© “emigração italiana para o Brasil”
Sobre um dos assuntos de momento em Portugal, o repatriamento – leia-se expulsão – de emigrantes portugueses – leia-se clandestinos – no Canadá, um excelente, quanto pertinente, apontamento de Jorge Neto, no Africanidades, de que respigo este trecho:
“No entanto, importa lembrar que o que se passa com portugueses, no Canadá, que os média tão intensamente entrevistam no aeroporto de Lisboa, acontece no mesmo aeroporto, mas em sentido inverso ou seja, imigrantes que são expulsos de Portugal. A diferença é que os que chegam são "nossos irmãos" e os que partem são "pretos", e estes não interessam aos portugueses nem à comunicação social lusa.
Não me admira que nos próximos dias, todos os deportados portugueses que cheguem vindos dos mais estranhos países do mundo (todos os dias regressam emigrantes deportados!), sejam entrevistados no tapete das bagagens do aeroporto, de maneira a que a comunicação social mostre a sua humanidade e preocupação para com os "excluídos". Não me admira também que ninguém fale nos imigrantes que todos os dias Portugal reenvia para África, de volta à miséria da qual fugiram. A diferença entre um emigrante português que regressa e um imigrante africano que é expulso, é que o primeiro encontra (nesse regresso) um país com oportunidades, paz, estabilidade; o segundo, encontrará um país sem oportunidades, governado por políticos corruptos, sem paz nem estabilidade.”
Podem ler este apontamento, na íntegra, no Africanidades, sob o título “Calem a boca”.
31 março 2006
Futebol vai punir energicamente o racismo
(contra o racismo)
“As equipas e os clubes cujos jogadores, dirigentes ou adeptos sejam comprovadamente responsáveis por insultos racistas ou quaisquer outros atentados à dignidade humana nos estádios de futebol terão à perna a mais recente emenda ao Código Disciplinar da FIFA (CDF). O primeiro acto público de discriminação será punido com três pontos e a reincidência penalizada com seis. Para a terceira infracção não haverá dó: descida de divisão, sem apelo... A revisão do artigo 55 do CDF já chegou às federações, com ordem de entrada imediata em vigor.”
Pode ser uma medida dura. Ainda bem que o é. Assim, haverá mais mão dos clubes nos energúmenos que, hipoteticamente, os apoiam porque serão as suas finanças que mais sofrerão.
Mas não serão só os clubes os mais prejudicados. Também a sociedade civil ficará - terá de ficar - mais exposta devendo ser, por isso, menos condescendente e, espero, mais activa no combate ao racismo.
Só espero que as "lutas" futebolísticas em alguns países, ou regiões, não levem adversários criarem, artificialmente, conflitos rácicos para "despojarem" os seus adversários de corridas a títulos.
“As equipas e os clubes cujos jogadores, dirigentes ou adeptos sejam comprovadamente responsáveis por insultos racistas ou quaisquer outros atentados à dignidade humana nos estádios de futebol terão à perna a mais recente emenda ao Código Disciplinar da FIFA (CDF). O primeiro acto público de discriminação será punido com três pontos e a reincidência penalizada com seis. Para a terceira infracção não haverá dó: descida de divisão, sem apelo... A revisão do artigo 55 do CDF já chegou às federações, com ordem de entrada imediata em vigor.”
Pode ser uma medida dura. Ainda bem que o é. Assim, haverá mais mão dos clubes nos energúmenos que, hipoteticamente, os apoiam porque serão as suas finanças que mais sofrerão.
Mas não serão só os clubes os mais prejudicados. Também a sociedade civil ficará - terá de ficar - mais exposta devendo ser, por isso, menos condescendente e, espero, mais activa no combate ao racismo.
Só espero que as "lutas" futebolísticas em alguns países, ou regiões, não levem adversários criarem, artificialmente, conflitos rácicos para "despojarem" os seus adversários de corridas a títulos.
Há gralhas e gralhas…
De facto, há gralhas que não se conseguem evitar, mas há outras…
"A linha de caminho-de-ferro de Benguela, que liga esta cidade à Luanda Norte, centro de prospecção de diamantes, vai ser recuperada por empresas chinesas. Algumas empresas portuguesas já manifestaram interesse na gestão e utilização daquela infra-estrutura."
Parte de uma notícia do Correio da Manhã, de hoje, sobre a visita de Sócrates a Angola, e, segundo parece, assinada por António Sérgio Azenha.
Fico, assim, a saber, quase 50 anos depois, que o CFB, começa em Benguela e que termina em Luanda, ou seja, que em vez de iniciar na área portuária do Lobito e seguir para Leste, na realidade começa na cidade das acácias e segue para Norte.
Sem mais comentários.
"A linha de caminho-de-ferro de Benguela, que liga esta cidade à Luanda Norte, centro de prospecção de diamantes, vai ser recuperada por empresas chinesas. Algumas empresas portuguesas já manifestaram interesse na gestão e utilização daquela infra-estrutura."
Parte de uma notícia do Correio da Manhã, de hoje, sobre a visita de Sócrates a Angola, e, segundo parece, assinada por António Sérgio Azenha.
Fico, assim, a saber, quase 50 anos depois, que o CFB, começa em Benguela e que termina em Luanda, ou seja, que em vez de iniciar na área portuária do Lobito e seguir para Leste, na realidade começa na cidade das acácias e segue para Norte.
Sem mais comentários.
30 março 2006
Exposição de artistas angolanos
© “Mucubal”, escultura de António Magina
Vai ser levada efeito, na Galeria Matos Ferreira, em Lisboa, uma exposição de artistas plásticos angolanos, denominada “Arte da Paz”.
A exposição, a realizar-se entre 4 de Abril e 6 de Maio, tem o apoio da Casa de Angola e da Embaixada da República de Angola, em Portugal.
Entre os artistas estão personalidades como António Magina, escultor, Dília Fraguito, Eleutério Sanches e Osvaldo Fonseca, pintores, e Verónica L. Castro, tapeçarista.
A inauguração da exposição será no dia 4 de Abril, às 22,00 horas. No dia 6 ou 7 de Abril (a confirmar) haverá uma actividade lúdica com Eleutério e Carlos Sanches.
A Galeria Matos Ferreira fica situada na Rua Luz Soriano, 14-18, ao Bairro Alto.
ADENDA: A actividade lúdica é no próximo dia 7 às 22,00 horas.
Vai ser levada efeito, na Galeria Matos Ferreira, em Lisboa, uma exposição de artistas plásticos angolanos, denominada “Arte da Paz”.
A exposição, a realizar-se entre 4 de Abril e 6 de Maio, tem o apoio da Casa de Angola e da Embaixada da República de Angola, em Portugal.
Entre os artistas estão personalidades como António Magina, escultor, Dília Fraguito, Eleutério Sanches e Osvaldo Fonseca, pintores, e Verónica L. Castro, tapeçarista.
A inauguração da exposição será no dia 4 de Abril, às 22,00 horas. No dia 6 ou 7 de Abril (a confirmar) haverá uma actividade lúdica com Eleutério e Carlos Sanches.
A Galeria Matos Ferreira fica situada na Rua Luz Soriano, 14-18, ao Bairro Alto.
ADENDA: A actividade lúdica é no próximo dia 7 às 22,00 horas.
Um já lá está e...
Charles Taylor, o deposto presidente da Libéria, acusado de inúmeros crimes contra o seu próprio país, contra terceiros e contra a Humanidade já está preso às ordens de um Tribunal especial das Nações Unidas para responder por crimes na e contra a Serra Leoa.
É o primeiro Chefe de Estado ou de Governo africano – quantos mais poderão estar na calha – nessa situação.
