31 maio 2005

Politólogos, globalistas e mundiólogos numa obra?

Image hosted by Photobucket.comEm busca da Globalização Feliz; análise e reflexão política” um livro de Rui Paula de Matos (Macroscopio) a lançar hoje, 31 de Maio, no pelas 18horas. no Centro Cívico de Carnaxide (em Carnaxide) e com a chancela da Hugin Editores.
Uma obra sobre a moderna politologia, com prefácio de Sarsfield Cabral e participação de, entre outros, José Adelino Maltez, Teresa Zambujo, Ernâni Lopes, Patrick Monteiro de Barros, Cáceres Monteiro, Marcelo Rebelo de Sousa, Carlos Gaspar, Sousa Lara, José António Saraiva, etc.
Vou lá estar ao lado deste meu ex-colega, como todos os que lá quiserem estar, na sessão pública.

Guiné-Bissau, a campanha e as desistências

A campanha eleitoral para as presidenciais de 19 de Junho já está na estrada com surpresas como a fria recepção à campanha de rua do candidato (re-auto-proclamado presidente) Koumba Yalá, em contra-ponto com o banho de multidão, que nos foi dado ver, ao candidato do PAIGC, Malam Sanha.
Mas se a campanha já está em marcha, também é verdade que os primeiros problemas e auto-exclusões já começaram a surgir.
Ou por razões de auto-selecção, ou pelas razões invocadas pelos candidatos, há três que já apresentaram a sua renúncia à corrida eleitoral.
O candidato Iancuba Injai, do Partido da Solidariedade e Trabalho (PST), já apresentou a sua desistência a favor de Sanhá.
Abubacar Baldé, líder da União Nacional para a Democracia e Progresso (UNDP), partido integrante do “Fórum” apresentou a sua renúncia junto do STJ invocando que o actual processo eleitoral apresenta irregularidades, não existem garantias de transparência e há sintomas de que um dos candidatos tem a vitória garantida com o apoio externo.
Também Salvador Tchongó, líder da Resistência da Guiné-Bissau (RGB), também membro do "Fórum" abandonou a corrida invocando fraudes, perseguições políticas e jurídicas e denunciando, tal como Balde, a existência de uma candidatura já vencedora.
Note-se que Tchongó foi notificado pela Procuradoria por, alegadamente, ter incitado a etnia Balanta (a que pertence, tal como Yalá) a questionar eventuais perseguições da polícia guineenses contra essa etnia, por acaso a maior do país.
Embora não o digam explicitamente, segundo fontes do local citadas pela Lusa e pelo NL, e de que o Africanidades também faz eco, os auto-excluídos candidatos estarão a referir-se a Sanha que terá o apoio de Portugal.
Não há dúvidas a campanha promete.
Até porque ainda não se viu o que irá fazer, ou dizer, o candidato Nino, ainda ausente da Guiné-Bissau, e qual será a atitude do STJ perante a proposta (leia-se imposição) da UA para a exclusão de Yalá.

30 maio 2005

O NÃO francês à Constituição Europeia

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O mês de Maio começa a ser prolífico em acontecimentos mais, ou menos, trágicos para alguns Estados ou Uniões. Em Angola já havia o 27 de Maio, em Portugal aconteceu o 28 de Maio e, agora, a União Europeia tem o seu 29 de Maio.
Tudo isto porque a França votou NÃO ao Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa, vulgo Constituição Europeia, na sequência do Tratado de Nice, em 2001 “Declaração sobre o Futuro da União” e, mais tarde, pela Declaração de Laeken (os Estados-Membros da União Europeia decidiram convocar uma “Convenção Europeia”, encarregada de preparar um texto que aglutinasse os tratados europeus existentes).
Não creio que os franceses tenham dito NÃO pelo não.
Não me parece que tenham assinalado o NÃO porque desconfiem do Tratado.
Escrutinaram o NÃO porque continuam a ver – chauviniticamente, ou não, é algo que não me pronunciarei – o seu país como o líder de uma Europa que, tenho muitas dúvidas, algum dia venha a sobreviver como União.
Temeram pela sua sobrevivência política, social, económica – o deslocamento de empresas e cidadãos poderia ser mais facilitado – e, acima de tudo, o eventual predomínio dos seus mais ancestrais inimigos que a História não apagou: alemães, espanhóis e ingleses.
Aquilo que Carlos V, Napoleão ou Hitler não conseguiram pelas armas dificilmente a União Europeia conseguirá; seja por via da injecção de "fundos comunitários” ou de uma Comissão, tipo Governo Federal, que é, na prática, aquilo que preconiza, a longo prazo, o Tratado.
Um Tratado que permite uma leitura preconizadora do fim dos Estados-Nação a favor do Estado-Federal ou como alguns anti-europeístas escrevem, do Estado-Directório.
Um Trado que afirma não defender o predomínio da Constituição Europeia sobre as nacionais mas que deixa ler nos diferentes quadros que as Instituições Europeias definem e impõem políticas que, até agora, ainda pertence a um Estado soberano como as “competências de coordenação das políticas económicas e de emprego dos Estados-Membros, bem como em matéria de política externa e de segurança comum, que inclui uma política de defesa comum”.
Ora alguém está a ver os franceses a serem “dominados” por um Banco Central sedeado na Alemanha, ou alguns temas de interesse nacional ser ultrapassado por uma votação qualificada e, em outros casos, por maioria absoluta quando, até à entrada da Constituição, o direito de veto era um dos direitos inalienáveis de qualquer Estados-Membros da União?
Por outro lado, alguém acredita que franceses, alemães, espanhóis, ingleses e polacos coexistirão pacificamente no Directório?
Voltamos ao velho princípio da História.
E, depois, com colocar a via económica e política à frente dos desígnios sociais (e os europeus são muito "socializantes"), a religião, embora não claramente, como factor de união social prioritária; já vimos que Turquia é olhada com desconfiança e Marrocos claramente banido mas Cabo Verde visto como um parceiro interessante para uma hipotética adesão.
Enquanto os euroburocratas de Bruxelas e os Directórios assim pensarem dificilmente haverá essa Europa de Schuman, Monnet ou Adenauer.
Uma Europa que nunca conseguirá fazer aquele papel de charneira, que tanto deseja, entre o Estados Unidos e qualquer outra emergente potência mundial (China e Índia são os putativos Estados emergentes, mais o primeiro, que o segundo).
Os europeus são demasiado conservadores na defesa dos seus valores sociais e históricos.
É também pelas mesmas razões históricas que holandeses deverão votar Não e os dinamarqueses e ingleses seguirão o mesmo caminho.
Não é em vão que o senhor Blair afirmou que um Não francês só beneficiaria os ingleses.
Porque será?
Razão tinha Churchill em não se querer meter na política interna do Continente e no seu contínuo “olhar para o seu umbigo”.
Pessoalmente, e porque continuo a acreditar na HISTÓRIA das Nações também defendo um Não a esta Constituição Europeia.

