Referente à minha tomada de posição face aos comentários idiotas sobre um texto republicado no portal Club-K deixo esta manifestação de solidariedade recebida via e-mail e com a devida autorização de publicação pelo autor:
"Meu caro Eugénio Almeida Pululu,
Como se diz em Moussumbidji e em Ngola: ... não válé à pééna...perder tempo e responder a mentecaptos e muito menos colocar foto se expondo a futuros hackers ladrões de identidade provocando daltonismo venal a quem o lê mal intencionado(a)...experimenta fazer estudos sociopsicológicos na net e assina uma vez ou outra com um nome "afro-gentílico" nos teus comentários e verás a mudança de reacção...o importante não é mesmo contribuir didacticamente com uma mensagem? Então?
Nem é promover a imagem, para quê te expores?
Deixam de ler a mensagem e atacam o mensageiro! Crazy people!
A culpa é do ressentimento pós-colonial devido à repressão ideológica secular nem chega a ser racismo por este ser sempre conotação com supremacia europeia vulgo branca (outro anacronismo e preconceito anti-científico - branco, preto, mulato, cabrito, pardo, caporro, bicho, narro, amarelo, pardo etc...ninguém tem tal cor de pele nem é animal (mulato, cabrito, bicho) só mesmo se for cancro ou doença epidérmica ou complexos de quem o diz e de quem o aceita)...
...Por isso contra a ignorância responde com superioridade intelectual utilizando formas de testar a veracidade deles muitas vezes são maus-portugas a provocarem-te por raiva da tua posição de muanangolê mais claro ao lado dos mais escuros....é o daltonismo outra vez...eheheheh...ehehehehe
(nota sempre isto: "chamar" de branco a alguém não pode ser racismo nem insulto porque no preconceito e conceitos ideológicos políticos é considerado superioridade por estar próximo da luz branca divina e o preto, negro às trevas é essa a origem remonta a 1441 /1478 de Antão Gonçalves, Tristão da Cunha (justificar a escravatura como profilaxia de trazer à luz divina os afros nas trevas). Aliás a Crónica dos Feitos da Guiné de Zurara serviu de tese disso ao Papa Nicoulau V…
Por tal meu caro, atitudes dessas, mesmo insultuosas contra ti…só podem ser mesmo… ressentimento fruto de um complexo colonial de recalcamento (ainda que compreensível) mas é por aí que se terá de responder em conformidade esclarecendo o erro dessas posições com dados sólidos) …a ignorância queima dos dois lados.
Meu caro E.A., encolhe os ombros. Faz como eu, apesar de ameaçado ainda a semana passada, via telefone e emails, por portugueses de Lisboa com voz de "gentios afros" como se fossem do Sise (na dúvida para se pensar se é o de lá ou o de cá)...nosso delito é ter opinião independente...falam de democracia mas quando toca a liberdade de expressão dos outros...iiii chega pra lá...e só lhes resta o insulto gratuito...que acham que merecemos ficar calados e aterrorizados... bem basta o do outro que vive em túneis para tornar o mundo mais perigoso e inseguro.
Sem crise e sem emoção ou rancor de maior... cantando e rindo lá vamos como escreveu o Alfred Keil que até nem era português...mas sentiu a terra alheia...que nem é o nosso caso...envoltos por jus sanguinis entre uma Mátria e uma Pátria...e outras mais que somente um teste de ADN poderá revelar numa maior abrangência a nível de cidadão do mundo... neste planeta azul chamado Terra. No fundo mesmo somos um arco-íris genético.
Fica bem
João Craveirinha
(um muana Moussumbidji, cidadão do mundo)"
Face a estas palavras só posso e consigo dizer OBRIGADO Muana Craveirinha!
29 abril 2007
Jornalista guineense alvo de ameaças?
É, ou parece tão inverosímil, como um presidente acusar a Constituição de dificultar a vida do povo do seu País e pedir a Deus que castigue quem não quer a felicidade do mesmo, a Guiné-Bissau.
Mas parece que é o que acontece, conforme se pode ler neste trecho de um artigo de Fernando (Didinho) Casimiro:
“Agentes ao serviço da ditadura continuam a transmitir recados carregados de ódio e desejo de vingança, como se a liberdade de expressão fosse um crime, ou que alguma vez eu tivesse fugido à responsabilidade e responsabilização de algo, nas opiniões que tenho manifestado sobre a Guiné-Bissau.
(…)
Sr. general Nino Vieira, já escrevi várias vezes dando conta de que se algo me acontecer a responsabilidade é sua!
Pode continuar a ameaçar, os seus agentes não escondem que estão a trabalhar para si, o certo é que vou continuar a trabalhar como sempre tenho dito!
A Guiné-Bissau não pode contentar-se em ter um presidente que instiga a morte de outros guineenses só porque têm outra forma de pensar ou porque querem saber as verdades sobre o país!
(…)”
Em vez de procurar ler, estudar e compreender quem, com coragem, “leva as cartas e as informações”, os autocratas continuam a achar que mais vale matar o “correio” que melhorar a vida do seu povo.
Uma manifesta falta de coragem!
E o jornalista Fernando (Didinho) Casimiro já mostrou que coragem é coisa que não lhe falta, ao contrário de outros…
Mas parece que é o que acontece, conforme se pode ler neste trecho de um artigo de Fernando (Didinho) Casimiro:
“Agentes ao serviço da ditadura continuam a transmitir recados carregados de ódio e desejo de vingança, como se a liberdade de expressão fosse um crime, ou que alguma vez eu tivesse fugido à responsabilidade e responsabilização de algo, nas opiniões que tenho manifestado sobre a Guiné-Bissau.
(…)
Sr. general Nino Vieira, já escrevi várias vezes dando conta de que se algo me acontecer a responsabilidade é sua!
Pode continuar a ameaçar, os seus agentes não escondem que estão a trabalhar para si, o certo é que vou continuar a trabalhar como sempre tenho dito!
A Guiné-Bissau não pode contentar-se em ter um presidente que instiga a morte de outros guineenses só porque têm outra forma de pensar ou porque querem saber as verdades sobre o país!
(…)”
Em vez de procurar ler, estudar e compreender quem, com coragem, “leva as cartas e as informações”, os autocratas continuam a achar que mais vale matar o “correio” que melhorar a vida do seu povo.
Uma manifesta falta de coragem!
E o jornalista Fernando (Didinho) Casimiro já mostrou que coragem é coisa que não lhe falta, ao contrário de outros…
Os clássicos de Lisboa e Luanda e como um Benfica é espoliado…
(um futebol da pré-história em que cada treinador disse que a sua equipa jogou para ganhar; olha se não fosse...; a imagem foi furtada algures em tempo longínquo).
Em Lisboa um sensaborão empate entre as “águias” italianas e os levezinhos “lagartos” (1-1) dá, segundo parece os dois primeiros, e únicos?, títulos ao Benfica – um, de certeza, o da "2ª circular"; e o outro deverá ser a Copa BES/Bola – onde o público, apoiando cada um a sua equipa, e com “misturas” entre “adversários” mostrou que aqueles incidentes são tão desnecessários quanto absurdos – uma imagem num órgão de informação televisivo vê-se a Polícia agarrar um idoso de forma pouco correcta (seria efeitos do jogo com o Porto?) – e que se pode ver espectáculo sem se sentir ameaçado.
Já agora em Luanda houve também um clássico entre o actual campeão, 1º de Agosto, e o Petro de Luanda com vitória destes últimos por 1-0.
Estranha-se é o afastamento do Benfica de Luanda – que venceu ontem o Desportivo da Huíla – da última eliminatória de acesso á fase de grupos da Taça CAF-Mandela por eventual incorrecta utilização de um jogador na última eliminatória que teria sido expulso numa partida anterior.
Estranha-se ainda mais que a Federação Angolana de Futebol (FAF) transmita calmamente a informação desta decisão da Confederação Africana de Futebol (CAF) a poucos dias da 1ª mão da última eliminatória “…o afastamento da formação angolana por ter usado o ponta de lança Serge (…) quando o atleta se encontrava suspenso devido à expulsão na partida para a mesma eliminatória diante do Motema Ya Pembe de Kinshasa” e não parecer haver qualquer firme atitude da FAF perante os factos apresentados quando, segundo o relatório “do comissário e árbitro do encontro frente aos congoleses refere que o atleta advertido com cartolina vermelha havia sido Sanches e não Serge.”
Será que alguém tinha medo de ver um Benfica nas competições africanas? será que a FAF nada vai fazer e contestar?
Pelo menos espero que o Benfica de Luanda exija responsabilidades nem que seja internamente!
Já agora, as minhas felicitações ao defesa internacional, e meu patrício, Luís Delgado que ajudou a equipa francesa do Metz a subir à 1ª divisão da 2ª liga campeonato francês. Um angolano no "Le Championnat" a que se poderá juntar André Titi Buengo, avançado do Amiens.
E o meu lamento por Mantorras, que mostrou estar com dificuldades em dar os seus reconhecidos piques (talvez fosse do campo estar pesado devido à chuva), não ter conseguido fazer um remate que se visse à baliza de Ricardo... ainda há esperança!
Em Lisboa um sensaborão empate entre as “águias” italianas e os levezinhos “lagartos” (1-1) dá, segundo parece os dois primeiros, e únicos?, títulos ao Benfica – um, de certeza, o da "2ª circular"; e o outro deverá ser a Copa BES/Bola – onde o público, apoiando cada um a sua equipa, e com “misturas” entre “adversários” mostrou que aqueles incidentes são tão desnecessários quanto absurdos – uma imagem num órgão de informação televisivo vê-se a Polícia agarrar um idoso de forma pouco correcta (seria efeitos do jogo com o Porto?) – e que se pode ver espectáculo sem se sentir ameaçado.
Já agora em Luanda houve também um clássico entre o actual campeão, 1º de Agosto, e o Petro de Luanda com vitória destes últimos por 1-0.
Estranha-se é o afastamento do Benfica de Luanda – que venceu ontem o Desportivo da Huíla – da última eliminatória de acesso á fase de grupos da Taça CAF-Mandela por eventual incorrecta utilização de um jogador na última eliminatória que teria sido expulso numa partida anterior.
Estranha-se ainda mais que a Federação Angolana de Futebol (FAF) transmita calmamente a informação desta decisão da Confederação Africana de Futebol (CAF) a poucos dias da 1ª mão da última eliminatória “…o afastamento da formação angolana por ter usado o ponta de lança Serge (…) quando o atleta se encontrava suspenso devido à expulsão na partida para a mesma eliminatória diante do Motema Ya Pembe de Kinshasa” e não parecer haver qualquer firme atitude da FAF perante os factos apresentados quando, segundo o relatório “do comissário e árbitro do encontro frente aos congoleses refere que o atleta advertido com cartolina vermelha havia sido Sanches e não Serge.”
Será que alguém tinha medo de ver um Benfica nas competições africanas? será que a FAF nada vai fazer e contestar?
Pelo menos espero que o Benfica de Luanda exija responsabilidades nem que seja internamente!
Já agora, as minhas felicitações ao defesa internacional, e meu patrício, Luís Delgado que ajudou a equipa francesa do Metz a subir à 1ª divisão da 2ª liga campeonato francês. Um angolano no "Le Championnat" a que se poderá juntar André Titi Buengo, avançado do Amiens.
E o meu lamento por Mantorras, que mostrou estar com dificuldades em dar os seus reconhecidos piques (talvez fosse do campo estar pesado devido à chuva), não ter conseguido fazer um remate que se visse à baliza de Ricardo... ainda há esperança!
... E ainda nem começou!!!!
Título e chamada de atenção no portal Sapo.pt e remetendo no interior para uma notícia da SIC, embora sem conteúdo na mesma senão esta chamada de atenção de ÚLTIMA HORA!:
É por estas e por outras que embora gostasse de ver o clássico entre o SLB e o SCP no seu local de eleição, o "Estádio de Futebol" acabo por preferir ficar alapado no meu sofá e vê-lo pelos meios audiovisuais.
Estes idiotas só denegrecem o futebol e o clube que dizem apoiar!!!
Para quando colocá-los no lugar devido e impedi-los de aceder a um estádio de futebol?
É por estas e por outras que crianças menores de 3 anos não podem assistir a um jogo de futebol.
Porque não é um jogo; é um combate!
Até quando?!
Angola e o flagelo das minas anti-pessoais
Por vezes hão notícias que pela sua importância e interesse não só não precisam de comentários como devem ser referidas e “estampadas”.
É o caso da que se segue, com base numa notícia da Angop e retirada do portal da TPA – para quando transmissões online? dado que estão lá programas que deveriam ser vistos pelos angolanos no exterior.
Ah! e com o devido respeito à TPA, que provavelmente se limitou a reproduzir a notícia da Angop, tomei a liberdade de corrigir certos erros ortográficos do texto cujo título é “Angola felicitada pelo cumprimento da Convenção de Ottawa sobre as minas”.
"Os estados membros da convenção de Ottawa felicitaram Angola e apontaram como exemplo a seguir por todos pelo seu engajamento na erradicação de minas anti-pessoal, para que o mundo seja livre deste mal.
De acordo com um documento da Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH), chegado quinta-feira à Angop, a felicitação ocorreu na reunião Intersectorial dos Estados da convenção, que decorre desde segunda-feira, dia 23, em Genebra.
O Governo angolano, segundo a fonte, foi reconhecido pelo cumprimento dos pressupostos do artigo quarto do diploma.
No encontro, que tem como propósito a análise do estado geral e a implementação da Convenção de Ottawa, a delegação angolana é chefiada pela coordenadora nacional de programas de acção de minas do CNIDAH, Balbina da Silva.
Durante a reunião, a comitiva angolana apresentou o projecto de destruição de "stocks" de minas anti-pessoal, programa que foi implementado pelo CNIDAH em parceria com as Forças Armadas Angolanas e o PNUD, financiado pelo Governo e a Comissão Europeia.
A nota informa igualmente que as instituições de acção de minas no país estão a trabalhar num plano nacional de a assistência às vítimas para um período de quatro anos 2007/11, cuja implementação inicia em Setembro do corrente ano.