Só se espera que não se “suicide” na prisão, como recentemente aconteceu com outros. Por vezes, há certos suicídios ou mortes súbitas que são bem-vindos… não vão eles falarem demais e denunciarem certos esquemas ou “amigos” de outrora.
Um já lá está!!!! E os outros...?
É o primeiro Chefe de Estado ou de Governo africano – quantos mais poderão estar na calha – nessa situação.
Só se espera que não se “suicide” na prisão, como recentemente aconteceu com outros. Por vezes, há certos suicídios ou mortes súbitas que são bem-vindos… não vão eles falarem demais e denunciarem certos esquemas ou “amigos” de outrora.
Um já lá está!!!! E os outros...?
As eleições em STP
As eleições santomenses, do passado domingo, parecem indicar uma mudança na política interna e, por extensão, claramente, na externa; a China esperava uma clara vitória do MLSTP-PSD (para quando só PSD?) para poder “expulsar” Taiwan das ilhas e retomar as relações com STP, principalmente agora que este país se pode tornar num potencial forte exportador de crude.
Segundo as primeiras projecções – isto apesar de ainda haver cerca de 9600 votos em disputa, distribuídos por 18 locais, objectos de boicotes vários, e ter registado uma abstenção na ordem dos 52%(?) – o MDFM/PCD (para quando só PCD?) parece ter destronado o antigo partido único MLSTP-PSD (para quando só PSD?) do poder; também a ADI parece ter registado um aumento de deputados e verifica-se a entrada no Parlamento do novo partido, “Novo Rumo”.
Todavia, e porque o escrutínio ainda não está completo, e independentemente dos observadores terem considerado as eleições como tendo respeitado “os «critérios internacionais», apesar de algumas irregularidades sem influência nos resultados”, não devemos dar o facto por consumado; 9600 votos podem mudar muita coisa e o “banho” – leia-se, compra de votos – ainda não terá acabado; e os financiadores estão tão perto...
.
ADENDA:
"O partido no poder em São Tomé e Príncipe ameaçou impugnar as legislativas, devido à alegada compra de cartões de eleitor em localidades que boicotaram as eleições no domingo, com votação agora marcada para 2 de Abril. "
Será isto uma crise da insularidade. Depois de Cabo Verde partidos e candidatos pedirem a impugnação dos respectivos actos eleitorais agora é o MLSTP-PSD (para quando só PSD?) meaçar com impugnação do referido acto que, por acaso, ainda nem acabou...
E tudo por causa do "banho", perdão, compra de cartões de eleitores!!!! hipoteticamente pela coligação que parece estar em melhor posição para vencer as eleições.
Senhores, utilizando uma expressão bíblica "Quem não tiver pecado (ou seja quem não recebeu fundos para o mesmo) atire a primeira pedra (ou seja, atire-se ao banho, mas, atenção, não vá ao fundo).
Segundo as primeiras projecções – isto apesar de ainda haver cerca de 9600 votos em disputa, distribuídos por 18 locais, objectos de boicotes vários, e ter registado uma abstenção na ordem dos 52%(?) – o MDFM/PCD (para quando só PCD?) parece ter destronado o antigo partido único MLSTP-PSD (para quando só PSD?) do poder; também a ADI parece ter registado um aumento de deputados e verifica-se a entrada no Parlamento do novo partido, “Novo Rumo”.
Todavia, e porque o escrutínio ainda não está completo, e independentemente dos observadores terem considerado as eleições como tendo respeitado “os «critérios internacionais», apesar de algumas irregularidades sem influência nos resultados”, não devemos dar o facto por consumado; 9600 votos podem mudar muita coisa e o “banho” – leia-se, compra de votos – ainda não terá acabado; e os financiadores estão tão perto...
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ADENDA:
"O partido no poder em São Tomé e Príncipe ameaçou impugnar as legislativas, devido à alegada compra de cartões de eleitor em localidades que boicotaram as eleições no domingo, com votação agora marcada para 2 de Abril. "
Será isto uma crise da insularidade. Depois de Cabo Verde partidos e candidatos pedirem a impugnação dos respectivos actos eleitorais agora é o MLSTP-PSD (para quando só PSD?) meaçar com impugnação do referido acto que, por acaso, ainda nem acabou...
E tudo por causa do "banho", perdão, compra de cartões de eleitores!!!! hipoteticamente pela coligação que parece estar em melhor posição para vencer as eleições.
Senhores, utilizando uma expressão bíblica "Quem não tiver pecado (ou seja quem não recebeu fundos para o mesmo) atire a primeira pedra (ou seja, atire-se ao banho, mas, atenção, não vá ao fundo).
Darfur, a memória anda curta
(poster retirado daqui)
“O presidente do Sudão, Omar El-Beshir, reafirmou a sua oposição ao destacamento de uma força da ONU para garantir a paz na região de Darfur.
"Não aceito, nem aceitarei nenhum destacamento de forças internacionais em Darfur", afirmou o chefe de Estado à cadeia de televisão Al-Jazira.”
Darfur continua na ordem do dia e na memória curta de algumas pessoas, nomeadamente daquelas que acham que não se deve ter receio de Virgina Woolf, esquecendo que tem sido esta mesma quem mais tem “complicado” a vida às NU no Conselho de Segurança, impedindo este de tomar medidas mais radicais contra o Sudão.
Até lá as populações da região vão sofrendo.
“O presidente do Sudão, Omar El-Beshir, reafirmou a sua oposição ao destacamento de uma força da ONU para garantir a paz na região de Darfur.
"Não aceito, nem aceitarei nenhum destacamento de forças internacionais em Darfur", afirmou o chefe de Estado à cadeia de televisão Al-Jazira.”
Darfur continua na ordem do dia e na memória curta de algumas pessoas, nomeadamente daquelas que acham que não se deve ter receio de Virgina Woolf, esquecendo que tem sido esta mesma quem mais tem “complicado” a vida às NU no Conselho de Segurança, impedindo este de tomar medidas mais radicais contra o Sudão.
Até lá as populações da região vão sofrendo.
29 março 2006
Que se passa no seio das FAA?
Depois da crise(?) resultante com o afastamento – claramente pouco esclarecido – do general Fernando Miala da chefia dos Serviços de Inteligência Externa (SIE) e dos rumores subsequentes como uma eventual hipótese de tentativa de um “coup d’ état” ou de um assassinato de José Eduardo dos Santos – será por isso que foi fazer, ao Brasil, uma visita mal-sucedida a um médico (esteve numa unidade coronariana), para um habitual tratamento a um pé? – eis que surgem novos dados que mostram como está a insatisfação que corre pelas veias das Forças Armadas Angolanas (FAA), em especial no sector aéreo.
De acordo com notícias de Luanda e veiculadas pelo Notícias Lusófonas, a partir de um artigo de Jorge Eurico, o comandante da Força Aérea, general Pedro Neto, e o chefe do Estado-Maior das FAA, general Agostinho Nelumba (Sanjar), estarão em quase completa rota de colisão devido ao tratamento dado, posteriormente, ao acidente com um helicóptero das FAA, ocorrido em finais de Fevereiro passado, perto da Barra do Dande, e que registou “treze mortos, igual número de feridos e quatro desaparecidos”. O problema não será tanto o acidente e a rota de colisão mas os rumores que a eles estão subjacentes.
Há que clarificar, a bem da Democracia e do bom-nome governativo de Angola, o que se passa.
O Mundo olha-nos e perscruta-nos com cada vez maior atenção.
Para alguma coisa Angola é, neste momento, um dos maiores e “mais produtivos” produtores e exportadores de crude, sendo só, e nesta altura, o maior fornecedor de crude à China desalojando a Arábia Saudita.
