abraço.
E o país pode continuar à espera e ao sabor de uns quantos?
Amostra de vírus de gripe circula livremente
Com a devida vénia reproduzo uma notícia da Globo Online que, pela sua gravidade merece este destaque:
“O Brasil está na lista de países que receberam amostras de um vírus letal de gripe, enviadas por um laboratório dos Estados Unidos como parte de testes anuais rotineiros.
A Organização Mundial de Saúde considerou o envio um erro e pediu que todos os laboratórios destruam as amostras.
As amostras do vírus H2N2 foram enviadas por uma instituição de pesquisa americana, o College of American Pathologists, em Outubro de 2004 e Fevereiro de 2005.
No mês passado, um laboratório do Canadá alertou que o vírus era semelhante ao que causou a pandemia de 1957-58, que matou um a quatro milhões de pessoas.
Além de EUA e Canadá, 16 países e regiões receberam amostras do H2N2.
Veja a lista completa:
Bermudas; Bélgica; Brasil; Canadá; Chile; Estados Unidos; França; Alemanha; Hong Kong; Israel; Itália; Japão; Líbano; México; Coreia do Sul; Arábia Saudita; Singapura; Taiwan”
Mas como é que “pacotes” com vírus, ainda por cima tão letais como quer o laboratório canadiano afirma, quer como a preocupação da OMS demonstra, circulam tão livremente ao ponto da OMS ter de solicitar a sua destruição imediata.
Desta vez África parece ter livre desta inconsciência profissional… será que ficou??? E de outras vezes terá sido “bafejada” com tais pacotes mesmo sabendo da insalubridade pública com que, a grande maioria dos países africanos, apresenta e claras deficientes condições de armazenamento laboratorial?
Depois desta não já não me admira ouvir disparates como… “foram os americanos que puseram o SIDA em África para destruir os africanos”; e, infelizmente, esta já ouvi mais de uma vez.
12 abril 2005
Acórdão Simutenkov: e agora, FIFA?
O Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias (TJCE) decidiu que o jogador russo Igor Simutenkov, passa a gozar de "benefícios idênticos aos dos cidadãos comunitários".
Actualmente a militar num clube norte-americano depois da Freal Federação Espanhola de Futebol lhe ter negado o direito de ser utilizado no Tenerife, onde jogou entre 1999 e 2001, como jogador comunitário.
O TJCE alicerçou a sua decisão no facto da União europeia ter efectuado um acordo especial reconhecido por Acordo de Parceria e Cooperação, no caso celebrado com a Rússia em 1997.
Ora acontece que a UE tem assinado com vários países acordos similares, nomeadamente com o Brasil, Argentina e a grande maioria dos países do ACP (África, Caraíbas e Pacífico).
Quer isto dizer que, em breve, deveremos ter mais africanos a militarem, livremente, nos campeonatos europeus e nas mais diversas modalidades.
Na prática, isso já acontece em França onde os naturais dos países francófonos gozam de direitos desportivos quase iguais aos franceses. Daí se verem inúmeras equipas francesas com imensos e talentosos jogadores nas suas fileiras.
Ou seja, temos, dez anos depois, um novo caso Bosman em que, desta feita, a FIFA nada poderá fazer.
É um acórdão que se vai tornar num grande problema mundial para um dos maiores “polvos” da moderna sociedade; as cúpulas do futebol.
Comissão Parlamentar aprova Pacote eleitoral
......
Já temos um novo pacote legislativo eleitoral aprovado pela comissão parlamentar. E foi com unanimidade… dos 38 membros presentes.
O referido pacote contempla as propostas da Lei Eleitoral, Lei dos Partidos Políticos, Lei do Registo Eleitoral e Código de Conduta Eleitoral. As propostas da Lei de Financiamento dos Partidos Políticos e de Observação Eleitoral já tinham sido aprovadas na especialidade em anterior reunião da comissão parlamentar.
Ah!! Esquecia-me. A oposição abandonou antes da votação em protesto pela irredutibilidade do MPLA em alterar a sua proposta de lei quanto à composição da futura Comissão Nacional Eleitoral.
A proposta do MPLA, que vingou propõe uma Comissão composta por 11 membros a saber: dois indicados pelo Presidente da República, um pelo Ministério da Administração do Território, outro pelo Tribunal Supremo; um pelo Conselho Nacional de Comunicação Social, sendo os restantes seis membros eleitos pelo parlamento, três pelo MPLA, dois pela UNITA e um pelos restantes partidos com representação parlamentar.
A oposição propunha que a Comissão só tivesse 10 personalidades a saber: seis membros eleitos pelo parlamento, designados por cada um dos grupos parlamentares (não queriam mais nada), um eleito pelo plenário do Tribunal Supremo, um nomeado pelo Ministério da Administração do Território, um representante das organizações cívicas e um das igrejas.
Vamos esperar que na aprovação final haja consenso e que nas eleições não subsistam quaisquer dúvidas.
Já temos um novo pacote legislativo eleitoral aprovado pela comissão parlamentar. E foi com unanimidade… dos 38 membros presentes.
O referido pacote contempla as propostas da Lei Eleitoral, Lei dos Partidos Políticos, Lei do Registo Eleitoral e Código de Conduta Eleitoral. As propostas da Lei de Financiamento dos Partidos Políticos e de Observação Eleitoral já tinham sido aprovadas na especialidade em anterior reunião da comissão parlamentar.
Ah!! Esquecia-me. A oposição abandonou antes da votação em protesto pela irredutibilidade do MPLA em alterar a sua proposta de lei quanto à composição da futura Comissão Nacional Eleitoral.
A proposta do MPLA, que vingou propõe uma Comissão composta por 11 membros a saber: dois indicados pelo Presidente da República, um pelo Ministério da Administração do Território, outro pelo Tribunal Supremo; um pelo Conselho Nacional de Comunicação Social, sendo os restantes seis membros eleitos pelo parlamento, três pelo MPLA, dois pela UNITA e um pelos restantes partidos com representação parlamentar.
A oposição propunha que a Comissão só tivesse 10 personalidades a saber: seis membros eleitos pelo parlamento, designados por cada um dos grupos parlamentares (não queriam mais nada), um eleito pelo plenário do Tribunal Supremo, um nomeado pelo Ministério da Administração do Território, um representante das organizações cívicas e um das igrejas.
Vamos esperar que na aprovação final haja consenso e que nas eleições não subsistam quaisquer dúvidas.
11 abril 2005
Director de Hospital do Uíge é demitido por práticas de feiticiaria?