Neste âmbito, a delegação angolana fez uma apresentação do estado de implementação dos Plano de Acção de minas de Nairobi, Kenia, no tocante à melhoria das condições de assistência às vítimas, como reabilitação e reintegração socioprofissional.
No seu relatório de 2003 enviado às Instituições Internacionais de Acção de Minas, Angola declarou que tinha 50 mil e 659 minas anti-pessoal em "stock", tendo, posteriormente, encontrado em várias regiões do território nacional paióis abandonados, aumentando o número de minas para 83 mil 557.
Durante o processo de destruição das minas, o país levou em consideração a preservação do meio ambiente, executou a reciclagem dos engenhos explosivos desactivados, utilizando o ferro e o plástico como matéria-prima para o fabrico de utensílios domésticos, baldes, bacias, enxadas e catanas."
É o caso da que se segue, com base numa notícia da Angop e retirada do portal da TPA – para quando transmissões online? dado que estão lá programas que deveriam ser vistos pelos angolanos no exterior.
Ah! e com o devido respeito à TPA, que provavelmente se limitou a reproduzir a notícia da Angop, tomei a liberdade de corrigir certos erros ortográficos do texto cujo título é “Angola felicitada pelo cumprimento da Convenção de Ottawa sobre as minas”.
"Os estados membros da convenção de Ottawa felicitaram Angola e apontaram como exemplo a seguir por todos pelo seu engajamento na erradicação de minas anti-pessoal, para que o mundo seja livre deste mal.
De acordo com um documento da Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH), chegado quinta-feira à Angop, a felicitação ocorreu na reunião Intersectorial dos Estados da convenção, que decorre desde segunda-feira, dia 23, em Genebra.
O Governo angolano, segundo a fonte, foi reconhecido pelo cumprimento dos pressupostos do artigo quarto do diploma.
No encontro, que tem como propósito a análise do estado geral e a implementação da Convenção de Ottawa, a delegação angolana é chefiada pela coordenadora nacional de programas de acção de minas do CNIDAH, Balbina da Silva.
Durante a reunião, a comitiva angolana apresentou o projecto de destruição de "stocks" de minas anti-pessoal, programa que foi implementado pelo CNIDAH em parceria com as Forças Armadas Angolanas e o PNUD, financiado pelo Governo e a Comissão Europeia.
A nota informa igualmente que as instituições de acção de minas no país estão a trabalhar num plano nacional de a assistência às vítimas para um período de quatro anos 2007/11, cuja implementação inicia em Setembro do corrente ano.
Neste âmbito, a delegação angolana fez uma apresentação do estado de implementação dos Plano de Acção de minas de Nairobi, Kenia, no tocante à melhoria das condições de assistência às vítimas, como reabilitação e reintegração socioprofissional.
No seu relatório de 2003 enviado às Instituições Internacionais de Acção de Minas, Angola declarou que tinha 50 mil e 659 minas anti-pessoal em "stock", tendo, posteriormente, encontrado em várias regiões do território nacional paióis abandonados, aumentando o número de minas para 83 mil 557.
Durante o processo de destruição das minas, o país levou em consideração a preservação do meio ambiente, executou a reciclagem dos engenhos explosivos desactivados, utilizando o ferro e o plástico como matéria-prima para o fabrico de utensílios domésticos, baldes, bacias, enxadas e catanas."
As liberdades de Chávez
Tal como já tinha prometido Hugo Chávez anunciou que não vai renovar, no final de Maio, a licença da Rádio Caracas de Televisión (RCTV) a mais antiga e emblemática estação de televisão do país e aquela que mais dor de cabeça lhe tem provocado.
A maioria da população não concorda com a medida e a Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da OEA já fez saber ao governo venezuelano, perdão, bolivariano, perdão chaveziano, que vai acusá-lo de atentado aos direitos dos trabalhadores e da liberdade de imprensa e de expressão para o Tribunal da Organização.
Mas Hugo Chávez está irredutível e afirma que a não renovação se deve ao facto da estação transmitir programas pouco próprios da moral venezuelana e de ser um constante violador da liberdade de pensamento; ou seja, o canal é acusado de estar contra as medidas populistas de Chávez e de ter apoiado a tentativa de golpe contra ele em 2002.
Mas como quem manda é Hugo Chávez (já Churchill afirmava que a democracia era a ditadura da maioria sobre a minoria, ainda assim…) e como Chávez foi eleito pela via democrática…
E Chávez parece já ter criado uma nova empresa pública de televisão tendo convidado os trabalhadores da RCTV para irem para lá trabalhar; só que a resposta parece ter sido “não!”
Por outro lado, surpreende-me que o “grande democrata” Hugo Chávez ainda não tenha ido a uma certa pérola no meio do Atlântico apoiar um certo seu amigo para a campanha eleitoral que aí decorre…
Ou será porque acha que são favas contadas ou porque quer estar, em bicos de pés como sempre, perto do Palacio Presidencial quando o seu amigo “El Barbudo” receber de volta o poder?
A maioria da população não concorda com a medida e a Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da OEA já fez saber ao governo venezuelano, perdão, bolivariano, perdão chaveziano, que vai acusá-lo de atentado aos direitos dos trabalhadores e da liberdade de imprensa e de expressão para o Tribunal da Organização.
Mas Hugo Chávez está irredutível e afirma que a não renovação se deve ao facto da estação transmitir programas pouco próprios da moral venezuelana e de ser um constante violador da liberdade de pensamento; ou seja, o canal é acusado de estar contra as medidas populistas de Chávez e de ter apoiado a tentativa de golpe contra ele em 2002.
Mas como quem manda é Hugo Chávez (já Churchill afirmava que a democracia era a ditadura da maioria sobre a minoria, ainda assim…) e como Chávez foi eleito pela via democrática…
E Chávez parece já ter criado uma nova empresa pública de televisão tendo convidado os trabalhadores da RCTV para irem para lá trabalhar; só que a resposta parece ter sido “não!”
Por outro lado, surpreende-me que o “grande democrata” Hugo Chávez ainda não tenha ido a uma certa pérola no meio do Atlântico apoiar um certo seu amigo para a campanha eleitoral que aí decorre…
Ou será porque acha que são favas contadas ou porque quer estar, em bicos de pés como sempre, perto do Palacio Presidencial quando o seu amigo “El Barbudo” receber de volta o poder?
26 abril 2007
Um comentário no Club-K
O que se segue foi um comentário colocado no portal Club-K e resulta de alguns comentários ali deixados em artigos meus publicados noutros órgãos informativos e que este portal de jovens angolanos no exterior mantém, provavelmente, com inúmeras dificuldades.
Os comentários são pertinente e devem ser sempre acolhidos até para que possamos alterar ou rectificar imprecisões e, ou, incorrecções quer nos temos, quer no formato quer no conteúdo.
Mas quando os comentários servem para dizer “olá aqui estou eu”, sem qualquer consistência, meramente pejorativos e, não poucas vezes, insultuosos, mais do que para quem escreve os artigos, para o próprio portal, no caso o Club-K, aborrece e de que maneira.
Por mim podem continuar a fazê-lo, só que acreditem ou não, não me afecta minimamente.
Só escrevi porque, um dos comentários no artigo mais recente republicado no Club-K, também põe em causa terceiros, como o Angonotícias.
E…
“Só o respeito que nutro pelo Angonotícias e por alguns dos seus principais responsáveis, de quem me considero amigo e com quem já colaborei, é que me leva a responder ao comentário anterior.
Não me podem acusar de plágio pelo simples facto de ter escrito um artigo que parece ter alguma semelhança com outro publicado no Angonotícias.
Primeiro porque artigos de opinião são baseados em artigos já escritos ou em assuntos ocorridos; depois porque, ultimamente, ter dificuldades em aceder ao portal do Angonotícias – são mais as vezes que o sistema diz acesso recusado ou impossível – e; terceiro não consegui ver nenhum artigo para que possa servir de comparação na pesquisa que fiz no portal Angonotícias.
De notar que o meu artigo foi elaborado e publicado no passado dia 24 de Abril e o artigo mais recente do Angonotícias, sobre o assunto, é de 25 DE ABRIL!!! sendo o imediatamente anterior, pela pesquisa efectuado sobre a Malária no citado portal, de 4 de Abril pp.
Não vamos apropriar indevidamente de terceiros para criticar, só por criticar.
Por outro lado, é norma minha – deveria ser norma ética que quem escreve ou investiga fazê-lo sempre – citar as fontes tal como o faço no artigo em questão, onde cito o Notícias Lusófonas, como também já o fiz com o Club-K em matérias ou ensaios por mim escritos.
É bonito e não fica mal a ninguém fazê-lo.
Critiquem à vontade porque num portal democrático, como o Club-K o quer demonstrar ser, é salutar e permite clarificação de ideias.
Mas critiquem com sobriedade e com correcção.
E esta deverá ser a última vez que comentarei aqui.
Nunca o afirmei, nem o divulguei, porque não achei conveniente nem necessário.
Mas deixem-me que vos esclareça, e o senhor José Gama, que pessoalmente não tenho o prazer nem a honra de o conhecer, o próprio o poderá fazê-lo, já fui convidado, por via de um contacto de uma pessoa próxima dos dois, para aqui deixar um artigo sobre a emergente Bolsa de Valores de Luanda e o que pensava sobre isso.
Foi enviado mas, porque provavelmente não se enquadrava no critério editorial ou porque não o receberam, nunca foi publicado.
Não levei nem levo a mal.
Temos de respeitar os programas editoriais e os superiores critérios dos seus editores.
Por outro lado nunca pedi nem solicitei ao Club-K para REPUBLICAR artigos meus cuja publicação aconteceu noutros órgãos informativos.
O Clube-K fá-lo, porque acha no seu largo critério de pluralidade, acha que deve fazê-lo. Acreditem, ou não sinto-me honrado, pela sua publicação e pelos comentários aqui deixados.
Mas…
Só que alguns, e não poucos, comentários como aqui são por vezes, e não poucas, publicados…
Considero pouco elegante e por vezes carregados de um ódio mesquinho, alguns comentários aqui normalmente deixados e em outros articulistas – que não só nos meus artigos –, nomeadamente sob a forma cobarde, repito COBARDE, do Anonimato ou de assinaturas que demonstram não parecerem ser muito credíveis enquanto tal e, ou, serem claramente pseudónimos.
Como também considero cobarde reportar a terceiros comentários aqui deixados por outros principalmente quando se evoca a não leitura de um determinado órgão mas sabendo, pelo que e como escreve, que nesse órgão comunicacional estão lá publicados artigos de fulano, beltrano ou sicrano.
Há quem faça isso e assine com vários heterónimos. Mas são tão atados que não percebem que pela forma como escrevem mesmo que assinem com identificações diferentes sabe-se quem o faz. Salvo quando fazem “corte e cola” como os cábulas e os falsários (e alguns reconheço-os por escrita anteriores e devidamente assinadas como sendo de portugueses que se querem, pondo-se de bicos de pés, afirmar angolanos e não de angolanos, mesmo com dupla nacionalidade, ou só angolanos).
Não tenho problemas em afirmar que leio todo o tipo de órgãos de comunicação nacionais (os angolanos) ou estrangeiros (nomeadamente africanos, brasileiros, portugueses e outros).
Só assim poderei fazer análises políticas com, o que considero, pelo menos para mim, um mínimo de objectividade!
Cumprimentos
Eugénio Costa Almeida”
… E depois há idiotas que parecem desconhecer que Angolanos não têm cor mas amor pelo seu País!!!
Os comentários são pertinente e devem ser sempre acolhidos até para que possamos alterar ou rectificar imprecisões e, ou, incorrecções quer nos temos, quer no formato quer no conteúdo.
Mas quando os comentários servem para dizer “olá aqui estou eu”, sem qualquer consistência, meramente pejorativos e, não poucas vezes, insultuosos, mais do que para quem escreve os artigos, para o próprio portal, no caso o Club-K, aborrece e de que maneira.
Por mim podem continuar a fazê-lo, só que acreditem ou não, não me afecta minimamente.
Só escrevi porque, um dos comentários no artigo mais recente republicado no Club-K, também põe em causa terceiros, como o Angonotícias.
E…
“Só o respeito que nutro pelo Angonotícias e por alguns dos seus principais responsáveis, de quem me considero amigo e com quem já colaborei, é que me leva a responder ao comentário anterior.
Não me podem acusar de plágio pelo simples facto de ter escrito um artigo que parece ter alguma semelhança com outro publicado no Angonotícias.
Primeiro porque artigos de opinião são baseados em artigos já escritos ou em assuntos ocorridos; depois porque, ultimamente, ter dificuldades em aceder ao portal do Angonotícias – são mais as vezes que o sistema diz acesso recusado ou impossível – e; terceiro não consegui ver nenhum artigo para que possa servir de comparação na pesquisa que fiz no portal Angonotícias.
De notar que o meu artigo foi elaborado e publicado no passado dia 24 de Abril e o artigo mais recente do Angonotícias, sobre o assunto, é de 25 DE ABRIL!!! sendo o imediatamente anterior, pela pesquisa efectuado sobre a Malária no citado portal, de 4 de Abril pp.
Não vamos apropriar indevidamente de terceiros para criticar, só por criticar.
Por outro lado, é norma minha – deveria ser norma ética que quem escreve ou investiga fazê-lo sempre – citar as fontes tal como o faço no artigo em questão, onde cito o Notícias Lusófonas, como também já o fiz com o Club-K em matérias ou ensaios por mim escritos.
É bonito e não fica mal a ninguém fazê-lo.
Critiquem à vontade porque num portal democrático, como o Club-K o quer demonstrar ser, é salutar e permite clarificação de ideias.
Mas critiquem com sobriedade e com correcção.
E esta deverá ser a última vez que comentarei aqui.
Nunca o afirmei, nem o divulguei, porque não achei conveniente nem necessário.
Mas deixem-me que vos esclareça, e o senhor José Gama, que pessoalmente não tenho o prazer nem a honra de o conhecer, o próprio o poderá fazê-lo, já fui convidado, por via de um contacto de uma pessoa próxima dos dois, para aqui deixar um artigo sobre a emergente Bolsa de Valores de Luanda e o que pensava sobre isso.