De acordo com notícias de Luanda e veiculadas pelo Notícias Lusófonas, a partir de um artigo de Jorge Eurico, o comandante da Força Aérea, general Pedro Neto, e o chefe do Estado-Maior das FAA, general Agostinho Nelumba (Sanjar), estarão em quase completa rota de colisão devido ao tratamento dado, posteriormente, ao acidente com um helicóptero das FAA, ocorrido em finais de Fevereiro passado, perto da Barra do Dande, e que registou “treze mortos, igual número de feridos e quatro desaparecidos”. O problema não será tanto o acidente e a rota de colisão mas os rumores que a eles estão subjacentes.
Há que clarificar, a bem da Democracia e do bom-nome governativo de Angola, o que se passa.
O Mundo olha-nos e perscruta-nos com cada vez maior atenção.
Para alguma coisa Angola é, neste momento, um dos maiores e “mais produtivos” produtores e exportadores de crude, sendo só, e nesta altura, o maior fornecedor de crude à China desalojando a Arábia Saudita.
Timor-Leste, uma nova Somália?
"A espiral de violência nalguns bairros de Díli já provocou oito feridos, entre os quais um elemento da força de elite da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL). Os confrontos com as autoridades têm sido desencadeados por antigos combatentes, expulsos do Exército, que exigem agora melhores condições de vida."
Perguntar-me-ão o porquê do absurdo do título.
Também na Somália os acontecimentos começaram assim. Por outro lado, num comentário a um último apontamento sobre Timor, Carlos Narciso alertava que os problemas de Timor-Leste estavam nos clãs que emergiam – tal como na Somália.
A Comunidade Internacional, que ainda acompanha Timor-Leste não deve deixar que esta Nação caia no mesmo abismo.
Os timorense que tão bem souberam conduzir a sua independência e auto-gestão devem-na continuar a manter. Até porque - é bom que não se esqueçam - têm no seu seio um potencial candidato a Secretário-geral da Nações Unidas, o ministro Ramos Horta.
Perguntar-me-ão o porquê do absurdo do título.
Também na Somália os acontecimentos começaram assim. Por outro lado, num comentário a um último apontamento sobre Timor, Carlos Narciso alertava que os problemas de Timor-Leste estavam nos clãs que emergiam – tal como na Somália.
A Comunidade Internacional, que ainda acompanha Timor-Leste não deve deixar que esta Nação caia no mesmo abismo.
Os timorense que tão bem souberam conduzir a sua independência e auto-gestão devem-na continuar a manter. Até porque - é bom que não se esqueçam - têm no seu seio um potencial candidato a Secretário-geral da Nações Unidas, o ministro Ramos Horta.
O ciclo da Somália: a seca
© “seca na Somália” Foto@EPA/Thomas Mukoya/sapo.pt
Um rapaz somali bebe água numa lagoa feita pelo homem em Bur Dhuxunle, uma aldeia a sul da Somália, 370 km a oeste de Mogadisho.
.
Um dos grandes flagelos do corno de África volta a atacar e em força: a seca.
Somália, um país – que ainda persiste como tal porque as NU ainda o consideram assim – do Corno de África onde a população continua a sobreviver – sabe-se lá como – sem que se vislumbre um meio humanitário – a honrosa excepção chama-se CICV – que ponha fim aos absurdos apetites dos senhores da guerra apesar destes, ciclicamente, assinarem, entre si e sob complacência da Comunidade Internacional, protocolos e acordos de paz e (re)unificação.Desde a Invasão da Somaria na operação “Restaurar a Esperança”, levada a efeito – e perdida – pelos EUA, entre 1992/94 – com uma passagem da ONU (Unosom) pelo meio –, que o país nunca mais se segurou.
Até quando?
Somália, um país – que ainda persiste como tal porque as NU ainda o consideram assim – do Corno de África onde a população continua a sobreviver – sabe-se lá como – sem que se vislumbre um meio humanitário – a honrosa excepção chama-se CICV – que ponha fim aos absurdos apetites dos senhores da guerra apesar destes, ciclicamente, assinarem, entre si e sob complacência da Comunidade Internacional, protocolos e acordos de paz e (re)unificação.Desde a Invasão da Somaria na operação “Restaurar a Esperança”, levada a efeito – e perdida – pelos EUA, entre 1992/94 – com uma passagem da ONU (Unosom) pelo meio –, que o país nunca mais se segurou.
Até quando?
27 março 2006
A China ou quem tem medo de Virgina Woolf
Quem tem medo de Virgínia Woolf foi a pergunta que o embaixador de Angola, Assunção dos Anjos colocou à mesa e à plateia que assistia ao seminário “Diplomacia, Cooperação e Negócios: O Papel dos Actores Externos em Angola e Moçambique”, organizado pelo Inst. de Estudos Estratégicos Internacionais (IEEI) e que decorre até amanhã, perante um cenário de uma China “papão” em África, em geral, ou em Angola, em particular.
Para o senhor embaixador, a China não é, nem será, mais que "um" qualquer outro interlocutor internacional nas relações com Angola.
Quanto a isso, quero deixar bem claro que a China, enquanto Nação, e os chineses, enquanto povo, não me metem medo. Nisso concordo com o embaixador de Angola, serão um mais no sistema internacional se…
Aí vem o se!!
Sobre a China ou o que representa a projecção do sistema político chinês e o que ela encerra deixei já a minha opinião num artigo publicado no semanário santomense “Correio da Semana”, ed. 56, de 11-Março-2006, sob o título “O perdão da China ou o efeito do Mahjong”, que pode ser lido aqui.
Lá está a minha visão e não mostra medo de Virgínia… já não sei se posso dizer o mesmo de Woolf.
Para o senhor embaixador, a China não é, nem será, mais que "um" qualquer outro interlocutor internacional nas relações com Angola.
Quanto a isso, quero deixar bem claro que a China, enquanto Nação, e os chineses, enquanto povo, não me metem medo. Nisso concordo com o embaixador de Angola, serão um mais no sistema internacional se…
Aí vem o se!!
Sobre a China ou o que representa a projecção do sistema político chinês e o que ela encerra deixei já a minha opinião num artigo publicado no semanário santomense “Correio da Semana”, ed. 56, de 11-Março-2006, sob o título “O perdão da China ou o efeito do Mahjong”, que pode ser lido aqui.
Lá está a minha visão e não mostra medo de Virgínia… já não sei se posso dizer o mesmo de Woolf.
26 março 2006
Guiné-Bissau, qual crise fronteiriça?
Refugiados na zona de Bourgadie (Casamance/Senegal)
O governo bissau-guineense legitimado por "Nino" Vieira e seus pares da Assembleia fez, em tempos, um declaração - entretanto nunca retirada ou anulada -, e contrariando uma posição das cúpulas militares, que não havia qualquer crise ou movimentação militar na fronteira bissau-guineense-senegalesa, e muito menos com hipotéticos separatistas casamansence.
"Nino" Vieira, sem a desmentir foi afirmando que a crise fronteiriça não era problema guineense, pelo que, provavelmente, os refugiados estacionados nas vilas de Suzana e Varela, perto dos conflitos, ou em Cacheu deverão ser só casamansences fugidos... provavelmente!
Nada como dar uma olhadazinha no "Africanidades" e ver os sugestivos apontamentos e tocantes fotografias que Jorge Neto nos oferece para perceber como o Governo bissau-guineense estava tão certo. É ir enquanto deixarem...
Crise na fronteira? qual crises, senhores!? é tudo vozes da reacção. Segundo parece nem terão morrido 2 soldados nem ficado feridos 4 devido ao acionamento de uma mina na esgtrada que liga S. Domingos a Suzana...
