(Totinha, a mascote do Mundial ©FAP)
Terminou o 1º. Mundial de Clubes, em hóquei em patins, que se realizou em Luanda, naquele que a maioria dos analistas desportivos consideraram com a ante-câmara das próximas realizações desportivas internacionais que se vão realizar em Angola: o Afrobasket2007 e o CAN2010.
Destaque para o Bassano, de Itália, que venceu, com todo o mérito, este 1º Mundial de Clubes tendo, ao longo do torneio, só tendo registado um empate, resultado esse ocorrido na jornada inaugural.
Por sua vez as equipas angolanas quedaram-se no 9º e 10º lugares com particular destaque para o facto de nas primeiras partidas os angolanos terem sido derrotados na marcação de remates da marca de grande penalidade.
Face aos resultados a classificação final foi como segue:
1. Bessano Hockey 54 (Itália)
2. Réus Deportiu (Espanha)
3. Sport Lisboa e Benfica (Portugal)
4. Futebol Clube do Porto (Portugal)
5. Olímpia Patin Club (Argentina)
6. Ash Amatori Sporting Lodi (Itália)
7. Concepción Patin Club (Argentina)
8. Club de Hockey Patin Estudiantil San Miguel (Chile)
9. Atlético Petróleos de Luanda – Petro (Angola)
10. Grupo Desportivo Juventude de Viana (Angola)
11. Sertãozinho Hóquei Clube (Brasil)
12. Grupo Desportivo de Maputo (Moçambique)
De realçar que o melhor marcador foi, também, um hoquista do Bassano, o português Luís Viana com 13 golos.
30 setembro 2006
Alcides Sakala em entrevista ao JN
(foto©noticias lusófonas)
Uma interessante entrevista de Alcides Sakala, o actual líder parlamentar da Unita, ao jornalista Orlando Castro, do Jornal de Notícias.
Nessa entrevista Sakala aborda o seu novo livro “Memórias de um guerrilheiro; os últimos anos de guerra” (ed. D. Quixote, com prefácio de Maria Antónia Palla). Um livro que, infelizmente e apesar de já o ter há cerca de 2 semanas, ainda não tive oportunidade de o ler como desejaria, e cuja apresentação, em Lisboa, aconteceu na passada quinta-feira na Fundação Mário Soares; do livro Sakala realça que o mesmo não pretende ressuscitar fantasmas mas “permitir às presentes gerações entenderem melhor o passado, para construírem um futuro diferente, assente na tolerância, na inclusão e na justiça social”.
Mas Sakala, na entrevista ao matutino português, não se fica só pelo livro; será, talvez a parte mais currta da mesma. Vai mais longe.
Sobre Angola considera que 4 anos passados desde o fim da guerra civil já era tempo de haver uma verdadeira agenda política de reconciliação nacional realçando que o calendário eleitoral seria um dos mais importantes momentos num claro reencontro de angolanos; mas também aborda a reinserção social dos militares, a desminagem e o desarmamento civil, etc.
Aborda, ainda, as diferenças ideológicas entre a Unita e o Mpla, a centralização do poder e os vícios que ela encerra.
Uma interessante entrevista de Alcides Sakala, o actual líder parlamentar da Unita, ao jornalista Orlando Castro, do Jornal de Notícias.
Nessa entrevista Sakala aborda o seu novo livro “Memórias de um guerrilheiro; os últimos anos de guerra” (ed. D. Quixote, com prefácio de Maria Antónia Palla). Um livro que, infelizmente e apesar de já o ter há cerca de 2 semanas, ainda não tive oportunidade de o ler como desejaria, e cuja apresentação, em Lisboa, aconteceu na passada quinta-feira na Fundação Mário Soares; do livro Sakala realça que o mesmo não pretende ressuscitar fantasmas mas “permitir às presentes gerações entenderem melhor o passado, para construírem um futuro diferente, assente na tolerância, na inclusão e na justiça social”.
Mas Sakala, na entrevista ao matutino português, não se fica só pelo livro; será, talvez a parte mais currta da mesma. Vai mais longe.
Sobre Angola considera que 4 anos passados desde o fim da guerra civil já era tempo de haver uma verdadeira agenda política de reconciliação nacional realçando que o calendário eleitoral seria um dos mais importantes momentos num claro reencontro de angolanos; mas também aborda a reinserção social dos militares, a desminagem e o desarmamento civil, etc.
Aborda, ainda, as diferenças ideológicas entre a Unita e o Mpla, a centralização do poder e os vícios que ela encerra.
28 setembro 2006
Mensagem de Ojna a Adrocasued por uma Angola melhor
(tela que pode ser vista aqui)
Há uns tempos fiz aqui referência a um artigo escrito para a revista angolana Eventos “Deus Acorda no Horizonte Angolano” onde fazia uma análise crítica – longe vá essa pretensão – ao livro de Ana Paula de Castro, “Deus Acorda” editado pela Papiro editora e lançado a 4 de Fevereiro numa interessante apresentação de David Borges, no auditório FNAC do Chiado.
Nessa análise deixava um repto à autora para que esta obra tivesse uma continuação porque precisávamos de saber o que o Ojna (Anjo) tinha para dizer ao seu irmão Adrocasued ([António] Deus Acorda) desde o seu regresso à sua Pátria mui amada, Angola, até ao presente.
A autora embora não indicando que vá dar continuidade à obra depositou-me um texto, em forma de Mensagem que pode e deve ser lido no Malambas.
Um belo e forte texto.
Há uns tempos fiz aqui referência a um artigo escrito para a revista angolana Eventos “Deus Acorda no Horizonte Angolano” onde fazia uma análise crítica – longe vá essa pretensão – ao livro de Ana Paula de Castro, “Deus Acorda” editado pela Papiro editora e lançado a 4 de Fevereiro numa interessante apresentação de David Borges, no auditório FNAC do Chiado.
Nessa análise deixava um repto à autora para que esta obra tivesse uma continuação porque precisávamos de saber o que o Ojna (Anjo) tinha para dizer ao seu irmão Adrocasued ([António] Deus Acorda) desde o seu regresso à sua Pátria mui amada, Angola, até ao presente.
A autora embora não indicando que vá dar continuidade à obra depositou-me um texto, em forma de Mensagem que pode e deve ser lido no Malambas.
Um belo e forte texto.
27 setembro 2006
1º Mundial de Clubes em Hóquei – resultados finais
Perante aos resultados das 3 jornadas qualificativas do 1º Mundial de Clubes de Hóquei em Patins e porque devido ao atraso na chegada dos campeões moçambicanos Desportivo de Maputo – a maioria dos seus jogadores estiveram até ao final da semana passada a disputar, brilhantemente, o Mundial Grupo B que fez regressar Moçambique não convívio dos grandes – só hoje jogarão a sua segunda jornada pelo que também só hoje se saberá quem acompanhará o Benfica, Porto e Réus para o título de clube campeão do Mundo; o Bassano, de Itália, ou Concepción, da Argentina (os golos serão o factor decisivo, dado o empate inicial entre estas duas equipas e a goleada que os argentinos impuseram aos representantes da princesa do Índico).
RESULTADOS DAS 3 JORNADAS
RESULTADOS DAS 3 JORNADAS
De notar que face à igualdade a duas bolas entre o Petro Atlético e o Sertãozinho e a copiosa derrota destes face os benfiquistas os petrolíferos terminaram esta fase em 2º lugar no seu grupo; já o Juventude de Viana (perdeu os dois jogos pelo mesmo resultado 5-2) quedou-se pelo 3º lugar no grupo B; ambos vão, agora, lutar pela melhor posição entre o 5º e o 12º lugar (ver aqui a classificação final da 1ª fase).
Assim o Petro vai jogar, inicialmente, com os chilenos do Estudantil (ou Estudiantil, conforme os dias) enquanto o Juventude de Viana irá disputar a vaga seguinte com o Concepción, ou com o Desportivo ou com o Bassano. Os vencedores jogarão entre si nas fases seguintes para o 5º/8º lugares enquanto os vencidos jogarão para o 9º/12º lugares
Relativamente à fase que definirá o campeão os 4 primeiros classificados jogarão todos entre si para o título: os primeiros jogos serão Bassano/Concepción-Porto e Réus-Benfica.
Assim o Petro vai jogar, inicialmente, com os chilenos do Estudantil (ou Estudiantil, conforme os dias) enquanto o Juventude de Viana irá disputar a vaga seguinte com o Concepción, ou com o Desportivo ou com o Bassano. Os vencedores jogarão entre si nas fases seguintes para o 5º/8º lugares enquanto os vencidos jogarão para o 9º/12º lugares
Relativamente à fase que definirá o campeão os 4 primeiros classificados jogarão todos entre si para o título: os primeiros jogos serão Bassano/Concepción-Porto e Réus-Benfica.
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ADENDA: O Desportivo de Maputo foi goleado pelo Bassano por 21-3. Desta forma, os italianos passaram à fase do título enquanto o Concepción lutará pela melhor posição entre os 5º eo 12º lugares.
A Europa, África e a imigração: artigo de opinião
“Centenas de seres humanos (e digo centenas esperando que não sejam na realidade milhares) morrem afogados nas águas do Atlântico sem que nada possa evitá-lo... E interrogo-me, pergunto a todos, ao governo espanhol, à Europa efectivamente nada pode evitá-lo?”, assim questionou, há uns dias, Adán Martín, presidente do Governo da região autónoma das Canárias.
É assim que a Europa quer manter a sua “Fortaleza” incólume, pura e virginal qual noiva em vésperas da boda celestial?
Como se sabe a Europa, particularmente as Canárias – que vê quase diariamente batidos todos os máximos de clandestino a aportarem às suas costas – os enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla e a costa sul espanhola, as ilhas italianas e, mais recentemente, Malta e Chipre, têm sido assoladas por hordas de clandestinos que desejam, quase a qualquer custo, fugir às deficientes e sub-humanas condições que têm nos seus países de origem, a maioria de África, para aquilo que consideram como o novo “el dourado”; uma nova vida..."
Com o título "A Europa e África face à imigração clandestina" parte do artigo de opinião publicado no Correio da Semana (STP) na edição nº 82, de 16 de Setembro de 2006, página 7.
É assim que a Europa quer manter a sua “Fortaleza” incólume, pura e virginal qual noiva em vésperas da boda celestial?
Como se sabe a Europa, particularmente as Canárias – que vê quase diariamente batidos todos os máximos de clandestino a aportarem às suas costas – os enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla e a costa sul espanhola, as ilhas italianas e, mais recentemente, Malta e Chipre, têm sido assoladas por hordas de clandestinos que desejam, quase a qualquer custo, fugir às deficientes e sub-humanas condições que têm nos seus países de origem, a maioria de África, para aquilo que consideram como o novo “el dourado”; uma nova vida..."
Com o título "A Europa e África face à imigração clandestina" parte do artigo de opinião publicado no Correio da Semana (STP) na edição nº 82, de 16 de Setembro de 2006, página 7.
Moçambique na Francofonia
Apesar de já ser desde o início membro de pleno direito da Lusofonia e da CPLP, de, posteriormente, ter aderido à Comunidade britânica, pelo facto da maioria – leia-se, todos – dos seus vizinhos serem anglófonos, e à Comunidade islâmica, não só devido à comunidade muçulmana (umma) interna do país como de alguns dos seus vizinhos directos, ou próximo, terem, também, uma umma não muito (nada mesmo) pequena, eis que agora Moçambique adere à Comunidade Francófona.