"Matondo Alexandre foi exonerado recentemente do cargo de Director do Hospital Provincial do Uíge pelo Coordenador da Comissão Inter-sectorial do combate ao Marbug, General Osvaldo de Jesus Serra Van-Dúnem, por alegada prática de feitiçaria." (todo o artigo pode ser lido aqui de onde foi retirado com a devida vénia)
Ora isto aconteceu "(…) dia depois, de o Governador Provincial do Uíge António Bento Kangulo, ter convocado uma reunião com os principais Quimbandeiros da província do Uíge para se apurar as causas da morte dos doentes do Marbug, naquela unidade hospitalar."
Segundo aquele “Congresso” um dos motivos prendia-se com o facto de “(…) que havia uma panela de bruxaria no hospital provincial do Uíge, supostamente colocada pelo então Director, Matondo Alexandre” Por esse motivo a referida “panela é que está a matar os doentes do Marbug” afirmando os “doutos conferencistas” “(…) que as almas dessas pessoas estão a trabalhar na fazenda de Matondo Alexandre, na aldeia Banza Pólo, três quilómetros a leste da cidade do Uíge”.
Ou seja, nas palavras de tão distintas e cientificamente reconhecidas pessoas, Matondo está a praticar “matebo”.
De uma coisa é certa. O demitido Director já não escapa à fúria popular como o próprio já terá afirmado.
Comentário: Quando um Governador Civil, convoca um congresso de quibamdas e acolhe como real eventuais casos de bruxaria e por esse facto é demitido um Director de um hospital, com o beneplácito de quem deveria dar algum desconto ao que se diz... então algo vai mal não no Reino da Dinamarca mas no Fetungo que ainda nomeia este tipo de pessoas para tão altos cargos provinciais.
Os sublinhados a negro são da minha responsabilidade.
Ora isto aconteceu "(…) dia depois, de o Governador Provincial do Uíge António Bento Kangulo, ter convocado uma reunião com os principais Quimbandeiros da província do Uíge para se apurar as causas da morte dos doentes do Marbug, naquela unidade hospitalar."
Segundo aquele “Congresso” um dos motivos prendia-se com o facto de “(…) que havia uma panela de bruxaria no hospital provincial do Uíge, supostamente colocada pelo então Director, Matondo Alexandre” Por esse motivo a referida “panela é que está a matar os doentes do Marbug” afirmando os “doutos conferencistas” “(…) que as almas dessas pessoas estão a trabalhar na fazenda de Matondo Alexandre, na aldeia Banza Pólo, três quilómetros a leste da cidade do Uíge”.
Ou seja, nas palavras de tão distintas e cientificamente reconhecidas pessoas, Matondo está a praticar “matebo”.
De uma coisa é certa. O demitido Director já não escapa à fúria popular como o próprio já terá afirmado.
Comentário: Quando um Governador Civil, convoca um congresso de quibamdas e acolhe como real eventuais casos de bruxaria e por esse facto é demitido um Director de um hospital, com o beneplácito de quem deveria dar algum desconto ao que se diz... então algo vai mal não no Reino da Dinamarca mas no Fetungo que ainda nomeia este tipo de pessoas para tão altos cargos provinciais.
Os sublinhados a negro são da minha responsabilidade.
os meus problemas com os portáteis da casa
isto é o que ultimamente sinto relativamente aos portáteis cá de casa.
Aos portáteis e aos simpáticos "ERRORS" que o Blogger com que, por vezes, nos brinda, como foi na semana passada em que só no dia seguinte consegui aceder e colocar dois apontamentos.
Depois do Papa… o Papa
Dentro de uma semana começará o Conclave que irá nomear o sucessor de João Paulo II que ocupará a cadeira de São Pedro, tornando-se no 264º Papa.
De entre os 115 cardeais eleitores, 15 são africanos, a saber:
Bernard Agré, de Abidjan; Emmanuel Wamala, de Kampala; Tumi Christian Wiyghan, de Doualá; Etsou Nzabi Bamungwabi Frédéric, de Kinshasa; Okogie Antoni Olubunmi, de Lagos; Zubeir Wako Gabriel, Cartum; Napier Wilfrid Fox, Durban; Turkson Peter Kodwo Appiah, de Cape Coast (Gana) e o nigeriano Francis Arinzé. o prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, considerado um dos grandes favoritos.
Estes 9 cardeais são elegíveis.
Além destes nove, há 6 cardeais que, pela sua idade, não podem ser eleitores (têm mais de 80 anos) mas podendo, no entanto, ser eleitos: o maurício Margeot Jean, bispo de Port-Louis; o patriarca copto de Alexandria, Ghattas Stephanos II; o decano do colégio cardinalício do Benin, Gantin Bernardin; o arcebispo emérito de Luanda, Alexandre do Nascimento, Alexandre José Maria dos Santos, de Maputo, e Armand Gaétan Razafindratandra, de Antananarivo.
Será que no final do Conclave teremos um Papa Africano?
10 abril 2005
PDP-ANA tem “novo” líder
O “novo” líder eleito é o antigo líder interino Sadiangani Mbimbi, que foi eleito em Congresso com 360 votos relegando para segundo lugar o seu único opositor e vice-Ministro da Juventude e Desportos, Malungo Belo Honoró.
O problema do novo líder será conseguir pacificar e unir um partido, com 200 membros no Comité Central, dos quais cerca de 15% são mulheres,(?) e que viu cerca de 30 a 500 congressistas (estiveram presentes entre 600 a 800 membros) não votarem neste Congresso. É obra!!!!
Ora, de acordo com o líder eleito, o PDP terá que correr para ser a terceira força política do país e dessa forma contribuir para um diálogo aberto e transparente numa Angola nova; e isso deve começar na casa de todos os angolanos. A Assembleia Nacional
E… já agora, quem irá ocupar o lugar do falecido líder assassinado na Assembleia Nacional
O problema do novo líder será conseguir pacificar e unir um partido, com 200 membros no Comité Central, dos quais cerca de 15% são mulheres,(?) e que viu cerca de 30 a 500 congressistas (estiveram presentes entre 600 a 800 membros) não votarem neste Congresso. É obra!!!!
Ora, de acordo com o líder eleito, o PDP terá que correr para ser a terceira força política do país e dessa forma contribuir para um diálogo aberto e transparente numa Angola nova; e isso deve começar na casa de todos os angolanos. A Assembleia Nacional
E… já agora, quem irá ocupar o lugar do falecido líder assassinado na Assembleia Nacional
Regresso de Nino igual a três graves crises
09 abril 2005
Até quando a violência na África do Sul?
(é pena estar tão vilipendiada)
“Um português reformado, de 64 anos, foi quinta-feira de manhã morto por enforcamento no decorrer de um assalto à sua casa em Springs, a leste de Joanesburgo, disse neste sábado à agência Lusa o filho da vítima” (SIC Online)
Esta começa a ser uma notícia preocupante quer para os portugueses, (na verdade não são só os portugueses as vítimas) quer para a República da África do Sul.