29 maio 2005

O 27 de Maio e os esclarecimentos que nunca chegam

Apesar de já terem decorrido dois dias desde o 28º aniversário do chamado “Golpe de Nito Alves” (estive fora do acesso aos chamados novos meios de comunicação) não posso deixar passar em claro esta data, considerada por muitos, como a mais negra da moderna História angolana não tanto pelo acontecimento em si – até porque nunca ninguém esclareceu cabalmente o que realmente se passou -, mas pelos desenvolvimentos (ou não) subsequentes ao mesmo.
Lembro-me de, há uns meses ter lido uma obra do historiador e cronista angolano Carlos Pacheco (Repensar Angola, edição Veja, 2000) onde ele a dada altura criticava que chamassem ao eventual golpe “uma teoria da conspiração urdida contra Agostinho Neto” assim interpretada pelos conselheiros mais próximos, Lúcio Lara, Iko Carreira (ao tempo Ministro da Defesa que acolheu as assinaturas de Neto para alguns dos fuzilamentos ocorridos no Grafanil) e Onambwe e que levou ao desaparecimento físico de Saydy Mingas, N’Zagi, Bula Matadi, entre outros, e, naturalmente, de Nito Alves.
Entre os diferentes artigos inseridos na obra acima, Carlos Pacheco, questiona o que realmente estavam a fazer os conspiradores no dia da insurreição, dado que no dia aprazado para o acontecimento seria, eventualmente, 20 de Maio e não quando sete dias depois como parece ter acontecido.
Note-se que Pacheco apesar das inúmeras questões que ao longo dos anos tem levantado, não questiona que Nito tenha eventualmente tentado um Golpe - até porque quem conhecia as suas ambições esse seria o passo mais importante que, logo que possível, o faria – mas sim se seria nesta data ou para mais tarde.
Como ele escreve, “(…) dia da insurreição Monstro Imortal achava-se no Ministério da Defesa (ora se Iko era o Ministro que fazia Nito lá?). Outros golpistas encontravam-se igualmente nas respectivas repartições. Que forças, afinal, é que saíram para a rua? (…).
Realmente é estranho. E mais estranho, ainda, se considerarmos as palavras proferidas por um jovem ex-militante do MPLA, vítima da repressão vítima da repressão que se seguiu ao Golpe: “De que é a culpa? Dos mais velhos, que estavam a ver tudo e empurraram os jovens para o abismo?
Igualmente interessante o artigo de Orlando Ferraz, no AngoNotícias, sobre a convicção messiânica de Nito Alves.
A História há-de ser feita e, provavelmente nessa altura, a caixa de Pandora que parece ser o Golpe de Nito, se abra com reflexos demasiado graves para muita boa gente. Uma associação sobre o 27 Maio, já existe na Net com temas interessantes sobre o assunto (como por exemplo “As 13 teses em minha defesa” alegadamente escritas por Nito).

25 maio 2005

Angola importa combustíveis na ordem dos 70 milhões de dólares

Image hosted by Photobucket.com © foto de Tonspi
Angola, o segundo maior produtor de petróleo da África Subsaariana (atrás da Nigéria, com uma produção diária superior a um milhão de barris re com reservas na ordem dos 12 mil milhões de barris), gastou 70,2 milhões de dólares na importação de combustíveis para cobrir as necessidades do mercado interno durante o primeiro trimestre deste ano, revelou fonte do Ministério dos Petróleos.
Nos primeiros três meses deste ano, Angola importou 104,7 mil toneladas métricas de gasóleo e 33,3 mil toneladas métricas de gasolina, num total de 70,2 milhões de dólares.
Segundo a fonte do Ministério dos Petróleos, hoje citada pelo Jornal de Angola, no primeiro trimestre deste ano, a Refinaria de Luanda produziu 121,4 mil toneladas métricas de gasóleo e 34,4 mil toneladas métricas de gasolina
(a refinaria, construída nos anos 60, só trata 40 mil barris/dia)
.
A produção interna de combustíveis vai aumentar substancialmente quando entrar em funcionamento a Refinaria do Lobito, na província de Benguela, cuja construção deverá começar até ao final deste ano.