Foi enviado mas, porque provavelmente não se enquadrava no critério editorial ou porque não o receberam, nunca foi publicado.
Não levei nem levo a mal.
Temos de respeitar os programas editoriais e os superiores critérios dos seus editores.
Por outro lado nunca pedi nem solicitei ao Club-K para REPUBLICAR artigos meus cuja publicação aconteceu noutros órgãos informativos.
O Clube-K fá-lo, porque acha no seu largo critério de pluralidade, acha que deve fazê-lo. Acreditem, ou não sinto-me honrado, pela sua publicação e pelos comentários aqui deixados.
Mas…
Só que alguns, e não poucos, comentários como aqui são por vezes, e não poucas, publicados…
Considero pouco elegante e por vezes carregados de um ódio mesquinho, alguns comentários aqui normalmente deixados e em outros articulistas – que não só nos meus artigos –, nomeadamente sob a forma cobarde, repito COBARDE, do Anonimato ou de assinaturas que demonstram não parecerem ser muito credíveis enquanto tal e, ou, serem claramente pseudónimos.
Como também considero cobarde reportar a terceiros comentários aqui deixados por outros principalmente quando se evoca a não leitura de um determinado órgão mas sabendo, pelo que e como escreve, que nesse órgão comunicacional estão lá publicados artigos de fulano, beltrano ou sicrano.
Há quem faça isso e assine com vários heterónimos. Mas são tão atados que não percebem que pela forma como escrevem mesmo que assinem com identificações diferentes sabe-se quem o faz. Salvo quando fazem “corte e cola” como os cábulas e os falsários (e alguns reconheço-os por escrita anteriores e devidamente assinadas como sendo de portugueses que se querem, pondo-se de bicos de pés, afirmar angolanos e não de angolanos, mesmo com dupla nacionalidade, ou só angolanos).
Não tenho problemas em afirmar que leio todo o tipo de órgãos de comunicação nacionais (os angolanos) ou estrangeiros (nomeadamente africanos, brasileiros, portugueses e outros).
Só assim poderei fazer análises políticas com, o que considero, pelo menos para mim, um mínimo de objectividade!
Cumprimentos
Eugénio Costa Almeida”
… E depois há idiotas que parecem desconhecer que Angolanos não têm cor mas amor pelo seu País!!!
25 abril 2007
Há 33 anos…
… alguém se lembrou que já chegava de despotismo e era altura de gritar Democracia e Liberdade!
Que também era altura de outros terem direito à sua LIBERDADE!
Passados 33 anos, parece que também é altura de se dizer a certos déspotas e iluminados que já chega haver poucos a ter muito, muitíssimo, enquanto milhares, milhões, nada têm…
Que alguém faça como Mandela: “Gritai Liberdade!”
24 abril 2007
Angola, a Malária de cair para 50%
(imagem daqui)
"Costuma-se a dizer quem não aparece é esquecido ou que os políticos gostam muito de ficar sentados à espera que os acontecimentos aconteçam para depois surgirem como heróis que conseguiram debelar o mal. Ou seja, em qualquer dos casos adormecem.
O Ministro da Saúde, Anastácio Ruben Sicato, parece querer fugir a esta regra.
Desde que deixou Lisboa que pouco ou nada – diria mesmo nada – se ouvia dele o que deixava no ar a ideia inicial que estava à espera que a fruta caísse de madura e pudesse regressar à sua actividade profissional: médico.
Pois parece que nada era mais incorrecto que esta perspectiva.
Ou talvez não.
Anastácio Sicato estava, de facto, a pôr em acção a sua actividade profissional – médico cuja o sentido é salvar vidas – só que em vez de um hospital ou numa clínica, em prole de todo um País. (...)" (continuar a ler acedendo aqui)
Parte do artigo de Opinião publicado no de hoje com o título "Angola quer atacar a Malária de vez" e tendo por base uma notícia hoje publicada na Manchete do Notícias Lusófonas.
Tudo no mesmo saco...
O que a seguir se transcreve está estampado no "Canal de Moçambique" que, para não houvesse dúvidas interpretativas, se limita a transcrever o que a directora do ensino geral de Moçambique afirmou.
Um mimo...
Então aqui fica:
"Embora passados quatro anos o Ministério da Educação e Cultura (MEC) reconhece que falhou ao misturar alunos normais nas mesmas turmas com outros alunos portadores de deficiência mental, visual, auditiva e/ou de fala. Em contacto com o «Canal de Moçambique» a directora Adjunta do Ensino Geral do Ministério da Educação e Cultura, Palmira Palma Pinto reconheceu que foi bom ter-se adoptado a tal política de não destrinçar.
“Reconhecemos as nossas fraquezas”, disse ela, numa atitude pouco vulgar em instituições do Estado que por princípio existem para zelar pelo que mais convém aos cidadãos e à sociedade.
“É muito difícil os alunos normais estarem misturados com os outros de deficiência mental, visual, auditiva e de fala numa única turma. Os alunos deviam estar separados e vamos separa-los até o 2º trimestre deste ano”, observou objectivamente Palmira Palma Pinto.
(...)Porque
Segundo Palmira Pinto “não podemos esperar bom rendimento escolar tanto dos alunos normais como também dos que transportam consigo as diversas deficiências em 45 minutos de aula”."
Ou seja, para a senhora directora deficientes visuais, auditivos e, ou de fala (isto é, e para que se entenda porque parece que a senhora não, cegos, surdos e mudos) estarão a um mesmo que deficientes mentais (doidos).
Vão tentar remediar um mal com outro ainda pior.
espero que a Ministra leia estas declarações e explique as diferenças à senhora directora Adjunta do Ensino Geral do inistério da Educação e Cultura!
.
Nota: Entretanto recebi, sobre o assunto acima e quase em simultâneo quamdo o estava a escrever um comentário de João Craveirinha a acompanhar o texto integral do Canal de Moçambique que, pelo seu conteúdo e incisibilidade, merecem a sua publicação. As minhas desculpas ao autor por o ter feito sem previamente o solicitar. Mas sei que ele compreenderá.
"SURDEZ, MUDEZ e INVISUALIDADE não podem estar associadas à LOUCURA nem a ATRASO MENTAL. Porque na realidade loucas serão as medidas preconizadas pelo MEC para serem tomadas, segundo a peça em epígrafe com a devida vénia.
A confirmar-se, estaremos perante uma flagrante discriminação que não é positiva e viola todo o sentido de um humanismo na EDUCAÇÃO em Moçambique. E a sociedade continua seu curso impávido e sereno. (Também não admira com tanta anomalia governativa é mais uma.)
“Vamos separar os alunos com problemas de deficiência mental, visual, auditiva e de fala numa única turma ainda dentro do 2º trimestre”. (sic)
A ser verdade estaremos perante um grande erro e falta de sensibilidade além de violar os direitos humanos universais.
SURDEZ, INVISUALIDADE (dita cegueira) e MUDEZ NÃO TÊM NADA A VER COM DOENÇA MENTAL. São problemas ou congénitos (de nascença) ou que se adquiriram. Qualquer um de nós pode adquirir essas deficiências por “qualquer azar” da vida ou acidente. Será que gostariam de estar com doentes mentais num banco da escola se perdessem a visão, a audição ou a fala? Que sociedade se (res) constrói em Moçambique?! Se não sabem como se faz que aprendam com os Países que o sabem fazer gerindo de outra forma com escolas especializadas para cada caso. Estudem os dossiers da matéria e não tratem pessoas como monstros com medidas monstruosas.
Tratar todos os deficientes por igual sem ter em conta as especificidades de cada um é o que faziam na Idade Média na Europa, tratando-os como bichos selvagens colocando-os em jaulas comuns. A Inquisição da igreja torturava-os para exorcizar os demónios.
Na Europa, na antiguidade clássica ocidental, na Grécia e Roma antigas, com o pretexto do culto do corpo físico belo e perfeito os deficientes eram executados à nascença (eutanásia). Na Alemanha, Hitler fez o mesmo na 2ª Guerra Mundial (1939/1945), incluindo a esterilização obrigatória às crianças mestiças filhos de homens africanos com mulheres alemãs. A mestiçagem era considerada deficiência genética.
No século XIX / XX os deficientes eram apresentados como “freaks” em circos.
Na África tradicional (medieval) há séculos atrás, normalmente os deficientes eram mortos à nascença (eutanásia) ou utilizados como aberrações para feitiçaria (incluindo albinos, aleijados, anões, etc.). No “plateaux” de Mueda era uma norma ainda no século XX. As anciãs executavam a eutanásia e a mãe era “poupada” (entre aspas) a ter um filho deficiente. No Império de Gaza eram discriminados e abusados. Na chefatura de Macombe em Manica (a deficientes) cortava-se-lhes a língua para “uivarem” como cães na entrada da paliçada anunciando a chegada de estranhos.
Hoje que discriminação oficial pretende o MEC?! Esperemos que seja um “lapsus linguae” (erro de expressão na fala) da Sra. (P3) directora Adjunta do Ensino Geral do Ministério da Educação e Cultura.
Coitada da maltratada Cultura em Moçambique sempre em último lugar. Por isso se tomam atitudes desta natureza. (Contra a Cultura, como capacidade de agir através de um pensamento intelectual especializado. Neste caso, a Educação como parte do todo da Cultura que se quer dinamizar num País. Pois tudo é Cultura é preciso é orientá-la pelo melhor caminho). Post scriptum: (O poeta-músico Ludwig van Beethoven (1770/ 1827) ficou surdo não se esqueçam e foi um génio de criatividade artística.) JC"
A confirmar-se, estaremos perante uma flagrante discriminação que não é positiva e viola todo o sentido de um humanismo na EDUCAÇÃO em Moçambique. E a sociedade continua seu curso impávido e sereno. (Também não admira com tanta anomalia governativa é mais uma.)
“Vamos separar os alunos com problemas de deficiência mental, visual, auditiva e de fala numa única turma ainda dentro do 2º trimestre”. (sic)
A ser verdade estaremos perante um grande erro e falta de sensibilidade além de violar os direitos humanos universais.
SURDEZ, INVISUALIDADE (dita cegueira) e MUDEZ NÃO TÊM NADA A VER COM DOENÇA MENTAL. São problemas ou congénitos (de nascença) ou que se adquiriram. Qualquer um de nós pode adquirir essas deficiências por “qualquer azar” da vida ou acidente. Será que gostariam de estar com doentes mentais num banco da escola se perdessem a visão, a audição ou a fala? Que sociedade se (res) constrói em Moçambique?! Se não sabem como se faz que aprendam com os Países que o sabem fazer gerindo de outra forma com escolas especializadas para cada caso. Estudem os dossiers da matéria e não tratem pessoas como monstros com medidas monstruosas.
Tratar todos os deficientes por igual sem ter em conta as especificidades de cada um é o que faziam na Idade Média na Europa, tratando-os como bichos selvagens colocando-os em jaulas comuns. A Inquisição da igreja torturava-os para exorcizar os demónios.
Na Europa, na antiguidade clássica ocidental, na Grécia e Roma antigas, com o pretexto do culto do corpo físico belo e perfeito os deficientes eram executados à nascença (eutanásia). Na Alemanha, Hitler fez o mesmo na 2ª Guerra Mundial (1939/1945), incluindo a esterilização obrigatória às crianças mestiças filhos de homens africanos com mulheres alemãs. A mestiçagem era considerada deficiência genética.
No século XIX / XX os deficientes eram apresentados como “freaks” em circos.
Na África tradicional (medieval) há séculos atrás, normalmente os deficientes eram mortos à nascença (eutanásia) ou utilizados como aberrações para feitiçaria (incluindo albinos, aleijados, anões, etc.). No “plateaux” de Mueda era uma norma ainda no século XX. As anciãs executavam a eutanásia e a mãe era “poupada” (entre aspas) a ter um filho deficiente. No Império de Gaza eram discriminados e abusados. Na chefatura de Macombe em Manica (a deficientes) cortava-se-lhes a língua para “uivarem” como cães na entrada da paliçada anunciando a chegada de estranhos.
Hoje que discriminação oficial pretende o MEC?! Esperemos que seja um “lapsus linguae” (erro de expressão na fala) da Sra. (P3) directora Adjunta do Ensino Geral do Ministério da Educação e Cultura.
Coitada da maltratada Cultura em Moçambique sempre em último lugar. Por isso se tomam atitudes desta natureza. (Contra a Cultura, como capacidade de agir através de um pensamento intelectual especializado. Neste caso, a Educação como parte do todo da Cultura que se quer dinamizar num País. Pois tudo é Cultura é preciso é orientá-la pelo melhor caminho). Post scriptum: (O poeta-músico Ludwig van Beethoven (1770/ 1827) ficou surdo não se esqueçam e foi um génio de criatividade artística.) JC"
23 abril 2007
Morreu Boris Yeltsin
(há quem também, hoje em dia, o copie nas suas campanhas eleitorais… foto ©daqui)
Morreu o primeiro presidente eleito por via democrática da Rússia, o senhor Boris Yeltsin.
Não seria mais que uma notícia “normal” salvo, talvez, o impacto de ter sido o primeiro presidente russo eleito por via democrática (1991-1999).
Por outro lado não seria mais que uma notícia de um homem, com uma idade já interessante mesmo para a Rússia, 76 anos, que, di-lo-iam, ter sido altura de pagar pelos excessos com que sempre pautou a sua vida, quer a nível de bebidas alcoólicas, de ter feito uma intervenção cirúrgica delicada, ou de outras atitudes que são dispensáveis de aqui serem referidas.
Só que, apesar dos médicos comunicarem que a sua morte se deveu a uma insuficiência cardíaca progressiva, também dizem, afirmam, que a sua actual vida e boa forma física não faziam prever este desenlace
Estranho?!