Ora a grande preocupação das autoridades sul-africanas, há uns dois anos a esta parte, tem sido, segundo elas, suster os “ crime prioritários”. Daí que, ainda de acordo com aquelas autoridades as mortes terão diminuído 4,9% e os assaltos às habitações, cerca de 3,5%.
Mas a grande realidade não parece ser essa.
Desde o início do ano já foram mortos 8 portugueses, a maioria comerciantes; mas também gregos e outros europeus, como africanos de várias nacionalidades são vítimas dessa sanha assassina.
Não esqueçamos as palavras do ministro da Segurança, Charles Nqakula, em Dezembro de 2004, ao afirmar no Parlamento, que, em média, são violadas diariamente 43 crianças e que em 2003 teriam sido mortas cerca de 700. Mas o mais grave são os números oficiais que dizem serem objecto de condenação só 4,5% das violações e de 13% os condenados por crimes de morte.
Este facto já levou à criação de um Fórum Português Contra a Violência, presidida pelo padre Carlos Gabriel, que, terá tido uma reunião com assessores do presidente português Jorge Sampaio, onde terá exposto a preocupação lusitana sobre a situação desta na África do Sul.
Ora uma das acusações que mais se ouvem na África do Sul está precisamente no facto das autoridades de Lisboa parecerem estar divorciadas das questões luso-sul-africanas, nomeadamente sobre os assassínios (e que já deixaram de ser cíclicos) que vão acontecendo no país de Mandela.
No mesmo diapasão a excelente análise, embora dura, que Orlando Castro faz no Notícias Lusófonas, na sua rubrica Alto Hama, sob o título “África do Sul é cemitério de portugueses”, quando se refere à posição do governo português como passo a citar “Ou será que está mais preocupado com a tese de quem se meter com o PS... leva? Ou será que os portugueses que estão na África do Sul são, como o foram os que fugiram de Angola, Cabinda, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste, cidadãos de segunda?” Todavia, Orlando Castro espera que, na realidade, Lisboa esteja a “actuar no segredo dos deuses para dar uma mão na resolução do caso”.
Também nós.
É urgente que esta situação não descambe e não seja necessário que a África do sul não se torne num Estado não-policial ou que não seja preciso morrerem milhares de pessoas como em Darfur (Sudão) para “a comunidade internacional dizer que vai acordar”.
Ou como escreve Orlando Castro, enquanto em África houver “petróleo, diamantes etc. bem podem matar-se uns aos outros... até porque essas riquezas são uma boa forma de pagamento das armas que tanto americanos como europeus não se cansam de para lá enviar”. Porque se morrerem “todos não haverá problemas... as riquezas continuarão lá”.
E é esta atitude e ideia que temos de alterar.
A bem do Continente… a bem de nós todos.
“Um português reformado, de 64 anos, foi quinta-feira de manhã morto por enforcamento no decorrer de um assalto à sua casa em Springs, a leste de Joanesburgo, disse neste sábado à agência Lusa o filho da vítima” (SIC Online)
Esta começa a ser uma notícia preocupante quer para os portugueses, (na verdade não são só os portugueses as vítimas) quer para a República da África do Sul.
Ora a grande preocupação das autoridades sul-africanas, há uns dois anos a esta parte, tem sido, segundo elas, suster os “ crime prioritários”. Daí que, ainda de acordo com aquelas autoridades as mortes terão diminuído 4,9% e os assaltos às habitações, cerca de 3,5%.
Mas a grande realidade não parece ser essa.
Desde o início do ano já foram mortos 8 portugueses, a maioria comerciantes; mas também gregos e outros europeus, como africanos de várias nacionalidades são vítimas dessa sanha assassina.
Não esqueçamos as palavras do ministro da Segurança, Charles Nqakula, em Dezembro de 2004, ao afirmar no Parlamento, que, em média, são violadas diariamente 43 crianças e que em 2003 teriam sido mortas cerca de 700. Mas o mais grave são os números oficiais que dizem serem objecto de condenação só 4,5% das violações e de 13% os condenados por crimes de morte.
Este facto já levou à criação de um Fórum Português Contra a Violência, presidida pelo padre Carlos Gabriel, que, terá tido uma reunião com assessores do presidente português Jorge Sampaio, onde terá exposto a preocupação lusitana sobre a situação desta na África do Sul.
Ora uma das acusações que mais se ouvem na África do Sul está precisamente no facto das autoridades de Lisboa parecerem estar divorciadas das questões luso-sul-africanas, nomeadamente sobre os assassínios (e que já deixaram de ser cíclicos) que vão acontecendo no país de Mandela.
No mesmo diapasão a excelente análise, embora dura, que Orlando Castro faz no Notícias Lusófonas, na sua rubrica Alto Hama, sob o título “África do Sul é cemitério de portugueses”, quando se refere à posição do governo português como passo a citar “Ou será que está mais preocupado com a tese de quem se meter com o PS... leva? Ou será que os portugueses que estão na África do Sul são, como o foram os que fugiram de Angola, Cabinda, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste, cidadãos de segunda?” Todavia, Orlando Castro espera que, na realidade, Lisboa esteja a “actuar no segredo dos deuses para dar uma mão na resolução do caso”.
Também nós.
É urgente que esta situação não descambe e não seja necessário que a África do sul não se torne num Estado não-policial ou que não seja preciso morrerem milhares de pessoas como em Darfur (Sudão) para “a comunidade internacional dizer que vai acordar”.
Ou como escreve Orlando Castro, enquanto em África houver “petróleo, diamantes etc. bem podem matar-se uns aos outros... até porque essas riquezas são uma boa forma de pagamento das armas que tanto americanos como europeus não se cansam de para lá enviar”. Porque se morrerem “todos não haverá problemas... as riquezas continuarão lá”.
E é esta atitude e ideia que temos de alterar.
A bem do Continente… a bem de nós todos.
08 abril 2005
Congresso do PDP/ANA para eleger líder
...(PDP/ANA)
Começou em Luanda o Congresso do Partido Democrático para Progresso/Aliança Nacional Angolana (PDP/ANA) que irá, provavelmente, confirmar Sediangani Mbimbi, na liderança do PDP/ANA, que já ocupa desde o assassinato do anterior líder, o Prof. Engº. Mfulupinga Landu Victor, há cerca de um ano.
Ora na abertura do Congresso, o líder interino mimoseou o Governo e as autoridades angolanas de “incapazes” por constatar “(…) que, apesar de vários pronunciamentos de grandes entidades do governo sobre o assassínio do nosso líder, que prometeram apresentar com brevidade os resultados do inquérito, infelizmente, até hoje, não existe qualquer esclarecimento".
Ora, não creio que o PDP/ANA, que tem um deputado eleito para a Assembleia Nacional, esteja também preocupada com a morte do seu antigo líder.
Senão vejamos: o único deputado, chamava-se Mfulupinga Landu Victor. Ora desde a morte deste ilustre Professor que o referido lugar deixou de estar ocupado.