Estórias literárias
© “prostituta” retirado daqui
«Várias histórias sobre a História de Angola»
por: Jorge Eurico (Notícias Lusófonas)
Por vezes não posso deixar de trazer para este espaço, artigos de terceiros que, pela sua qualidade e pertinência, devem ser alvo de leitura atenta e meditativa.
É o caso da crónica, cujo o título encima este apontamento, que a seguir vos deixo um pouco para saborear e que depois poderão ler na íntegra acedendo na ligação acima.
“Fernando Alberto da Graça Teixeira, “Baião”, conta, no seu livro, que me foi gentilmente oferecido há dias pelo jornalista Rodrigues Vaz, com o título “Branco de Quintal”, “várias Estórias sobre a História de Angola”.[edição conjunta da Pangeia Editores e Chá de Caxinde]
Entre as estórias das mais variadas estórias que constam no livro, que já foi lançado na Casa de Angola em Portugal, uma ressalta à vista: Kitata (prostituta) de luxo.
Esta estória, que tem como cenário inicial o Bairro Operário (BO), dá conta de uma jovem, que à pala da sua invulgar beleza, tem o domínio da arte de transformar os homens gostosos em “gastosos”. Essa é boa!
O exemplo de miúdas interesseiras e de homens “gastosos” está também no último romance (perdoem-me, mas confesso que não tenho o título na memória) do jornalista Luís Fernando.
Luís Fernando fala de miúdas que ao mínimo piropo, piscar de olho ou corte pedem logo que se alimente os seus telemóveis. “Se estás interessado, manda um saldo de USD 10. Se gostas de gostas de mim, manda um saldo de USD 20. Se me amas, manda um de USD 50 (sic)”.”
«Várias histórias sobre a História de Angola»
por: Jorge Eurico (Notícias Lusófonas)
Por vezes não posso deixar de trazer para este espaço, artigos de terceiros que, pela sua qualidade e pertinência, devem ser alvo de leitura atenta e meditativa.
É o caso da crónica, cujo o título encima este apontamento, que a seguir vos deixo um pouco para saborear e que depois poderão ler na íntegra acedendo na ligação acima.
“Fernando Alberto da Graça Teixeira, “Baião”, conta, no seu livro, que me foi gentilmente oferecido há dias pelo jornalista Rodrigues Vaz, com o título “Branco de Quintal”, “várias Estórias sobre a História de Angola”.[edição conjunta da Pangeia Editores e Chá de Caxinde]
Entre as estórias das mais variadas estórias que constam no livro, que já foi lançado na Casa de Angola em Portugal, uma ressalta à vista: Kitata (prostituta) de luxo.
Esta estória, que tem como cenário inicial o Bairro Operário (BO), dá conta de uma jovem, que à pala da sua invulgar beleza, tem o domínio da arte de transformar os homens gostosos em “gastosos”. Essa é boa!
O exemplo de miúdas interesseiras e de homens “gastosos” está também no último romance (perdoem-me, mas confesso que não tenho o título na memória) do jornalista Luís Fernando.
Luís Fernando fala de miúdas que ao mínimo piropo, piscar de olho ou corte pedem logo que se alimente os seus telemóveis. “Se estás interessado, manda um saldo de USD 10. Se gostas de gostas de mim, manda um saldo de USD 20. Se me amas, manda um de USD 50 (sic)”.”
25 março 2006
Que se passa em Timor?
Um País, uma Nação assente num único povo, maubere, decidiu agora criar, artificialmente, etnias ou gangues étnicos?
Parece ser isso o que se passa em Timor. E, segundo consta, ou é o querem fazer crer, tudo ao abrigo da passagem compulsiva de militares “amotinados” à reserva e, consequentemente, à vida civil.
Meus senhores, um povo que conseguiu mostrar capacidade para sofrer e ser Nação; um povo que vê um dos seus mais ilustres filhos estar pré-indigitado para concorrer ao cargo de Secretário-Geral das NU; um povo que, embora ainda pobre, poderá ser um dos mais ricos do Mundo, não pode, nem deve, deixar-se “abafar” por ritos importados como questões proto-étnicas ou “hooliganistas”.
Sinceramente, haver indícios de confrontos entre hipotéticas etnias da capital em que se opõem “os "loromonu" (naturais da parte ocidental do país) aos "lorosae" (da parte Leste)” e só porque a maioria dos disponibilizados se consideram “loromonus”, faz lembrar um pouco as velhas disputas “étnicas” portuguesas entre “morcões” e “árabes”.
Importem ritos, sim, mas importem os saudáveis. Deixem os mau par os outros.Timor-Lorosae é uma Nação que quer, por certo, ser reconhecida como responsável e culturalmente formada e não um ninho de vândalos para gáudios de alguns vizinhos a quem isso cairia como um favo de mel…
Parece ser isso o que se passa em Timor. E, segundo consta, ou é o querem fazer crer, tudo ao abrigo da passagem compulsiva de militares “amotinados” à reserva e, consequentemente, à vida civil.
Meus senhores, um povo que conseguiu mostrar capacidade para sofrer e ser Nação; um povo que vê um dos seus mais ilustres filhos estar pré-indigitado para concorrer ao cargo de Secretário-Geral das NU; um povo que, embora ainda pobre, poderá ser um dos mais ricos do Mundo, não pode, nem deve, deixar-se “abafar” por ritos importados como questões proto-étnicas ou “hooliganistas”.
Sinceramente, haver indícios de confrontos entre hipotéticas etnias da capital em que se opõem “os "loromonu" (naturais da parte ocidental do país) aos "lorosae" (da parte Leste)” e só porque a maioria dos disponibilizados se consideram “loromonus”, faz lembrar um pouco as velhas disputas “étnicas” portuguesas entre “morcões” e “árabes”.
Importem ritos, sim, mas importem os saudáveis. Deixem os mau par os outros.Timor-Lorosae é uma Nação que quer, por certo, ser reconhecida como responsável e culturalmente formada e não um ninho de vândalos para gáudios de alguns vizinhos a quem isso cairia como um favo de mel…
24 março 2006
ETA entra hoje no jogo democrático?
"Euskadi Ta Askatasuna ha decidido declarar un alto el fuego permanente a partir del 24 de marzo de 2006."
Em princípio a Espanha, em geral, e o povo basco (dos dois lados da fronteira porque muitos esquecem que o País Basco está dividido entre a Espanha, cerca de 2/3, e França), em particular, passarão a deixar de contar com o seu pior carrasco, enquanto fazedor de terror.
Com o pragmatismo que, nestes casos, se deve abraçar e não entrando na fácil euforia que alguns já se alardeiam, mas também não esquecendo que haverão alguns quantos milhares que, pelas mais diversas e justas razões, não olvidarão o terror e os danos colaterais que o mesmo implicou nem o sofrimento ou o medo do dia seguinte, é igualmente verdade que muitos sentir-se-ão aliviados pelo fim real do terror que o mesmo possa trazer.