Será legítimo perguntar a que se deve esta tomada de posição? Principalmente porque os países da francofonia não estarão entre os seus principais parceiros económicos e estratégicos… ou será que como refere Orlando Castro, “pelo sim, pelo não…” Moçambique pensa poder, ou ter, de vir a mudar as agulhas?
Será porque os parceiros afro-lusófonos, na sua maioria, pertencem a grupos francófonos ou “comandados” pela francofonia e que um dos potenciais Estados-director de África, além de parceiro linguístico, é, claramente, o principal Estado da África Central?
Em qualquer dos casos, estas mudanças sucessivas e adesões pouco lúcidas como a de Moçambique – não é o único, dado que a Guiné Equatorial e as Maurícias também o fizeram – poderão conjecturar uma realidade que já todos vislumbramos há um tempo, excepto os sucessivos governos portugueses, que a Lusofonia, enquanto comunidade, começa a entrar em profunda agonia.
Depois dos recentes casos de Timor-Leste e Mascarenhas Monteiro mais uma facada na Lusofonia…
Será que alguém estará disposto, realmente, a salvá-la?
Será legítimo perguntar a que se deve esta tomada de posição? Principalmente porque os países da francofonia não estarão entre os seus principais parceiros económicos e estratégicos… ou será que como refere Orlando Castro, “pelo sim, pelo não…” Moçambique pensa poder, ou ter, de vir a mudar as agulhas?
Será porque os parceiros afro-lusófonos, na sua maioria, pertencem a grupos francófonos ou “comandados” pela francofonia e que um dos potenciais Estados-director de África, além de parceiro linguístico, é, claramente, o principal Estado da África Central?
Em qualquer dos casos, estas mudanças sucessivas e adesões pouco lúcidas como a de Moçambique – não é o único, dado que a Guiné Equatorial e as Maurícias também o fizeram – poderão conjecturar uma realidade que já todos vislumbramos há um tempo, excepto os sucessivos governos portugueses, que a Lusofonia, enquanto comunidade, começa a entrar em profunda agonia.
Depois dos recentes casos de Timor-Leste e Mascarenhas Monteiro mais uma facada na Lusofonia…
Será que alguém estará disposto, realmente, a salvá-la?
26 setembro 2006
Investir em Espanha? Pois claro!!!
O presidente português aconselhou que as empresas sedeadas em Portugal deixassem de “chorar” inovassem e investissem em Espanha porque de lá só vêm bons exemplos.
Nada mais verdadeiro.
A General Motors Europeia vai sair de Azambuja e desloca a produção da Opel para Espanha.
Agora, e em menos de 24 horas fica-se a saber que uma produtora de componentes para automóveis Johnson Controls deverá também fechar as suas instalações em Portugal e transferi-las para Espanha.
Pois é!! Será que estas empresas, e outras anteriores que já deslocalizaram para Espanha e para o Leste europeu, sairiam de Espanha assim como quem estala os dedos?
Ainda há quem perca tempo em dizer que o horizonte português é em África e nos países em desenvolvimento e não na Europa.
Para quê?!?!
Se de Espanha só vêm bons exemplos. Pois vêm!!!
Só é pena os governos – os sucessivos governos – portugueses não saberem aprender com os espanhóis.
Nada mais verdadeiro.
A General Motors Europeia vai sair de Azambuja e desloca a produção da Opel para Espanha.
Agora, e em menos de 24 horas fica-se a saber que uma produtora de componentes para automóveis Johnson Controls deverá também fechar as suas instalações em Portugal e transferi-las para Espanha.
Pois é!! Será que estas empresas, e outras anteriores que já deslocalizaram para Espanha e para o Leste europeu, sairiam de Espanha assim como quem estala os dedos?
Ainda há quem perca tempo em dizer que o horizonte português é em África e nos países em desenvolvimento e não na Europa.
Para quê?!?!
Se de Espanha só vêm bons exemplos. Pois vêm!!!
Só é pena os governos – os sucessivos governos – portugueses não saberem aprender com os espanhóis.
25 setembro 2006
Mascarenhas Monteiro bate com a porta à ONU?
(uma imagem que dificilmente voltará acontecer…)
Apesar do honroso convite da ONU para chefiar a equipa desta Instituição, em presentação o Secretário-geral, em Timor-Lorosae como já, atempadamente, aqui foi anunciado, o ex-presidente cabo-verdiano António Mascarenhas Monteiro decidiu recusá-lo porque, segundo ele, uma das partes terá manifestado sérias reservas à sua nomeação.
Reservas essas que Kofi Annan não conseguiu diluir em tempo útil e por, esse facto e porque a “honra dos cabo-verdianos é mais importante que quaisquer cargos honrosos de um ONU” e porque num processo de pacificação de um qualquer país não pode haver qualquer tipo de reservas, na medida em que o exercício das suas funções estaria fortemente condicionado no terreno, Mascarenhas Monteiro declinou e considerou o assunto encerrado apesar dos esforços de Annan em o demover desta posição.
Apear de não ter divulgado qual o parceiro resistente, os analistas em Cabo Verde e na CPLP pensam que terá sido a Austrália. Porque será?...
Daí que não seja de estranhar que este interessante desafio esteja Austrália 1 – CPLP 0 e que o resultado, inquestionavelmente, engrossará a favor do país dos cangurus.
.
Nota: Aqui e aqui estão umas achegas e alguns "ses" que talvez ajudem a explicar e compreender um pouco esta questão (como se ela ainda precisasse de explicações tais são as evidências).
Apesar do honroso convite da ONU para chefiar a equipa desta Instituição, em presentação o Secretário-geral, em Timor-Lorosae como já, atempadamente, aqui foi anunciado, o ex-presidente cabo-verdiano António Mascarenhas Monteiro decidiu recusá-lo porque, segundo ele, uma das partes terá manifestado sérias reservas à sua nomeação.
Reservas essas que Kofi Annan não conseguiu diluir em tempo útil e por, esse facto e porque a “honra dos cabo-verdianos é mais importante que quaisquer cargos honrosos de um ONU” e porque num processo de pacificação de um qualquer país não pode haver qualquer tipo de reservas, na medida em que o exercício das suas funções estaria fortemente condicionado no terreno, Mascarenhas Monteiro declinou e considerou o assunto encerrado apesar dos esforços de Annan em o demover desta posição.
Apear de não ter divulgado qual o parceiro resistente, os analistas em Cabo Verde e na CPLP pensam que terá sido a Austrália. Porque será?...
Daí que não seja de estranhar que este interessante desafio esteja Austrália 1 – CPLP 0 e que o resultado, inquestionavelmente, engrossará a favor do país dos cangurus.
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Nota: Aqui e aqui estão umas achegas e alguns "ses" que talvez ajudem a explicar e compreender um pouco esta questão (como se ela ainda precisasse de explicações tais são as evidências).
Eleições na Gâmbia e no Congo Democrático
N’ A Gâmbia as eleições presidenciais de 22 de Setembro já deram um novo presidente (por acaso entra no terceiro?? mandato consecutivo), Yahya Jammeh, da Aliança para a Reorientação e Contrução Patriótica (APRC).
O reeleito presidente Jammeh (no poder desde o golpe de Estado de 1994) obteve, na primeira volta cerca de 67% dos votos em sufrágio seguido do seu principal opositor OuassainouDarboe, líder da coligação Aliança para a Mudança de Regime (ARC), com cerca de 26,7%, e de Halifa Sallah, da Aliança Nacional para a Democracia e Desenvolvimento (NADD) que não foi além dos 5,8% dos votos sufragados.
Enquanto n’ A Gambia o escrutínio, embora lento, não registou qualquer incidente sério durante a votação e a contagem dos votos, já na República Democrática do Congo, começa-se a perspectivar uma situação semelhante à registada em Angola, nas eleições presidenciais e legislativas de 1992.Sobre esta matéria um interessante apontamento de Carlos Narciso, no seu Bloga-se “Eleições no Congo…” que se aconselha, muito seriamente, ler e meditar.
O reeleito presidente Jammeh (no poder desde o golpe de Estado de 1994) obteve, na primeira volta cerca de 67% dos votos em sufrágio seguido do seu principal opositor OuassainouDarboe, líder da coligação Aliança para a Mudança de Regime (ARC), com cerca de 26,7%, e de Halifa Sallah, da Aliança Nacional para a Democracia e Desenvolvimento (NADD) que não foi além dos 5,8% dos votos sufragados.
Enquanto n’ A Gambia o escrutínio, embora lento, não registou qualquer incidente sério durante a votação e a contagem dos votos, já na República Democrática do Congo, começa-se a perspectivar uma situação semelhante à registada em Angola, nas eleições presidenciais e legislativas de 1992.Sobre esta matéria um interessante apontamento de Carlos Narciso, no seu Bloga-se “Eleições no Congo…” que se aconselha, muito seriamente, ler e meditar.
Hóquei: Mundial de Clubes e das Nações B
1. Mundial de Clubes em Hóquei
No Mundial de Clubes, a decorrer no recuperado velhinho pavilhão da Cidadela, em Luanda [feito em 1974 para o Mundial das Nações que acabou por se realizar em Portugal], a primeira jornada foi aziaga para as equipas angolanas, apesar destas terem vendido caro a derrota, nomeadamente, no último jogo da jornada 1ª, entre o vice-campeão angolano, Juventude de Viana, e o campeão português, F.C.Porto; o resultado não espelha o bom jogo dos angolanos. Embora perdendo por 5-2, a equipa dos arredores de Luanda chegaram a estar a perder só por 3-2.
Já o campeão angolano, Petro de Luanda, baqueou frente ao vice português, S.L.Benfica por, somente, 1-0. Foi o jogo mais fraco em termos de oportunidades, embora muito mais táctico.
Entretanto nas outras duas partidas registou-se um empate sem golos entre o Bassano, da Itália, e a argentina Concepción enquanto no Réus (Espanha) derrotou o Estudantil (Chile) por 9-1.
2. Mundial de Nações - B
No Mundial das Nações Grupo B, um grande aplauso para Moçambique que volta ao convivo das principais Nações hoquistas ao vencer, muito justamente, o Grupo B, só com vitórias.
O campeonato decorreu em Colômbia que, no final se quedou pelo 3º lugar. A 2ª posição ficou entregue à Holanda (já foi vice-campeã europeia).
Assim, no próximo Mundial, Grupo A, que se realizará em 2007, em Montreux, Suiça, teremos, novamente, África com 2 países a representá-la.
De realçar que neste último campeonato Grupo B o continente africano para além de Moçambique, esteve ainda representado pela África do Sul (5ª classificada) e pelo Egipto (11ª.)
NOTA: Obrigado pelo alerta deixado nos comentários. Realmente o Campeonato das Nações B realizou-se em Montevideo, capital do Uruguai, e não na Colômbia. Este lapso, embora não admissível, deveu-se ao facto de uma televisão ter dado esta notícia como tendo sido na Colômbia e isto ficou-me na memória indevidamente.