Ou seja, há cerca de um ano que o Partido não faz ouvir a sua voz na casa que deve ser de todos nós, a Assembleia Nacional.
Porquê? Quando se apresentou às urnas não o fez com um número mínimo de candidatos? Se sim, onde estão os nºs. 2 e seguintes?
Porque é que não ocupou o lugar vago que lhe pertence por direito?
O simples facto de ocuparem o lugar vago, não iria vilipendiar a imagem de Mfulupinga Vitor mas, pelo contrário, seria um acto de respeito por um homem que tentou fazer ouvir a voz do Partido que liderava. A ocupação da cadeira seria uma clara homenagem ao antigo líder.
No mínimo é estranho. Será que não têm vozes capazes para se fazerem ouvir na A.N.? É… continuo a achar estranho. Porque será?
Começou em Luanda o Congresso do Partido Democrático para Progresso/Aliança Nacional Angolana (PDP/ANA) que irá, provavelmente, confirmar Sediangani Mbimbi, na liderança do PDP/ANA, que já ocupa desde o assassinato do anterior líder, o Prof. Engº. Mfulupinga Landu Victor, há cerca de um ano.
Ora na abertura do Congresso, o líder interino mimoseou o Governo e as autoridades angolanas de “incapazes” por constatar “(…) que, apesar de vários pronunciamentos de grandes entidades do governo sobre o assassínio do nosso líder, que prometeram apresentar com brevidade os resultados do inquérito, infelizmente, até hoje, não existe qualquer esclarecimento".
Ora, não creio que o PDP/ANA, que tem um deputado eleito para a Assembleia Nacional, esteja também preocupada com a morte do seu antigo líder.
Senão vejamos: o único deputado, chamava-se Mfulupinga Landu Victor. Ora desde a morte deste ilustre Professor que o referido lugar deixou de estar ocupado.
Ou seja, há cerca de um ano que o Partido não faz ouvir a sua voz na casa que deve ser de todos nós, a Assembleia Nacional.
Porquê? Quando se apresentou às urnas não o fez com um número mínimo de candidatos? Se sim, onde estão os nºs. 2 e seguintes?
Porque é que não ocupou o lugar vago que lhe pertence por direito?
O simples facto de ocuparem o lugar vago, não iria vilipendiar a imagem de Mfulupinga Vitor mas, pelo contrário, seria um acto de respeito por um homem que tentou fazer ouvir a voz do Partido que liderava. A ocupação da cadeira seria uma clara homenagem ao antigo líder.
No mínimo é estranho. Será que não têm vozes capazes para se fazerem ouvir na A.N.? É… continuo a achar estranho. Porque será?
Onde pára a imunidade dos Deputados?
De acordo com uma notícia lida no Notícias Lusófonas o deputado da UNITA, Manuel Savihemba, terá sido detido, espancado e humilhado por indivíduos que se fazem passar por agentes da Polícia Nacional.
Este acto, ocorrido em Viana, terá sido efectuado na presença de inúmeros cidadãos, do seu motorista, de um Chefe tradicional (soba) e do seu escolta que também terão sido detidos.
Eu só posso acreditar que terão sido indivíduos que se fazem passar por agentes.
Ora a Polícia Nacional sabe que um deputado, salvo em actos cuja ilicitude o determine, só pode ser detido por ordem de um Juiz do Tribunal Supremo.
E, segundo parece, este deputado é bem conhecido dos meandros oficiais angolanos para que possa ser confundido.
Cabe à Polícia Nacional proceder à rápida limpeza da sua imagem e deter que utiliza e enegrece o seu nome frivolamente.
Também a Assembleia Nacional deverá questionar as autoridades porque deixam utilizar levianamente a sua imagem.
Ontem foi o deputado Savihemba, amanhã pode ser um Ministro, quem sabe…
Este acto, ocorrido em Viana, terá sido efectuado na presença de inúmeros cidadãos, do seu motorista, de um Chefe tradicional (soba) e do seu escolta que também terão sido detidos.
Eu só posso acreditar que terão sido indivíduos que se fazem passar por agentes.
Ora a Polícia Nacional sabe que um deputado, salvo em actos cuja ilicitude o determine, só pode ser detido por ordem de um Juiz do Tribunal Supremo.
E, segundo parece, este deputado é bem conhecido dos meandros oficiais angolanos para que possa ser confundido.
Cabe à Polícia Nacional proceder à rápida limpeza da sua imagem e deter que utiliza e enegrece o seu nome frivolamente.
Também a Assembleia Nacional deverá questionar as autoridades porque deixam utilizar levianamente a sua imagem.
Ontem foi o deputado Savihemba, amanhã pode ser um Ministro, quem sabe…
Epiro quê?... a questão
..... MAR v. TERRA
Relativamente ao meu artigo sobre “África, os militares e a política” um nosso confrade, babalaza, questiona-se quanto aos significados de “talassocracia” (que, entretanto, obteve) e epirocracia.
As duas terminologias têm a sua base no grego: Talassa (significa água, mar, oceano); Epiro (caracteriza o terra, continentes); Cracia (domínio); ou seja ambas caracterizam o domínio de algo.
Foram Estados talassocráticos Atenas, Portugal, Inglaterra e, mais recentemente, EUA.
Normalmente a um Estado talassocrático contrapunha um Estado epirocrático. Destes destacam-se Esparta, Cartago, Espanha, França, Prússia/Alemanha e URSS.
Roma foi um caso especial. De início caracterizava-se por ser um Estado epirocrático mas que, com a expansão, se transformou, num República talassocrático.
Ou seja, aos Estados marítimos, cujas capitais são igualmente banhadas pelo mar, ou estão muito próximos do mar, contrapôs quase sempre, e em regra, estados continentais, cujas capitais são, claramente sedeadas no hinterland desses países.
Os Estados talassocráticos caracterizam-se por ter fortes marinhas, enquanto os Estados epirocráticos desenvolveram enormes e bem armados exércitos.
Exemplos claros dessa dicotomia: a Atenas opôs-se a Esparta; contra Roma combateu Cartago; na História recente tivémos Portugal v. Espanha; Inglaterra v. França e, mais tarde, Prússia/Alemanha; e EUA face à URSS.
Relativamente ao meu artigo sobre “África, os militares e a política” um nosso confrade, babalaza, questiona-se quanto aos significados de “talassocracia” (que, entretanto, obteve) e epirocracia.
As duas terminologias têm a sua base no grego: Talassa (significa água, mar, oceano); Epiro (caracteriza o terra, continentes); Cracia (domínio); ou seja ambas caracterizam o domínio de algo.
Foram Estados talassocráticos Atenas, Portugal, Inglaterra e, mais recentemente, EUA.