Não me parece! Principalmente quando vem dos lados de Moscovo…
Também há uns anos – lá para os idos de Setembro de 1979 –, um antigo presidente africano, – a sua biografia oficial é omissa até quanto à data do passamento –, foi fazer um ormal e natural “check-up” a Moscovo e regressou numa urna por, segundo os médicos soviéticos de então, ter falecido na mesa de operações devido a problemas cardíacos e hepáticos.
Consta-se que esse Homem queria sair da órbita soviética…
Não seria mais que uma notícia “normal” salvo, talvez, o impacto de ter sido o primeiro presidente russo eleito por via democrática (1991-1999).
Por outro lado não seria mais que uma notícia de um homem, com uma idade já interessante mesmo para a Rússia, 76 anos, que, di-lo-iam, ter sido altura de pagar pelos excessos com que sempre pautou a sua vida, quer a nível de bebidas alcoólicas, de ter feito uma intervenção cirúrgica delicada, ou de outras atitudes que são dispensáveis de aqui serem referidas.
Só que, apesar dos médicos comunicarem que a sua morte se deveu a uma insuficiência cardíaca progressiva, também dizem, afirmam, que a sua actual vida e boa forma física não faziam prever este desenlace
Estranho?!
Não me parece! Principalmente quando vem dos lados de Moscovo…
Também há uns anos – lá para os idos de Setembro de 1979 –, um antigo presidente africano, – a sua biografia oficial é omissa até quanto à data do passamento –, foi fazer um ormal e natural “check-up” a Moscovo e regressou numa urna por, segundo os médicos soviéticos de então, ter falecido na mesa de operações devido a problemas cardíacos e hepáticos.
Consta-se que esse Homem queria sair da órbita soviética…
Dia Mundial da Leitura: «Toda a gente fala: Sim senhor»
Pelo dia Mundial da Leitura um trecho do conto de Onésimo Silveira, “Toda a gente fala: sim senhor”, publicado na década de 60 pela Publicações Imbondeiro, Sá da Bandeira (Lubango).
Refernte a esta data dois poemas foram colocados no Malambas; um deste autor e outro do angolano Arnaldo Santos
(…)
- Cara dinhô ê cara d’alguém qui câ stá sábi, Tigusto! – exclamou Nizinho ao entrar na sanzala.
Com uma expressão apagada, que a chama amarela e fumarenta do candeeiro aprofundava, sentado no seu inseparável mocho, Tigusto permanecia estático e indiferente como a presença de um corpo morto.
Câ ê sô tã pensa qui nhô tâ rumá vida, igusto ! – volveu Nizinho ao silêncio de Tigusto.
Ressurgindo da amarelidão da sanzala, ergueu-se Tigusto. Sem nada dizer apontou o atado sobre a mesa:
- Olhá nizinho: pronto pâ bai tê cidade. C’um atado de batata e um casaco de caqui… – lamentou-se, numa voz que mais parecia interiorizar-se.
Nizinho fitou o atado. Ao lado dele estavam a viola e o chapéu de feltro cinzento, que Tigusto trazia muito estimado a um canto da mala.
Tigusto nada disse sobre a viola. Talvez lhe tivesse raiva ainda… Mas ao outro dia, manhã grande, atravessou-a às costas e, o atado pela mão e o chapéu bem enfiado, meteu-se ao caminho que o levaria à cidade pela primeira vez..
(…)
Refernte a esta data dois poemas foram colocados no Malambas; um deste autor e outro do angolano Arnaldo Santos
(…)
- Cara dinhô ê cara d’alguém qui câ stá sábi, Tigusto! – exclamou Nizinho ao entrar na sanzala.
Com uma expressão apagada, que a chama amarela e fumarenta do candeeiro aprofundava, sentado no seu inseparável mocho, Tigusto permanecia estático e indiferente como a presença de um corpo morto.
Câ ê sô tã pensa qui nhô tâ rumá vida, igusto ! – volveu Nizinho ao silêncio de Tigusto.
Ressurgindo da amarelidão da sanzala, ergueu-se Tigusto. Sem nada dizer apontou o atado sobre a mesa:
- Olhá nizinho: pronto pâ bai tê cidade. C’um atado de batata e um casaco de caqui… – lamentou-se, numa voz que mais parecia interiorizar-se.
Nizinho fitou o atado. Ao lado dele estavam a viola e o chapéu de feltro cinzento, que Tigusto trazia muito estimado a um canto da mala.
Tigusto nada disse sobre a viola. Talvez lhe tivesse raiva ainda… Mas ao outro dia, manhã grande, atravessou-a às costas e, o atado pela mão e o chapéu bem enfiado, meteu-se ao caminho que o levaria à cidade pela primeira vez..
(…)
22 abril 2007
A indigitação de Martinho Kabi - artigo
Embora com um pouco de atraso aqui fica parte de um artigo sobre a indigitação do novo primeiro-ministro Bissau-guineense e publicado na edição 111, do semanário , de 14 de Abril passado, com oprevisto título de “Terá estofo o indigitado novo premiê da Guiné-Bissau?”
.
"Os problemas sociais, políticos e económicos da Guiné-Bissau, a eventual falta de diálogo entre o governo de Aristides Gomes e um dos signatários do Fórum de Convergência Democrática para o Desenvolvimento (FCD), o PRS do antigo presidente Kumba Ialá, e as nada discretas acusações da ONU sobre o facto do país estar a ser uma plataforma do tráfico da droga levaram três partidos a criarem uma Plataforma a que deram o nome de Pacto de Estabilidade de Política Nacional da Guiné-Bissau. Foram seus signatários, o PAIGC, o PRS e o PUSD – se bem que este, ora diz que pertence à Plataforma, ora diz que não e apoia o Presidente e o seu Governo.
Ou seja, foram signatários dois partidos dos apoiantes de “Nino” Vieira, na segunda volta das presidenciais e o partido, PAICG, apoiante do candidato Bacai Sanhá, derrotado nessa disputa eleitoral.
Desta Plataforma resultou uma moção de censura ao Governo de Aristides Gomes, aprovada no Parlamento, em 19 de Março passado.
Foram necessárias mais de três semanas para que “Nino” digerisse a referida moção de censura com que a Plataforma, “distinguiu” o seu Governo de iniciativa presidencial apoiado no FCD.
E foram quase duas para que “Nino” aceitasse um dos nomes propostos pela referida Plataforma, no caso, um dos vice-presidentes do PAIGC, Martinho N'Dafa Kabi, não sucumbindo à tentação de dissolver o Parlamento. (...)"
.
"Os problemas sociais, políticos e económicos da Guiné-Bissau, a eventual falta de diálogo entre o governo de Aristides Gomes e um dos signatários do Fórum de Convergência Democrática para o Desenvolvimento (FCD), o PRS do antigo presidente Kumba Ialá, e as nada discretas acusações da ONU sobre o facto do país estar a ser uma plataforma do tráfico da droga levaram três partidos a criarem uma Plataforma a que deram o nome de Pacto de Estabilidade de Política Nacional da Guiné-Bissau. Foram seus signatários, o PAIGC, o PRS e o PUSD – se bem que este, ora diz que pertence à Plataforma, ora diz que não e apoia o Presidente e o seu Governo.
Ou seja, foram signatários dois partidos dos apoiantes de “Nino” Vieira, na segunda volta das presidenciais e o partido, PAICG, apoiante do candidato Bacai Sanhá, derrotado nessa disputa eleitoral.
Desta Plataforma resultou uma moção de censura ao Governo de Aristides Gomes, aprovada no Parlamento, em 19 de Março passado.
Foram necessárias mais de três semanas para que “Nino” digerisse a referida moção de censura com que a Plataforma, “distinguiu” o seu Governo de iniciativa presidencial apoiado no FCD.
E foram quase duas para que “Nino” aceitasse um dos nomes propostos pela referida Plataforma, no caso, um dos vice-presidentes do PAIGC, Martinho N'Dafa Kabi, não sucumbindo à tentação de dissolver o Parlamento. (...)"
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Podem continuar a ler o artigo acedendo através da minha página-pessoal/homepage “Artigos-Correio da Semana”)
21 abril 2007
França e Nigéria, eleições presidenciais
Este fim-de-semana vão acontecer duas importantes eleições presidenciais e com natural impacto em cada região onde se inserem: França e Nigéria.
Sobre este assunto um artigo de opinião hoje publicada no sob o título "Um fim-de-semana de eleições" donde se extrai este trecho:
"Este poderá ser um fim-de-semana eleitoral importante em dois diferentes países de duas outras tantas distintas regiões. Em França vai acontecer as eleições presidenciais onde tudo parece conjugar que, ao contrário das anteriores onde se encontraram frente-a-frente o candidato centrista, Chirac, e o candidato surpresa da extrema-direita, Le Pen, desta vez, salvo nova surpresa na segunda fase estarão os dois representantes que configuram e estabilizam a actual política francesa: a direita proto-neo-nacionalista e neo-europeísta de Nicolas Sarkozy e a nova esquerda liberal de Ségolène Royal.
(...)
Na Nigéria depois do fim-de-semana passado ter eleito os novos dirigentes regionais, este sábado, será dia de eleições para ver quem irá substituir Olusegun Obasanjo em Abuja. E com ele serão também eleitos os 360 deputados do Congresso e os 109 senadores.
Pela primeira vez na sua história Nigéria poderá assistir à substituição natural e democrática de um civil por outro civil por efeitos do voto (se outros houvessem que seguissem o exemplo…)
(...)"
Ota, quem são os donos?
(O aero(hidro)porto vai ser aqui?; foto surripiada ©daqui)
De acordo com uma notícia da Lusa, o dirigente da “Nova Democracia” (PND), Jorge Ferreira, terá sugerido ao Governo da República Portuguesa a identificação dos donos dos terrenos onde irá, futuramente, assentar o aeroporto da OTA.
Ora aí está um pedido inteligente.
Assim sempre se saberá se serão veras ou falsas as notícias que dão como sendo donos, uma instituição bancária, ou uma sua fundação, um antigo alto magistrado da nação portuguesa e um ainda presidente – ou uma fundação a ele ligado – de um país algures lá para o cone centro-austral de África.
Acabavam-se as dúvidas quanto a eventuais especulações imobiliárias e ficavam definitivamente limpos os nomes mais citados.
Será que o Governo vai na conversa?
Cá por mim e como o Governo português transpira tanta transparência é já amanhã – há quem já esteja habituado a saber e ver divulgadas as coisas ao domingo… – que vai divulgar os nomes!
… É que é já amanhã!...
.
Nota: Apontamento citado no portal "Demoliberal" na rubrica "Hoje convidamos..."
Ah! e já agora interessante esta "liberdade" de expressão na República portuguesa " (...) os principais responsáveis que superintenderam à elaboração do estudo que alertou para os problemas do espaço aéreo na Ota vão ser todos substituídos (...)"
Ou seja, quem não respirar como os chefes vai fazê-lo para o "olho da rua"!!!
Com ensinamentos destes como se pode criticar aqueles que copiam "as boas normas" dos seus "padrinhos" do Norte?...
De acordo com uma notícia da Lusa, o dirigente da “Nova Democracia” (PND), Jorge Ferreira, terá sugerido ao Governo da República Portuguesa a identificação dos donos dos terrenos onde irá, futuramente, assentar o aeroporto da OTA.
Ora aí está um pedido inteligente.
Assim sempre se saberá se serão veras ou falsas as notícias que dão como sendo donos, uma instituição bancária, ou uma sua fundação, um antigo alto magistrado da nação portuguesa e um ainda presidente – ou uma fundação a ele ligado – de um país algures lá para o cone centro-austral de África.
Acabavam-se as dúvidas quanto a eventuais especulações imobiliárias e ficavam definitivamente limpos os nomes mais citados.
Será que o Governo vai na conversa?
Cá por mim e como o Governo português transpira tanta transparência é já amanhã – há quem já esteja habituado a saber e ver divulgadas as coisas ao domingo… – que vai divulgar os nomes!
… É que é já amanhã!...
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Nota: Apontamento citado no portal "Demoliberal" na rubrica "Hoje convidamos..."
Ah! e já agora interessante esta "liberdade" de expressão na República portuguesa " (...) os principais responsáveis que superintenderam à elaboração do estudo que alertou para os problemas do espaço aéreo na Ota vão ser todos substituídos (...)"
Ou seja, quem não respirar como os chefes vai fazê-lo para o "olho da rua"!!!
Com ensinamentos destes como se pode criticar aqueles que copiam "as boas normas" dos seus "padrinhos" do Norte?...
Somália, a não esquecer
(foto de refugiado somali sentida e intencionalmente roubada ©daqui; provavelmente aguardam um novo Bono ou Gueldoff…)
Da Somália poucas vezes vem notícias. E quando surgem…
Como glosaria Orlando Castro, como não são brancos e não vivem na Europa ou nos EUA não há necessidade de saber.
E por isso quando se lê que nos últimos três dias, em confrontos entre o exército etíope e rebeldes islamitas somalis, aconteceram 113 mortos e 229 feridos.
Que interessa, não são brancos e nem vivem na Europa ou nos EUA…
Quando se sabe que a União Africana continua a não saber quando conseguirá criar uma força que substitua os etíopes na Somália e o resto da Comunidade Internacional pouco ou nada faz…
Que interessa, não são brancos e nem vivem na Europa ou nos EUA…
Quando o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) afirma que em redor de Mogadíscio, e só se reportam à capital, (sobre)vivem cerca de trezentos mil desalojados numa população que já teve três milhões de habitantes, 1,4 dos quais já fugiram para zonas inóspitas para fugirem da guerra…
Que interessa, não são brancos e nem vivem na Europa ou nos EUA…
O responsável do principal hospital da capital pede a intervenção do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Mas para quê e porque se há-de gastar dinheiro com povos que não são brancos e nem vivem na Europa ou nos EUA…
Para os EUA o que interessa é que na Somália perdura o cutelo da al-Qaeda mantendo-se convictos que por detrás da violência na capital somali estarão operacionais daquela organização terrorista.
Mas, ainda assim, que lhes interessa, se os somalis não são brancos e nem vivem na Europa ou nos EUA…
Provavelmente só quando aparecer petróleo ou gás natural em condições de exploração aí já então a Comunidade Internacional se irá lembrar deles, como em Darfur, por exemplo, apesar de irem morrendo aos poucos e sem direito ao seu legítimo rendimento, e, diariamente, ir-se-á falar do morticínio e da depauperação do povo somali.