Parte de um artigo do Notícias Lusófonas citando o insuspeito Jornal de Angola que, por sua vez, citava uma fonte governamental.

Kumba de novo!!!

A atitude que teve hoje tem tanto de ridícula (apesar de estar suportada por um acórdão do STJ) como de preocupante.
Ridícula porque já é altura do senhor filósofo (parece sina dos neos-filósofos, já que em Portugal há um que, às vezes, tem atitudes tão ridículas…) ver que a população não está tanto com ele como pensava. As reacções de hoje são sintomáticas (embora não possa, nem deva, concordar com os distúrbios da populaça junto da sede do PRS e de Kumba Yalá).
Preocupante porque a “ocupação” do Palácio cor-de-rosa só aconteceu com apoio de um certo sector dos militares “presidenciais” e depois da visita relâmpago que fez a Daccar.
Não esquecer que, no último fim-de-semana a reunião entre Yalá e os Chefes de Estado e de Governo se saldou por um fracasso levando mesmo o presidente nigeriano Obasanjo a abandonar a reunião deveras irritado.
Vamos lá a ver como irá começar a campanha eleitoral.
Só se espera e deseja calma e civismo.
Só ganha a Guiné-Bissau

Job for the Boys???

De acordo com o matutino português CM o ex-autarca (leia-se ex-presidente da Cidade do Porto e Dragão de Ouro(?)) foi nomeado para administrador da GALP (empresa de distribuição de combustíveis do grupo PETROGAL-GALP Energia).
Só não se sabe se é como administrador executivo ou não-executivo, também para o caso é o menos. Nunca ninguém lhe conheceu alguma ligação à área dos petróleos.
A diferença, pequenina, diga-se, é que como executivo auferirá qualquer coisa como 15 mil euros por mês, a que acresce cartão de crédito e outro tipo de ajudas de custo.
Só metade do que irá ganhar o presidente Muteira Nabo (aos preços da anterior administração).
Mas, não é só este dois socialistas que irão para o poder da GALP.
Lá irão encontrar os reconduzidos Pina Moura (em representação dos espanhóis da Iberdrola), José Penedos (presidente da REN) e Eduardo Oliveira Fernandes (antigo secretário de Estado Adjunto da Economia).
Agora se compreende porque andava o accionista Estado a protelar a Assembleia-geral de accionistas da GALP.

O Dia de África

Image hosted by Photobucket.com Os africanos estão a comemorar mais um dia do seu Continente, o 25 de Maio.
Como habitualmente, com a maior das alegrias devido ao seu exponencial desenvolvimento e bem-estar social, assente numa paz duradoira e num sistema político límpido e anti-corruptivo, com os militares acantonados nos quartéis subordinados ao poder político.
Pronto… Pronto. Calma... já estou acordado; já parei de sonhar.
Só os céus, as águas cálidas dos trópicos, as savanas maravilhosas se mantém cada vez mais belos em constante mudanças caleidoscópicas e sibilinas.
Quanto ao resto… sobram as febres hemorrágicas, as cóleras, as malárias, o sida, e, para não variar, a corrupção, o compadrio, a perpetuação do poder, os Golpes de Estado.
Para quando podermos ver o nosso Continente como os líderes visionários de 25 de Maio de 1963 o ambicionaram.
Será que a reinventada União Africana trará a tão almejada paz social e o desenvolvimento económico?
Deixem-nos continuar a sonhar. E que os povos do Continente possam, um dia, dizer que o 2º parágrafo enfim, já acontece.

Nota complementar: Sobre esta temática podem ler o meu artigo de opinião no Notícias Lusófonas "Mais um 25 de Maio, Mais um dia de África"

24 maio 2005

Governo português aposta em medidas dacronianas para défice

O governo se Sócrates prepara-se para anunciar medidas dacronianas para combater a crise económica por que passa Portugal.
Até aqui nada haveria de anormal se as medidas em vez de combaterem o despesismo, como parece que não vai acontecer, vão afectar aqueles que criam riqueza.
Ou seja, o governo português em vez de cortar nas despesas para minorar o défice público, aposta no crescimento das receitas.
Mesmo que para isso venha afectar gravemente a economia dos mais depauperados e das já periclitantes e descapitalizadas médias empresas portuguesas.
Senão vejamos.
A fazer fé na Comunicação Social e em alguns analistas económicos, o IVA vai passar de 19% para 21% (só uma pequena diferença de 5% para a economia que mais compete com a portuguesa, a economia espanhola).
E já agora, que era o IVA o mais afectado, porque não acabar com IVA intermédio de 12%. Assim como assim, sempre entrava mais dinheiro e o impacto talvez não fosse tão grande.
Por este andar ainda vamos começar a pedir esmolas para a raia espanhola.
E as exportações? acredita o governo português que com um IVA tão elevado vão crescer?
Por favor, deixemos de utopias socializantes e combatamos a crise onde ela está: NO ESTADO.
Porque não cortar neste organismo, onde co-existem empregados em regime de sub-emprego a par de efectivos que só esperam pela reforma e deixam o grosso do trabalho para os outros?
Porque não acabam, de vez, com alguns pseudo-subsídios que só beneficiam bolsos terceiros, e não a economia real?
Porque não combate, claramente, a economia paralela?
Porque continuamos a ver excelentes carros no Estado (e sem seguro?!?!?!), quando a maioria da população anda em carros com mais de 5 anos?
Continua a haver necessidade de se manter “n” Institutos de… qualquer coisa, a maioria sem sabermos para quê?

