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E não o foi porque houve situações que nem a CNE nem o Governo conseguiram ou quiseram evitar.
Desde logo o facto dos órgãos informativos oficiais se mostrarem totalmente conotados com um dos partidos e darem-se ao luxo de denegrir os restantes sem que fossem chamados à atenção. Limitaram-se a cumprir as recomendações do Ministro da tutela feitas e ditas em tempo útil e oportuno, com o evidente beneplácito da CNE.
Pelo facto de haver um partido que conseguiu “oferecer” – sem pedir contrapartidas, lógico – carros, viaturas todo-o-terreno, tractores, alfaias agrícolas. Enfim todo um manancial de ofertas lúdicas, desobrigativas e incoercíveis.
E depois houve aquelas sondagens tão espontâneas quanto incredíveis que dão a vitória fácil a um dos partidos, prevendo mesmo que poderá obter uma maioria qualificável. Tão certa que foram obrigados a chamar o seu candidato nº1 à liça com inaugurações e oferendas de última hora e com a necessidade de se apresentar no comício de encerramento. Foi a chamada ao terreno do “super craque” para virar o resultado. Ou teria sido para dar uma principesca cabazada?
Na dúvida, os mentores brasileiros optaram por aconselhar o partido assessorado a chamar o Príncipe aos comícios e reuniões públicas.
Constitucionalmente nada impede o Presidente de participar na disputa eleitoral. Ou não fosse ele quem realmente Governa e nomeia os Ministros da República de Angola. Mas manda a ética e o bom senso que se deveria colocar em recato para salvaguarda do seu próprio nome.
O seu partido não o pensou assim. Mais que o nome dele o que está(va) em causa era o poder e os benefícios que o poder trás.
Amanhã vai ser dia de reflexão.
Os angolanos vão ponderar bem se devem votar com a cabeça ou com o estômago. Se devem manter a continuidade corruptora ou pedir uma Mudança de mentalidades e de políticas.
Na sexta-feira o eleitorado angolano irá dizer de sua justiça e mostrará o resultado da sua ponderação! Caberá aos observadores internos e externos verificar que a vontade dos angolanos vai ser satisfeita!
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1 comentário:
Enquanto chega ao fim ai em Angola, aqui no Brasil começa esse inferno
Abraços
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