Petro Atlético de Luanda (campeã de Angola)
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Juventude Viana (vice-campeã de Angola)
Já o campeão angolano, Petro de Luanda, baqueou frente ao vice português, S.L.Benfica por, somente, 1-0. Foi o jogo mais fraco em termos de oportunidades, embora muito mais táctico.
Entretanto nas outras duas partidas registou-se um empate sem golos entre o Bassano, da Itália, e a argentina Concepción enquanto no Réus (Espanha) derrotou o Estudantil (Chile) por 9-1.
2. Mundial de Nações - B
No Mundial das Nações Grupo B, um grande aplauso para Moçambique que volta ao convivo das principais Nações hoquistas ao vencer, muito justamente, o Grupo B, só com vitórias.
O campeonato decorreu em Colômbia que, no final se quedou pelo 3º lugar. A 2ª posição ficou entregue à Holanda (já foi vice-campeã europeia).
Assim, no próximo Mundial, Grupo A, que se realizará em 2007, em Montreux, Suiça, teremos, novamente, África com 2 países a representá-la.
De realçar que neste último campeonato Grupo B o continente africano para além de Moçambique, esteve ainda representado pela África do Sul (5ª classificada) e pelo Egipto (11ª.)
NOTA: Obrigado pelo alerta deixado nos comentários. Realmente o Campeonato das Nações B realizou-se em Montevideo, capital do Uruguai, e não na Colômbia. Este lapso, embora não admissível, deveu-se ao facto de uma televisão ter dado esta notícia como tendo sido na Colômbia e isto ficou-me na memória indevidamente.
24 setembro 2006
Ministro venezuelano das relações exteriores contido num aeroporto da Big Apple
Segundo a Venezuela, e parece que é verdade dado que o Departamento de Estado norte-americano já terá pedido desculpas, o ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Nicolás Maduro, terá ontem ficado retido no aeroporto JFK, quando se preparava para regressar a Caracas depois da intervenção do seu presidente-exorcista na Assembleia-geral das Nações Unidas.
O ministro diz que foi detido, ameaçado e insultado e acusa os EUA de terem violado o direito internacional e de o terem acusado de terrorismo.
No meio disto quem se deve a estar a rir é a Suiça. Já uma vez, há uns anos e salvo erro por causa de Arafat, a ONU ameaçou passar de armas e bagagens, definitivamente, para os cantões suiços.
Só a intervenção do então Governador do Estado e do mayor de New York conseguiram que o Palácio de Vidro não deixasse de continuar a funcionar na antiga lixeira novaiorquina.
Mas parece que os técnicos políticos e governativos norte-americanos já se esqueceram.
É por essas e por outras que não sei qual será a melhor comparação para os técnicos de outros países: se os EUA ou o Burkina Faso…
O ministro diz que foi detido, ameaçado e insultado e acusa os EUA de terem violado o direito internacional e de o terem acusado de terrorismo.
No meio disto quem se deve a estar a rir é a Suiça. Já uma vez, há uns anos e salvo erro por causa de Arafat, a ONU ameaçou passar de armas e bagagens, definitivamente, para os cantões suiços.
Só a intervenção do então Governador do Estado e do mayor de New York conseguiram que o Palácio de Vidro não deixasse de continuar a funcionar na antiga lixeira novaiorquina.
Mas parece que os técnicos políticos e governativos norte-americanos já se esqueceram.
É por essas e por outras que não sei qual será a melhor comparação para os técnicos de outros países: se os EUA ou o Burkina Faso…
Hóquei em Patins: 1º Mundial de Clubes
(logótipo e mascote da FAP)
Inicia-se hoje, no Pavilhão da Cidadela, Luanda, o I Mundial de Clubes em hóquei em patins com a presença de 12 clubes de África (Petro Atlético de Luanda e Juventude de Viana, de Angola, e o Desportivo de Maputo, de Moçambique), Europa (Benfica e Porto, de Portugal, Réus, de Espanha – Barcelona declinou o convite tal como a equipa campeã europeia, Falonica, de Itália –, Bassano e Lodi, de Itália) e Latino-americanas (Sertãozinho, do Brasil, Olímpia de San Juan e Concépcion, da Argentina, Estudantil de São Miguel, do Chile).
O custo desta operação Mundial de Clubes ronda o milhão de dólares, cerca de 800 mil euros, incomparavelmente inferior a outros eventos menos interessantes e mediáticos. De notar que, ao contrário de outros eventos, o Estado angolano só participa em 50% do custo; o restante foi patrocinado por empresas angolanas e por publicidade externa. A dúvida é saber quem são as empresas angolanas, se públicas ou mistas ou, realmente, privadas.
As equipas foram distribuídas por 4 grupos:
Grupo A..........Grupo B..........Grupo C...........Grupo D
Bassano.............Porto...............Réus..............Benfica
Concepción........Olimpia..............Lodi...............Petro
Desp. Maputo...Juv. Viana........Estudiantil........Sertãozinho
O jogo inaugural, que segundo parece será transmitido pela RTP2, às 17 horas, é o Petro de Luanda-S.L.Benfica (0-1); às 21,30 horas, o canal por cabo, RTPN transmitirá o Juventude de Viana-F.C.Porto (2-5).Inicia-se hoje, no Pavilhão da Cidadela, Luanda, o I Mundial de Clubes em hóquei em patins com a presença de 12 clubes de África (Petro Atlético de Luanda e Juventude de Viana, de Angola, e o Desportivo de Maputo, de Moçambique), Europa (Benfica e Porto, de Portugal, Réus, de Espanha – Barcelona declinou o convite tal como a equipa campeã europeia, Falonica, de Itália –, Bassano e Lodi, de Itália) e Latino-americanas (Sertãozinho, do Brasil, Olímpia de San Juan e Concépcion, da Argentina, Estudantil de São Miguel, do Chile).
O custo desta operação Mundial de Clubes ronda o milhão de dólares, cerca de 800 mil euros, incomparavelmente inferior a outros eventos menos interessantes e mediáticos. De notar que, ao contrário de outros eventos, o Estado angolano só participa em 50% do custo; o restante foi patrocinado por empresas angolanas e por publicidade externa. A dúvida é saber quem são as empresas angolanas, se públicas ou mistas ou, realmente, privadas.
As equipas foram distribuídas por 4 grupos:
Grupo A..........Grupo B..........Grupo C...........Grupo D
Bassano.............Porto...............Réus..............Benfica
Concepción........Olimpia..............Lodi...............Petro
Desp. Maputo...Juv. Viana........Estudiantil........Sertãozinho
Dado que não se sabe se a RTPÁfrica transmitirá algum jogo, é previsível que estes serão os dois únicos jogos das equipas angolanas televisionadas para Portugal; em contrapartida os jogos lusitanos deverão ser todos televisionados.
Como gostaria de estar enganado.
Nota1: A RTPÁfrica retransmite os jogos; só não sei se todos ou só o das equipas portuguesas e as meias e as finais. Vamos esperar para ver.
Guiné-Bissau, 33 anos de incertezas
"A independência nacional tem de ser apenas o primeiro grande passo para a nossa liberdade e dignidade de homens e de africanos, no caminho da construção de uma vida de paz, de progresso e de felicidade para os povos - irmãos da Guiné e Cabo -Verde".
assim escrevia e afirmava Amilcar Cabral (O que quer o nosso Partido [PAIGC], 1960).
assim escrevia e afirmava Amilcar Cabral (O que quer o nosso Partido [PAIGC], 1960).
Há 33 anos, em Medina do Boé, os Guineenses davam o seu grito de ipiranga e proclamavam, solenemente, a Independência Nacional.
33 anos depois, o país continua numa rota de incertezas que precisa, urgentemente, de debelar.
É, como tem afirmado, bastas vezes, o jornalista guineense Fernando Casimiro, necessário que o povo guineense defenda – e proclame bem alto – o diálogo como fonte inspiradora de uma sã convivência entre todos, independentemente das doutrinas políticas, credos religiosos ou programas sociais.
Estou certo, pelo menos assim o quero crer, que, tal como há 33 anos o fez enquanto líder da Assembleia Nacional ao proclamar a independência, o presidente "Nino" Vieira terá de, uma vez por todas, mostrar e fazer-nos acreditar que a Guiné-Bissau é viável e um país onde os guineense têm orgulho de viver.
Força Guiné-Bissau!!!!
21 setembro 2006
Uma presidência bicéfala no México?
Isaac Bigio, analista internacional e ex-professor da London School of Economics, num artigo publicado no peruano “Correo” sob o título “Bicefalia mexicana” questiona com, agudeza e pertinência, o grande problema em que caiu a política interna do México: a legitimação oficial de Felipe Calderón, como presidente do México, e a auto-proclamação popular de Lopez Obrador igualmente como presidente mexicano.
Será que o segundo maior país hispânico – cujo dia nacional ocorreu no passado dia 16 de Setembro – está em condições de suportar um revolta popular, mesmo que com características gandhiesas, ainda por cima às portas de um, os EUA – um país que, segundo Hugo Chavez, tem um presidente possesso, mentiroso e tirano –, que, além de já ter criado uma fronteira de betão e arame farpado entre os dois países, se apresenta, cada vez mais, como um despeitado e pouco acreditado polícia do Mundo?
Será que o segundo maior país hispânico – cujo dia nacional ocorreu no passado dia 16 de Setembro – está em condições de suportar um revolta popular, mesmo que com características gandhiesas, ainda por cima às portas de um, os EUA – um país que, segundo Hugo Chavez, tem um presidente possesso, mentiroso e tirano –, que, além de já ter criado uma fronteira de betão e arame farpado entre os dois países, se apresenta, cada vez mais, como um despeitado e pouco acreditado polícia do Mundo?
Uma corrida para o Guiness… africano?
27 anos é quanto José Eduardo dos Santos completa hoje à frente da presidência angolana, após o falecimento, numa clínica em Moscovo, do primeiro presidente oficial de Angola, Dr. Agostinho Neto.
Por este andar vai, definitivamente, entrar para o livro guiness world records como o estadista que mais tempo esteve no poder, em África.
É obra…
Por este andar vai, definitivamente, entrar para o livro guiness world records como o estadista que mais tempo esteve no poder, em África.
É obra…
20 setembro 2006
“Coup d‘État” na Tailândia
(imagem ©daqui/EFE)
Um dos condados do triângulo de ouro (leia-se um dos principais mercados da droga e não só, também da prostituição, nomeadamente a infantil) sofreu um Golpe de Estado.
Segundo os cérebros do golpe, por acaso e para não variar levado a efeito por militares – o poder, ou a falta dele, continua a ser a dor de cabeça do meio castrense –, visou a deposição da corrupção e nepotismo do Governo liderado pelo deposto primeiro-ministro Thaksin Shinawatra (o nome soa a táxi), governo que, por mero acaso tinha um vice-primeiro-ministro como candidato ao lugar que será deixado vago por Koffi Anann no final deste ano.
Tal como é normal, em certos meios castrenses quando levam a cabo golpes de estado, também os novos dirigentes – que rapidamente se preocuparam em não questionar a figura real – prometeram um novo chefe de Governo para muito breve e eleições livres e justas para Outubro do próximo ano.