Se, alguns como eu, crêem que, embora não esquecendo os crimes de sangue – alguns bem desnecessários – se deve, também, dar uma oportunidade à Paz, e aqui tomo a liberdade de citar O. Sanchez, no seu interessante “dias estranhos” referindo-se à frase, em itálico, que inicia este apontamento “… a frase que levábamos anos desexando escoitar foi pronunciada por fin hoxe. É a primeira dun comunicado inequivocamente esperanzador, escrito cunha prudencia inusual na banda terrorista, afastada esta vez dos rexistros histéricos doutras ocasións. Nunca está de máis a cautela, pero teño para min que o de hoxe xa non ten volta atrás [por outro lado O. Sanchez relembra, e muito bem, que] … o governo que español non é a mesma tropa de resentidos de hai uns anos, o mundo cambiou bastante neste tempo (e o 11-M aínda fica no recordo de todos), e se o chamado MLNV quere sobrevivir politicamente debe dar pasos decisivos pola paz canto antes [e por isso, e porque os espanhóis/castelhanos levam] tres anos sen mortos, sen secuestros, aínda que si con outros xeitos de extorsión, pero en calquera caso a sociedade vasca, que non atende ás mesmas razóns hoxe que hai vinte anos e que xa se acostumou a unha convivencia tranquila e pacífica, non consentiría un só morto máis. ETA non regresará ás armas porque hai camiños que non teñen volta atrás”; há aqueles que não duvidando da boa-fé dos etarras preferem esperar para ver como comentava Óscar H. que, embora brindando a atitude etarra, mas “… a celebración oficial fareina cando escoite as súas armas... facer crack”, que igualmente subscrevo.
Depois do IRA, é a ETA… e depois destes, pode ser que seja a Palestina a próxima a ser bafejada pela Paz. Demos um voto de confiança a esta.
Em princípio a Espanha, em geral, e o povo basco (dos dois lados da fronteira porque muitos esquecem que o País Basco está dividido entre a Espanha, cerca de 2/3, e França), em particular, passarão a deixar de contar com o seu pior carrasco, enquanto fazedor de terror.
Com o pragmatismo que, nestes casos, se deve abraçar e não entrando na fácil euforia que alguns já se alardeiam, mas também não esquecendo que haverão alguns quantos milhares que, pelas mais diversas e justas razões, não olvidarão o terror e os danos colaterais que o mesmo implicou nem o sofrimento ou o medo do dia seguinte, é igualmente verdade que muitos sentir-se-ão aliviados pelo fim real do terror que o mesmo possa trazer.
Se, alguns como eu, crêem que, embora não esquecendo os crimes de sangue – alguns bem desnecessários – se deve, também, dar uma oportunidade à Paz, e aqui tomo a liberdade de citar O. Sanchez, no seu interessante “dias estranhos” referindo-se à frase, em itálico, que inicia este apontamento “… a frase que levábamos anos desexando escoitar foi pronunciada por fin hoxe. É a primeira dun comunicado inequivocamente esperanzador, escrito cunha prudencia inusual na banda terrorista, afastada esta vez dos rexistros histéricos doutras ocasións. Nunca está de máis a cautela, pero teño para min que o de hoxe xa non ten volta atrás [por outro lado O. Sanchez relembra, e muito bem, que] … o governo que español non é a mesma tropa de resentidos de hai uns anos, o mundo cambiou bastante neste tempo (e o 11-M aínda fica no recordo de todos), e se o chamado MLNV quere sobrevivir politicamente debe dar pasos decisivos pola paz canto antes [e por isso, e porque os espanhóis/castelhanos levam] tres anos sen mortos, sen secuestros, aínda que si con outros xeitos de extorsión, pero en calquera caso a sociedade vasca, que non atende ás mesmas razóns hoxe que hai vinte anos e que xa se acostumou a unha convivencia tranquila e pacífica, non consentiría un só morto máis. ETA non regresará ás armas porque hai camiños que non teñen volta atrás”; há aqueles que não duvidando da boa-fé dos etarras preferem esperar para ver como comentava Óscar H. que, embora brindando a atitude etarra, mas “… a celebración oficial fareina cando escoite as súas armas... facer crack”, que igualmente subscrevo.
Depois do IRA, é a ETA… e depois destes, pode ser que seja a Palestina a próxima a ser bafejada pela Paz. Demos um voto de confiança a esta.
23 março 2006
Moçambique continua a tremer
Mas que raio se passa em Moçambique que já este ano que ainda não deixou de ver a região centro deixar de tremer em tão pouco espaço de tempo.
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Segundo li n' (O Vazio) - que citando um blogue de Moçambique e de onde roubei a esclarecedora foto, relativo à fissura observada - terá registado 5.0 na escala de Richter, e aconteceu ontem.
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No entanto, hoje e de acordo com estes senhores, terá ocorrido outro, de 4.8, às 8.14 horas locais. E estão, quase todos, concentrados na mesma região conforme podem constatar na imagem (a amarelo foram os acontecidos nesta última semana, a laranja o de hoje).
Pelos vistos - haja a Deus - não tem havido vítimas. Se houve os números são omissos...
Caso Miala
Alguém colocou esta seguinte questão num apontamento sobre os Dias Mundial da Poesia e Árvore – que, por acaso e por esquecimento(?) meu não o referi também, foi Dia Mundial contra o Racismo, – e que, pelo conteúdo, estará um pouco fora da matéria:
“E o tão badalado "caso Miala" e a alegada tentativa de golpe de estado?
Não há comentários?
Abraço.”
Por norma não gosto de responder a questões anónimas.
Mas como tenho a certeza que quem colocou a questão acima não reparou na falta de identificação eu respondo na mesma: não está esquecido e quanto à tentativa de "golpe de estado", se o houve, foi mais palaciano e será para ver quem mais aproveita quem do "deslize" de Miala.
Vamos, para já, deixar arrefecer um pouco mais a coisa para podermos com pragmatismo, racionalidade e objectividade fazer os respectivos comentários.
“E o tão badalado "caso Miala" e a alegada tentativa de golpe de estado?
Não há comentários?
Abraço.”
Por norma não gosto de responder a questões anónimas.
Mas como tenho a certeza que quem colocou a questão acima não reparou na falta de identificação eu respondo na mesma: não está esquecido e quanto à tentativa de "golpe de estado", se o houve, foi mais palaciano e será para ver quem mais aproveita quem do "deslize" de Miala.
Vamos, para já, deixar arrefecer um pouco mais a coisa para podermos com pragmatismo, racionalidade e objectividade fazer os respectivos comentários.
Catástrofe ecológica na Lagoa do Bilene
© foto da Lagoa de Bilene poluída cedida por João Craveirinha
Menos de 24 hora após ter sido “comemorado” o Dia Mundial da Água recebo esta notícia de Moçambique, via e-mail e que republico com a devida autorização do autor, que, só por si, é sinónimo do que pensam alguns cérebros “bem intencionados” que vegetam por aí e pelos mares que, ainda não perceberam, não é só deles.
“Catástrofe ecológica na Lagoa do Bilene - pesca e banhos interditos
A Lagoa do Bilene está interdita a banhistas e à pesca. A água está poluída com um fluido pegajoso de tom amarelado que já matou tudo o que é fauna marinha e agarra-se à pele dos banhistas. Esta informação foi ontem confirmada ao «Canal de Moçambique» por João Ribeiro a partir daquele importante centro turístico no distrito do Bilene-Macia, da província de Gaza.
De sexta-feira da semana passada a segunda desta semana a região do Bilene foi fustigada por chuvas e ventos fortes que voltaram a fazer com que o mar voltasse a abrir o canal de comunicação da ora Lagoa, ora Baía de S. Martinho do Bilene, que se fechara naturalmente no início da transacta semana durante apenas três dias.
Com a duna que separa a "Lagoa" do Oceano rasgada e logo que reaberto o canal de comunicação pela natureza, o mar voltou a inundar a "Baía" mas do Índico não entrou só água salgada. Com a água do mar veio um produto viscoso de cor amarelada que faz com que desde 6.ª feira, 10 de Março, até ontem a água continue a estar imprópria para banhistas.
"Até agora a lagoa está interdita a banhistas e pescadores", reportava assim o grau do acidente ecológico, um residente local.