Normalmente a um Estado talassocrático contrapunha um Estado epirocrático. Destes destacam-se Esparta, Cartago, Espanha, França, Prússia/Alemanha e URSS.
Roma foi um caso especial. De início caracterizava-se por ser um Estado epirocrático mas que, com a expansão, se transformou, num República talassocrático.
Ou seja, aos Estados marítimos, cujas capitais são igualmente banhadas pelo mar, ou estão muito próximos do mar, contrapôs quase sempre, e em regra, estados continentais, cujas capitais são, claramente sedeadas no hinterland desses países.
Os Estados talassocráticos caracterizam-se por ter fortes marinhas, enquanto os Estados epirocráticos desenvolveram enormes e bem armados exércitos.
Exemplos claros dessa dicotomia: a Atenas opôs-se a Esparta; contra Roma combateu Cartago; na História recente tivémos Portugal v. Espanha; Inglaterra v. França e, mais tarde, Prússia/Alemanha; e EUA face à URSS.
Por causa do Blogger...
... Os dois apontamentos abaixo só hoje, 08 de Abril, puderam ser devidamente publicados.
7 de Abril, Dia Mundial da Saúde
No Dia Mundial da Saúde, um interessante texto de Josefa Lamberga (VOA) e citado pelo Angonotícias sob o tão sugestivo quanto preocupante título de “Gravidez em África é um suicídio”
“A felicidade do fenómeno divino da reprodução, a gravidez, é em África e em Angola, em particular, comparável a um acto de suicídio de tão frágil que são as estruturas e políticas sanitárias que provocam um elevado número de mortes materno-infantil, disse o director geral adjunto da OMS, Anarfi Asamoa Baah.
Em Angola, morreram de parto ou de complicações de gravidez no ano transacto mil e quinhentas mulheres em cem mil partos e 195 crianças por cada mil nados-vivos, tendo a África registado 260 mil mortes maternas e entre quinhentos a mil óbitos por cada cem mil nascidos-vivos, esta a triste estatística africana exibida nas comemorações do dia mundial da saúde.(…)”
A esta preocupante situação junta-se a Malária, as febres hemorrágicas (Ébola, Marburg), a Cólera, o Sida e, principalmente, a subnutrição endémica na maioria dos países africanos.
Começa a ser altura de, e de uma vez, os países ricos oferecerem uma parte do seu PIB para a luta contra a principal guerra que o Mundo trava.
Não! Não é o terrorismo.
É a guerra contra as doenças endémicas e aquelas que já parecendo estar erradicadas encetam um inquietante regresso e em força, como, por exemplo, a lepra e a tuberculose.
“A felicidade do fenómeno divino da reprodução, a gravidez, é em África e em Angola, em particular, comparável a um acto de suicídio de tão frágil que são as estruturas e políticas sanitárias que provocam um elevado número de mortes materno-infantil, disse o director geral adjunto da OMS, Anarfi Asamoa Baah.
Em Angola, morreram de parto ou de complicações de gravidez no ano transacto mil e quinhentas mulheres em cem mil partos e 195 crianças por cada mil nados-vivos, tendo a África registado 260 mil mortes maternas e entre quinhentos a mil óbitos por cada cem mil nascidos-vivos, esta a triste estatística africana exibida nas comemorações do dia mundial da saúde.(…)”
A esta preocupante situação junta-se a Malária, as febres hemorrágicas (Ébola, Marburg), a Cólera, o Sida e, principalmente, a subnutrição endémica na maioria dos países africanos.
Começa a ser altura de, e de uma vez, os países ricos oferecerem uma parte do seu PIB para a luta contra a principal guerra que o Mundo trava.
Não! Não é o terrorismo.
É a guerra contra as doenças endémicas e aquelas que já parecendo estar erradicadas encetam um inquietante regresso e em força, como, por exemplo, a lepra e a tuberculose.
07 abril 2005
Nino regressa a Bissau
O regresso de “Nino” Vieira a Bissau põe o PAIGC, e em bom português, de pantanas.
Se desde o início uma franja do eleitorado e de militantes do partido do Governo questionava Malam Bacai Sanha, conforme já o tinha referido no meu artigo no Jornal de Notícias de 28 de Março “De novo nas mãos dos militares” limitando-se a afirmar que ele não era o seu candidato, ora essa contestação ficou reforçada com a notícia do regresso do ex-presidente “Nino” Vieira ao país, o que aconteceu via república da Guiné-Konakri
Não esquecer que, juntamente com o Senegal, foi um dos países que mais o apoiou, mesmo militarmente, “Nino” na revolta de Junho de 1998, liderada por Ansumane Mané.
Como refere o Notícias Lusófonas, citando a agência Lusa, as divergências começam a se acentuar, aparecendo, agora entre os militantes do PAIGC, os grandes obreiros do retorno de “Nino”. Cipriano Cassamá, líder parlamentar, Aristides Gomes, 1º vice-presidente, e Hélder Proença.
No regresso a Bissau, “Nino” afirmou que regressava para “para "recuperar" os seus direitos cívicos e para se recensear”, mas não adiantou nada aos jornalistas e quem presenciou a sua chegada se era, ou não, candidato às eleições de 19 de Junho.
Depois de Yalá, eis que chega um dos “duros” da política guineense.
Será que o país estará preparado para tais confrontos políticos – espera-se que sejam só estes.
É que as duas prioridades de “Nino”, nas palavras de Conduto de Pina, membro do PAIGC e antigo cunhado do ex-presidente, serão o recenseamento como eleitor, em Bissau, e um encontro (entretanto já realizado) com o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Tagmé Na Waie, um homem que, em tempos e como muito bem relembra Jorge Neto, do blogue Africanidades, afirmou à SIC que nunca perdoaria “Nino” porque havia sido torturado a mando deste.
Os próximos capítulos prometem.
Se desde o início uma franja do eleitorado e de militantes do partido do Governo questionava Malam Bacai Sanha, conforme já o tinha referido no meu artigo no Jornal de Notícias de 28 de Março “De novo nas mãos dos militares” limitando-se a afirmar que ele não era o seu candidato, ora essa contestação ficou reforçada com a notícia do regresso do ex-presidente “Nino” Vieira ao país, o que aconteceu via república da Guiné-Konakri
Não esquecer que, juntamente com o Senegal, foi um dos países que mais o apoiou, mesmo militarmente, “Nino” na revolta de Junho de 1998, liderada por Ansumane Mané.
Como refere o Notícias Lusófonas, citando a agência Lusa, as divergências começam a se acentuar, aparecendo, agora entre os militantes do PAIGC, os grandes obreiros do retorno de “Nino”. Cipriano Cassamá, líder parlamentar, Aristides Gomes, 1º vice-presidente, e Hélder Proença.