[Há um país, este em outro continente e cujo o Chefe de Estado faz amanhã 27 anos como presidente, que anda em promessas de eleições há já dois anos…]
E mais caricato ainda. O novo líder que chefia o entretanto criado Conselho Tailandês de Reforma Política, o general Sonthi Boonyaratglin prometeu uma nova Constituição em duas semanas. Os juristas e constitucionalistas tailandeses devem ser mesmo muito bons, ou será que…o fumo já tinha mesmo um lento fogo?
Só não se entende uma coisa.
Se o deposto governante, por acaso um dos mais ricos da Tailândia e que estava, no golpe, fora do país, era tão corrupto e déspota e o Rei mantém o supremo poder no país – não foi em vão que a primeira coisa que os novos senhores fizeram foi pedir a bênção real – porque é que aquele não demitiu o Governo de gestão do senhor Thaksin?
Ou o monarca é uma figura de estilo e supra-territorial?
Ou será que alguém andou, indevidamente, a esquadrinhar alguns caminhos das rotas do triângulo dourado?
Um dos condados do triângulo de ouro (leia-se um dos principais mercados da droga e não só, também da prostituição, nomeadamente a infantil) sofreu um Golpe de Estado.
Segundo os cérebros do golpe, por acaso e para não variar levado a efeito por militares – o poder, ou a falta dele, continua a ser a dor de cabeça do meio castrense –, visou a deposição da corrupção e nepotismo do Governo liderado pelo deposto primeiro-ministro Thaksin Shinawatra (o nome soa a táxi), governo que, por mero acaso tinha um vice-primeiro-ministro como candidato ao lugar que será deixado vago por Koffi Anann no final deste ano.
Tal como é normal, em certos meios castrenses quando levam a cabo golpes de estado, também os novos dirigentes – que rapidamente se preocuparam em não questionar a figura real – prometeram um novo chefe de Governo para muito breve e eleições livres e justas para Outubro do próximo ano.
[Há um país, este em outro continente e cujo o Chefe de Estado faz amanhã 27 anos como presidente, que anda em promessas de eleições há já dois anos…]
E mais caricato ainda. O novo líder que chefia o entretanto criado Conselho Tailandês de Reforma Política, o general Sonthi Boonyaratglin prometeu uma nova Constituição em duas semanas. Os juristas e constitucionalistas tailandeses devem ser mesmo muito bons, ou será que…o fumo já tinha mesmo um lento fogo?
Só não se entende uma coisa.
Se o deposto governante, por acaso um dos mais ricos da Tailândia e que estava, no golpe, fora do país, era tão corrupto e déspota e o Rei mantém o supremo poder no país – não foi em vão que a primeira coisa que os novos senhores fizeram foi pedir a bênção real – porque é que aquele não demitiu o Governo de gestão do senhor Thaksin?
Ou o monarca é uma figura de estilo e supra-territorial?
Ou será que alguém andou, indevidamente, a esquadrinhar alguns caminhos das rotas do triângulo dourado?
A lixeira dos outros
(imagem ©daqui)
Um pequeno artigo do Jornal de Notícias despertou-me, uma vez mais, para uma realidade cada vez mais evidente de África continuar a ser a lixeira dos outros.
O referido artigo considera o continente africano, o “pobre continente africano” como o caixote de lixo dos países ricos.
Nada mais errado.
Somos isso sim o caixote de lixo de todos os outros e de nós mesmos.
Somos nós que não sabemos manusear os detritos diários e os resultantes da pouca actividade económica no continente. Além de não sabermos fazemo-lo mal e despreocupadamente. Perdemos a nossa ancestral matriz de respeitar os que lá vêm depois de nós.
E ao não sabermos fazer bem, ainda nos damos ao luxo de, a troco de umas suculentas migalhas devidamente colocadas em bancos de primeira ordem em locais devidamente seguros, recebermos aquilo que os países mais industrializados e os de desenvolvimento médio despejam.
É que nesses países o tratamento de perigosos resíduos industriais e tóxicos é caríssimo – qualquer coisa como cerca de 10 vezes mais que em África –, preferindo confrontar com pequenas, e por vezes ridículas quando está em causa o Ambiente, multas que possam ter de pagar pelos transportes em obsoletos e cadavéricos barcos, alguns dos quais servem de caixão para os resíduos, ou deixá-los algures a marinar numa qualquer baía de um qualquer corrupto país pobre e, de preferência, em crise ou em guerra.
Que se lixem a Convenção de Basileira ou a de Estocolmo sobre resíduos tóxicos e a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climática.
Porque enquanto acontecerem nos outros os derrames tóxicos, os nossos terrenos e os nossos mares estarão sempre livres. Pague-se as multas e as migalhas.
Ainda se perde tempo em fazer Convenções sobre o tráfico de resíduos tóxicos…
Um pequeno artigo do Jornal de Notícias despertou-me, uma vez mais, para uma realidade cada vez mais evidente de África continuar a ser a lixeira dos outros.
O referido artigo considera o continente africano, o “pobre continente africano” como o caixote de lixo dos países ricos.
Nada mais errado.
Somos isso sim o caixote de lixo de todos os outros e de nós mesmos.
Somos nós que não sabemos manusear os detritos diários e os resultantes da pouca actividade económica no continente. Além de não sabermos fazemo-lo mal e despreocupadamente. Perdemos a nossa ancestral matriz de respeitar os que lá vêm depois de nós.
E ao não sabermos fazer bem, ainda nos damos ao luxo de, a troco de umas suculentas migalhas devidamente colocadas em bancos de primeira ordem em locais devidamente seguros, recebermos aquilo que os países mais industrializados e os de desenvolvimento médio despejam.
É que nesses países o tratamento de perigosos resíduos industriais e tóxicos é caríssimo – qualquer coisa como cerca de 10 vezes mais que em África –, preferindo confrontar com pequenas, e por vezes ridículas quando está em causa o Ambiente, multas que possam ter de pagar pelos transportes em obsoletos e cadavéricos barcos, alguns dos quais servem de caixão para os resíduos, ou deixá-los algures a marinar numa qualquer baía de um qualquer corrupto país pobre e, de preferência, em crise ou em guerra.
Que se lixem a Convenção de Basileira ou a de Estocolmo sobre resíduos tóxicos e a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climática.
Porque enquanto acontecerem nos outros os derrames tóxicos, os nossos terrenos e os nossos mares estarão sempre livres. Pague-se as multas e as migalhas.
Ainda se perde tempo em fazer Convenções sobre o tráfico de resíduos tóxicos…
19 setembro 2006
Lusofonia ou Brasilofonia? - artigo
Sobre a temática Lusofonia ou Brasilofonia ou como se definem os falantes em português, ver o artigo, abaixo publicado, no Notícias Lusófonas, sob o título "Lusofonia ou Brasilofonia?".
"Tenho três diferentes sistemas de controlo de acessos a um dos meus blogues que me indicam as visitas e, simultaneamente, me informam sobre quem e como acederam aos mesmos. Já tenho tido surpresas e nem sempre agradáveis da forma como a ele acederam. Mas a maior – ou talvez seja ingenuidade minha e nem seja tão disparatado assim – aconteceu num destes dias, a partir de Bahia, Salvador, através do Google.
A pergunta foi, tão-somente, esta: “5 países africanos que falem língua do Brasil”.
Tão só!!!
E depois admiramo-nos que o Brasil decida criar uma data, que por acaso é a data de nascimento de um escritor brasileiro, no próximo dia 5 de Novembro, para celebrar o “Dia da língua Portuguesa” ou, em certa altura – não sei se ainda se mantém esta prática – as televisões e os cinemas brasileiros legendarem filmes e séries portuguesas."
O resto deste artigo pode ser lido na íntegra acedendo aqui.
"Tenho três diferentes sistemas de controlo de acessos a um dos meus blogues que me indicam as visitas e, simultaneamente, me informam sobre quem e como acederam aos mesmos. Já tenho tido surpresas e nem sempre agradáveis da forma como a ele acederam. Mas a maior – ou talvez seja ingenuidade minha e nem seja tão disparatado assim – aconteceu num destes dias, a partir de Bahia, Salvador, através do Google.
A pergunta foi, tão-somente, esta: “5 países africanos que falem língua do Brasil”.
Tão só!!!
E depois admiramo-nos que o Brasil decida criar uma data, que por acaso é a data de nascimento de um escritor brasileiro, no próximo dia 5 de Novembro, para celebrar o “Dia da língua Portuguesa” ou, em certa altura – não sei se ainda se mantém esta prática – as televisões e os cinemas brasileiros legendarem filmes e séries portuguesas."
O resto deste artigo pode ser lido na íntegra acedendo aqui.
18 setembro 2006
Luísa Diogo entre as 100 mais poderosas
(imagem©RTP-África/Elcalmeida)
Parabéns à primeira-ministra moçambicana Luísa Diogo por ter sido colocada, pela revista Forbes, entre as 100 mulheres mais influentes do Planeta – 83ª entre 100.
Esta ocorrência prende-se com a sua forte capacidade negociadora face aos países mais ricos do Mundo.
Moçambique parece estar bem entregue.
Talvez por isso se justifique o crescimento de 7,9% previstos pelo FMI.
Parabéns à primeira-ministra moçambicana Luísa Diogo por ter sido colocada, pela revista Forbes, entre as 100 mulheres mais influentes do Planeta – 83ª entre 100.
Esta ocorrência prende-se com a sua forte capacidade negociadora face aos países mais ricos do Mundo.
Moçambique parece estar bem entregue.
Talvez por isso se justifique o crescimento de 7,9% previstos pelo FMI.
Lusofonia ou Brasilofonia
Num destes dias em que estive em descanso alguém acedeu - os meus agradecimentos - a este blogue, através do Google, com esta questão: "5 países que falam a língua do Brasil".
A pergunta foi formulada por alguém residente em Bahia, Salvador.
Reparem que não é o português ou a língua portuguesa ou a lusofonia; tão-somente a língua do Brasil...
Surpresa?!?!
Penso que já nada surpreende...
A pergunta foi formulada por alguém residente em Bahia, Salvador.
Reparem que não é o português ou a língua portuguesa ou a lusofonia; tão-somente a língua do Brasil...
Surpresa?!?!
Penso que já nada surpreende...
O dia do herói nacional
É assente em Angola que o mês de Setembro está ratificado como o mês do Herói Nacional, devido ao aniversário do nascimento [17 de Setembro] do reconhecido como primeiro presidente de Angola independente, o poeta, o político e médico Agostinho Neto.
Não se discute essa homenagem, por quanto ela é justa.
Foi um poeta insigne e um político com uma perspectiva visionária do país que outros ainda não conseguiram compreender ou apreender “Vamos o mais rapidamente possível construir a nossa nação independente, construir a democracia para o povo e redistribuir as riquezas do pais”.
Agora o que já se questiona é saber se Agostinho Neto é, ou foi, o único Herói Nacional se tomarmos em linha de conta pelo facto de ter sido líder de um Movimento emancipalista que lutou pela independência de Angola.
Nesta linha, e independentemente das simpatias partidárias ou do carácter dos mesmos, existem, pelo menos, mais dois grandes líderes que devem gozar do estatuto de Herói Nacional: Holden Roberto e Jonas Savimbi; ambos foram reconhecidos como líderes carismáticos que, cada um à sua maneira, lutou pela independência do nosso país.