"Os peixes e caranguejos morreram todos. Morreu tudo. Um desastre. Uma pessoa que entrasse na água ficava com a pele toda gordurosa. Mesmo com sabão e povim e o que mais é difícil sair. No domingo veio cá uma brigada do MICOA (Ministério da Coordenação Ambiental) tirar amostras mas ainda não nos disseram nada".
Ainda segundo João Ribeiro, "a água continua azul mas está baça e pegajosa". Ribeiro acrescentou que "devem ser resíduos de algum navio tanque que por aí passou ou que esteve por aí a lavar os tanques".
"É um autêntico desastre ecológico", concluiu.
O Bilene é um centro de repouso de muitos residentes de Maputo que ali construíram vivendas de férias, com importantes infra-estruturas turísticas procuradas não só por cidadãos nacionais e expatriados residentes, como também por turistas da África do Sul e mesmo até já de outros continentes.
Com esta catástrofe, toda a vida social e económica daquela estância turística fica bastante prejudicada, sujeitando-se os residentes e operadores do ramo hoteleiro e de restauração a prejuízos de grande impacto.Apesar de saberem que foi o governador de Gaza que providenciou a visita da brigada do MICOA que ali esteve a colher amostras, quem faz a sua vida no Bilene continua à espera que as autoridades se dignem a dar uma satisfação oficial "coisa que ainda não aconteceu".”
Menos de 24 hora após ter sido “comemorado” o Dia Mundial da Água recebo esta notícia de Moçambique, via e-mail e que republico com a devida autorização do autor, que, só por si, é sinónimo do que pensam alguns cérebros “bem intencionados” que vegetam por aí e pelos mares que, ainda não perceberam, não é só deles.
“Catástrofe ecológica na Lagoa do Bilene - pesca e banhos interditos
A Lagoa do Bilene está interdita a banhistas e à pesca. A água está poluída com um fluido pegajoso de tom amarelado que já matou tudo o que é fauna marinha e agarra-se à pele dos banhistas. Esta informação foi ontem confirmada ao «Canal de Moçambique» por João Ribeiro a partir daquele importante centro turístico no distrito do Bilene-Macia, da província de Gaza.
De sexta-feira da semana passada a segunda desta semana a região do Bilene foi fustigada por chuvas e ventos fortes que voltaram a fazer com que o mar voltasse a abrir o canal de comunicação da ora Lagoa, ora Baía de S. Martinho do Bilene, que se fechara naturalmente no início da transacta semana durante apenas três dias.
Com a duna que separa a "Lagoa" do Oceano rasgada e logo que reaberto o canal de comunicação pela natureza, o mar voltou a inundar a "Baía" mas do Índico não entrou só água salgada. Com a água do mar veio um produto viscoso de cor amarelada que faz com que desde 6.ª feira, 10 de Março, até ontem a água continue a estar imprópria para banhistas.
"Até agora a lagoa está interdita a banhistas e pescadores", reportava assim o grau do acidente ecológico, um residente local.
"Os peixes e caranguejos morreram todos. Morreu tudo. Um desastre. Uma pessoa que entrasse na água ficava com a pele toda gordurosa. Mesmo com sabão e povim e o que mais é difícil sair. No domingo veio cá uma brigada do MICOA (Ministério da Coordenação Ambiental) tirar amostras mas ainda não nos disseram nada".
Ainda segundo João Ribeiro, "a água continua azul mas está baça e pegajosa". Ribeiro acrescentou que "devem ser resíduos de algum navio tanque que por aí passou ou que esteve por aí a lavar os tanques".
"É um autêntico desastre ecológico", concluiu.
O Bilene é um centro de repouso de muitos residentes de Maputo que ali construíram vivendas de férias, com importantes infra-estruturas turísticas procuradas não só por cidadãos nacionais e expatriados residentes, como também por turistas da África do Sul e mesmo até já de outros continentes.
Com esta catástrofe, toda a vida social e económica daquela estância turística fica bastante prejudicada, sujeitando-se os residentes e operadores do ramo hoteleiro e de restauração a prejuízos de grande impacto.Apesar de saberem que foi o governador de Gaza que providenciou a visita da brigada do MICOA que ali esteve a colher amostras, quem faz a sua vida no Bilene continua à espera que as autoridades se dignem a dar uma satisfação oficial "coisa que ainda não aconteceu".”
22 março 2006
Dia Mundial da Água
20 março 2006
21 de Março, Dias Mundial da Poesia e da Árvore
"Mangueira em flor"
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Nos Dias Mundial da Árvore e da Poesia, uma homenagem a um poeta angolano que luta por nos poder continuar a ofertar novas e belas odes poéticas: António Cardoso.
Árvore de Frutos
Por: António Cardoso
Cheiras ao caju da minha infância
e tens a cor do barro vermelho molhado
de antigamente;
há sabor a manga a escorrer-te na boca
e dureza de maboque a saltar-te nos seios.
Misturo-te com a terra vermelha
e com as noites
de histórias antigas
ouvidas há muito.
No teu corpo
sons antigos dos batuques à minha porta,
com que me provocas,
enchem-me o cérebro de fogo incontido.
Amor, és o sonho feito carne
do meu bairro antigo do musseque!
Mais poesia, poderão ler no meu outro blogue: Malambas.
Iraque, 3 anos depois valeu a pena?
Três anos após do início da segunda guerra do Iraque...
em que, e até agora, cerca de 100.000 pessoas, 1/3 das quais – números não oficiais – militares da coligação, terá morrido;
terá permitido ao Irão reforçar exponencialmente a sua capacidade política-militar – a crise nuclear é o caso mais paradigmático – e religiosa – isto apesar dos árabes não gostarem, nem um pouco, dos persas – na região;
os tristes escândalos com as prisões de Abu Grahib e Guantanamo ou das hipotéticas prisões secretas da CIA que minaram a credibilidade cívica dos libertadores;
onde a emergência de uma guerra-civil (dita guerra menor) intra-muros, entre xiitas e sunitas que se digladiam sanguinolentamente pela supremacia político-religiosa dos ritos a que pertencem;
é difícil escamotear a contínua instabilidade social na região, nomeadamente, na Palestina;
não se vislumbra a destruição da horrenda Medusa que dá pelo nome de Bin Laden ou Al-Qaeda;
um governo iraquiano foi constituído após as eleições mas não consegue governar – também não se abe quem manda no Iraque, se os iraquianos ou o representante do senhor George W. Bush, hoje tão cruamente insultado – quem o fez assume que o sabe pessoalmente – por outro candidato latino-americano a ditador
são cada vez mais credíveis as mentiras ou menos-verdades, agora também “denunciadas” por Durão Barroso – por acaso um das 4 personalidades dos Açores –, numa recente entrevista a um periódico francês quando admitiu que a invasão foi feita sobre enganos;
que permitiu a destituição de um genocida ditadorzeco, apeado do poder por aqueles que, em tempos, o tiveram por aliado;
será que valeu mesmo a pena? Eu gostava de acreditar que sim…
em que, e até agora, cerca de 100.000 pessoas, 1/3 das quais – números não oficiais – militares da coligação, terá morrido;
terá permitido ao Irão reforçar exponencialmente a sua capacidade política-militar – a crise nuclear é o caso mais paradigmático – e religiosa – isto apesar dos árabes não gostarem, nem um pouco, dos persas – na região;
os tristes escândalos com as prisões de Abu Grahib e Guantanamo ou das hipotéticas prisões secretas da CIA que minaram a credibilidade cívica dos libertadores;
onde a emergência de uma guerra-civil (dita guerra menor) intra-muros, entre xiitas e sunitas que se digladiam sanguinolentamente pela supremacia político-religiosa dos ritos a que pertencem;
é difícil escamotear a contínua instabilidade social na região, nomeadamente, na Palestina;
não se vislumbra a destruição da horrenda Medusa que dá pelo nome de Bin Laden ou Al-Qaeda;
um governo iraquiano foi constituído após as eleições mas não consegue governar – também não se abe quem manda no Iraque, se os iraquianos ou o representante do senhor George W. Bush, hoje tão cruamente insultado – quem o fez assume que o sabe pessoalmente – por outro candidato latino-americano a ditador
são cada vez mais credíveis as mentiras ou menos-verdades, agora também “denunciadas” por Durão Barroso – por acaso um das 4 personalidades dos Açores –, numa recente entrevista a um periódico francês quando admitiu que a invasão foi feita sobre enganos;
que permitiu a destituição de um genocida ditadorzeco, apeado do poder por aqueles que, em tempos, o tiveram por aliado;
será que valeu mesmo a pena? Eu gostava de acreditar que sim…
Presidenciais na Bielorrússia
(Putin e Lukachenko os dois grandes aliados da zona)
O recandidato Alexander Lukachenko foi reeleito, claramente, presidente da Bielorrússia com cerca de 82% dos votos expressos…só não se sabe quantos bielorrussos votaram e se destes todos eram bielo ou a maioria russos…
O principal adversário, Alexandre Milinkevitch, recolheu apenas 6% dos votos, enquanto os restantes candidatos, Alexandre Kozuline e Serguei Gaidukevitch, tiveram apenas 2,3 e 3,5% dos votos.