Guterres o novo senhor ACNUR


António Guterres, antigo primeiro-ministro português, um dos fundadores do Conselho Português para os Refugiados e presidente da Internacional Socialista, foi anunciado à Assembleia-Geral da ONU como o novo Alto-Comissário da ONU para os Refugiados (ACNUR).
Sucede ao holandês Ruud Lubbers que se demitiu no início deste ano, depois de uma polémica resultante de uma queixa de assédio sexual.
Só esperemos que, quando surgirem problemas demasiados encrencados, o senhor Guterres não abandone o barco a meio, como fez com o Governo português.
Mais do que pôr em causa a ACNUR, poria, outrossim, o Secretário-Geral Koffi Annan que apostou nele.

22 maio 2005

Domingo Glorioso

Image hosted by Photobucket.com Em Lisboa o BENFICA é Campeão onze anos depois, podendo, ainda, fazer a Dobradinha no próximo fim-de-samana, caso o título não suba à cabeça dos jogadores;
Image hosted by Photobucket.com O meu Benfica de Luanda termina a primeira volta no lugar cimeiro do Girabola com os mesmos pontos que o Sagrada Esperança, com 24 pontos.
Só lamento a Académica lobitanga estar tão mal posicionada. Tem toda a 2ª volta para recuperar.
E para que a música continue celestial, nada como felicitar o kotinha Elias Dya Kimuezu que lançou, hoje, uma colectânea de músicas dos anos 60 e 70 sob o título "Grandes Sucessos". Força Elias, esperamos que o CD chegue rapidamente à diáspora.

Um ano passado... ano dois que entra

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Um ano já se passou desde que criei este espaço para descorrer alguns dos meus pensamentos, algumas das minhas frustações, muitas das minhas ansiedades.
Neste ano, acredito que fiz alguns amigos, conformo posso constatar pelos seus acessos e pelas mensagens que, sempre que achavam necessário, me enviavam.
Também arranjei alguns, não poucos - como dizia alguém muito grande, "mal, ou bem, falem é de mim" - que achavem que, com insultos ou insinuações, me amedrontavam e, ou, calavam.
Engaram-se... e vão continuar a estar enganados porque penso continuar pelo ano dois adentro, assim este suporte me deixe.
Aos que me apoiaram e incentivaram - não individualizarei ninguém, com receio de algum me escapar - o meu muito obrigado.
Aos outros tais, os meus sinceros agradecimenos pelo "incentivo" que me ofereceram.
Um grande kandandu!!!

19 maio 2005

Corrupção, Corruptos e Corruptores

© humor tadela
A introdução que a seguir transcrevo (parte) foi retirada de uma notícias da SIC Online. No seguimento, e nem de propósito, deixo uma epístola que recebi hoje, via e-mail, e similar a uma a que, anteriormente, me enviaram embora para outros quadrantes. Não ofende ninguém, porque ninguém é claramente citado; mas, se algum chapéu servir ou o sapato calçar…

Na SIC Online.

O inspector da Polícia Judiciária (PJ) António Pacheco disse hoje durante o julgamento dos 173 agentes da Brigada de Trânsito da GNR, no Tribunal de Sintra, que a corrupção na corporação é uma "prática nacional" e "transversal". (…)

Via e-mail:

"Um ministro português recebeu, em Lisboa, um ministro angolano. Simpático, o ministro português convidou o outro a ir lá a casa. O ministro angolano foi e ficou espantado com a bela vivenda. Em bairro chiquérrimo e com piscina. Com o informalissimo dos luandenses pôs-se a fazer perguntas.
- Com um ordenado que não chega a mil contos limpos, como é que o meu amigo conseguiu tudo isto? Não me diga que era rico antes de ir para o Governo?
O ministro português sorriu, disse que não, antes não era rico. E em jeito de quem quer dar explicações, convidou o outro a ir até à janela.
- Está a ver aquela auto-estrada?
- Sim - respondeu o angolano.
- Pois ela foi adjudicada por 100 milhões. Mas, na verdade, só custou 90... - disse o português, piscando o olho.

Semanas depois, o ministro português foi de viagem a Luanda. O angolano quis retribuir a simpatia e convidou-o a ir lá a casa. Era um palácio, com varandas viradas para o pôr-do-Sol do Mussulo, jardins japoneses e piscinas em cascata. O português nem queria acreditar, gaguejou perguntas sobre como era possível um homem público ter uma mansão daquelas. O angolano levou-o à janela.
- Está a ver aquela auto-estrada?
- Não.
- Pois.
"

Mas, onde está a surpresa?!

Angola com novo jornal na Net

Está disponível na Net, desde a passada quinta-feira, um novo jornal online vocacionado para Angola; o luandadigital.com, parecendo pertencer ao grupo Comunidades.net.
Mais um sítio para “cultivarmos” o espírito africano.
Quando parece caminharmos para eleições, diferentes vozes tornam-se importantes na permuta de ideias.