No regresso a Bissau, “Nino” afirmou que regressava para “para "recuperar" os seus direitos cívicos e para se recensear”, mas não adiantou nada aos jornalistas e quem presenciou a sua chegada se era, ou não, candidato às eleições de 19 de Junho.
Depois de Yalá, eis que chega um dos “duros” da política guineense.
Será que o país estará preparado para tais confrontos políticos – espera-se que sejam só estes.
É que as duas prioridades de “Nino”, nas palavras de Conduto de Pina, membro do PAIGC e antigo cunhado do ex-presidente, serão o recenseamento como eleitor, em Bissau, e um encontro (entretanto já realizado) com o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Tagmé Na Waie, um homem que, em tempos e como muito bem relembra Jorge Neto, do blogue Africanidades, afirmou à SIC que nunca perdoaria “Nino” porque havia sido torturado a mando deste.
Os próximos capítulos prometem.
África, os militares e a política
"Um dos principais problemas de África é a estabilidade política, económica e social.
Para isso, muito contribui uma deficiente classe política, um insípido sector económico baseado numa economia de subsistência e paralela e um perverso costume extra-africano de cindir África em duas correntes político-sociais. Devido, em grande parte ao modelo de implantação talassocrático do colonizador europeu, mais do português que do anglófono ou francófono (este de talassocrático pouco tinha dado que, tal como os espanhóis defendia – e defende – um modelo político epirocrático), e que se consubstanciou na África do contacto e da mudança cultural, em regra identificada com o urbanismo litorâneo, onde a pedagogia e a massificação social superam as condicionantes da transição, temos a corrente que se costume designar das Cidades.
A outra, a campesina ou costumeira, a do Campo, onde o contacto de culturas foi escasso ou, mesmo inexistente, sede de um estatuto e de um privilégio costumeiro, representado pelos chefes tradicionais, cujo o poder é suportado na complexa tese da legitimidade de origem (muito ligado, também, à sucessão matrilinear) e que, em regra, se opõem aos adeptos da mudança."...
Isto é parte de um artigo meu que saiu, hoje, no semanário regional ; o resto pode ser lido aqui
Para isso, muito contribui uma deficiente classe política, um insípido sector económico baseado numa economia de subsistência e paralela e um perverso costume extra-africano de cindir África em duas correntes político-sociais. Devido, em grande parte ao modelo de implantação talassocrático do colonizador europeu, mais do português que do anglófono ou francófono (este de talassocrático pouco tinha dado que, tal como os espanhóis defendia – e defende – um modelo político epirocrático), e que se consubstanciou na África do contacto e da mudança cultural, em regra identificada com o urbanismo litorâneo, onde a pedagogia e a massificação social superam as condicionantes da transição, temos a corrente que se costume designar das Cidades.
A outra, a campesina ou costumeira, a do Campo, onde o contacto de culturas foi escasso ou, mesmo inexistente, sede de um estatuto e de um privilégio costumeiro, representado pelos chefes tradicionais, cujo o poder é suportado na complexa tese da legitimidade de origem (muito ligado, também, à sucessão matrilinear) e que, em regra, se opõem aos adeptos da mudança."...
Isto é parte de um artigo meu que saiu, hoje, no semanário regional ; o resto pode ser lido aqui
06 abril 2005
Luanda pelos olhos e pena de um turista brasileiro
"Ninguém vende chiclete nos engarrafamentos de Luanda. Mas se você quiser comprar tábua de passar, antena de TV, calcinha, relógio de parede, faqueiro ou sapato, é só esperar. Enquanto o trânsito estiver parado – e aqui a hora do rush vai das 8 da manhã às 8 da noite – sempre vai aparecer alguém para vender o mosquiteiro, o cinto, o abajur e a cueca que você estava precisando.
Com sorte, você leva para casa ventilador, três em um, toalha, churrasqueira, benjamins, óculos de grau e a Caras da semana, sem jamais se incomodar em achar uma vaga para estacionar. Você pode se chocar com a pobreza de um lugar em que todo mundo parece viver de vender alguma coisa na beira da estrada. Ou você pode admirar a vitalidade e a capacidade de um povo que inventa uma maneira de sobreviver entre os escombros de uma guerra que durou quase os 30 anos da existência do país. (...)"
Esta excelente análise poderá ser lida, na íntegra, no Angonotícias. É uma delícia para ler até ao fim.
Com sorte, você leva para casa ventilador, três em um, toalha, churrasqueira, benjamins, óculos de grau e a Caras da semana, sem jamais se incomodar em achar uma vaga para estacionar. Você pode se chocar com a pobreza de um lugar em que todo mundo parece viver de vender alguma coisa na beira da estrada. Ou você pode admirar a vitalidade e a capacidade de um povo que inventa uma maneira de sobreviver entre os escombros de uma guerra que durou quase os 30 anos da existência do país. (...)"
Esta excelente análise poderá ser lida, na íntegra, no Angonotícias. É uma delícia para ler até ao fim.
05 abril 2005
Galp Energia no desenvolvimento da Matola
de acordo com o Africanidades “a Galp Energia vai inaugurar na próxima sexta-feira uma unidade de armazenagem e enchimento na Matola, principal cidade industrial de Moçambique, cuja reabilitação custou 2,3 milhões de euros, foi hoje anunciado”.
De acordo com aquele sítio, a Galp Energia/Moçacor, com este novo parque, deverá aumentar a sua capacidade enchimento de gás para 1500 garrafas/dia o que reforçará a sua posição de líder no mercado moçambicano de gás de petróleo liquefeito.
Será que o produto nacional já está a dar frutos?Por outro lado, permitam-me aproveitar este momento para felicitar o meu bom amigo e antigo colega Carlos Tembe, presidente do Município da Matola, por este empreendimento que, por certo, permitirá aumentar a sua eterna e inquebrantável vontade de melhorar o seu município.
De acordo com aquele sítio, a Galp Energia/Moçacor, com este novo parque, deverá aumentar a sua capacidade enchimento de gás para 1500 garrafas/dia o que reforçará a sua posição de líder no mercado moçambicano de gás de petróleo liquefeito.
Será que o produto nacional já está a dar frutos?Por outro lado, permitam-me aproveitar este momento para felicitar o meu bom amigo e antigo colega Carlos Tembe, presidente do Município da Matola, por este empreendimento que, por certo, permitirá aumentar a sua eterna e inquebrantável vontade de melhorar o seu município.
Zimbabwe, eleições com "falhas graves" diz UE
A União Europeia denunciou "uma série de falhas graves" nas as eleições legislativas, realizadas no passado dia 31 de Março no Zimbabwe.
De acordo com fontes oficiais sedeadas em Luxemburgo “a análise do processo e a aplicação das normas internacionais não permitem concluir que as eleições foram livres e democráticas", pelo que continuam a ser "exigências fundamentais" o restabelecimento da democracia e do Estado de direito, bem como o respeito pelos direitos humanos, salientou em comunicado a organização.