Pois é!! e ainda fazem contas à vitória de Mubarak, do Egipto, quando foi reeleito para mais um mandato, com 60% dos votos expressos, e o seu principal adversário não foi além dos 10%.
E depois vem a OSCE dizer que as eleições bielorrusas foram um farsa. Por favor sejamos democratas e reconheçamos a legitimidade do voto… russo.
O recandidato Alexander Lukachenko foi reeleito, claramente, presidente da Bielorrússia com cerca de 82% dos votos expressos…só não se sabe quantos bielorrussos votaram e se destes todos eram bielo ou a maioria russos…
O principal adversário, Alexandre Milinkevitch, recolheu apenas 6% dos votos, enquanto os restantes candidatos, Alexandre Kozuline e Serguei Gaidukevitch, tiveram apenas 2,3 e 3,5% dos votos.
Pois é!! e ainda fazem contas à vitória de Mubarak, do Egipto, quando foi reeleito para mais um mandato, com 60% dos votos expressos, e o seu principal adversário não foi além dos 10%.
E depois vem a OSCE dizer que as eleições bielorrusas foram um farsa. Por favor sejamos democratas e reconheçamos a legitimidade do voto… russo.
19 março 2006
Obrigado Mantorras
.................0 - 1
Obrigado Mantorras. E tal como eu muitos estaremos a pensar que ainda vais poder fazer muita lágrima de alegria no Mundial de 2006 (isto se os alemães à custa da desculpa da pandemia não forçarem a FIFA a anulá-lo... eles bem que já avisaram).
Às vezes os incentivos públicos são bons. Mas há que conhecer bem a cultura onde estamos imigrados. Uma palavra num tom menos percebível pode provocar dissabores.
Pelo Dia de todos os Pais
Pelo Dia do Pai, e através de um poema de um autor brasileiro, no Malambas, a minha homenagem a todos que o são e aquele que, infelizmente, já me deixou mas que sei continua a olhar por mim e pelas minhas filhas onde quer que esteja com a bonomia e firmeza que o caracterizavam. Obrigado.
18 março 2006
Carrinhos novos?
A ser verdadeira – e não tenho razões para duvidar – uma notícia do Semanário Angolense, deste fim-de-semana, a Assembleia Nacional vai adquirir 223 novas viaturas para os seus serviços num total aproximado de cerca de 14 milhões de dólares americanos (USD).
Quando não há muito tempo – em 2004, salvo erro – compraram Audis, Toyotas, Izusus, Mitsubishis, entre outros, para a A.N. e decidirem comprar novas viaturas para deputados que, na sua maioria, são desconhecidos de grande parte da população…
Num país em que o salário mínimo não chega a 100,00 USD e a uma parte substancial do povo vive, em média, com menos de 1,00 USD dia…
E depois esperamos que larguem o assento…
Porque não brincam mas é com carrinhos como a amostra...
Quando não há muito tempo – em 2004, salvo erro – compraram Audis, Toyotas, Izusus, Mitsubishis, entre outros, para a A.N. e decidirem comprar novas viaturas para deputados que, na sua maioria, são desconhecidos de grande parte da população…
Num país em que o salário mínimo não chega a 100,00 USD e a uma parte substancial do povo vive, em média, com menos de 1,00 USD dia…
E depois esperamos que larguem o assento…
Porque não brincam mas é com carrinhos como a amostra...
A oposição angolana - parte II
Há dias abordava as lutas intestinas da UNITA e da FNLA e perguntava como se mantinha a não substituição de Mfulupinga, do PDP-ANA.
Agora temos a parte II da matéria.
António Alberto Neto, o eterno terceiro que quer ir a votos como segundo das presidenciais que nunca foram, ou acabaram, foi demitido do cargo de presidente do Partido Democrático Angolano (PDA), por David Lussoki Ngovi que, por sua vez, é contestado pelo vice-presidente Josefa Neto Martins que acusa Ngovi de já não ser secretário-geral do PDA há cerca de dois anos e por esse facto vai-lhe ser instaurado um processo disciplinar.
Entretanto, Abel Chivukuvuku volta a estar na ordem do dia. Nos “corredores” políticos angolanos, começa-se a perguntar qual a sua posição dentro da UNITA. Uma vez mais, volto a afirmar que não me admiraria que se estivesse a posicionar para ser o candidato oficial, ou não, da UNITA às presidenciais a par de um Jerónimo Wanga ou Jaka Jamba, que parecem ser, dentro desta aqueles que parecem ter mais capacidade para fazerem frente a Eduardo dos Santos. Infelizmente, Samakuva começa a ficar desgastado com tantas mexidas dentro do partido.
É!! belo !! a oposição(?) angolana está em grande. E quem mais ganha com isto?...
Se esperam que dê um bombom de prémio bem podem esperar sentados; só não adivinha quem não quiser...
Agora temos a parte II da matéria.
António Alberto Neto, o eterno terceiro que quer ir a votos como segundo das presidenciais que nunca foram, ou acabaram, foi demitido do cargo de presidente do Partido Democrático Angolano (PDA), por David Lussoki Ngovi que, por sua vez, é contestado pelo vice-presidente Josefa Neto Martins que acusa Ngovi de já não ser secretário-geral do PDA há cerca de dois anos e por esse facto vai-lhe ser instaurado um processo disciplinar.
Entretanto, Abel Chivukuvuku volta a estar na ordem do dia. Nos “corredores” políticos angolanos, começa-se a perguntar qual a sua posição dentro da UNITA. Uma vez mais, volto a afirmar que não me admiraria que se estivesse a posicionar para ser o candidato oficial, ou não, da UNITA às presidenciais a par de um Jerónimo Wanga ou Jaka Jamba, que parecem ser, dentro desta aqueles que parecem ter mais capacidade para fazerem frente a Eduardo dos Santos. Infelizmente, Samakuva começa a ficar desgastado com tantas mexidas dentro do partido.
É!! belo !! a oposição(?) angolana está em grande. E quem mais ganha com isto?...
Se esperam que dê um bombom de prémio bem podem esperar sentados; só não adivinha quem não quiser...
Os problemas da oposição angolana - artigo
Ler um artigo de opinião (compilação de dois apontamentos aqui, mais abaixo, escritos) sob o título "As lutas intestina da oposição" e dedicado aos problemas internos da oposição(?) angolana.