E outros houveram que de uma forma anónima ou mais reconhecidamente se evidenciaram na defesa da independência do país.
Aceita-se e respeita-se a data.
Agora o que se deve exigir será que, já que está consagrada como a data de celebração, que o dia seja extensível a todos os Heróis Nacionais angolanos independentemente da sua filiação partidária.
É altura de deixarmos de celebrar uma qualquer data só porque a pessoa X, em detrimento da pessoa Y ou Z, goza de mais simpatias num determinado sector que noutro; se queremos que Angola seja um viveiro da Paz, da Fraternidade e da Coexistência pacífica entre todos, devemos, então, respeitar todos por um todo – Angola – e não pelo endeusamento de uma entidade ou individualidade.
E nós sabemos que Agostinho Neto, como humanista que foi, desprezava o endeusamento.
Não se discute essa homenagem, por quanto ela é justa.
Foi um poeta insigne e um político com uma perspectiva visionária do país que outros ainda não conseguiram compreender ou apreender “Vamos o mais rapidamente possível construir a nossa nação independente, construir a democracia para o povo e redistribuir as riquezas do pais”.
Agora o que já se questiona é saber se Agostinho Neto é, ou foi, o único Herói Nacional se tomarmos em linha de conta pelo facto de ter sido líder de um Movimento emancipalista que lutou pela independência de Angola.
Nesta linha, e independentemente das simpatias partidárias ou do carácter dos mesmos, existem, pelo menos, mais dois grandes líderes que devem gozar do estatuto de Herói Nacional: Holden Roberto e Jonas Savimbi; ambos foram reconhecidos como líderes carismáticos que, cada um à sua maneira, lutou pela independência do nosso país.
E outros houveram que de uma forma anónima ou mais reconhecidamente se evidenciaram na defesa da independência do país.
Aceita-se e respeita-se a data.
Agora o que se deve exigir será que, já que está consagrada como a data de celebração, que o dia seja extensível a todos os Heróis Nacionais angolanos independentemente da sua filiação partidária.
É altura de deixarmos de celebrar uma qualquer data só porque a pessoa X, em detrimento da pessoa Y ou Z, goza de mais simpatias num determinado sector que noutro; se queremos que Angola seja um viveiro da Paz, da Fraternidade e da Coexistência pacífica entre todos, devemos, então, respeitar todos por um todo – Angola – e não pelo endeusamento de uma entidade ou individualidade.
E nós sabemos que Agostinho Neto, como humanista que foi, desprezava o endeusamento.
17 setembro 2006
Um fim-de-semana não-alinhado
Já que em Cuba os países Não-alinhados estão reunidos para debater os problemas que grassam no seu seio, não faria sentido que, não tendo sido convidado para a XIV Cimeira dos ditos me pronunciasse.
Mais a mais, e neste momento, nem sei se ainda existe o “não-alinhamento” segundo a original génese de Tito, Nerhu e Nasser e dos Dez princípios de Bandung.
Os africanos, quase todos em geral e sem excepção (as excepções que confirmam a regra serão o senhor Mugabe – interessante, ultimamente pouco se tem ouvido do Zimbabué – e El Beshir, do Sudão), estão alinhados segundo os interesses ou do FMI ou do G8 – noblesse oblige; na Ásia, a própria China não tem problemas em continuar a se considerar um “Não-alinhado” tendo em vista a sua melhor penetração no seio dos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos (leia-se paupérrimos) enquanto outros têm relações priveligiadas ou com a Rússia ou com os EUA e aceitam o estacionamento e a presença de forças estrangeiras no seu solo; na América latina, aqueles que não estão contemporizando directamente com os EUA, fazem-no através da Mercosur – hipocrisia máxima.
Dado que, na prática, o actual Movimento dos Não-alinhados deixou de fazer sentido não seria mais plausível aceitar a sensata proposta do presidente Mbeki, feita na cimeira de África do Sul, em 1998, e aprofundar a força do G77, o movimento que agrupa os países em desenvolvimento?
Penso que só assim os países pobres poderão fazer frente às suas descomunais dívidas e provocar no seio da OMC uma melhor partilha da riqueza mundial.
Não basta ser a Organização que, a seguir à ONU, mais países engloba. É necessário saber conciliar as diferentes sensibilidades que geram no seu seio. Saber qual a posição que deverão tomar na Assembleia-geral das Nações Unidas quando o Conselho de Segurança bloqueia certas directrizes.
E isso, os tais “Não-alinhados” não o têm sabido – ou o não querem – fazer.
Basta lembrar como o processo descolonizador conseguiu passar nas Nações Unidas…
Bom, eu disse que iria ficar “não alinhado” mas existem certas hipocrisias que mesmo um analista internacional não consegue digerir.
Mais a mais, e neste momento, nem sei se ainda existe o “não-alinhamento” segundo a original génese de Tito, Nerhu e Nasser e dos Dez princípios de Bandung.
Os africanos, quase todos em geral e sem excepção (as excepções que confirmam a regra serão o senhor Mugabe – interessante, ultimamente pouco se tem ouvido do Zimbabué – e El Beshir, do Sudão), estão alinhados segundo os interesses ou do FMI ou do G8 – noblesse oblige; na Ásia, a própria China não tem problemas em continuar a se considerar um “Não-alinhado” tendo em vista a sua melhor penetração no seio dos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos (leia-se paupérrimos) enquanto outros têm relações priveligiadas ou com a Rússia ou com os EUA e aceitam o estacionamento e a presença de forças estrangeiras no seu solo; na América latina, aqueles que não estão contemporizando directamente com os EUA, fazem-no através da Mercosur – hipocrisia máxima.
Dado que, na prática, o actual Movimento dos Não-alinhados deixou de fazer sentido não seria mais plausível aceitar a sensata proposta do presidente Mbeki, feita na cimeira de África do Sul, em 1998, e aprofundar a força do G77, o movimento que agrupa os países em desenvolvimento?
Penso que só assim os países pobres poderão fazer frente às suas descomunais dívidas e provocar no seio da OMC uma melhor partilha da riqueza mundial.
Não basta ser a Organização que, a seguir à ONU, mais países engloba. É necessário saber conciliar as diferentes sensibilidades que geram no seu seio. Saber qual a posição que deverão tomar na Assembleia-geral das Nações Unidas quando o Conselho de Segurança bloqueia certas directrizes.
E isso, os tais “Não-alinhados” não o têm sabido – ou o não querem – fazer.
Basta lembrar como o processo descolonizador conseguiu passar nas Nações Unidas…
Bom, eu disse que iria ficar “não alinhado” mas existem certas hipocrisias que mesmo um analista internacional não consegue digerir.
Uns são filhos, outros…
É!! só assim se entende que havendo, em Portugal, uma lei que exige que certas entidades públicas façam, anualmente, prova das suas imbambas [coisas] e dos seus kumbú [cacau, pastel, pilim], estes se recusam a prestar essa prova e ainda continuem a exercer as suas funções sem que sejam penalizados.
Ou seja, segundo o matutino português Correio da Manhã, citando o semanário Expresso, os árbitros, desde 2001, que têm recusado a declarar junto da Liga de Clubes quais os seus rendimentos, registo de interesses e incompatibilidades o que contrariará o disposto na Lei 112/99, que torna obrigatório o registo de interesses por parte daqueles, dos assistentes, dos observadores e dos membros da comissão de arbitragem.
E depois ainda há – como eu – quem ache estranho que os “apitos dourados”, as “paulas”, as viagens aos “brasis”, morram esconsos numa qualquer gaveta ou acabem encerrados por eventuais faltas de provas ou inconstitucionais escutas telefónicas.
Pois é… uns são filhos e outros menos que enteados!!!!
Ou seja, segundo o matutino português Correio da Manhã, citando o semanário Expresso, os árbitros, desde 2001, que têm recusado a declarar junto da Liga de Clubes quais os seus rendimentos, registo de interesses e incompatibilidades o que contrariará o disposto na Lei 112/99, que torna obrigatório o registo de interesses por parte daqueles, dos assistentes, dos observadores e dos membros da comissão de arbitragem.
E depois ainda há – como eu – quem ache estranho que os “apitos dourados”, as “paulas”, as viagens aos “brasis”, morram esconsos numa qualquer gaveta ou acabem encerrados por eventuais faltas de provas ou inconstitucionais escutas telefónicas.
Pois é… uns são filhos e outros menos que enteados!!!!
16 setembro 2006
"A mão de Deus" em Alvalade
(foto do Sporting 0-1 Paços de Ferreira, daqui)
Lembram-se de um certo Maradona num certo jogo entre a Argentina e a Inglaterra para um certo Mundial de Futebol em que aquele grande jogador e maravilhoso "falsificador" disse ter havido um golo marcado com a "mão de Deus"?.
Quem me conhece, mesmo destas lides, sabe que só morro de amores clubísticos por um tal "Benfica"; todavia, não consigo admitir que um golo como aquele que o Sporting sofreu face ao Paço de Ferreira possa definir um resultado e uma equipa ganhe à custa de uma tal e grosseira "falsificação".
Admito e aceito que nem o árbitro ou o seu assistente não tenham visto a grosseira irregularidade mas, a partir do momento que jogadores reclamam da mesma e o juiz da partida mostra nada ter visto, o 4º árbitro deveria ter possibilidade de visionar imagens e em caso de tão grosseira tentativa de falseamento de jogo anular o golo e expulsar o jogador.
E, enquanto isso, somos nós, os pagantes e bem-pagantes, nos estádios ou nos sofás, que vamos sendo enganados por "artistas" e pela "nefasta" e incrível mãozinha de quem nunca se deveria meter... não é?
Lembram-se de um certo Maradona num certo jogo entre a Argentina e a Inglaterra para um certo Mundial de Futebol em que aquele grande jogador e maravilhoso "falsificador" disse ter havido um golo marcado com a "mão de Deus"?.
Quem me conhece, mesmo destas lides, sabe que só morro de amores clubísticos por um tal "Benfica"; todavia, não consigo admitir que um golo como aquele que o Sporting sofreu face ao Paço de Ferreira possa definir um resultado e uma equipa ganhe à custa de uma tal e grosseira "falsificação".
Admito e aceito que nem o árbitro ou o seu assistente não tenham visto a grosseira irregularidade mas, a partir do momento que jogadores reclamam da mesma e o juiz da partida mostra nada ter visto, o 4º árbitro deveria ter possibilidade de visionar imagens e em caso de tão grosseira tentativa de falseamento de jogo anular o golo e expulsar o jogador.
Seja, fosse, ele quem seja ou fosse.
Pois é... entretanto e segundo a FIFA isto retiraria o sortilégio do futebol; a imponderabilidade de um resultado "impossível".E, enquanto isso, somos nós, os pagantes e bem-pagantes, nos estádios ou nos sofás, que vamos sendo enganados por "artistas" e pela "nefasta" e incrível mãozinha de quem nunca se deveria meter... não é?
11 setembro 2006
Ground Zero, 11 de Setembro de 2001
Cinco anos se passaram desde que uma grande ignomínia fez desmoronar um mundo que conhecíamos.
E nestes cinco anos o que sobejou neste Mundo cada vez mais incrédulo, instável, dependente do terror e mais temente?
