(Os três homens da partilha com o negociador; imagem RTP)
Desta vez parece que as negociações tiveram mesmo um presumível final feliz.
Em sessão pública – esperar para ver o futuro – Robert Mugabe e Morgan Tsvangirai, com o apoio discreto, mas subscrito, de Arthur Mutambara, assinaram o acordo de partilha de poder entre eles e aconstituição de um Governo de Unidade Nacional com cerca de 31 ministros(!).
Há primeira vista a formação do Governo parece ter pernas para andar. Todavia, dois factos são de realçar. Um, prende-se com a distribuição dos pelouros ministeriáveis (teoricamente serão distribuídos equitativamente entre as duas maiores formações políticas; teoricamente, porque a antiga oposição – onde se inclui a facção de Mutambara – ficará com 16 ministérios e a ZANU-PF com 15 lugares; ora como não se sabe ainda como vão ser distribuídos os 16 da maioria, é muito possível que a ZANU-PF acabe por ter mais Ministros, como aqui parece indiciar…); o outro prende-se com a futura atitude de Mugabe. Não me parece que o líder da ZANU-PF, apesar de ficar como Comandante-Chefe das Forças Armadas, enquanto presidente, acabe por aceitar o poder dos Serviços de Segurança que serão tutelados por Tsvangirai, o novo primeiro-ministro.
Só uma forte melhoria da vida económica e social dos zimbabueanos poderá impedir esse confronto. Um primeiro passo já foi dado pela União Europeia que não renovou esta segunda-feira as sanções económicas ao Zimbabwé. Mas enquanto o caos social perdurar, os “maquis” de Mugabe serão sempre um potencial foco desestabilizador que será muito bem aproveitado por Mugabe e pelo mundo que o rodeia.
Não esqueçamos que este precipitado – porque o foi – acordo entre Mugabe, Tsvangirai e Mutambara se deveu, em grande parte a dois factores preocupantes para Mbeki, o negociador; a vitória folgadíssima do MPLA e o revés judicial do caso Zuma.
Estes dois casos poderiam transformar o muito depauperado capital político de Mbeki num agente para algo que se avizinha com certa intensidade O pedido da sua demissão como presidente, já muito solicitado nos meios públicos do ANC.
Desta vez parece que as negociações tiveram mesmo um presumível final feliz.
Em sessão pública – esperar para ver o futuro – Robert Mugabe e Morgan Tsvangirai, com o apoio discreto, mas subscrito, de Arthur Mutambara, assinaram o acordo de partilha de poder entre eles e aconstituição de um Governo de Unidade Nacional com cerca de 31 ministros(!).
Há primeira vista a formação do Governo parece ter pernas para andar. Todavia, dois factos são de realçar. Um, prende-se com a distribuição dos pelouros ministeriáveis (teoricamente serão distribuídos equitativamente entre as duas maiores formações políticas; teoricamente, porque a antiga oposição – onde se inclui a facção de Mutambara – ficará com 16 ministérios e a ZANU-PF com 15 lugares; ora como não se sabe ainda como vão ser distribuídos os 16 da maioria, é muito possível que a ZANU-PF acabe por ter mais Ministros, como aqui parece indiciar…); o outro prende-se com a futura atitude de Mugabe. Não me parece que o líder da ZANU-PF, apesar de ficar como Comandante-Chefe das Forças Armadas, enquanto presidente, acabe por aceitar o poder dos Serviços de Segurança que serão tutelados por Tsvangirai, o novo primeiro-ministro.
Só uma forte melhoria da vida económica e social dos zimbabueanos poderá impedir esse confronto. Um primeiro passo já foi dado pela União Europeia que não renovou esta segunda-feira as sanções económicas ao Zimbabwé. Mas enquanto o caos social perdurar, os “maquis” de Mugabe serão sempre um potencial foco desestabilizador que será muito bem aproveitado por Mugabe e pelo mundo que o rodeia.
Não esqueçamos que este precipitado – porque o foi – acordo entre Mugabe, Tsvangirai e Mutambara se deveu, em grande parte a dois factores preocupantes para Mbeki, o negociador; a vitória folgadíssima do MPLA e o revés judicial do caso Zuma.
Estes dois casos poderiam transformar o muito depauperado capital político de Mbeki num agente para algo que se avizinha com certa intensidade O pedido da sua demissão como presidente, já muito solicitado nos meios públicos do ANC.
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