O que se pensava que começava a estar erradicado da maioria dos países africanos, até por causa do acordo de cavalheiros da União Africana que não admite Golpes de Estado em regimes surgidos de eleições democráticas, voltou a acontecer.
Mauritânia viu ao meio da manhã o sistema governativo se alterar profundamente com um Coup d’ État levado a efeito por militares.
Tudo terá começado com a renúncia de alguns deputados pró-governamentais provocando uma profunda crise institucional no País, mas…
E uma vez mais foi a incapacidade da nova vaga dos políticos africanos em entenderem que a classe castrense continua intocável que fez precipitar o Golpe.
O presidente eleito democraticamente em 2007, Sidi Mohammed Ould Cheikh Abdallahi, tinha acabado de demitir três militares dos respectivos cargos, entre eles o chefe da Guarda Presidencial, general Mohammed Ould Abdelaziz e o Chefe de Estado-Maior do Exército, general Mohammed el-Ghazuani, além de ter determinado a reorganização na direção da gendarmaria e da guarda nacional.
Militares da guarda presidencial, segundo parece incitados pelos destituídos e liderados pelo general Hohamed Abdelaziz, tomaram o palácio do presidencial em Nuakchot detendo-o em lugar desconhecido e colocando em regime prisional o Primeiro-ministro, Yahya Ould Ahmed el-Waghef e o Ministro do Interior, além de terem tomado a Rádio e Televisão e outros edifícios governamentais.
Um dos destituídos, o general el-Ghazuani passou a liderar um pseudo "Conselho de Estado" que vai tomar conta do País.
Vamos aguardar pela posição da União Africana porque dos vizinhos o mudo coro de protestos já é ensurdecedor...
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