Diminuíram os actos de terror? Não! As pessoas estão mais calmas e seguras? Não!
Os Governos ditos ocidentais e cristãos aprenderam com os erros subsequentes? Não! Certos países islâmicos ou tendencialmente islamizados trabalharam melhor para impedir que o terror continue a subsistir ou que os seus países deixassem ser palco de acolhimento de radicais? Não!
Então o que temos?
Um Mundo onde os líderes continuam a insistir no já desgastado discurso de “o combate ao terrorismo é um desafio que exige uma grande mobilização de vontades” (Durão Barroso, presidente da Comissão europeia) ou que os “EUA estão mais seguros” e os “terroristas mais enfraquecidos” (Condoleeza Rice, secretária de Estado norte-americana);
a manutenção das guerras no Afeganistão – cuja a inicial e exacta justificação já perdeu há muito a validade, ou seja a detenção do líder do ataque, – ou no Iraque – quando um recente relatório do Senado norte-americano voltou pôr em causa outra das justificações que levaram à invasão deste país;
e porque continuam a estar a monte os líderes da principal organização fomentadora dos ataques e das suas ramificações?
ou porque bin Laden nunca terá sido “apanhado”? será que os residentes de Langley ou da Pennsivania av. não desejam que seja apanhado? o que poderia, caso capturado vivo, dizer a sua “obra” criada para eliminar os soviéticos no Afeganistão?
Entretanto, o Mundo continua a lembrar a maior infâmia que há memória, o 11 de Março e o 7 de Julho, esquecendo, por vezes, os atentados em Marrocos, na Indonésia, na Turquia, no Iraque, na Arábia Saudita, no Quénia ou no Iémen.
E nestes cinco anos o que sobejou neste Mundo cada vez mais incrédulo, instável, dependente do terror e mais temente?
Diminuíram os actos de terror? Não! As pessoas estão mais calmas e seguras? Não!
Os Governos ditos ocidentais e cristãos aprenderam com os erros subsequentes? Não! Certos países islâmicos ou tendencialmente islamizados trabalharam melhor para impedir que o terror continue a subsistir ou que os seus países deixassem ser palco de acolhimento de radicais? Não!
Então o que temos?
Um Mundo onde os líderes continuam a insistir no já desgastado discurso de “o combate ao terrorismo é um desafio que exige uma grande mobilização de vontades” (Durão Barroso, presidente da Comissão europeia) ou que os “EUA estão mais seguros” e os “terroristas mais enfraquecidos” (Condoleeza Rice, secretária de Estado norte-americana);
a manutenção das guerras no Afeganistão – cuja a inicial e exacta justificação já perdeu há muito a validade, ou seja a detenção do líder do ataque, – ou no Iraque – quando um recente relatório do Senado norte-americano voltou pôr em causa outra das justificações que levaram à invasão deste país;
e porque continuam a estar a monte os líderes da principal organização fomentadora dos ataques e das suas ramificações?
ou porque bin Laden nunca terá sido “apanhado”? será que os residentes de Langley ou da Pennsivania av. não desejam que seja apanhado? o que poderia, caso capturado vivo, dizer a sua “obra” criada para eliminar os soviéticos no Afeganistão?
Entretanto, o Mundo continua a lembrar a maior infâmia que há memória, o 11 de Março e o 7 de Julho, esquecendo, por vezes, os atentados em Marrocos, na Indonésia, na Turquia, no Iraque, na Arábia Saudita, no Quénia ou no Iémen.
08 setembro 2006
Um pequeno descanso
Ora aí vem mais um pequeno, e provavelmente o último deste ano, descanso de uma semana.
Mas calma, não deitem foguetes porque sempre que a ocasião proporcionar e a NET o deixar virei aqui.
E a semana que entra promete ser pródiga em factos e notícias.
Logo a começar os resultados das legislativas da Rep. Dem do Congo que, segundo os primeiros números, terão dado uma vitória relativa ao partido de Kabila (cerca de 200 lugares, num Parlamento de 500 eputados) seguido da aliança Renaco que apoiou o vice-presidente Bemba (cerca de uma centena), da coligação mobutista Congoleses Democratas e de outros pequenos partidos.
“Deus Acorda” na revista Eventos
“ ‘Deus Acorda’ no Horizonte Angolano” é o título de um artigo meu publicado na edição nº 4 (Agosto) da revista angolana Eventos.
Ao contrário dos até agora publicados este artigo é uma análise literária – passe a presunção ou o pretensiosismo – ao atraente romance de Ana Paula de Castro passado entre os loucos anos pré-insurrecionais de '60' até à independência.
No final do artigo fica um desafio à autora “… que não se esqueça de, tão breve quanto possível, nos informar como Onja [Anjo] tem procurado cumprir a promessa ao seu irmão Adrocasued [anagrama de Deus Acorda] de construir Angola na paz e no progresso”.
Ou seja ficamos aguardar a natural continuação desta obra que foi “Deus Acorda”.
O artigo poderá ser lido, na íntegra, aqui.
Mas a qualidade do conteúdo da revista merece que a mesma seja comprada até porque também inclui, grátis, o CD “Força Angola” que conta com as participações de, entre outros, Danny L, Bonga, Waldemar Bastos, Teta Lando, Dog Murras, Eduardo Paím, Os Kalirados e muitos mais.
Ao contrário dos até agora publicados este artigo é uma análise literária – passe a presunção ou o pretensiosismo – ao atraente romance de Ana Paula de Castro passado entre os loucos anos pré-insurrecionais de '60' até à independência.
No final do artigo fica um desafio à autora “… que não se esqueça de, tão breve quanto possível, nos informar como Onja [Anjo] tem procurado cumprir a promessa ao seu irmão Adrocasued [anagrama de Deus Acorda] de construir Angola na paz e no progresso”.
Ou seja ficamos aguardar a natural continuação desta obra que foi “Deus Acorda”.
O artigo poderá ser lido, na íntegra, aqui.
Mas a qualidade do conteúdo da revista merece que a mesma seja comprada até porque também inclui, grátis, o CD “Força Angola” que conta com as participações de, entre outros, Danny L, Bonga, Waldemar Bastos, Teta Lando, Dog Murras, Eduardo Paím, Os Kalirados e muitos mais.
07 setembro 2006
As eleições já “chovem”…
Há cerca de dois dias – deixei claramente passar este período para ver se havia alguma clarificação às declarações proferidas – o ministro da Administração do Território e coordenador da Comissão Interministerial para o Processo Eleitoral (CIPE), Virgílio Pereira, terá afirmado aos jornalistas que caso haja eleições em 2007 – quer isto dizer que não serão certas – as mesmas a acontecer serão efectuadas, e passo a citar, “seguramente ocorrerão no período chuvoso”.
Bom, alguma coisa começa a não estar bem no seio governamental.
O presidente Eduardo dos Santos terá declarado ao primeiro-ministro português, José Sócrates na última visita deste a Angola, que as eleições serão, o mais tardar no próximo ano.
Ora como estamos em 2006, infere-se que o próximo ano será – seria – 2007.
Também os norte-americanos andam para aí dizer que as eleições em Angola acontecerão brevemente, em princípio no próximo ano, até para credibilizar ainda mais o governo angolano e o desenvolvimento social(?) do país.
Ora como estamos em 2006, infere-se que o próximo ano será – seria – 2007.
Bom, realmente, alguma coisa começa a não estar bem no seio governamental.
Se duas entidades, mais que credíveis, quer interna, quer externamente, dizem que as eleições serão o mais tardar no próximo ano, e o próximo ano é 2007; se o coordenador da CIPE afirma que se inscreveram, em todo o país, 57.353 candidatos a comissários (leia-se brigadistas, não sei porquê mas isto soa-me a Comecom) de recenseamento – todavia dos cerca de 14000 necessários, ainda só foram empossados 3000 para um período de recenseamento que vai de 15 de Novembro próximo a 15 de Junho de 2007 – como explica a dúvida até, porque o coordenador e ministro afirma, também, que educação cívica para o registo eleitoral começa já no próximo dia 3 de Outubro.
E mais porque é tão peremptório em afirmar que “seguramente” as eleições serão no período chuvoso?
... e se em 2007 houver um período de seca?
Incongruências, ou, como alguém há dias me comentava… “para bom entendedor, meia palavra…”.
Bom, alguma coisa começa a não estar bem no seio governamental.
O presidente Eduardo dos Santos terá declarado ao primeiro-ministro português, José Sócrates na última visita deste a Angola, que as eleições serão, o mais tardar no próximo ano.
Ora como estamos em 2006, infere-se que o próximo ano será – seria – 2007.
Também os norte-americanos andam para aí dizer que as eleições em Angola acontecerão brevemente, em princípio no próximo ano, até para credibilizar ainda mais o governo angolano e o desenvolvimento social(?) do país.
Ora como estamos em 2006, infere-se que o próximo ano será – seria – 2007.
Bom, realmente, alguma coisa começa a não estar bem no seio governamental.
Se duas entidades, mais que credíveis, quer interna, quer externamente, dizem que as eleições serão o mais tardar no próximo ano, e o próximo ano é 2007; se o coordenador da CIPE afirma que se inscreveram, em todo o país, 57.353 candidatos a comissários (leia-se brigadistas, não sei porquê mas isto soa-me a Comecom) de recenseamento – todavia dos cerca de 14000 necessários, ainda só foram empossados 3000 para um período de recenseamento que vai de 15 de Novembro próximo a 15 de Junho de 2007 – como explica a dúvida até, porque o coordenador e ministro afirma, também, que educação cívica para o registo eleitoral começa já no próximo dia 3 de Outubro.
E mais porque é tão peremptório em afirmar que “seguramente” as eleições serão no período chuvoso?
... e se em 2007 houver um período de seca?
Incongruências, ou, como alguém há dias me comentava… “para bom entendedor, meia palavra…”.
06 setembro 2006
A Fortaleza Europeia e os clandestinos
“Centenas de seres humanos (e digo centenas esperando que não sejam na realidade milhares) morrem afogados nas águas do Atlântico sem que nada possa evitá-lo... E interrogo-me, pergunto a todos, ao governo espanhol, à Europa efectivamente nada pode evitá-lo?”, assim pergunta Adán Martín, presidente do Governo das Canárias.
É assim que a Europa quer manter a sua “Fortaleza” incólume, pura e virginal qual noiva em vésperas da boda celestial?
É por isso que Espanha continua a tentar acordos com determinados países africanos para que os clandestinos e potenciais imigrantes africanos fiquem por onde não possam entrar na Europa?
É assim que a Europa quer manter a sua “Fortaleza” incólume, pura e virginal qual noiva em vésperas da boda celestial?
É por isso que Espanha continua a tentar acordos com determinados países africanos para que os clandestinos e potenciais imigrantes africanos fiquem por onde não possam entrar na Europa?
É contê-los em quartéis desactivados e sem quaisquer condições e depois recambiá-los de qualquer forma para os eventuais – por vezes não são claros que o sejam – países de destino onde, sabe Deus como, sobreviverão? e se o país de acolhimento os deixarem sobreviver.
Ou seria preferível que a Europa criasse condições para que os clandestinos não tivessem necessidade de fugir.
