(imagem da embaixada angolana na Suécia via Internet)
Há dias falava-se que começava a emergir dentro do MPLA – como seria natural em partidos democráticos e pluralistas – uma tendência ou corrente de opinião, supostamente denominada “União das Tendências do MPLA”.
Nada mais natural, repito, num qualquer partido democrático e pluralista. Mas como a democracia e a pluralidade não se fazem nem se solidificam em poucos anos, principalmente quando se vem duma ortodoxia soviética e se “obriga” o seu líder a concorrer mesmo que tudo indique que não o deva fazer para bem da sua imagem e da imagem do País…
Depois das tendências surge agora que os deputados eleitos pelas listas do MPLA vão questionar o Governo de Paulo Kassoma sobre os efeitos da crise internacional na economia angolana. Nada mais pertinente numa sociedade democrática e não-seguidista.
E não será só o Executivo de Kassoma a ser interpelado. Também o Banco Nacional de Angola (presumo que o Governador) vai ser ouvido no Parlamento Nacional. Perfeito, nada mais que habitual numa sociedade democrática e não-seguidista.
Mas o que se estranha é que esta interpelação só aconteça agora e quando o Governo do primeiro-ministro Kassoma já aprovou um pacote de medidas de combate à crise como, por exemplo, a redução da despesa pública ou mesmo a intervenção no sector dos diamantes através da sua venda a preços “estratégicos” em função da queda da procura nos mercados internacionais e, ou, a proposta de fim de monopolização da extracção dos diamantes.
Estranha-se, a não ser que este “fim” seja também uma deixa para correrem com o executivo do engenheiro – este tem mesmo direito ao título académico – Paulo Kassoma…
Mas como numa sociedade democrática e não-seguidista é usual e natural um Governo ser questionado, acredito que não devem a estar a preparar uma rampa de saída a António Paulo Kassoma. Ou será que se esqueceram que este é mesmo um Governo feito à imagem e medida do e pelo Presidente Eduardo dos Santos?
Nada mais natural, repito, num qualquer partido democrático e pluralista. Mas como a democracia e a pluralidade não se fazem nem se solidificam em poucos anos, principalmente quando se vem duma ortodoxia soviética e se “obriga” o seu líder a concorrer mesmo que tudo indique que não o deva fazer para bem da sua imagem e da imagem do País…
Depois das tendências surge agora que os deputados eleitos pelas listas do MPLA vão questionar o Governo de Paulo Kassoma sobre os efeitos da crise internacional na economia angolana. Nada mais pertinente numa sociedade democrática e não-seguidista.
E não será só o Executivo de Kassoma a ser interpelado. Também o Banco Nacional de Angola (presumo que o Governador) vai ser ouvido no Parlamento Nacional. Perfeito, nada mais que habitual numa sociedade democrática e não-seguidista.
Mas o que se estranha é que esta interpelação só aconteça agora e quando o Governo do primeiro-ministro Kassoma já aprovou um pacote de medidas de combate à crise como, por exemplo, a redução da despesa pública ou mesmo a intervenção no sector dos diamantes através da sua venda a preços “estratégicos” em função da queda da procura nos mercados internacionais e, ou, a proposta de fim de monopolização da extracção dos diamantes.
Estranha-se, a não ser que este “fim” seja também uma deixa para correrem com o executivo do engenheiro – este tem mesmo direito ao título académico – Paulo Kassoma…
Mas como numa sociedade democrática e não-seguidista é usual e natural um Governo ser questionado, acredito que não devem a estar a preparar uma rampa de saída a António Paulo Kassoma. Ou será que se esqueceram que este é mesmo um Governo feito à imagem e medida do e pelo Presidente Eduardo dos Santos?
Publicado no /Colunistas de hoje