Mas, até lá, que interessa se não são brancos e nem vivem na Europa ou nos EUA e… acrescento eu, nem são de origem banto!
Logo…
Da Somália poucas vezes vem notícias. E quando surgem…
Como glosaria Orlando Castro, como não são brancos e não vivem na Europa ou nos EUA não há necessidade de saber.
E por isso quando se lê que nos últimos três dias, em confrontos entre o exército etíope e rebeldes islamitas somalis, aconteceram 113 mortos e 229 feridos.
Que interessa, não são brancos e nem vivem na Europa ou nos EUA…
Quando se sabe que a União Africana continua a não saber quando conseguirá criar uma força que substitua os etíopes na Somália e o resto da Comunidade Internacional pouco ou nada faz…
Que interessa, não são brancos e nem vivem na Europa ou nos EUA…
Quando o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) afirma que em redor de Mogadíscio, e só se reportam à capital, (sobre)vivem cerca de trezentos mil desalojados numa população que já teve três milhões de habitantes, 1,4 dos quais já fugiram para zonas inóspitas para fugirem da guerra…
Que interessa, não são brancos e nem vivem na Europa ou nos EUA…
O responsável do principal hospital da capital pede a intervenção do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Mas para quê e porque se há-de gastar dinheiro com povos que não são brancos e nem vivem na Europa ou nos EUA…
Para os EUA o que interessa é que na Somália perdura o cutelo da al-Qaeda mantendo-se convictos que por detrás da violência na capital somali estarão operacionais daquela organização terrorista.
Mas, ainda assim, que lhes interessa, se os somalis não são brancos e nem vivem na Europa ou nos EUA…
Provavelmente só quando aparecer petróleo ou gás natural em condições de exploração aí já então a Comunidade Internacional se irá lembrar deles, como em Darfur, por exemplo, apesar de irem morrendo aos poucos e sem direito ao seu legítimo rendimento, e, diariamente, ir-se-á falar do morticínio e da depauperação do povo somali.
Mas, até lá, que interessa se não são brancos e nem vivem na Europa ou nos EUA e… acrescento eu, nem são de origem banto!
Logo…
19 abril 2007
A Conferência da UnI ou jornalistas totonizados?
Realmente quem esperava algo mais da duas adiadas(?) conferências de imprensa…
Às vezes a montanha pare um rato. Desta vez nem isso aconteceu.
Sentia-se da parte do "orador" um enorme pouco à-vontade e do tipo "tirem-me daqui";
porquê? é a pergunta que fica.
Se nada havia porquê os epítetos de "bombástico"?
Será que as duas últimas visitas – caso tenham de facto acontecido – à UnI deixaram uma ideia de "se te calas, nada acontece?".
Lamentável aquele rodeio circense onde primeiro não se faziam declarações e posteriormente estavam á disposição da imprensa.
Quem sofre serão os alunos.
Se se quer fechar a UnI porque não deixam completar o ano e, igualmente, completarem as suas Licenciaturas os que estiverem nesta situação, e depois, aí sim, haveriam as respectivas transferências onde o natural e inevitável prejuízo seria menor.
Será que o Ministério que tutela as universidades e os seus intrépidos inspectores tomaram isso em consideração?
Uma Universidade que parece ter conseguido licenciar aluno(s) em dois anos(?), em vez dos quatro normais, fazendo 22 (vinte e duas) cadeiras "frequentando todas as aulas e fazendo todos os exames" e com altos cargos em empresas de refrerência...
“Os Colonos” apresentado na Casa de Angola
No próximo sábado, dia 21 de Abril, pelas 17,00 horas, António Trabulo vai apresentar na Casa de Angola, em Lisboa, “Os Colonos”, a sua última obra publicada e que nos relata episódios, onde alia o romance à investigação, sobre a colonização da cidade do Lubango, nomeadamente, por madeirenses.
António Trabulo, embora nascido em Portugal, é claramente um chicoronho (ou xicoronho, desculpem a minha dúvida na grafia da palavra) pois foi com cerca de 7 anos para Lubango (antiga Sá de Bandeira) onde viveu até receber uma bolsa do então Governo-geral de Angola para estudar Medicina em Portugal.
Actual chefe de Neurocirurgia no Hospital dos Capuchos, em Lisboa, António Trabulo já fez publicar outros livros alguns dos quais sobre a temática Angola.
António Trabulo, embora nascido em Portugal, é claramente um chicoronho (ou xicoronho, desculpem a minha dúvida na grafia da palavra) pois foi com cerca de 7 anos para Lubango (antiga Sá de Bandeira) onde viveu até receber uma bolsa do então Governo-geral de Angola para estudar Medicina em Portugal.
Actual chefe de Neurocirurgia no Hospital dos Capuchos, em Lisboa, António Trabulo já fez publicar outros livros alguns dos quais sobre a temática Angola.
18 abril 2007
Ainda e sempre Darfur!
Quando as Nações Unidas começavam a felicitar – a eterna precipitação onusiana – o Sudão pela eventual abertura de que dava mostras ao admitir a entrada de “capacetes azuis”, com o reforço imediato de fornecimento de um "apoio pesado" pela ONU aos soldados de manutenção da paz da União Africana (UA), na região do Darfur, eis que irrompe uma notícia do New York Times (NYT), reproduzida pelo Diário Digital, citando um relatório confidencial da ONU:
“O governo sudanês utiliza aviões que ostentam fraudulentamente as cores da ONU para bombardeamentos no Darfur.
Fotografias mostram um avião militar sudanês cujas cores nacionais foram substituídas pelas da ONU (UN em inglês) nas asas (…); este e outros aviões foram utilizados para bombardear algumas localidades e para transportar carga para o Darfur, onde a violência provocou uma crise humanitária.”
Mas o relatório da ONU, citado pelo NYT, também parece culpabilizar os rebeldes do Darfur de violação das resoluções da ONU e das regras humanitárias.
Quando por algum menos países houveram que invadiram outros sob o escudo de protecção humanitária não se entende como a Comunidade nternacional continua a deixar Darfur como um assunto estrategicamente esquecido.
Não acredito que seja pelo facto da actual mais pujante economia mundial, aquela que mais combustíveis fósseis consome, ter interesses na exploração do petróleo sudanês seja factor impeditivo para que as desumanas autoridades sudanesas sejam vera e fortemente condenadas e, ou, forçadas a se demitirem.
Por algum menos há uma região na Europa que foi “retirada” ao país de origem – razões étnicas evocadas mas que, e por um acaso histórico, nem lá existiam até há cerca de 2-3 séculos – sob evocação de protecção humanitária e querem conceder uma super-autonomia; que lhe dará hipóteses de reforçar – leia-se, aumentar – a área de um país vizinho etnicamente próximo…
“O governo sudanês utiliza aviões que ostentam fraudulentamente as cores da ONU para bombardeamentos no Darfur.
Fotografias mostram um avião militar sudanês cujas cores nacionais foram substituídas pelas da ONU (UN em inglês) nas asas (…); este e outros aviões foram utilizados para bombardear algumas localidades e para transportar carga para o Darfur, onde a violência provocou uma crise humanitária.”
Mas o relatório da ONU, citado pelo NYT, também parece culpabilizar os rebeldes do Darfur de violação das resoluções da ONU e das regras humanitárias.
Quando por algum menos países houveram que invadiram outros sob o escudo de protecção humanitária não se entende como a Comunidade nternacional continua a deixar Darfur como um assunto estrategicamente esquecido.
Não acredito que seja pelo facto da actual mais pujante economia mundial, aquela que mais combustíveis fósseis consome, ter interesses na exploração do petróleo sudanês seja factor impeditivo para que as desumanas autoridades sudanesas sejam vera e fortemente condenadas e, ou, forçadas a se demitirem.
Por algum menos há uma região na Europa que foi “retirada” ao país de origem – razões étnicas evocadas mas que, e por um acaso histórico, nem lá existiam até há cerca de 2-3 séculos – sob evocação de protecção humanitária e querem conceder uma super-autonomia; que lhe dará hipóteses de reforçar – leia-se, aumentar – a área de um país vizinho etnicamente próximo…
Darfur, é, cada vez mais, um estratégico silêncio cobarde!
17 abril 2007
Solidariedade global
De acordo com o Banco Mundial (BM), Portugal até nos combustíveis mostra a sua solidariedade.
Temendo que algum outro país pudesse ficar sozinho na desventura Portugal está entre os 4 países que o BM considera como mais ricos, que são: Dinamarca, Portugal, Coreia e… Eritreia.
Exacto!!
Temendo que algum outro país pudesse ficar sozinho na desventura Portugal está entre os 4 países que o BM considera como mais ricos, que são: Dinamarca, Portugal, Coreia e… Eritreia.
Exacto!!
Estes 4 países são os mais ricos ou, pelo menos, são aqueles que têm uma população com mais posses económicas demonstrando-se, assim, que em África também há países com populações ricas ao contrário da Venezuela que tem a população mais pobre.
Pois aqueles 4 países têm, conseguem ter, a gasolina mais cara do Mundo!
Em compensação os venezuelanos porque são pobres só pagam 30 cêntimos de USDólar por litro. Povo pobre, gasolina baixa.
Não é bom (sobre)viver num país tão rico?! Onde há uns anos 1 kg de petróleo produzia 7,9 USD de riqueza para o PIB e quatro depois já conseguia produzir… só 7,1 USD.
É o que se chama uma solidariedade globalizadoramente produtiva!
Pois aqueles 4 países têm, conseguem ter, a gasolina mais cara do Mundo!
Em compensação os venezuelanos porque são pobres só pagam 30 cêntimos de USDólar por litro. Povo pobre, gasolina baixa.
Não é bom (sobre)viver num país tão rico?! Onde há uns anos 1 kg de petróleo produzia 7,9 USD de riqueza para o PIB e quatro depois já conseguia produzir… só 7,1 USD.
É o que se chama uma solidariedade globalizadoramente produtiva!
16 abril 2007
Afinal não havia fraude…
Ao contrário do que se especulou afinal não houve fraude eleitoral em Baucau.
Afinal não houve mais de 300 mil votos onde só estavam registados cerca de 61 mil eleitores; não compreendo esta dúvida dado que os eleitores timorenses podem estar registados num sítio mas são livres de votarem onde bem desejam.
Afinal o que se passou foi só um erro da logística. O escrutinador em vez de colocar o número identificador da secção de voto no local certo colocou no lugar de votantes.
Um erro, “inconsistências aritméticas por falta de formação de recursos humanos”.
Mas, que é um erro gigantesco que pode bem assustar os seus vizinhos do sul pode.
E quando estes se assustam…
Entretanto, o escrutínio já acabou mas ainda não há resultados finais.
Será que esperam a formalização das eventuais denúncias que os 5 candidatos possam fazer ao Tribunal de Recurso?
Ou esperam autorização dos aussies? da CPLP não deve ser de certeza...
Afinal não houve mais de 300 mil votos onde só estavam registados cerca de 61 mil eleitores; não compreendo esta dúvida dado que os eleitores timorenses podem estar registados num sítio mas são livres de votarem onde bem desejam.
Afinal o que se passou foi só um erro da logística. O escrutinador em vez de colocar o número identificador da secção de voto no local certo colocou no lugar de votantes.
Um erro, “inconsistências aritméticas por falta de formação de recursos humanos”.
Mas, que é um erro gigantesco que pode bem assustar os seus vizinhos do sul pode.
E quando estes se assustam…
Entretanto, o escrutínio já acabou mas ainda não há resultados finais.
Será que esperam a formalização das eventuais denúncias que os 5 candidatos possam fazer ao Tribunal de Recurso?
Ou esperam autorização dos aussies? da CPLP não deve ser de certeza...
Europa quer dar vitória a Sarkozy?
(montagem a partir de ©le Nouvel Observateur)
Segundo uma sondagem feita em três dos quatro grandes da Europa (Alemanha, Itália e Reino Unido) e no quase-grande (Espanha) estes preferem a socialista Ségolène Royal ao seu rival de direita Nicolas Sarkozy para a presidência francesa (aqui).
Ora como se sabe que os franceses vão sempre contra o que a maioria da “Europa” quer – o chamado efeito De Gaulle – é quase certo que quem ganhará será Sarkozy porque, apesar de tudo, não creio que os franceses desejem ter Le Pan como presidente, apesar da notícia de ontem do DN (edição escrita) onde refere um artigo do le Nouvel Observateur no qual se afirma que os serviços secretos franceses Renseignements Généraux sabem, por um inquérito feito, que Le Pen será o segundo mais votado…
E se Sarkozy ganhar a culpa será, porque os “europeus” gostam muito de se meter na vida interna das Nações, unicamente da Europa!
Segundo uma sondagem feita em três dos quatro grandes da Europa (Alemanha, Itália e Reino Unido) e no quase-grande (Espanha) estes preferem a socialista Ségolène Royal ao seu rival de direita Nicolas Sarkozy para a presidência francesa (aqui).
Ora como se sabe que os franceses vão sempre contra o que a maioria da “Europa” quer – o chamado efeito De Gaulle – é quase certo que quem ganhará será Sarkozy porque, apesar de tudo, não creio que os franceses desejem ter Le Pan como presidente, apesar da notícia de ontem do DN (edição escrita) onde refere um artigo do le Nouvel Observateur no qual se afirma que os serviços secretos franceses Renseignements Généraux sabem, por um inquérito feito, que Le Pen será o segundo mais votado…
E se Sarkozy ganhar a culpa será, porque os “europeus” gostam muito de se meter na vida interna das Nações, unicamente da Europa!
15 abril 2007
O princípio do fim da subserviência pacífica?
"Kabila [na foto] quer sacudir a cada vez mais inoportuna importância que Luanda tem sobre Kinshasa e sobre a região centro e centro-austral de África.