Relembremos as promessas do G8, em Londres, em Julho de 2005. Onde está o início da concretização dessas promessas? Quem já criou condições efectivas para que a “Dívida dos pobres” possa, de facto, ser amenizada – ou perdoada como previa o plano Brown – de modo que os clandestinos não tenham de suportar condições sub-humanas nas sucessivas fugas para a “Fortaleza Europeia” o novo “el dourado” dos mais necessitados.
Ou seria preferível que a Europa criasse condições para que os clandestinos não tivessem necessidade de fugir.
Relembremos as promessas do G8, em Londres, em Julho de 2005. Onde está o início da concretização dessas promessas? Quem já criou condições efectivas para que a “Dívida dos pobres” possa, de facto, ser amenizada – ou perdoada como previa o plano Brown – de modo que os clandestinos não tenham de suportar condições sub-humanas nas sucessivas fugas para a “Fortaleza Europeia” o novo “el dourado” dos mais necessitados.
05 setembro 2006
Ramos Horta já está cansado?
A fazer fé numa notícia de hoje do Jornal de Notícias assim parece.
Se não é essa a sua intenção como se explica que José Ramos Horta tenha tido o desplante de elogiar a capacidade negociadora de Mari Alkatiri perante Alexander Downer, o MNE da nova “potência colonizadora” de Timor-Leste, durante a reunião tripartida Timor-Leste, Austrália e Indonésia.
Ramos Horta reportava-se às negociações petrolíferas no Mar de Timor, levadas a efeito pelo antigo Chefe de Governo timorense, que retirou uma parte significativa do crude explorado pela Austrália.
Se não é essa a sua intenção como se explica que José Ramos Horta tenha tido o desplante de elogiar a capacidade negociadora de Mari Alkatiri perante Alexander Downer, o MNE da nova “potência colonizadora” de Timor-Leste, durante a reunião tripartida Timor-Leste, Austrália e Indonésia.
Ramos Horta reportava-se às negociações petrolíferas no Mar de Timor, levadas a efeito pelo antigo Chefe de Governo timorense, que retirou uma parte significativa do crude explorado pela Austrália.
04 setembro 2006
Angola e o CAN2010
Passado este anterior pequeno, e natural, descontrolo nacionalístico, será altura de pararmos para pensar o que trará o CAN2010 a Angola.
Não basta criar novas infra-estruturas futebolísticas – naturalmente muito necessárias – devemos também pensar que o país carece de outras importantes infra-estruturas, sejam a nível rodoviárias, como ferroviárias ou, ainda, aeroportuárias, ou seja, boas acessibilidades. Porque, com elas, poderá acontecer a completa e necessária desminagem do país.
Mas se as tais infra-estruturas são importantes, não menos importante será o desenvolvimento humano e social do país e este não poderá, continuamente, esperar pelos nacos que possam vir do futebol.
Também o país preciso, de outros importantes apoios sociais como seja a credibilização do aparelho político, económico e laboral.
Do desenvolvimento das infra-estruturas electrónicas, televisivas, radiofónicas e telefónicas.
Vamos esperar que as autoridades nacionais, as actuais e aquelas – espera-se – que surjam das aguardadas e previstas eleições possam aproveitar este grande evento para modernizar, de vez, o país.
Angola tem 4 anos para provar que mereceu a confiança dos dirigentes da CAF e para nos provarem que podemos confiar nos nossos dirigentes.
É que sempre serão algo como 100 a 140 milhões de dólares a “desprezar”.
Não basta criar novas infra-estruturas futebolísticas – naturalmente muito necessárias – devemos também pensar que o país carece de outras importantes infra-estruturas, sejam a nível rodoviárias, como ferroviárias ou, ainda, aeroportuárias, ou seja, boas acessibilidades. Porque, com elas, poderá acontecer a completa e necessária desminagem do país.
Mas se as tais infra-estruturas são importantes, não menos importante será o desenvolvimento humano e social do país e este não poderá, continuamente, esperar pelos nacos que possam vir do futebol.
Também o país preciso, de outros importantes apoios sociais como seja a credibilização do aparelho político, económico e laboral.
Do desenvolvimento das infra-estruturas electrónicas, televisivas, radiofónicas e telefónicas.
Vamos esperar que as autoridades nacionais, as actuais e aquelas – espera-se – que surjam das aguardadas e previstas eleições possam aproveitar este grande evento para modernizar, de vez, o país.
Angola tem 4 anos para provar que mereceu a confiança dos dirigentes da CAF e para nos provarem que podemos confiar nos nossos dirigentes.
É que sempre serão algo como 100 a 140 milhões de dólares a “desprezar”.
Angola recebe CAN2010
Angola vai ser a sede do Campeonato Africano das Nações de 2010 segundo os "rodapés" da página da CAF.
Por sua vez, a "coligação Guiné-Equatorial-Gabão" receberá o CAN 2012 e a Líbia o CAN2014.
A Nigéria parece, assim, ter sido a grande derrotada.
Por sua vez, a "coligação Guiné-Equatorial-Gabão" receberá o CAN 2012 e a Líbia o CAN2014.
A Nigéria parece, assim, ter sido a grande derrotada.
Gulbenkian oferece Artes Imigrantes até final de Outubro
Integrado no Fórum Gulbenkian Imigração – Da minoria para a maioria, a Fundação Gulbenkian vai levar a efeito durante os meses de Setembro e Outubro um programa de actividades artísticas nos espaços da Fundação Gulbenkian.
O programa inclui uma mostra de três grandes fotografias no Muro Fronteiro da Fundação da autoria de Rodrigo Peixoto, Pauliana Pimentel e Tatiana Macedo, que ficará em exposição até 31 de Outubro.
A partir de hoje, 4 de Setembro, serão exibidos em vários locais espalhados pela Fundação doze curtas-metragens, que mostram o olhar dos cineastas sobre a imigração, mas que pretendem ser também um convite à reflexão, por parte do público, sobre esta problemática.
A partir de 8 de Setembro e até final do mês, sempre aos fins-de-semana, o Anfiteatro ao Ar Livre será palco de vários espectáculos concebidos por artistas imigrantes que vão do jazz, ao hip hop, até ao rap, ao teatro e à moda. O programa completo pode ser lido aqui (ou, em alternativa, aqui).
O programa inclui uma mostra de três grandes fotografias no Muro Fronteiro da Fundação da autoria de Rodrigo Peixoto, Pauliana Pimentel e Tatiana Macedo, que ficará em exposição até 31 de Outubro.
A partir de hoje, 4 de Setembro, serão exibidos em vários locais espalhados pela Fundação doze curtas-metragens, que mostram o olhar dos cineastas sobre a imigração, mas que pretendem ser também um convite à reflexão, por parte do público, sobre esta problemática.
A partir de 8 de Setembro e até final do mês, sempre aos fins-de-semana, o Anfiteatro ao Ar Livre será palco de vários espectáculos concebidos por artistas imigrantes que vão do jazz, ao hip hop, até ao rap, ao teatro e à moda. O programa completo pode ser lido aqui (ou, em alternativa, aqui).
Quem manda na justiça?
(imagem ©daqui)
Num qualquer normal país de Direito, são os Tribunais que confirmam e atestam a culpabilidade de um qualquer arguido que seja apresentado pelo Ministério Público ou pelas autoridades judiciais desse país.
Todavia, países há que não é assim – são as excepções que confirmam as regras – já que são os Ministérios Públicos que têm a prorrogativa de atestarem se um arguido é culpado ou não através do arquivamento dos processos, mesmo que nos relatórios que resultam nos citados arquivamentos, deixem no ar que os indícios seriam sugestivos.
Ou seja, um arguido pode não ser levado a Tribunal para que seja provada a culpabilidade mas, também, poderá nunca deixar de ficar com o estigma de que…
Com Justiça desta como querem que as suspeições não fiquem sempre no ar.
Faz lembrar aquele indivíduo que enquanto esteve como presidente de um clube ninguém o “chateava” mesmo que, no ar, andassem suspeições e munjimbos, para cerca de dois dias depois – mais coisa menos coisa – de ser apeado, estar na cadeia com processos e mais processos…
Isto faz-me, também, recordar uma novela brasileira onde, nos últimos episódios, uma potencial segregacionista foi detida e uma senhora, da alta sociedade, assassina, ladra e quase terrorista terminou os seus dias – pelo menos na novela é como a mostram – numa suite de um qualquer hotel em Paris.
Interessante!
Num qualquer normal país de Direito, são os Tribunais que confirmam e atestam a culpabilidade de um qualquer arguido que seja apresentado pelo Ministério Público ou pelas autoridades judiciais desse país.
Todavia, países há que não é assim – são as excepções que confirmam as regras – já que são os Ministérios Públicos que têm a prorrogativa de atestarem se um arguido é culpado ou não através do arquivamento dos processos, mesmo que nos relatórios que resultam nos citados arquivamentos, deixem no ar que os indícios seriam sugestivos.
Ou seja, um arguido pode não ser levado a Tribunal para que seja provada a culpabilidade mas, também, poderá nunca deixar de ficar com o estigma de que…
Com Justiça desta como querem que as suspeições não fiquem sempre no ar.
Faz lembrar aquele indivíduo que enquanto esteve como presidente de um clube ninguém o “chateava” mesmo que, no ar, andassem suspeições e munjimbos, para cerca de dois dias depois – mais coisa menos coisa – de ser apeado, estar na cadeia com processos e mais processos…
Isto faz-me, também, recordar uma novela brasileira onde, nos últimos episódios, uma potencial segregacionista foi detida e uma senhora, da alta sociedade, assassina, ladra e quase terrorista terminou os seus dias – pelo menos na novela é como a mostram – numa suite de um qualquer hotel em Paris.
Interessante!
03 setembro 2006
Se a CPLP não percebe, percebe-o a ONU
O Secretário-geral da Nações Unidas, Kofi Anann, terá convidado o antigo presidente – e primeiro da era democrática caboverdiana – António Mascarenhas Monteiro, para representante especial da ONU, em Timor-Leste.
Numa altura em que a Austrália, qual potência colonizadora, se dá ao luxo de dar ordens – perdão conselhos – às autoridades timorenses para se entenderem entre si e resolverem os seus problemas porque para ao “colonizador” já basta a exploração leonina do petróleo no Mar de Timor, a ONU explica à CPLP, de que Timor-Lorosae é membro de pleno direito, que era esta organização lusófona que deveria ter pensado primeiro sobre quem deveria recair a importância que ajudar os timorenses.
E enquanto isso, os MNE’s da Austrália, Indonésia e Timor-Lorosae vão se reunir, em Timor, para debater problemas comuns e cooperação. Conhecendo-se os problemas de Timor, quais serão as contrapartidas de cooperação da Austrália e Indonésia.
Será que a Austrália vai explorar todo o petróleo devido à incapacidade timorense? e a Indonésia vai ocupar o enclave de Oecusse para que os timorenses não sejam obrigados a desperdiçar, desnecessariamente, energias?
Ou será que a Austrália vai nomear um Governador-geral e a Indonésia o Chefe da polícia para Timor-Lorosae?
Aceitam-se apostas…
Numa altura em que a Austrália, qual potência colonizadora, se dá ao luxo de dar ordens – perdão conselhos – às autoridades timorenses para se entenderem entre si e resolverem os seus problemas porque para ao “colonizador” já basta a exploração leonina do petróleo no Mar de Timor, a ONU explica à CPLP, de que Timor-Lorosae é membro de pleno direito, que era esta organização lusófona que deveria ter pensado primeiro sobre quem deveria recair a importância que ajudar os timorenses.