18 maio 2005

Guiné-Bissau, STJ aprova mais 3 candidatos

Afinal não serão 17 os candidatos às eleições presidenciais do próximo dia 19 de Junho.
O Supremo Tribunal de Justiça aceitou e diferiu os recursos de 3 dos sete candidatos preteridos na primeira fase.
Entre os candidatos recuperados está o ex-primeiro ministro Francisco Fadul, do Partido Unido Social-Democrata (PUSD).
Além de Fadul estão também na corrida Ibraima Sow, do Partido do Progresso (PP) e o independente Empossa Ié.
Ou seja, parece que há serviços que continuam a laborar normalmente na Guiné-Bissau.

17 maio 2005

Não há razões para surpresas

Image hosted by Photobucket.com Kumba Ialá mostrou uma vontade inequívoca de completar os dois anos que lhe faltam para o término da sua Presidência.
Surpresa?
Só para quem não ponderou o acórdão do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau e o resultado que ele encerrou.
Ou seja, a derrogação do despacho da Carta de Renúncia de Kumba Ialá no período que mediou entre o Golpe de 14 de Setembro e a assinatura da Carta de Transição assinada entre os militares revoltos e as principais figuras políticas do país.
E agora? Qual será a reacção da elite castrense?
Uma vez mais a Guiné-Bissau está sob a tensão do que os militares irão perpetrar.
E a Comunidade Internacional com irá, desta vez, reagir?
Será altura desta reagir com pragmatismo.
Publicado no Image hosted by Photobucket.com de 17.Maio.2005

A Katakumba Foundation

Rui Paula de Matos faz uma viagem por aquilo que ele teoriza como sendo o Novo conceito de Democracia - da Katacumba Foundation.
Tendo em consideração a longa divagação que o mesmo faz da neo-teoria, proponho-vos uma breve, mas feliz, visita ao seu Macroscopio lendo este apontamento, bem assim a origem da Catakumba Foundation e os pensamentos filosóficos que estão na sua génese.
Leiam, meditem e depois vão rapidamente comprar uns comprimidos anti-hileriantes.
Só o meu caro amigo RPM conseguiria fazer rir com as palermices do senhor presidenciável Kumba.
Querem uma amostra? então aí vai:
O não tempo é tempo que não pode ser tempo, com o tempo”; a beleza de uma mulher elegante, é a atrapalhação do cabr.. do macaco da Indochina!”; “Se eu fosse rico não precisava de andar a pé”; mas se fosse tal, teria muitos carros, e como estes e por razões de tanto andar de carro, a coluna vertebral desequilibra o corpo: logo, não preciso de ser rico, tenho apenas o suficiente para o meu conforto familiar”.
ou
Em política quando se adormece sossegado acorda-se com tudo perdido”.
Prefiro ficar por aqui porque não estava preparado com os tais comprimidos.

16 maio 2005

Kumba Ialá volta a incendiar barril de pólvora guineense

Título de Manchete do Notícias Lusófonas onde está também incluída uma minha análise ao assunto cadente do momento.
Vejamos os próximos capítulos nos dias que se vão seguir.
Como irão reagir as cúpulas e os milicianos castrenses, cada um com a sua interpretação do tema.
Qual será a posição do Senegal, um apoiante discreto, mas manifesto, de Yalá.
E da República da Guiné (Konakri) evidente apoiante de “Nino” Vieira – como ficou claramente provado no apoio que lhe forneceu aquando do seu regresso a Bissau.
Como afirma Malam Sanhá, candidato do PAIGC às actualmente tremidas eleições presidenciais, “a atitude de Kumba fica a dever-se também à passividade da comunidade internacional”. Cabe a esta tomar uma translúcida e oportuna atitude.
Esperemos

15 maio 2005

Águas do Mondego “uranizadas”?

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Segundo uma notícia do matutino português Correio da Manhã, de hoje, as belas águas do Mondego poderão estar contaminadas com resíduos de urânio proveniente das minas abandonadas, pondo em risco as populações que nele se abastecem.

Nas minas da Urgeiriça, onde a situação é mais preocupante, águas que podem conter matérias radioactivas são despejadas num riacho que vai ter ao Mondego, rio que abastece várias localidades, entre as quais Coimbra. Na cidade dos estudantes, as análises à qualidade da água, quando incluem parâmetros radiológicos, estão desactualizadas.”
“O “eixo do urânio”, entre Viseu e Guarda, abrange um filão onde se localizam 59 minas, todas elas inactivas hoje em dia. Durante mais de 90 anos – a última fechou em 1999 – foram explorados materiais radioactivos nessas minas. Amontoados de inertes, que resultaram do tratamento do urânio, continuam a ameaçar a zona envolvente, a poluir o ar e os lençóis freáticos, enquanto as chuvas transformaram as crateras das minas em autênticos lagos ácidos.


Tanta maka com os processos despachados pelos “demitidos” ministros da falecida neo-AD; tanta maka que o senhor poeta Alegre criou com co-incineração em Souselas; e o mais importante para a saúde pública, como é a água que consumimos (e eu também consumo dessa bela água porque vou algumas vezes passar féria à zona centro beiro-coimbrã) parece estar despreocupadamente esquecida.

A Quercus parece ter acordado para o assunto agora.