Entretanto o sul-africano Independent Online afirma que alguns membros do Movement for Democratic Change (MDC) foram presos num protesto contra as fraudes verificadas nas eleições gerais que, com os 30 “eleitores” nomeados por Mugabe dará ao ZANU-PF obter os 2/3 de assentos que lhe permitirão alterar a Constituição e perpectuar Mugabe e seus companheiros de route ad-eternum.
Entre os detidos está o deputado Nelson Chamisa reeleito pelo subúrbio de of Kuwadzana, Harare, conforme testemunhou o porta-voz da polícia.
Por sua vez, o Namibian Newspaper seguindo na mesma linha observa que o Arcebispo católico de Bulawayo, Pius Ncube, afirmou acreditar que a oposição estava derrotada antecipadamente pelo que estes resultados não o surpreendem.
Por outro lado Ncube afasta qualquer movimento popular de protesto nas ruas do Zimbabwe, do tipo Kiev ou Belgrado porque considera que o povo ainda não está preparado para esse tipo de protestos. Apesar disso considera ser oportuno que se manifeste por via de manifestações populares não violentas.
De acordo com fontes oficiais sedeadas em Luxemburgo “a análise do processo e a aplicação das normas internacionais não permitem concluir que as eleições foram livres e democráticas", pelo que continuam a ser "exigências fundamentais" o restabelecimento da democracia e do Estado de direito, bem como o respeito pelos direitos humanos, salientou em comunicado a organização.
Entretanto o sul-africano Independent Online afirma que alguns membros do Movement for Democratic Change (MDC) foram presos num protesto contra as fraudes verificadas nas eleições gerais que, com os 30 “eleitores” nomeados por Mugabe dará ao ZANU-PF obter os 2/3 de assentos que lhe permitirão alterar a Constituição e perpectuar Mugabe e seus companheiros de route ad-eternum.
Entre os detidos está o deputado Nelson Chamisa reeleito pelo subúrbio de of Kuwadzana, Harare, conforme testemunhou o porta-voz da polícia.
Por sua vez, o Namibian Newspaper seguindo na mesma linha observa que o Arcebispo católico de Bulawayo, Pius Ncube, afirmou acreditar que a oposição estava derrotada antecipadamente pelo que estes resultados não o surpreendem.
Por outro lado Ncube afasta qualquer movimento popular de protesto nas ruas do Zimbabwe, do tipo Kiev ou Belgrado porque considera que o povo ainda não está preparado para esse tipo de protestos. Apesar disso considera ser oportuno que se manifeste por via de manifestações populares não violentas.
Annam publicita as reformas para a ONU
Kofi Annam nomeou quatro personalidades internacionalmente reconhecidas – nem todas pelas melhores razões – para o ajudarem a promover as reformas propostas para ONU. Os quatro “mosqueteiros” são o ex-presidente Chissano, o ex-MNE paquistanês Alatas, o MNE irlandês Ahern e o ex-presidente mexicano Zedillo.
Estas quatro personalidades vão, juntamente com Annam, tentar fazer vingar as reformas que este apresentou e que, entre elas, contém um dos maiores obstáculos para que os 5 grandes apoiem-na incondicionalmente; o alargamento do Conselho de Segurança de 15 para 24 membros.
Não tenhamos dúvidas que depois desta “lança em África” os novos membros eleitos quererão lugares cativos e, depois, uma de duas coisas: ou o direito de veto ou o fim do direito de veto.
E alguém vê os 5 grandes prescindir deste direito oligárquico?
ONU preocupa-se com candidatura de Koumba às presidenciais
Do Panapress e sem mais comentários… para bom entendedor:
O CS das Nações Unidas manifestou-se preocupado com a candidatura do ex-chefe de Estado da Guiné-Bissau, Koumba Yalá, às eleições presidenciais de 19 de Junho, considerando que ela pode aumentar as tensões étnicas e religiosas no país, soube a PANA de fonte segura.
Num comunicado divulgado recentemente pelo gabinete do representante especial de Kofi Annan na Guiné-Bissau, o Conselho de Segurança das Nações Unidas condena "vigorosamente todas as tentativas que visam suscitar a violência e criar obstáculos aos esforços desenvolvidos ao serviço da paz, da estabilidade e do desenvolvimento económico e social" do país.
O Conselho de Segurança expressa "preocupação pelos recentes desenvolvimentos políticos na Guiné-Bissau, em particular, com a decisão do Partido da Renovação Social (PRS) de escolher o ex-Presidente Yalá como seu candidato" às próximas eleições presidenciais.
O CS das Nações Unidas manifestou-se preocupado com a candidatura do ex-chefe de Estado da Guiné-Bissau, Koumba Yalá, às eleições presidenciais de 19 de Junho, considerando que ela pode aumentar as tensões étnicas e religiosas no país, soube a PANA de fonte segura.
Num comunicado divulgado recentemente pelo gabinete do representante especial de Kofi Annan na Guiné-Bissau, o Conselho de Segurança das Nações Unidas condena "vigorosamente todas as tentativas que visam suscitar a violência e criar obstáculos aos esforços desenvolvidos ao serviço da paz, da estabilidade e do desenvolvimento económico e social" do país.
O Conselho de Segurança expressa "preocupação pelos recentes desenvolvimentos políticos na Guiné-Bissau, em particular, com a decisão do Partido da Renovação Social (PRS) de escolher o ex-Presidente Yalá como seu candidato" às próximas eleições presidenciais.
04 abril 2005
Ainda os apoios a Uíge
Para facilitar o(s) acesso(s) à(s) informação(ões) sobre os problemas como os que originaram a corrente a favor das vítimas de Marburg no Uíge, a Liáfrica passou a ter um acesso Net como o que segue: http://liafrica.blogspot.com/
Qualquer assunto pode ser aí visto e comentado.
Qualquer assunto pode ser aí visto e comentado.
E vão 3 anos de Paz…
(Foi há 3 anos ©Angonotícias)
Decorre hoje o dia da “Paz e Reconciliação Nacional”.
Passam três anos desde que, em 4 de Abril de 2002, os generais Abreu Muengo“Kamorteiro” na altura, o Chefe de Estado Maior das FALA/UNITA, e Armando Cruz Neto, pelas FAA, assinaram, na Assembleia Nacional o acordo que pôs termo a um estúpido conflito armado que devastou o país e dividiu irmãos.
Três anos depois. os principais mentores da paz, os militares, são unânimes em afirmarem que a Paz veio para ficar e que o povo angolano muito tem ganho com esta nova situação.
Tanto o CEMG-Adjunto, general Sachipendo Nunda, para quem a paz começa a “cultivar uma nova mentalidade na juventude” visando a criação de um ”país mais justo rumo ao desenvolvimento e ao progresso” como o general Kamorteiro, que defende que a Paz “já não é uma ilusão, mas uma realidade factual”, estes três anos foram muito proveitosos dado que, apesar de ainda estarmos num início, caminhamos a passos largos para um futuro risonho.