E enquanto isso, os MNE’s da Austrália, Indonésia e Timor-Lorosae vão se reunir, em Timor, para debater problemas comuns e cooperação. Conhecendo-se os problemas de Timor, quais serão as contrapartidas de cooperação da Austrália e Indonésia.
Será que a Austrália vai explorar todo o petróleo devido à incapacidade timorense? e a Indonésia vai ocupar o enclave de Oecusse para que os timorenses não sejam obrigados a desperdiçar, desnecessariamente, energias?
Ou será que a Austrália vai nomear um Governador-geral e a Indonésia o Chefe da polícia para Timor-Lorosae?
Aceitam-se apostas…
Basket Japan2006 acabou com Espanha como campeã
(Cipriano (Ang) – Photo of the day: 31.07.06 ©FIBA-Japan 2006)
Perante o resultado da final poderíamos dizer que Angola teve azar de ter ficado no grupo em que ficou.
É que o vencedor do seu grupo, a Espanha, tornou-se campeã do Mundo após derrotar, sem apelo nem agravo, a Grécia, campeã europeia – eliminou nas meias os EUA por 101-95 –, por uns (!!!!) 70-47.
E a Espanha teve o azar de não contar com o seu melhor elemento, o NBA Pau Gasol, por se ter lesionado nas meias-finais com a Argentina.
Assim, o campeonato terminou com a Espanha a arrecadar o ouro, a Grécia a medalha de prata e os EUA o bronze. A Argentina quedou-se pelo 4º lugar, seguida da França – a carrasca de Angola nos oitavos-final –, Turquia, Lituânia e a Alemanha, em 8º lugar.
Angola, tendo em conta os pontos apurados nas partidas do seu grupo e na eliminatória ficou no virtual 10º lugar, a melhor prestção de sempre num Mundial e com mais equipas que os anteriores. A Itália terá ficado com o 9º posto.
O próximo Mundial, em 2010, será na Turquia.
Perante o resultado da final poderíamos dizer que Angola teve azar de ter ficado no grupo em que ficou.
É que o vencedor do seu grupo, a Espanha, tornou-se campeã do Mundo após derrotar, sem apelo nem agravo, a Grécia, campeã europeia – eliminou nas meias os EUA por 101-95 –, por uns (!!!!) 70-47.
E a Espanha teve o azar de não contar com o seu melhor elemento, o NBA Pau Gasol, por se ter lesionado nas meias-finais com a Argentina.
Assim, o campeonato terminou com a Espanha a arrecadar o ouro, a Grécia a medalha de prata e os EUA o bronze. A Argentina quedou-se pelo 4º lugar, seguida da França – a carrasca de Angola nos oitavos-final –, Turquia, Lituânia e a Alemanha, em 8º lugar.
Angola, tendo em conta os pontos apurados nas partidas do seu grupo e na eliminatória ficou no virtual 10º lugar, a melhor prestção de sempre num Mundial e com mais equipas que os anteriores. A Itália terá ficado com o 9º posto.
O próximo Mundial, em 2010, será na Turquia.
Começaram as eliminatórias para o CAN2008
(Locó acabando de marcar o segundo golo de Angola - foto retirada via RTPÁfrica ©elcalmeida)
E “Angola estrea[?] com vitória na corrida ao CAN2008”; de facto, a selecção dos Palancas Negras foi a Mbabane, capital da Swazilândia derrotar a selecção local por 2-0 com golos dos defesas Jamba-Jamba e Locó.
Uma selecção renovada que contou na baliza como Lama e na frente, no ataque, com um “perdido” Mantorras – e depois não quer que Oliveira Gonçalves o deixe, muitas vezes, no banco…
No mesmo grupo de Angola, o grupo 6, a surpreendente Eritreia derrotou a equipa do Quénia ainda pela chapa 2-0. Surpreendente, também o empate da África do Sul, em casa frente ao Congo por 0-0. Parreira vai ter muito que trabalhar nos Bafana-Bafana, se não quiser ficar mal no CAN2008.
Por sua vez, a selecção dos Mambas, no grupo 7, foi derrotada, em Maputo pela forte selecção do Senegal pelo mesmo resultado. Até ao momento desconhecido o resultado entre a Gambia e Cabo-Verde, no grupo 8.
Como nota complementar, amanhã saber-se-á quem acolherá o Can2010 que indicará os representantes africanos no Mundial 2010 da África do Sul.
NOTA: Infelizmente também Cabo Verde não encontrou bem o caminho para o CAN2008, ao perder n' A Gâmbia por 2-0.
01 setembro 2006
Quem quer uma Guiné-Bissau desestabilizada?
Quando há dias escrevi um artigo de opinião no Notícias Lusófonas sobre a pretensa liberdade na Guiné-Bissau, pelo menos politica e juridicamente falando porque não pensava que militarmente a situação ainda estivesse periclitante, apesar dos sinais contrários serem, também, evidentes como demonstra o pequeno apontamento de ontem, não se perspectivava que a situação na Guiné-Bissau não pudesse, mesmo assim, continuar a se debruar pelo melhor.
Puro engano, como se parece demonstrar pelo que a seguir se descreve.
O jornalista e analista político Bissau-guineense Fernando Casimiro (Didinho) fez uma análise do referido artigo, análise essa publicada no cabo-verdiano “Liberal” como colocou em debate no Fórum “Pensar pelas nossas cabeças” – ora aí está uma coisa ainda perigosa em certos países no Mundo – o citado último apontamento, facto que mais do que me orgulhar, faz crer que os guineenses desejam que os Debates sobre a Guiné-Bissau não só não parem como os desejam vivos e abertos ao contraditório.
Porque é isso que se verifica naquele Fórum. Por exemplo, o responsável do Fundo Europeu para o Desenvolvimento (FED) na Guiné-Bissau, o escritor Filinto de Barros “Filas” que o diga; tanto tem zurzido no responsável do Fórum quer naqueles que o têm criticado, sem que seja censurado (ver aqui vários escritos dele e respectivas respostas).
Ora depois do que aqui foi dito, mais uma acha foi lançada para a fogueira castrense Bissau-guineense com a notícia do Notícias Lusófonas, e com o último editorial na página pessoal de Fernando Casimiro, sob o título ”Quem falou em reconciliação…!?”
Não basta a ONU, através dos responsáveis da UNOGBIS, dizer estar satisfeita com os progressos da “Reconciliação” quando a seguir vemos militares serem presos por um hipotética denúncia – não se questiona da honorabilidade da mesma – de um subordinado e, de seguida, serem libertados sem culpa formada; e isto alguns dias depois de ter sido publicado um relatório da mesma ONU a afirmar que “a situação na Guiné-Bissau continua a ser marcada por "profundos antagonismos" e pela crise económica, factos que constituem "um obstáculo" à recuperação do país”, relatório esse que mereceu fortes críticas da presidência bissaense por considerar que estariam ultrapassados.
Pois é.
Só que a última notícia do NL põe em causa, e de uma forma preocupante, tudo o que se tem falado acerca da tão necessária reconciliação nacional, nomeadamente no seio castrense Bissau-guineense, e que Casimiro, indirectamente, também questiona, não é menos verdade que parece certo que as autoridades políticas e militares Bissau-guineenses se preocupam mais com o seu umbigo que com o desenvolvimento do seu povo.
Como escreve Casimiro, esta semana ficou-se a saber que da “propaganda da Reconciliação Nacional (…) há uma grave crise no seio das Forças Armadas, crise de contornos étnicos e de consequências imprevisíveis (e que, cada vez mais) o país está refém do poder militar.
E tal como ele, também eu pergunto “até quando?”
E depois, se tudo retornar ao maior descalabro, será que a Comunidade Internacional volta, de novo, a acreditar nos Bissau-guineenses? Não me parece… ou, talvez haja mais petróleo do que se pensa…
Nota complementar: Este apontamento foi publicado, na íntegra como artigo de opinião/Manchete, embora com alguma nuances próprias de artigos deste género, no Notícias Lusófonas, sob o título "Crise militar na Guiné afinal veio para… ficar".
Puro engano, como se parece demonstrar pelo que a seguir se descreve.
O jornalista e analista político Bissau-guineense Fernando Casimiro (Didinho) fez uma análise do referido artigo, análise essa publicada no cabo-verdiano “Liberal” como colocou em debate no Fórum “Pensar pelas nossas cabeças” – ora aí está uma coisa ainda perigosa em certos países no Mundo – o citado último apontamento, facto que mais do que me orgulhar, faz crer que os guineenses desejam que os Debates sobre a Guiné-Bissau não só não parem como os desejam vivos e abertos ao contraditório.
Porque é isso que se verifica naquele Fórum. Por exemplo, o responsável do Fundo Europeu para o Desenvolvimento (FED) na Guiné-Bissau, o escritor Filinto de Barros “Filas” que o diga; tanto tem zurzido no responsável do Fórum quer naqueles que o têm criticado, sem que seja censurado (ver aqui vários escritos dele e respectivas respostas).
Ora depois do que aqui foi dito, mais uma acha foi lançada para a fogueira castrense Bissau-guineense com a notícia do Notícias Lusófonas, e com o último editorial na página pessoal de Fernando Casimiro, sob o título ”Quem falou em reconciliação…!?”
Não basta a ONU, através dos responsáveis da UNOGBIS, dizer estar satisfeita com os progressos da “Reconciliação” quando a seguir vemos militares serem presos por um hipotética denúncia – não se questiona da honorabilidade da mesma – de um subordinado e, de seguida, serem libertados sem culpa formada; e isto alguns dias depois de ter sido publicado um relatório da mesma ONU a afirmar que “a situação na Guiné-Bissau continua a ser marcada por "profundos antagonismos" e pela crise económica, factos que constituem "um obstáculo" à recuperação do país”, relatório esse que mereceu fortes críticas da presidência bissaense por considerar que estariam ultrapassados.
Pois é.
Só que a última notícia do NL põe em causa, e de uma forma preocupante, tudo o que se tem falado acerca da tão necessária reconciliação nacional, nomeadamente no seio castrense Bissau-guineense, e que Casimiro, indirectamente, também questiona, não é menos verdade que parece certo que as autoridades políticas e militares Bissau-guineenses se preocupam mais com o seu umbigo que com o desenvolvimento do seu povo.
Como escreve Casimiro, esta semana ficou-se a saber que da “propaganda da Reconciliação Nacional (…) há uma grave crise no seio das Forças Armadas, crise de contornos étnicos e de consequências imprevisíveis (e que, cada vez mais) o país está refém do poder militar.
E tal como ele, também eu pergunto “até quando?”
E depois, se tudo retornar ao maior descalabro, será que a Comunidade Internacional volta, de novo, a acreditar nos Bissau-guineenses? Não me parece… ou, talvez haja mais petróleo do que se pensa…
Nota complementar: Este apontamento foi publicado, na íntegra como artigo de opinião/Manchete, embora com alguma nuances próprias de artigos deste género, no Notícias Lusófonas, sob o título "Crise militar na Guiné afinal veio para… ficar".
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