De acordo com o CM, Maria de Lurdes Cravo, dirigente daquela associação ambientalista reconhece que não sabe até que ponto as águas de unge os doutores estará exposta a níveis radioactivos que possam pôr em perigo a saúde pública das populações beirãs. Por isso, considera que seria ”de todo aconselhável que Coimbra tivesse o cuidado de monitorizar a situação radiológica da sua água”.

E essa parece ser também a opinião do Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR) emitiu uma nota em que não obriga a que sejam feitos este ano novos exames à radioactividade na água de Coimbra; de acordo com uma responsável das Águas de Coimbra, os estudos efectuados remontam a Novembro e só foram tornados públicos na semana passada.

Até lá poderia haver uma calamidade pública que a ninguém poderia interessar a assunção de responsabilidades.

Mais uma maka para o antigo Ministro do Ambiente Luís Nobre Guedes.

E será que ele aguentará. Começa a parecer que aquele Ministério era um ninho do "deixa andar" onde "não havia rei nem roque".

Enfim!

A eterna política caseira portuguesa!!!

Yalá auto-reclama-se Presidente

Kumba Yalá decidiu fazer auto-justiça ao reassumir o cargo de Presidente da Guiné-Bissau mostrando uma vontade inequívoca de completar os dois anos que lhe faltam para o término da sua Presidência.
Surpresa? Só para quem não ponderou o acórdão do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau e o resultado que ele encerrou; ou seja, a derrogação do despacho da Carta de Renúncia de Kumba Yalá.
Surpresa? Talvez se recordarmos as pelavras de Yalá quando se retirou "nós, no PRS, não privilegiamos a violência como via de fazer política na democracia. Em democracia, quando há golpes de Estado, há uma traição e um oportunismo políticos. Houve traição política e oportunismo político ao povo da Guiné-Bissau".
E agora elite castrense?

810 candidaturas à presidência

A isto se chama uma verdadeira e clara apetência chamativa para o poder.
No Irão estão inscritos 810 candidatos, 62 dos quais mulheres, para as nonas eleições presidenciais iranianas, que se realizam a 17 de Junho.
Entre os candidatos estão o antigo presidente, e representante da ala mais conservadora dos imãs, Hachemi Rafsanjani, - já o foi por duas vezes, entre 1989 e 1997 -; o presidente da Câmara de Teerão, Mahmoud Ahmadineyaf, o reformista Ibrahim Yazdi, do Movimento pelas Liberdades, que foi ministro dos Negócios Estrangeiros nos primórdios da Revolução Islâmica, o ex-presidente do Parlamento, Mehdi Karrubi, igualmente um reformista, Nasser Hejazi, um treinador e ex-guarda-redes de futebol, e o ex-chefe da polícia Baqer Qalibaf.
Mas há também Azzam Taleghani, filha do falecido Ayatollah Taleghani, que afirmou ser seu objectivo da principal desafiar o Conselho dos Guardiães.
Pois este é um dos grandes, senão o maior, dos problemas dos membros do Conselho de Guardiães que vão analisar e autorizar as candidaturas definitivas, saber se aceitam, ou não, as candidaturas femininas.
De acordo com a Constituição iraniana a presidência da República Islâmica cabe aos riyal, uma palavra árabe que significa “homens”; só que, no Irão, onde se fala o farsi, também pode ser interpretado e traduzido por “pessoas”.
Mas como o Irão é um dos pilares do Mal, provavelmente dos 810 chegarão à final aí uns… 10 ou 12 candidatos e todos professando a religião oficial do país (Islamismo de rito xiita), ter fé nos princípios da República Islâmica do Irão e gozar de bons antecedentes; ou seja um magnífico Ayatollah.

14 maio 2005

Morabeza na UE, é Utopia, diz oposição

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Demorou, mas aí temos a resposta da oposição cabo-verdiana sobre a hipotética adesão das ilhas da morabeza à União Europeia.
Segundo Agostinho Lopes, presidente do maior partido da oposição, MPD, a eventual adesão de Cabo Verde só pode ser uma "utopia, miragem e fait-divers".
Todavia, o MPD não enjeita uma maior aproximação à UE; considera subsistirem condições para que seja atribuído um estatuto especial para Cabo Verde "baseado em vantagens mútuas". Por outro lado, e de acordo com aquele dirigente oposicionista, a Europa precisa das ilhas para manter a sua segurança interna o que, sem também não deixar de ser verdadeiro, permitirá um maior grau de desenvolvimento de segurança para o controlo do eixo Norte-Sul que está, de certa forma, “confiado” aos cabo-verdianos.

Benfica a 90 minutos!!!!!

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HONRA AOS VENCIDOS
GLÓRIA AOS VENCEDORES!!!!

Onze anos depois o Benfica volta a ter uma VITÓRIA saborosa. No entanto, sejamos calmos e não entremos em euforias. O bairrismo portista é muito forte e última jornada vai ser decidida na cidade do Porto.

Entretanto, que o SPORINGUÉ honre a memória de Perestrelo e mantenha o CANECO na próxima quarta-feira.