Kamorteiro vai mais longe ao defender que devemos caminhar com passos curtos e seguros. Como ele afirma, é mais fácil destruir que construir.
E Angola caminha na senda da reconstrução. É lenta, diria muito lenta para as suas necessidades, mas deve ser segura e inteligente.
Assim queira os actuais governantes e aqueles que, compreensivelmente – assim se deseja – vão surgir com as eleições de 2006.
Para isso, e porque é um contributo enorme para a consolidação da Paz e do desenvolvimento, deveremos tentar erradicar as grandes endemias do País, começando já pela Febre Hemorrágica de Marburg.
Assim queiram os Homens.
Decorre hoje o dia da “Paz e Reconciliação Nacional”.
Passam três anos desde que, em 4 de Abril de 2002, os generais Abreu Muengo“Kamorteiro” na altura, o Chefe de Estado Maior das FALA/UNITA, e Armando Cruz Neto, pelas FAA, assinaram, na Assembleia Nacional o acordo que pôs termo a um estúpido conflito armado que devastou o país e dividiu irmãos.
Três anos depois. os principais mentores da paz, os militares, são unânimes em afirmarem que a Paz veio para ficar e que o povo angolano muito tem ganho com esta nova situação.
Tanto o CEMG-Adjunto, general Sachipendo Nunda, para quem a paz começa a “cultivar uma nova mentalidade na juventude” visando a criação de um ”país mais justo rumo ao desenvolvimento e ao progresso” como o general Kamorteiro, que defende que a Paz “já não é uma ilusão, mas uma realidade factual”, estes três anos foram muito proveitosos dado que, apesar de ainda estarmos num início, caminhamos a passos largos para um futuro risonho.
Kamorteiro vai mais longe ao defender que devemos caminhar com passos curtos e seguros. Como ele afirma, é mais fácil destruir que construir.
E Angola caminha na senda da reconstrução. É lenta, diria muito lenta para as suas necessidades, mas deve ser segura e inteligente.
Assim queira os actuais governantes e aqueles que, compreensivelmente – assim se deseja – vão surgir com as eleições de 2006.
Para isso, e porque é um contributo enorme para a consolidação da Paz e do desenvolvimento, deveremos tentar erradicar as grandes endemias do País, começando já pela Febre Hemorrágica de Marburg.
Assim queiram os Homens.
02 abril 2005
Adeus João Paulo II
Inclino-me perante o Papa João Paulo II e perante Karol Wojtylia, o Homem.
Que o próximo saiba ser tão grande quanto este foi para a Humanidade.
Soube defender os seus dogmas (controlo da natalidade, anti-interrupção da gravidez, celibato dos padres e manutenção do status quo das freiras) sem nunca deixar de olhar para uma vida terrena mais livre e mais justa; mas de uma coisa não há dúvidas.
Fez mais pela Humanidade e pela Paz que muitos homens que se arrogam desse desejo.
Até sempre...
Que o próximo saiba ser tão grande quanto este foi para a Humanidade.
Soube defender os seus dogmas (controlo da natalidade, anti-interrupção da gravidez, celibato dos padres e manutenção do status quo das freiras) sem nunca deixar de olhar para uma vida terrena mais livre e mais justa; mas de uma coisa não há dúvidas.
Fez mais pela Humanidade e pela Paz que muitos homens que se arrogam desse desejo.
Até sempre...
01 abril 2005
Para onde vais agora Caminhante?
© DAR
Karol Wojtylia foi durante muitos anos incómodo para o nazismo, em parte devido ao seus contactos com a comunidade judaica, razão porque foi detido num campo de concentração; após a sua libertação abraçou o sacerdotismo tornando-se, mais tarde, num cardeal discreto mas pouco concertador com a ideologia comunista.
Há cerca de 30 anos, em Outubro de 1978, em plena crise comunista ascendeu ao mais alto cargo da hierarquia cristã. Tornou-se Papa com o nome de João Paulo II.
Foi, ao longo destes anos de papado, o maior impulsionador das Relações Internacionais.
Foi ele que desbaratou a ideologia comunista, conforme confidenciou Gorbatchev ao Papa quando com este se encontrou em 1989; visitou quase tantos países como aqueles que têm assento na Assembleia-Geral das NU; procurou e conseguiu juntar à mesma mesa as diferentes confissões religiosas, desde judeus a islâmicos, budistas a tibetanos, anglicanos a ortodoxos; ateus ou, animistas todos o ouviram e com ele falaram.
Agora que agoniza a sua força vê-se nos diferentes movimentos ecuménicos que por ele rezam.
Alguns consideram-no um revolucionário; outros somente um reformador, porque alguns dogmas cristãos persistem no seu ministério.
Numa coisa todos estão de acordo; depois da sua morte terrena nada será, nem ficará, como dantes. O seu sucessor ficará com tarefa difícil. Será sempre confrontado com João Paulo II. Terá de ser um Papa de continuidade e de mudança.
Até lá, e até que aconteça a substituição, para onde vai o “Caminhante da Paz”?
Karol Wojtylia foi durante muitos anos incómodo para o nazismo, em parte devido ao seus contactos com a comunidade judaica, razão porque foi detido num campo de concentração; após a sua libertação abraçou o sacerdotismo tornando-se, mais tarde, num cardeal discreto mas pouco concertador com a ideologia comunista.
Há cerca de 30 anos, em Outubro de 1978, em plena crise comunista ascendeu ao mais alto cargo da hierarquia cristã. Tornou-se Papa com o nome de João Paulo II.
Foi, ao longo destes anos de papado, o maior impulsionador das Relações Internacionais.
Foi ele que desbaratou a ideologia comunista, conforme confidenciou Gorbatchev ao Papa quando com este se encontrou em 1989; visitou quase tantos países como aqueles que têm assento na Assembleia-Geral das NU; procurou e conseguiu juntar à mesma mesa as diferentes confissões religiosas, desde judeus a islâmicos, budistas a tibetanos, anglicanos a ortodoxos; ateus ou, animistas todos o ouviram e com ele falaram.
Agora que agoniza a sua força vê-se nos diferentes movimentos ecuménicos que por ele rezam.
Alguns consideram-no um revolucionário; outros somente um reformador, porque alguns dogmas cristãos persistem no seu ministério.
Numa coisa todos estão de acordo; depois da sua morte terrena nada será, nem ficará, como dantes. O seu sucessor ficará com tarefa difícil. Será sempre confrontado com João Paulo II. Terá de ser um Papa de continuidade e de mudança.
Até lá, e até que aconteça a substituição, para onde vai o “Caminhante da Paz”?
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