O princípio do fim da subserviência pacífica? A crer nas últimas notícias e nos pequenos arrufos que vão acontecendo na fronteira entre a República Democrática do Congo e Angola tudo leva a crer que sim. África do Sul e Nigéria, em surdina, vão assistindo a este questionamento de Kinshasa e aplaudindo. Sempre seria uma potência regional a menos no concerto das Nações africanas! Relembremos o início desta questão.
Em meados de Março, as autoridades democrática-congolesas acusaram as FAA de terem invadido o seu território na região de Bandundu, na fronteira com a província da Lunda-Norte, no que terá sido, inicialmente, negado pelas autoridades angolanas.
Mais tarde as duas autoridades terão afirmado que o problema estava na eventual deslocação de marcos fronteiriços que teriam criado este clima suspeitoso. (…)"
Manchete do , sobre a importância de Angola como potência regional e a seu questionamento pela República Democrática do Congo sob o pretexto da violação e delimitação de fronteiras entre os dois países.
Pode continuar a ler este meu o artigo sob o título "Pujança regional de Angola põe a RD Congo em alerta" acedendo aqui.
O princípio do fim da subserviência pacífica? A crer nas últimas notícias e nos pequenos arrufos que vão acontecendo na fronteira entre a República Democrática do Congo e Angola tudo leva a crer que sim. África do Sul e Nigéria, em surdina, vão assistindo a este questionamento de Kinshasa e aplaudindo. Sempre seria uma potência regional a menos no concerto das Nações africanas! Relembremos o início desta questão.
Em meados de Março, as autoridades democrática-congolesas acusaram as FAA de terem invadido o seu território na região de Bandundu, na fronteira com a província da Lunda-Norte, no que terá sido, inicialmente, negado pelas autoridades angolanas.
Mais tarde as duas autoridades terão afirmado que o problema estava na eventual deslocação de marcos fronteiriços que teriam criado este clima suspeitoso. (…)"
Manchete do , sobre a importância de Angola como potência regional e a seu questionamento pela República Democrática do Congo sob o pretexto da violação e delimitação de fronteiras entre os dois países.
Pode continuar a ler este meu o artigo sob o título "Pujança regional de Angola põe a RD Congo em alerta" acedendo aqui.
Moçambola na RTP-África e os jogadores africanos em Portugal
(Algumas fotos do jogo entre o Maxaquene (à riscas) e o Lichinga (de azul), obtidas via RTP-África; ©elcalmeida)
Não sei se já mais alguma vez a RTP-África tinha ou não transmitido algum outro jogo do campeonato nacional de futebol moçambicano, o Moçambola.
Hoje tive o prazer de ver um, entre o Desportivo de Maxaquene, um clube histórico de Maputo – em tempos se chamou Sporting de Lourenço Marques – que já deu grandes jogadores como um tal Eusébio da Silva Ferreira e, salvo erro, um Chiquinho Conde – um dos comentadores de hoje e que os setubalenses devem estar com saudades dele, e o Futebol Clube de Lichinga, de Niassa.
Para registo o resultado foi favorável aos maputenses por 4-2 com três ou quatro dos seis golos a serem muito bons.
Apesar de haver muita ingenuidade no jogo – ah! e já agora procurem melhorar os recintos de jogos que os artistas bem merecem –, gostei dele porque vi ali muito diamante para lapidar e muita matéria-prima para os clubes portugueses irem buscar e (re)formar.
Gostei, por exemplo do jovem defesa central, creio que do lado esquerdo, do Maxaquene – o meu lamento mas não me recordo do nome – que mostrou muita confiança e que queria sair sempre com a bola jogada do que destruir por destruir. E parece haver em Portugal clubes com falta de bons defesas centrais; mas isso era preciso que eles soubessem que a Lusofonia não se restringe só pelo Brasil e por jogadores que mais têm mostrado sê-lo de “suboteo” que de futebol. Mas, isso, serão outros rosários, leia-se outros empresários, que não domino…
Espero que tenha sido um dos muitos jogos que a RTP-África nos irá proporcionar ao longo da temporada futebolística afro-lusófona que não só no semanal “África Sport”!
E já agora registe-se, e se bem percebi, que o Maxaquene jogou sem 4 dos seus jogadores principais porque estavam em competição pela sua selecção nacional de sub-23 que jogou com a Zâmbia para o campeonato africano zonal VI perdendo com a Zâmbia por 3-2.
E sobre os jogadores, talvez se compreenda porque os clubes portgueses não os vão buscar.
É que pode haver outro “tal” Mantorras, um jogador angolano cuja qualidade é – pelo menos parece – discutível e diz querer jogar mais.
Como é possível querer jogar mais se há outros melhores; pelo menos o engenheiro – este parece que é mesmo – parece dizer que se não joga é porque há melhores que ele.
Talvez um Derley que desde que chegou nada fez e nada marcou, e já foi algumas vezes titular, enquanto o “tal” Mantorras tem marcado golos decisivos para as vitórias do glorioso Benfica.
Mas… o engenheiro é que conhece os seus homens!
Hoje tive o prazer de ver um, entre o Desportivo de Maxaquene, um clube histórico de Maputo – em tempos se chamou Sporting de Lourenço Marques – que já deu grandes jogadores como um tal Eusébio da Silva Ferreira e, salvo erro, um Chiquinho Conde – um dos comentadores de hoje e que os setubalenses devem estar com saudades dele, e o Futebol Clube de Lichinga, de Niassa.
Para registo o resultado foi favorável aos maputenses por 4-2 com três ou quatro dos seis golos a serem muito bons.
Apesar de haver muita ingenuidade no jogo – ah! e já agora procurem melhorar os recintos de jogos que os artistas bem merecem –, gostei dele porque vi ali muito diamante para lapidar e muita matéria-prima para os clubes portugueses irem buscar e (re)formar.
Gostei, por exemplo do jovem defesa central, creio que do lado esquerdo, do Maxaquene – o meu lamento mas não me recordo do nome – que mostrou muita confiança e que queria sair sempre com a bola jogada do que destruir por destruir. E parece haver em Portugal clubes com falta de bons defesas centrais; mas isso era preciso que eles soubessem que a Lusofonia não se restringe só pelo Brasil e por jogadores que mais têm mostrado sê-lo de “suboteo” que de futebol. Mas, isso, serão outros rosários, leia-se outros empresários, que não domino…
Espero que tenha sido um dos muitos jogos que a RTP-África nos irá proporcionar ao longo da temporada futebolística afro-lusófona que não só no semanal “África Sport”!
E já agora registe-se, e se bem percebi, que o Maxaquene jogou sem 4 dos seus jogadores principais porque estavam em competição pela sua selecção nacional de sub-23 que jogou com a Zâmbia para o campeonato africano zonal VI perdendo com a Zâmbia por 3-2.
E sobre os jogadores, talvez se compreenda porque os clubes portgueses não os vão buscar.
É que pode haver outro “tal” Mantorras, um jogador angolano cuja qualidade é – pelo menos parece – discutível e diz querer jogar mais.
Como é possível querer jogar mais se há outros melhores; pelo menos o engenheiro – este parece que é mesmo – parece dizer que se não joga é porque há melhores que ele.
Talvez um Derley que desde que chegou nada fez e nada marcou, e já foi algumas vezes titular, enquanto o “tal” Mantorras tem marcado golos decisivos para as vitórias do glorioso Benfica.
Mas… o engenheiro é que conhece os seus homens!
14 abril 2007
Fez hoje 6 anos…
… que muito discretamente, tão discreta e calmamente que ainda de manhã disseste para ir descansadamente com a família para a praia, partiste depois de um largo, quanto absurdo, período de prolongadas crises urológicas.
Foram tantas e sucessivas que o coração acabou por não aguentar e deste Mundo partiste!
Mas há uma coisa, Pai, que te ainda posso continuar a atestar! tal como os conhecestes e amaste, o Mundo, em geral, o teu Portugal e a nossa Angola, em particular, continuam... na mesma!
Foram tantas e sucessivas que o coração acabou por não aguentar e deste Mundo partiste!
Mas há uma coisa, Pai, que te ainda posso continuar a atestar! tal como os conhecestes e amaste, o Mundo, em geral, o teu Portugal e a nossa Angola, em particular, continuam... na mesma!
12 abril 2007
Depois de um descanso…
(foto ©BBC.Mundo)
Eis que os grupos afectos à al-Qaeda e outros radicais islâmicos apresentam-se de novo activos e sanguinários.
Há dois dias em Casablanca, ontem em Argel – estes dois atentados foram reivindicados por uma organização que se intitula al-Qaeda do Magreb Islâmico e que antes se chamaria Grupo Salafita para a Prédica e o Combate – e hoje, para não esquecer e não variar, Bagdad.
Também para não se pense em esquecer, o juiz espanhol Baltazar Garzón volta a relembrar que Espanha está muito próximo de ser de novo atacada pelos radicais afectos ao obscurantismo, dito religioso, dos próximos da al-Qaeda.
Até quando o terrorismo continuará a ditar a ordem de trabalhos da Comunidade Internacional? Mas também não será com “fortalezas” ou balcanização de alguns países árabes que certas regiões continentais impedirão essa propagação…
Eis que os grupos afectos à al-Qaeda e outros radicais islâmicos apresentam-se de novo activos e sanguinários.
Há dois dias em Casablanca, ontem em Argel – estes dois atentados foram reivindicados por uma organização que se intitula al-Qaeda do Magreb Islâmico e que antes se chamaria Grupo Salafita para a Prédica e o Combate – e hoje, para não esquecer e não variar, Bagdad.
Também para não se pense em esquecer, o juiz espanhol Baltazar Garzón volta a relembrar que Espanha está muito próximo de ser de novo atacada pelos radicais afectos ao obscurantismo, dito religioso, dos próximos da al-Qaeda.
Até quando o terrorismo continuará a ditar a ordem de trabalhos da Comunidade Internacional? Mas também não será com “fortalezas” ou balcanização de alguns países árabes que certas regiões continentais impedirão essa propagação…
11 abril 2007
Indigitado novo primeiro-ministro para a Guiné-Bissau
(foto surripiada daqui onde muitas mais estão)
Os eternos problemas sociais, políticos e económicos, a eventual falta de diálogo entre o governo de Aristides Gomes e um dos signatários do Fórum de Convergência Democrática (FCD), o PRS do antigo presidente Kumba Ialá, e as quase repetitivas acusações da ONU do país estar a ser uma plataforma no tráfico da droga levaram três partidos a criarem uma Plataforma a que deram o nome de Pacto de Estabilidade de Política Nacional da Guiné-Bissau. Foram seus signatários, o PAIGC, o PRS e o PUSD; ou seja, dois dos partidos (PRS e PUSD) apoiantes de “Nino” Vieira, na segunda volta das presidenciais, e o PAICG, apoiante do candidato Bacai Sanha, derrotado nessa disputa eleitoral.
Desta Plataforma resultou uma moção de censura ao Governo de Aristides Gomes, aprovada no Parlamento, em 19 de Março passado.
Foram necessárias mais de três semanas para que “Nino” digerisse a referida moção de censura com que a Plataforma, “distinguiu” o seu Governo de iniciativa presidencial apoiado no FCD.
E foram quase duas para que “Nino” aceitasse um dos nomes propostos pela referida Plataforma, no caso, um dos vice-presidentes do PAIGC, Martinho N'Dafa Kabi (ou Cabi), não sucumbindo à tentação de dissolver o Parlamento.
Vamos aguardar para ver como irá se ornar o novo primeiro-ministro indigitado com tantos e agudos problemas.
Desde logo a eterna falta de fundos para pagar os vencimentos dos funcionários públicos e depois as múltiplas acusações de haver quem queira tornar a Guiné-Bissau num Narco-Estado…
Os eternos problemas sociais, políticos e económicos, a eventual falta de diálogo entre o governo de Aristides Gomes e um dos signatários do Fórum de Convergência Democrática (FCD), o PRS do antigo presidente Kumba Ialá, e as quase repetitivas acusações da ONU do país estar a ser uma plataforma no tráfico da droga levaram três partidos a criarem uma Plataforma a que deram o nome de Pacto de Estabilidade de Política Nacional da Guiné-Bissau. Foram seus signatários, o PAIGC, o PRS e o PUSD; ou seja, dois dos partidos (PRS e PUSD) apoiantes de “Nino” Vieira, na segunda volta das presidenciais, e o PAICG, apoiante do candidato Bacai Sanha, derrotado nessa disputa eleitoral.
Desta Plataforma resultou uma moção de censura ao Governo de Aristides Gomes, aprovada no Parlamento, em 19 de Março passado.
Foram necessárias mais de três semanas para que “Nino” digerisse a referida moção de censura com que a Plataforma, “distinguiu” o seu Governo de iniciativa presidencial apoiado no FCD.
E foram quase duas para que “Nino” aceitasse um dos nomes propostos pela referida Plataforma, no caso, um dos vice-presidentes do PAIGC, Martinho N'Dafa Kabi (ou Cabi), não sucumbindo à tentação de dissolver o Parlamento.
Vamos aguardar para ver como irá se ornar o novo primeiro-ministro indigitado com tantos e agudos problemas.
Desde logo a eterna falta de fundos para pagar os vencimentos dos funcionários públicos e depois as múltiplas acusações de haver quem queira tornar a Guiné-Bissau num Narco-Estado…
09 abril 2007
Estradas da Desolação
Mais uma Crónica de Gil Gonçalves, a partir de Luanda, nas CRÓNICAS DO REINO DE ABDERA, ALGURES NO GOLFO DA GUINÉ
ESTRADAS DA DESOLAÇÃO
A Pax Romana chegava e a estrada alongava. Os conquistados, parados observavam e comentavam: «vamos ver o que estes nos trazem». Depois: Ah… trazem-nos desenvolvimento.
Agora, na moda do falatório do desenvolvimento sustentado das conferências não auto-sustentadas, temos estradas com buracos, buracões, crateras, cavernas, abismos. Acreditamos que são perfurações petrolíferas e escavações diamantíferas. Que ultraje! Já ultrapassam os incontáveis doutores e poetas doutra tempestade que surge, outra grande epidemia, estamos certos.