17 março 2006
Lusofonia? Pois tá'claro… porque não?
..............(O que os guineenses pensam da CPLP; roubada no "Africanidades")
Um artigo/opinião que não merece mais comentários da minha parte que não seja somente esta pequena estorieta: um ex-Ministro das Finanças e ex-Governador do BNA falando, no lançamento do seu último livro, entre outras coisas, sobre a supremacia da língua portuguesa e a C… “C” quê? Ah! Sim uma tal CPLP e uma tal Lusofonia…
Pois, isto explica muito do que pensam os “lusófonos” que vivem foram de Portugal, nomeadamente, em África.
Também quem leu o que o Instituto Camões escreveu sobre a Homenagem ao poeta José Craveirinha, prémio Camões e lá efectuada, pode esperar tudo…
“Lusofonia? Começo a estar farto, farto
Por Orlando Castro (in: Notícias Lusófonas/Alto Hama)
17.Março.2006
Segundo Fernando Pessoa, a nossa Pátria (lusófona, digo eu) deveria ser a língua portuguesa. Antes, em 1902, o brasileiro Sílvio Romero defendia a tese de que o Brasil e Portugal (este com as colónias de então) deviam formar uma federação tendo como ponto fundamental a língua. Ontem, em Cabo Verde, o professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Fernando Cristóvão, defendeu a língua portuguesa como o elemento mais seguro para garantir a continuidade da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Não sei se algum dos actuais governantes portugueses (do tipo Gomes Cravinho) ouviu ou leu o que este português disse, sendo certo (para mim) que de Pessoa ou Romero pouco (estou a ser optimista?) sabem, nesta matéria.
Consultei o site do Governo português e sobre a Lusofonia encontrei o conselho para visitar a página da CPLP onde, segundo o Executivo de José Sócrates, estariam disponíveis informações válidas e actuais.
Chegado ao site da CPLP, fui ver a secção «Actualidades». No caso de Angola a actualidade era «Associação defende união de congéneres lusófonas numa federação», datada de 11.07.2005. Do Brasil: «Presidente Lula da Silva condena atentados terroristas», com a mesma data.
2005? Bem! Segui para Cabo Verde. «CGD concede empréstimo para remodelação do aeroporto», também de 11.07.2005. Sobre a Guiné-Bissau a actualidade da CPLP diz que «Sanhá inicia campanha para a 2ª volta em Bissau e Nino no interior». E quanto aos outros países, a actualidade é a mesma, ou seja, remonta a 2005.
Na secção «Comunicados de Imprensa», o mais actual reporta-se à missão da CPLP à Guiné-Bissau e é de 13.12.2005. Isto é que é trabalhar...
Ingenuamente procurei outras actualidades. Na secção «Estados membros» descobri que hoje, 17 de Março de 2006, a CPLP garante que Kumba Ialá é o presidente da Guiné-Bissau.
Desisti. Porque a língua portuguesa é a minha Pátria, só posso dizer o que aqui há uns tempos escreveu o meu amigo Eugénio Costa Almeida: Deixem de uma vez por todas de gozar com a minha chipala. Com a minha e com a dos mais de 220 milhões de cidadãos que se entendem em português.”
Realmente para ler e meditar sobre o porquê de se continuar a gastar fundos em sítios sem fundo…
Um artigo/opinião que não merece mais comentários da minha parte que não seja somente esta pequena estorieta: um ex-Ministro das Finanças e ex-Governador do BNA falando, no lançamento do seu último livro, entre outras coisas, sobre a supremacia da língua portuguesa e a C… “C” quê? Ah! Sim uma tal CPLP e uma tal Lusofonia…
Pois, isto explica muito do que pensam os “lusófonos” que vivem foram de Portugal, nomeadamente, em África.
Também quem leu o que o Instituto Camões escreveu sobre a Homenagem ao poeta José Craveirinha, prémio Camões e lá efectuada, pode esperar tudo…
“Lusofonia? Começo a estar farto, farto
Por Orlando Castro (in: Notícias Lusófonas/Alto Hama)
17.Março.2006
Segundo Fernando Pessoa, a nossa Pátria (lusófona, digo eu) deveria ser a língua portuguesa. Antes, em 1902, o brasileiro Sílvio Romero defendia a tese de que o Brasil e Portugal (este com as colónias de então) deviam formar uma federação tendo como ponto fundamental a língua. Ontem, em Cabo Verde, o professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Fernando Cristóvão, defendeu a língua portuguesa como o elemento mais seguro para garantir a continuidade da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Não sei se algum dos actuais governantes portugueses (do tipo Gomes Cravinho) ouviu ou leu o que este português disse, sendo certo (para mim) que de Pessoa ou Romero pouco (estou a ser optimista?) sabem, nesta matéria.
Consultei o site do Governo português e sobre a Lusofonia encontrei o conselho para visitar a página da CPLP onde, segundo o Executivo de José Sócrates, estariam disponíveis informações válidas e actuais.
Chegado ao site da CPLP, fui ver a secção «Actualidades». No caso de Angola a actualidade era «Associação defende união de congéneres lusófonas numa federação», datada de 11.07.2005. Do Brasil: «Presidente Lula da Silva condena atentados terroristas», com a mesma data.
2005? Bem! Segui para Cabo Verde. «CGD concede empréstimo para remodelação do aeroporto», também de 11.07.2005. Sobre a Guiné-Bissau a actualidade da CPLP diz que «Sanhá inicia campanha para a 2ª volta em Bissau e Nino no interior». E quanto aos outros países, a actualidade é a mesma, ou seja, remonta a 2005.
Na secção «Comunicados de Imprensa», o mais actual reporta-se à missão da CPLP à Guiné-Bissau e é de 13.12.2005. Isto é que é trabalhar...
Ingenuamente procurei outras actualidades. Na secção «Estados membros» descobri que hoje, 17 de Março de 2006, a CPLP garante que Kumba Ialá é o presidente da Guiné-Bissau.
Desisti. Porque a língua portuguesa é a minha Pátria, só posso dizer o que aqui há uns tempos escreveu o meu amigo Eugénio Costa Almeida: Deixem de uma vez por todas de gozar com a minha chipala. Com a minha e com a dos mais de 220 milhões de cidadãos que se entendem em português.”
Realmente para ler e meditar sobre o porquê de se continuar a gastar fundos em sítios sem fundo…
16 março 2006
Acreditar no Jornalismo
© foto “roubada” aqui
Amanhã vai ser melhor… e agora o que vai acontecer?
Uma pergunta feita há 14 anos quando surgiu o primeiro órgão informativo independente de Moçambique, na era do multipartidarismo…
Interessante editorial do moçambicano “Savana” que pode ser lido, na íntegra, no sítio “Africamente” e principalmente depois de ter sido alvo de ataques e críticas por causa dos malfadados cartunes.
Um documento, que deve ser aliado à entrevista a Jorge Monteiro Alves, e reposta pelo Notícias Lusófonas, para continuar a acreditar que ainda é possível crer na Comunicação Social seja ela feita onde for.
Amanhã vai ser melhor… e agora o que vai acontecer?
Uma pergunta feita há 14 anos quando surgiu o primeiro órgão informativo independente de Moçambique, na era do multipartidarismo…
Interessante editorial do moçambicano “Savana” que pode ser lido, na íntegra, no sítio “Africamente” e principalmente depois de ter sido alvo de ataques e críticas por causa dos malfadados cartunes.
Um documento, que deve ser aliado à entrevista a Jorge Monteiro Alves, e reposta pelo Notícias Lusófonas, para continuar a acreditar que ainda é possível crer na Comunicação Social seja ela feita onde for.
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