A revelação que uma ONG, Parceria África-Canadá (PAC), fez sobre os lucros de uma sociedade angolana de exploração de diamantes, detida por altos graduados (no activo ou fora, isso não está bem explícito) castrenses angolanos, obtidos durante os últimos 10 anos é, no mínimo, escandalosa para se calar e não meditar.
Perante tais números (120 milhões de dólares ou 83 milhões de euros), torna-se cada vez mais compreensível as palavras do senhor Presidente José Eduardo dos Santos, quando, no encerramento da campanha eleitoral, o então número um da lista do MPLA – se não sabia os resultados que ia obter, por certos teria tido uma premonição –, afirmou que era altura de certas pessoas perceberem que deveria começar a dar ao País e não explorar do País, ou por outras palavras, havia que "mudar a mentalidade das pessoas que põem os interesses pessoais acima dos interesses gerais".
É que os tais 120 milhões de dólares ganhos pela tal sociedade, “dariam para construir 150 escolas e pagar a 800 professores um salário mais digno de 300 dólares todos os meses durante 25 anos, sobrando ainda dinheiro para giz, papel e canetas”.
Bom isso seria bonito se não tivéssemos de admitir que os gestores, são gente, e também têm de ganhar algum. Ou será que só os gestores da Lehman Brothers, da AIG ou da Fortis é que se podem locupletar com os fundos dos outros? Ou há moralidade financeira ou comem todos, desde que, parafraseando Orwell, “uns possam comer mais que outros”…
Perante tais números (120 milhões de dólares ou 83 milhões de euros), torna-se cada vez mais compreensível as palavras do senhor Presidente José Eduardo dos Santos, quando, no encerramento da campanha eleitoral, o então número um da lista do MPLA – se não sabia os resultados que ia obter, por certos teria tido uma premonição –, afirmou que era altura de certas pessoas perceberem que deveria começar a dar ao País e não explorar do País, ou por outras palavras, havia que "mudar a mentalidade das pessoas que põem os interesses pessoais acima dos interesses gerais".
É que os tais 120 milhões de dólares ganhos pela tal sociedade, “dariam para construir 150 escolas e pagar a 800 professores um salário mais digno de 300 dólares todos os meses durante 25 anos, sobrando ainda dinheiro para giz, papel e canetas”.
Bom isso seria bonito se não tivéssemos de admitir que os gestores, são gente, e também têm de ganhar algum. Ou será que só os gestores da Lehman Brothers, da AIG ou da Fortis é que se podem locupletar com os fundos dos outros? Ou há moralidade financeira ou comem todos, desde que, parafraseando Orwell, “uns possam comer mais que outros”…