Vias, antes primárias, secundárias, agora na era terciária, quaternária, por culpa da chuva que nos deixa atrasar. É bom sempre ter desculpas para continuar com tão mal governar.
Há tantos anos que as chuvas foram previstas, revistas, anunciadas, proclamadas, trovejadas, ciclonadas. É mais fácil para quem finge democraticamente governar, esperar a destruição e culpar a chuvada, e depois remeter a responsabilidade para o auxílio internacional. Se não vier apoio, é porque os Britânicos e Americanos estão apostados no derrube do sempre mesmo governo vitalício, e democraticamente reeleito.
Alguns escravos de intelecto apurado, bombardeiros habituais, criticam a sua exterioridade pedante. Os outros ouvem-nos e prosseguem-nos. Falar… falar é preciso. Das palavras até surgir a acção outro milénio de palavreado é esperado. E os escravos rejubilam-se porque falaram, repetiram-se muito com… não é! Não é!?
Todos a pé com os arcos, as flechas e as tangas da ancestralidade, ressorrindo na imposição do retorno comunista. E os arautos da descolonização libertadora copiam manuais médicos, e estrelam dos seus palácios que andar a pé, é bom, eficaz para a saúde. E chega-se ao local do trabalho cansado, ensonado, com grande apetência para sonecar. É a dádiva do remetente comunismo. E as multidões passeantes cantam como se enchessem escunas na busca do tesouro perdido: «Ió-hó-hó, e uma garrafa de aguardente!»
Enquanto sem jindungo, muitos frutos da nação desbaratam os contentores do lixo nos prédios moribundos, mas independentes, o Vladimiro, maluco itinerante ergue o seu punho. Apenas conserva na memória os gritos intencionais do ensino três vezes ultrajante:
- Pelo poder popular! Pelo poder popular! Pelo poder popular!
Este ensino que o elevou à loucura.
Passeiam-se, os novos-ricos insensíveis, que vivem no Novo Mundo Hummer, desafiam, incumprem as leis, porque ainda não justificaram a origem das suas riquezas
Ao longe escuta-se o ruído da chuva estridente da padiola do desenvolvimento insustentável, dos subdesenvolvidos contaminados pela cólera.
Com fornecimentos de energia eléctrica e água medidos em onças, um aviltado sonda as vagas da repressão do novo navio negreiro a estibordo e a bombordo. Temeroso, brumoso, inseguro, mas mesmo assim grita:
A FOME… CONTINUA! A MISÉRIA… É CERTA!
Tantos alienados, por causa das estradas desoladas.
Gil Gonçalves
(gilgonalves_1@yahoo.com.br)
ESTRADAS DA DESOLAÇÃO
A Pax Romana chegava e a estrada alongava. Os conquistados, parados observavam e comentavam: «vamos ver o que estes nos trazem». Depois: Ah… trazem-nos desenvolvimento.
Agora, na moda do falatório do desenvolvimento sustentado das conferências não auto-sustentadas, temos estradas com buracos, buracões, crateras, cavernas, abismos. Acreditamos que são perfurações petrolíferas e escavações diamantíferas. Que ultraje! Já ultrapassam os incontáveis doutores e poetas doutra tempestade que surge, outra grande epidemia, estamos certos.
Vias, antes primárias, secundárias, agora na era terciária, quaternária, por culpa da chuva que nos deixa atrasar. É bom sempre ter desculpas para continuar com tão mal governar.
Há tantos anos que as chuvas foram previstas, revistas, anunciadas, proclamadas, trovejadas, ciclonadas. É mais fácil para quem finge democraticamente governar, esperar a destruição e culpar a chuvada, e depois remeter a responsabilidade para o auxílio internacional. Se não vier apoio, é porque os Britânicos e Americanos estão apostados no derrube do sempre mesmo governo vitalício, e democraticamente reeleito.
Alguns escravos de intelecto apurado, bombardeiros habituais, criticam a sua exterioridade pedante. Os outros ouvem-nos e prosseguem-nos. Falar… falar é preciso. Das palavras até surgir a acção outro milénio de palavreado é esperado. E os escravos rejubilam-se porque falaram, repetiram-se muito com… não é! Não é!?
Todos a pé com os arcos, as flechas e as tangas da ancestralidade, ressorrindo na imposição do retorno comunista. E os arautos da descolonização libertadora copiam manuais médicos, e estrelam dos seus palácios que andar a pé, é bom, eficaz para a saúde. E chega-se ao local do trabalho cansado, ensonado, com grande apetência para sonecar. É a dádiva do remetente comunismo. E as multidões passeantes cantam como se enchessem escunas na busca do tesouro perdido: «Ió-hó-hó, e uma garrafa de aguardente!»
Enquanto sem jindungo, muitos frutos da nação desbaratam os contentores do lixo nos prédios moribundos, mas independentes, o Vladimiro, maluco itinerante ergue o seu punho. Apenas conserva na memória os gritos intencionais do ensino três vezes ultrajante:
- Pelo poder popular! Pelo poder popular! Pelo poder popular!
Este ensino que o elevou à loucura.
Passeiam-se, os novos-ricos insensíveis, que vivem no Novo Mundo Hummer, desafiam, incumprem as leis, porque ainda não justificaram a origem das suas riquezas
Ao longe escuta-se o ruído da chuva estridente da padiola do desenvolvimento insustentável, dos subdesenvolvidos contaminados pela cólera.
Com fornecimentos de energia eléctrica e água medidos em onças, um aviltado sonda as vagas da repressão do novo navio negreiro a estibordo e a bombordo. Temeroso, brumoso, inseguro, mas mesmo assim grita:
A FOME… CONTINUA! A MISÉRIA… É CERTA!
Tantos alienados, por causa das estradas desoladas.
Gil Gonçalves
(gilgonalves_1@yahoo.com.br)
A quem interessa o encerramento da UnI? - artigo
O Ministro do Ensino Superior português, Mariano Gago, anunciou que está a decorrer uma ordem de encerramento compulsivo da Universidade Independente (UnI), de Portugal. A Universidade tem 10 dias para contestar e apresentar meios e justificações comprovadas e fidedignas que entravem esse encerramento.
Não contesto a medida do Ministro. Não conteste nem tenho condições para tal até porque o mesmo, por certo, estará de posse de elementos mais que credíveis que o levem a afirmar que a situação da UnI está caótica e apresenta-se com “condições manifestas de degradação pedagógica”.
Só fica no ar uma pertinente pergunta.
A quem interessa, de facto, este encerramento e quem vai se aproveitar dele.
Algumas Universidades privadas – e públicas – já anunciaram que estão em condições de absorver os alunos que desejem, naturalmente, abandonar aquela instituição de Ensino Superior. Mas, será que os cursos leccionados nessas Universidades têm total equivalência pedagógica e curricular à da UnI?
Aos alunos que, por uma qualquer razão – não esquecer que a maioria dos mesmos são trabalhadores-estudantes que têm de coabitar aulas e trabalho – tenham seleccionado os exames e provas escritas em função de um do outro, e por esse facto não tenham feitos todos os ditos exames ou todos os exames e provas escritas, como poderão fazê-los nas “novas” Universidades para onde vão.
E também não esqueçamos que alguns, muitos, alunos gastaram alguns largos milhares de Euros, desde o início do seu estudo académico e terão de mudar para outras onde os custos poderão ser maiores e sem garantias de poderem transitar, passar, ou acabar os seus cursos.
Irão as “novas” Universidades abrir provas especiais e específicas para os mesmos. Sob que condições e sob que correcta observância pedagógica?
Por isso, e uma vez mais, se coloca a questão: a quem interessa, realmente, o encerramento da UnI?
E quantos, neste momento, já gostariam de alterar os seus curricula, e apagar dos mesmos, as suas licenciaturas efectuadas na UnI?
E quantos deverão estar, também nesta altura e em função de tantos e estranhos zumbidos reformular eventuais licenciaturas incompletas ou estranhamente concretizadas.
E, já agora, quem irá, se irão, receber professores e investigadores que leccionavam na UnI? É que nem todos têm segundo emprego…
Ou será que vão ser repescados pelas “novas” Universidades para fazerem as eventuais provas especiais aos alunos da “extinta” UnI?
Muitas questões para uma pertinente questão
A quem interessa, realmente, o encerramento da UnI?
Será que o mesmo é um encerramento a favor de um melhor enquadramento pedagógico e, como tal, um aviso claro às restantes Universidades, sejam privadas ou públicas?
Tem havido muitas críticas às Universidades privadas – a maioria admito, justas – mas esquecem-se das não poucas que se fazem a muitas Universidades do sector público. Relembremos as avisadas palavras do Professor José Adelino Maltez, num texto escrito em Outubro de 2000 e reposto agora “Finalmente, importa superar a falsa dialéctica público/ privado. Com efeito há que distinguir a titularidade da função e ter a humildade de reconhecer que uma entidade na titularidade de privados pode, na verdade, exercer funções públicas e que uma entidade na titularidade pública pode apenas encobrir interesses privados. Ora, sou capaz de dizer que parte significativa do sector público do ensino superior é bem pior que parte importante do ensino superior privado (…)” (publicado no blogue “Sobre o tempo que passa”).
Por isso fica a pergunta. A quem interessa, realmente, o encerramento da UnI?
Aos alunos que tiram efectivas e legalizadas licenciaturas por certo que não é!!!
Por certo só àqueles para quem a política educativa portuguesa continua a ser pouco menos que nula ou se aproveitam dela para alargar o seu curriculum político; ou como o Professor Maltez escreve no já citado blogue “…Interessa muito mais denunciar o ambiente de conúbio entre a partidocracia, as universidades ditas privadas e os financiadores das instalações das mesmas (…) chamando para docentes deputados e partidocratas, ansiosos por um cartão de visitas que lhes desse o título de professores do ensino superior”.
Mas será que também não é assim nas Universidades ditas não privadas? Não haverá também nestas “aquilo que em português corrente se chama cunha institucional”?
A Uni está em vias de ser encerrada.
E será a única?
Já terão os ilustres decisores políticos portugueses ponderado bem os efeitos do “Processo Bolonha” nas Universidades portuguesas, em geral, e nas privadas, em particular, do modelo único de ensino na Europa?
Não contesto a medida do Ministro. Não conteste nem tenho condições para tal até porque o mesmo, por certo, estará de posse de elementos mais que credíveis que o levem a afirmar que a situação da UnI está caótica e apresenta-se com “condições manifestas de degradação pedagógica”.
Só fica no ar uma pertinente pergunta.
A quem interessa, de facto, este encerramento e quem vai se aproveitar dele.
Algumas Universidades privadas – e públicas – já anunciaram que estão em condições de absorver os alunos que desejem, naturalmente, abandonar aquela instituição de Ensino Superior. Mas, será que os cursos leccionados nessas Universidades têm total equivalência pedagógica e curricular à da UnI?
Aos alunos que, por uma qualquer razão – não esquecer que a maioria dos mesmos são trabalhadores-estudantes que têm de coabitar aulas e trabalho – tenham seleccionado os exames e provas escritas em função de um do outro, e por esse facto não tenham feitos todos os ditos exames ou todos os exames e provas escritas, como poderão fazê-los nas “novas” Universidades para onde vão.
E também não esqueçamos que alguns, muitos, alunos gastaram alguns largos milhares de Euros, desde o início do seu estudo académico e terão de mudar para outras onde os custos poderão ser maiores e sem garantias de poderem transitar, passar, ou acabar os seus cursos.
Irão as “novas” Universidades abrir provas especiais e específicas para os mesmos. Sob que condições e sob que correcta observância pedagógica?
Por isso, e uma vez mais, se coloca a questão: a quem interessa, realmente, o encerramento da UnI?
E quantos, neste momento, já gostariam de alterar os seus curricula, e apagar dos mesmos, as suas licenciaturas efectuadas na UnI?
E quantos deverão estar, também nesta altura e em função de tantos e estranhos zumbidos reformular eventuais licenciaturas incompletas ou estranhamente concretizadas.
E, já agora, quem irá, se irão, receber professores e investigadores que leccionavam na UnI? É que nem todos têm segundo emprego…
Ou será que vão ser repescados pelas “novas” Universidades para fazerem as eventuais provas especiais aos alunos da “extinta” UnI?
Muitas questões para uma pertinente questão
A quem interessa, realmente, o encerramento da UnI?
Será que o mesmo é um encerramento a favor de um melhor enquadramento pedagógico e, como tal, um aviso claro às restantes Universidades, sejam privadas ou públicas?
Tem havido muitas críticas às Universidades privadas – a maioria admito, justas – mas esquecem-se das não poucas que se fazem a muitas Universidades do sector público. Relembremos as avisadas palavras do Professor José Adelino Maltez, num texto escrito em Outubro de 2000 e reposto agora “Finalmente, importa superar a falsa dialéctica público/ privado. Com efeito há que distinguir a titularidade da função e ter a humildade de reconhecer que uma entidade na titularidade de privados pode, na verdade, exercer funções públicas e que uma entidade na titularidade pública pode apenas encobrir interesses privados. Ora, sou capaz de dizer que parte significativa do sector público do ensino superior é bem pior que parte importante do ensino superior privado (…)” (publicado no blogue “Sobre o tempo que passa”).
Por isso fica a pergunta. A quem interessa, realmente, o encerramento da UnI?
Aos alunos que tiram efectivas e legalizadas licenciaturas por certo que não é!!!
Por certo só àqueles para quem a política educativa portuguesa continua a ser pouco menos que nula ou se aproveitam dela para alargar o seu curriculum político; ou como o Professor Maltez escreve no já citado blogue “…Interessa muito mais denunciar o ambiente de conúbio entre a partidocracia, as universidades ditas privadas e os financiadores das instalações das mesmas (…) chamando para docentes deputados e partidocratas, ansiosos por um cartão de visitas que lhes desse o título de professores do ensino superior”.
Mas será que também não é assim nas Universidades ditas não privadas? Não haverá também nestas “aquilo que em português corrente se chama cunha institucional”?
A Uni está em vias de ser encerrada.
E será a única?