Pelo menos vinga o Benfica…

13 maio 2005

Prémio Camões 2005 vai para brasileira

© Gabinete de Relações Culturais Internacionais (GRCI)
A escritora brasileira Lygia Fagundes Telles foi laureada com o prémio Camões 2005. A autora tem publicados cerca de duas dezenas de contos e romances, um dos quais, “Ciranda de Pedra” já foi transposto para a pequena tela.
O prémio, criado em 1988 por Portugal e Brasil para premiar um escritor de língua portuguesa que tenha contribuído para o engrandecimento do património literário e cultural lusófono, parece não ter obtido aprovação unânime.
Enquanto para a escritora cabo-verdiana Vera Duarte, apesar de lamentar nunca ter visto um autor cabo-verdiano ser galardoado com o Prémio, aplaudiu a atribuição do Prémio Camões Lygia Telles considerando-a "uma excelente decisão", já o secretário-geral da União de Escritores Angolanos (UEA) apesar de conhecer a premiada como pessoa não a reconhece como "escritora porque nunca li as obras dela".
Segundo Botelho de Vasconcelos, citado pelo NL, o Prémio Camões é cada vez mais uma atribuição com contornos políticos mais que culturais. Até porque, segundo Vasconcelos, a UEA "nunca foi consultada para apresentar obras de autores angolanos para concorrer ao prémio". Note-se que Pepetela foi, até agora, o único autor angolano laureado com o Prémio Camões em 1997; além dele só o moçambicano José Craveirinha foi outro dos premiados não português ou brasileiro.
Desapontante, ou talvez não, é também a pouca evidência dada pela Comunicação Social brasileira. Percorrendo alguns sítios, Globo, Tribuna ou Época o que consegui obter foi esta pequena notícia de ontem “Reúnem-se amanhã de manhã, no auditório da Biblioteca Nacional, os jurados do Prêmio Camões, o mais importante da língua portuguesa. Como no ano passado a vencedora foi a portuguesa Agustina Bessa Luis, a expectativa é de que se eleja um brasileiro. Ferreira Gullar e Lygia Fagundes Telles são os mais cotados. Os jurados vão do imortal Ivan Junqueira ao cult angolano José Eduardo Agualusa. O prêmio, de cem mil euros, um dos maiores do mundo, é dado pelos governos de Brasil e Portugal.
Interessante não é?

12 maio 2005

STP: um novo espaço cultural na Net


Do blogue “África de todos os sonhos” e com a devida vénia:

Espaço Cultural - STP
Foi criado um novo blog, Espaço Cultural - STP, com o objectivo de divulgar os escritores, pintores, escultores santomenses, mas também os artesãos, os contadores de histórias e os contos tradicionais. A iniciativa partiu de alguns membros do e-Grupo Caminhadas e Descoberta em STP, entre os quais moi même, e os links aparecem referenciados ao lado.

Para as eventuais ligações é aceder acima

11 maio 2005

Guiné-Bissau, os candidatos

São 14 os candidatos escolhidos pelo Supremo Tribunal da Guiné-Bissau (STGB) para disputar as eleições presidenciais de 19 de Junho próximo no país.
Entre eles estão “Nino” Vieira e Koumba Yalá, pelo Partido da Renovação Social(PRS), cujas candidaturas foram aceites por razões diferentes.
Os restantes candidatos são: Malam Bacai Sanha, do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), João Tatis Sa, do Partido Popular Bissau-Guineense (PPG), Idrissa Diallo, do Partido da Unidade Nacional (PUN), Iancuba Ndjai, do Partido da Solidariedade e do Trabalho (PST), Antonieta Rosa Gomes, do Fórum Cívico Bissau-Guineense/Social-Democrata (FCG/SD), Arregado Mantenque, do Partido do Trabalho (PT), Salvador Tchongo Domingos, da Resistência da Guiné-Bissau (RGB), Abubacar Balde, da União Nacional para a Democracia e Progresso (UNDP), Faustino Fudut Imbali, do Manifesto do Povo (MP), e os independentes Mamadu Yaya Diallo, Mário Lopes da Rosa e Adelino Mano Kei.
Vários foram os que, por razões diferentes, foram preteridos pelo STGB, destacando-se o jornalista António Aly Silva, o ex-primeiro ministro Francisco José Fadul, do Partido Unido Social Democrata (PUSD) – segundo consta por não ter conseguido comprovar as suas raízes familiares; Umaro Djamanca, do Partido Democrático e Social da Guiné-Bissau (PDSG), Cirilo Oliveira, do Partido Socialista (PS) e Ibrahim Sow, do Partido para o Progresso (PP), entre outros.
Cabe agora aos guineenses pararem para ver, ouvir e analisar os candidatos e saber, na hora própria, pensarem no que realmente é melhor para a Guiné-Bissau.
O país não pode continuar à espera de um qualquer Godot ou de um idílico castro-sebastianista.
Guiné-Bissau vale mais que isso.
Assim queiram os seus cidadãos.

Casa de Angola, Novos Estatutos

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No próximo dia 14 de Maio, sábado, pelas 16,00 horas vai continuar a Assembleia Geral Extraordinária da Casa de Angola, em Lisboa, para a Discussão e Aprovação dos novos Estatutos.
Mais informações, nomeadamente os Estatutos, poderão aceder aqui.

