… numa mensagem em véspera da abertura oficial da Campanha eleitoral.
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Depois de ter apelado a todos os cidadãos, partidos políticos e coligações partidárias para manterem uma postura responsável durante a campanha eleitoral e a votação, respeitando a lei e a ordem estabelecida, Eduardo dos Santos considera que as próximas eleições em Angola serão, ou poderão dar, "… um exemplo" ao continente e ao mundo "sobre a forma como realizar eleições democráticas, livres e transparentes" porque, segundo o Presidente a campanha e o acto eleitoral, assim ele o espera, irão decorrer com um alto padrão de civismo.
Para Eduardo dos Santos, não há razões para se alimentar qualquer pensamento pessimista ou derrotista dado que os Angolanos são "um povo pacífico e amante da liberdade que está consciente de que as grandes conquistas no domínio político, económico e social só se obtêm na paz, na estabilidade e na concórdia social".
Nada mais verdadeiro.
Lamentável que alguns correligionários seus pareçam ainda não ter compreendido isso. Mas talvez depois de ouvirem a Voz calma do “Príncipe” se mentalizem que as eleições não são mais que uma pequena cruz num papel e que serve, primordialmente, para saber qual o partido ou coligação que deverá Governar a grande empresa que se chama Angola!
Apesar da maioria dos observadores com quem já falei considerarem que esta foi uma mensagem de esperança virada mais para o exterior, quero acreditar que será no interior que ela terá mais impacto.
Porque acredito que 16 anos de “exclusividade” – má, péssima exclusividade – e 6 anos de Paz em construção terão criado novas mentalidades e novos gestores para o País e que estes saberão com calma e com a educação de que os Mais-velhos são credores – apesar de alguns devessem era se calarem e fazerem, mal, mas que o façam se isso for bom para Angola, comprarem quintas no estrangeiro –, afastá-los gentilmente do poder.
Entretanto, e já agora, poderão ouvir amanhã na secção portuguesa da Rádio Deutsche Welle, a partir das 5,30 horas da manhã (vai se manter até à edição da noite, das 19,30 horas) uma entrevista que concedi àquela Rádio de audiência mundial, sobre a campanha e as eleições angolanas que se avizinham (experimentem ouvir directamente daqui, colocando o cursor nos 5 minutos).
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Foi também publicado no portal noticioso Angola24horas.com, de 5/Ago/2008, juntamente com o apontamento sobre o comício do MPLA em Zonga.
1 comentário:
Ouvi a entrevista na Deutsche Welle e gostei. Sobretudo a referência a que a cabeça está politizada mas a barriga não. É, como bem dizes (onde é que eu já ouvi isso?) a questão de poucos terem milhões e milhões terem pouco, ou nada.
Kandandu
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