Já terão os ilustres decisores políticos portugueses ponderado bem os efeitos do “Processo Bolonha” nas Universidades portuguesas, em geral, e nas privadas, em particular, do modelo único de ensino na Europa?
Artigo de opinião publicado na coluna do
Timor-Leste: a pré-sondagem do acto eleitoral
(uma religiosa timorense votando, foto daqui)
"Em declarações à TSF, o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições de Timor-Leste disse que as informações que vão chegando de «reportagens e dos centros de votação» colocam Ramos-Horta e Fernando "Lasama" «acima de tudo», seguidos de Lúcia Lobato e Francisco Guterres "Lu-Olo"."
Depois de um acto cívico que parece ter decorrido sem incidentes que afectassem o mesmo - segundo parece por falta de boletins de votos em dois locais a mesma será repetida ou complementada - esperemos que os candidatos acolham o veredito popular sem problemas.
É que, pessoalmente, não gostei muito das palavras do candidato Guterres hoje numa das televisões portuguesas onde se assumia como o claro vencedor e logo na primeira volta... Ou seja, reafirmar o que já havia vindo dizer na campanha "ou-tudo-ou-nada".
A credibilidade de um acto eleitoral deve começar na plena aceitação da derrota e na indulgência dos vencedores.
Depois de um acto cívico que parece ter decorrido sem incidentes que afectassem o mesmo - segundo parece por falta de boletins de votos em dois locais a mesma será repetida ou complementada - esperemos que os candidatos acolham o veredito popular sem problemas.
É que, pessoalmente, não gostei muito das palavras do candidato Guterres hoje numa das televisões portuguesas onde se assumia como o claro vencedor e logo na primeira volta... Ou seja, reafirmar o que já havia vindo dizer na campanha "ou-tudo-ou-nada".
A credibilidade de um acto eleitoral deve começar na plena aceitação da derrota e na indulgência dos vencedores.
Não ponhamos já em causa as legislativas que vão decorrer em breve. Aos possíveis derrotados ainda haverá sempre espaço de manobra para recuperar o pódio eleitoral junto dos eleitores porque a derrota de hoje pode ser a vitória de amanhã!
Só assim um país pode ser Grande e o seu povo Feliz!08 abril 2007
Timorenses vão escolher o impossível?
Deverão ter acabo de abrir as urnas para os timorenses escolherem que sucederá a Xanana Gusmão na presidência da república porque as legislativas ainda estão para vir.
São 8 os candidatos que se perfilam para ocupar o palácio presidencial: José Ramos Horta, o actual primeiro-ministro que se apresenta como independente (de quem?); Francisco Guterres “Lu Olo”, antigo líder da resistência armada e actual Presidente da Assembleia Nacional, apoiado pela Fretilin; Fernando “Lasama” de Araújo, do Partido Democrático; João Viegas Carrascalão, da União Democrática Timorense (UDT); Francisco Xavier do Amaral, o primeiro presidente de Timor-Leste antes da ocupação indonésia e candidato pela Associação Social Democrática (ASD); Manuel Tilman, como independente e defensor do predomínio das chefaturas locais; Avelino Coelho da Silva, do Partido Socialista; e Lúcia Freitas Lobato, do Partido Social Democrático (PSD).
A única questão que aqui se põe não é quem ganhará a cadeira do poder mas quem os australianos, os “aussies”, melhor manobrarão.
Porque não tenhamos dúvidas –que a CPLP há muito que deixou de as ter – quem manda em Timor-Lorosae são os australianos e, por essa razão, serão eles que determinarão a composição do poder em Dili.
Ou seja…
Ramos Horta para a presidência e Xanana para primeiro-ministro.
Ou será que a dupla jogou forte, muito forte – não esquecer que Ramos Horta é um brilhante e tenaz diplomata –, e depois de estar no poder e de, eventualmente, ter assentado o pó e “desterrado” quem mais e melhor gozou dos privilégios oferecidos(?!) pelos “aussies”, como o major Alfredo Reinado, por exemplo, procurará mandar os vizinhos do sul às ortigas e fomentar a real independência do país.
Vamos acreditar que é possível prever o quase impossível!
Tudo porque os australianos já mostraram que não gostam que brinquem com as suas bochechas e, por muito menos, já entraram no país do crocodilo e procuraram – e quase conseguiram – fazer deste um estado subserviente.
O problema dos australianos é que em Timor-Lorosae fala-se tétum e português que os brasileiros, ao contrário da CPLP e de quem ofereceu, inicialmente, a língua, não deixam esquecer e estão lá os “malditos” paramilitares da GNR que, não raras vezes, descobre pontas perdidas onde os “aussies” nem rolos vêem.
Só esperemos que em caso de vitória de Ramos Horta, nas presidenciais, e de Xanana, nas legislativas, Mari Alkatiri, que dizem ter dito “que não reconhecerá nenhum resultado que não seja a própria vitória”, não acabe por dar razão a quem o demitiu em meados de 2006.
Povo timorense tem de ser soberano e não deixar que aquilo que deveria tirá-lo da pobreza endémica em que se encontra, o petróleo, acabe por ser a sua desgraça.
São 8 os candidatos que se perfilam para ocupar o palácio presidencial: José Ramos Horta, o actual primeiro-ministro que se apresenta como independente (de quem?); Francisco Guterres “Lu Olo”, antigo líder da resistência armada e actual Presidente da Assembleia Nacional, apoiado pela Fretilin; Fernando “Lasama” de Araújo, do Partido Democrático; João Viegas Carrascalão, da União Democrática Timorense (UDT); Francisco Xavier do Amaral, o primeiro presidente de Timor-Leste antes da ocupação indonésia e candidato pela Associação Social Democrática (ASD); Manuel Tilman, como independente e defensor do predomínio das chefaturas locais; Avelino Coelho da Silva, do Partido Socialista; e Lúcia Freitas Lobato, do Partido Social Democrático (PSD).
A única questão que aqui se põe não é quem ganhará a cadeira do poder mas quem os australianos, os “aussies”, melhor manobrarão.
Porque não tenhamos dúvidas –que a CPLP há muito que deixou de as ter – quem manda em Timor-Lorosae são os australianos e, por essa razão, serão eles que determinarão a composição do poder em Dili.
Ou seja…
Ramos Horta para a presidência e Xanana para primeiro-ministro.
Ou será que a dupla jogou forte, muito forte – não esquecer que Ramos Horta é um brilhante e tenaz diplomata –, e depois de estar no poder e de, eventualmente, ter assentado o pó e “desterrado” quem mais e melhor gozou dos privilégios oferecidos(?!) pelos “aussies”, como o major Alfredo Reinado, por exemplo, procurará mandar os vizinhos do sul às ortigas e fomentar a real independência do país.
Vamos acreditar que é possível prever o quase impossível!
Tudo porque os australianos já mostraram que não gostam que brinquem com as suas bochechas e, por muito menos, já entraram no país do crocodilo e procuraram – e quase conseguiram – fazer deste um estado subserviente.
O problema dos australianos é que em Timor-Lorosae fala-se tétum e português que os brasileiros, ao contrário da CPLP e de quem ofereceu, inicialmente, a língua, não deixam esquecer e estão lá os “malditos” paramilitares da GNR que, não raras vezes, descobre pontas perdidas onde os “aussies” nem rolos vêem.
Só esperemos que em caso de vitória de Ramos Horta, nas presidenciais, e de Xanana, nas legislativas, Mari Alkatiri, que dizem ter dito “que não reconhecerá nenhum resultado que não seja a própria vitória”, não acabe por dar razão a quem o demitiu em meados de 2006.
Povo timorense tem de ser soberano e não deixar que aquilo que deveria tirá-lo da pobreza endémica em que se encontra, o petróleo, acabe por ser a sua desgraça.
Como muito bem alerta a Manchete do Notícias Lusófonas, quando se tem petróleo e vizinhos como a Austrália é [quase] (im)possível ser (in)dependente! (o quase é meu)…
Como se explica um mutismo tão ensurdecedor? - artigo
(em 1988, tão amigos que eles eram...)
"Num país democrático quando um líder é acusado ou indiciado que um qualquer crime ou de situação menos clara coloca o seu cargo à disposição do povo através do Procurador-geral ou através do Parlamento Nacional ou através do júri mais avalizado, o voto do povo.
Num país democrático é isto que acontece!
Relembremos o que se passou, já por mais de uma vez em Israel que Chefes de Governo e Presidentes puseram os seus cargos à disposição das respectivas autoridades, demitindo-se e deixando estas apurar das responsabilidades daqueles, punindo-os ou ilibando-os.
Isto é num país democrático.
E quando os acusados ou indiciados, se políticos, de ‘per si’, “se esquecem” de pedir qualquer investigação, há sempre uma autoridade mais alta e mais independente do poder político, por exemplo, um Procurador-geral, que ordena essa investigação e, em caso de provas contra o político prevaricador, exigir, e não poucas vezes o faz, a sua demissão e sempre que tal o justifique, a sua detenção.
E vimos isso no Brasil com a demissão de Collor de Melo, ou nos EUA com a forçada auto-demissão de Nixon ou com a severa crítica a Clinton.
Isto é num país democrático.
Mas também casos hão, e em países democráticos, que líderes e caciques locais, ou autárquicos, não só não se demitem como se dão ao direito de gozar com as autoridades e de se apresentarem de novo a eleições e serem reeleitos com o voto popular.
Isto também acontece em países democráticos.
Por isso não surpreende que num país onde a teocracia ainda predomina líderes políticos e militares seus sejam veladamente acusados de terem auferido mais de três dezenas de milhões de dólares em comissões por compra de material de guerra como tanques, helicópteros e, pasme-se, navios de guerra, para combater uma guerrilha que acusava de estar a destruir o tecido social do país e, pasme-se ainda mais, se limitava a combater no interior desse mesmo país.
Num país democrático isto não iria, por certo, acontecer.
Mas quando o país está sobre uma teocracia é natural que isso não aconteça.
Porque se o país fosse realmente democrático e se os tais líderes não se demitissem ou, naturalmente, exigissem uma investigação pública e aprofundada, o Procurador-geral deveria fazê-lo.
Num país teocrático isso não só se verifica como se abafa, mesmo que essa velada acusação recaia no país.
Até quando se vai ter de continuar a aguentar com veladas acusações de corrupção no topo sem que ninguém assuma a responsabilidade de, por uma e de uma vez, separar o poder jurídico do político?
Quando é que se verá o poder jurídico se autonomizar de vez e decidir, também de vez, que deve estar ao serviço do povo e não ao serviço dos políticos?
É que já não se aguenta ver, ler e ouvir falar no “Angolagate”, nas acusações veladas da justiça francesa, nos “boca-a-boca” de juízes a fontes de informação e nada acontecer?
Como se explica que a justiça francesa faça sair, se bem que discreta e veladamente, informações como as que lemos e ouvimos neste fim-de-semana, e não o vermos feito de forma clara e inequívoca ou nem ouvir os acusados se pronunciarem?
Diz o adágio que quem não se sente, não é filho de boa gente e a época pascal não justifica tudo, muito menos o silêncio!
Como se explica este mutismo tão ensurdecedor?"
Artigo de opinião publicado na coluna do e citado aqui.
Num país democrático é isto que acontece!
Relembremos o que se passou, já por mais de uma vez em Israel que Chefes de Governo e Presidentes puseram os seus cargos à disposição das respectivas autoridades, demitindo-se e deixando estas apurar das responsabilidades daqueles, punindo-os ou ilibando-os.
Isto é num país democrático.
E quando os acusados ou indiciados, se políticos, de ‘per si’, “se esquecem” de pedir qualquer investigação, há sempre uma autoridade mais alta e mais independente do poder político, por exemplo, um Procurador-geral, que ordena essa investigação e, em caso de provas contra o político prevaricador, exigir, e não poucas vezes o faz, a sua demissão e sempre que tal o justifique, a sua detenção.
E vimos isso no Brasil com a demissão de Collor de Melo, ou nos EUA com a forçada auto-demissão de Nixon ou com a severa crítica a Clinton.
Isto é num país democrático.
Mas também casos hão, e em países democráticos, que líderes e caciques locais, ou autárquicos, não só não se demitem como se dão ao direito de gozar com as autoridades e de se apresentarem de novo a eleições e serem reeleitos com o voto popular.
Isto também acontece em países democráticos.
Por isso não surpreende que num país onde a teocracia ainda predomina líderes políticos e militares seus sejam veladamente acusados de terem auferido mais de três dezenas de milhões de dólares em comissões por compra de material de guerra como tanques, helicópteros e, pasme-se, navios de guerra, para combater uma guerrilha que acusava de estar a destruir o tecido social do país e, pasme-se ainda mais, se limitava a combater no interior desse mesmo país.
Num país democrático isto não iria, por certo, acontecer.
Mas quando o país está sobre uma teocracia é natural que isso não aconteça.
Porque se o país fosse realmente democrático e se os tais líderes não se demitissem ou, naturalmente, exigissem uma investigação pública e aprofundada, o Procurador-geral deveria fazê-lo.
Num país teocrático isso não só se verifica como se abafa, mesmo que essa velada acusação recaia no país.
Até quando se vai ter de continuar a aguentar com veladas acusações de corrupção no topo sem que ninguém assuma a responsabilidade de, por uma e de uma vez, separar o poder jurídico do político?
Quando é que se verá o poder jurídico se autonomizar de vez e decidir, também de vez, que deve estar ao serviço do povo e não ao serviço dos políticos?
É que já não se aguenta ver, ler e ouvir falar no “Angolagate”, nas acusações veladas da justiça francesa, nos “boca-a-boca” de juízes a fontes de informação e nada acontecer?
Como se explica que a justiça francesa faça sair, se bem que discreta e veladamente, informações como as que lemos e ouvimos neste fim-de-semana, e não o vermos feito de forma clara e inequívoca ou nem ouvir os acusados se pronunciarem?
Diz o adágio que quem não se sente, não é filho de boa gente e a época pascal não justifica tudo, muito menos o silêncio!
Como se explica este mutismo tão ensurdecedor?"
Artigo de opinião publicado na coluna do e citado aqui.
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