09 maio 2005

Há 60 anos começava o fim da II Guerra Mundial

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8 de Maio, está considerada, historicamente, como a data do fim da Guerra na Europa e o início do fim da II Guerra Mundial, que ocorreria, em Agosto com a rendição incondicional do Japão após ter sido atingido pelas duas bombas mais mortíferas alguma vez utilizada pelo Homem: a bomba atómica, cujos efeitos, políticos, sociais e físicos ainda se fazem sentir.
Também nesta data começou um dos períodos mais obscuros do Sistema Internacional.
Aquele período que Raymond Aron tão bem caracterizou: "A Guerra Fria" entre ocidentais, liderados pelos EUA/OTAN, e socialistas, liderados pela URSS/OTV (Org. do Tratado de Varsóvia, vulgo Pacto de Varsóvia), ou seja, o período do "terror da estabilidade pela dissuasão", como, de certa forma, preconizou George Kennan.
Um período que teve o seu primeiro fim com o desmembramento do Mundo socialista, mas que parece querer renascer com o confronto entre o terrorismo sem rosto e o Mundo civilizado, por um lado, e entre a força política, social e económica cada vez mais emergente que a China evidencia e um Ocidente decrépito e estagnado e à espera que tudo aconteça naturalmente.
Tantos decénios são passados e nunca o Ocidente compreendeu a paciência chinesa. E parece que nunca irá compreender.
Talvez quando a profecia de Gengis Khan se cumprir; e nessa altura já será tarde.
Hoje, 9 de Maio que se comemora o Dia da Europa, bom seria que os europeus e seus aliados - África também já começa a sentir os e feitos da política económica agressiva e "dumpinizada" chinesa - parassem um pouco para pensar e agirem antes que seja tarde.

07 maio 2005

Até sempre Jorge Perestrelo


Mais um ilustre filho de Angola que nos abandona.
A rádio, o desporto, a cultura ficaram mais pobres.
Até sempre Jorge Perestrelo!!!!!!

05 maio 2005

A ameaça dos “weblogs”

Rui Paula de Matos, também ele, nos tempos livre um “bloguista” (macroscopio) assina um interessante artigo de opinião na revista Tempo, nº 76, 4-11.05.2005, sob o título acima.
Considerando o “blog” como o diamante da comunicação dos tempos modernos, um sistema rico, complexo e “de retorno, como formigueiros” que permite expandir a comunicação “à velocidade da luz permitindo que todos nos tornemos editores, fazendo pequenos jornais “online”, tecendo hiperligações e notas que engrossam o caudal da (in)formação/opinião por uma ordem cronológica invertida, uma vez que o último “blog” é sempre o primeiro da página”, faz uma análise da evolução dos blogues em Portugal nos últimos tempos, como veículo comunicacional.
Ora é precisamente isso que um blogue cada vez mais, tendencialmente, é. Um importante meio de informação e formação de opiniões e de estratégias, como Rui de Matos reconhece ao lembrar que, na guerra do Iraque, alguns generais americanos deram uma importância relevante a “certos “blogs” (repositórios de ideias políticas)”.
Não é, em vão, que alguns jornalistas do antigamente – e leia-se antigamente, aqueles que, unicamente, viviam das notícias que caíam nas redacções e as transmitiam às rotativas, os jornalistas de poltrona como se refere Rui de Matos – sejam, agora, alguns dos melhores e mais importantes bloguistas.
Casos há, e bem conhecidos, em Portugal, nos EUA, no Reino Unido e no Brasil.
Um blogue, os declaradamente de informação, é, hoje em dia, o primeiro a apresentar a notícia que outros, mais adiante, explorarão.

Desta acusação muitos não se livram. E relembremos que, não há muito tempo, um jornal de referência em Portugal prescindiu dos serviços de dois jornalistas por terem plagiado notícias cujas fontes não citadas eram blogues.

03 maio 2005

Moçambique e Zimbabwé defendem a língua portuguesa

Quando se vê o Instituto Camões estagnar no tempo (a sua agenda semanal parou na semana de 10 a 14 de Janeiro de 2005) e as notícias que falam no Instituto se ficarem por Agosto passado não admira, nem surpreende, que o presidente português fique preocupado com o que viu em França ou que o leitorado de português na Universidade gabonesa seja suportado por um único professor, um angolano contratado localmente (assunto também tratado, e em devido tempo, aqui.)
Também não surpreende que o espanhol esteja a ganhar, claramente, terreno ao português a nível mundial. Eles têm um Instituto Cervantes activo e dinâmico.
Surpreendente, isso sim, é que os presidentes Guebuza e Mugabe tenham decidido implementar o ensino do Português no Zimbabwé.
Com tantas alterações que já houve entre os “boys” e as “girls” será que ainda ninguém pensou em fazer uma limpeza no Instituto Camões e integrá-lo – e porque não – na alçada da CPLP?
Assim, como assim, parece que em Portugal ninguém lhe dá fundos visíveis e poderia ser que outros mais esclarecidos o fizessem.
Depois queixemo-nos que na Guiné-Bissau, só a “zona central” da cidade de Bissau fale português, ou que os recibos sejam emitidos em francês (sobre esta temática ver aqui, principalmente os artigos de meados do mês).

David Borges está de saída da RDP África – entrevista

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David Borges, até há pouco director (e co-fundador) da RDP África concedeu um entrevista ao Correio da Manhã que é citada, na íntegra, pelo AngoNotícias.
Entre diferentes considerandos, David Borges, a uma pergunta sobre as posições da Administração da RTP (Rádio e Televisão de Portugal) e da tutela (Ministério/Secretaria, ou como diabo se chama, da Comunicação Social) responde liminarmente assim:
A tutela nem sabia, ou sabe o que é a RDP África”.

E depois venham presidentes, ministros e políticos propalar a defesa da Lusofonia!!!!!

Sem mais comentários.