30 março 2007

Uma Páscoa sem Simplex…

Desejo a todos uma Boa e Feliz Páscoa.

E agora vou de férias durante uma semana e com o SIMPLEX do senhor Sócrates conseguirei estar quase uma semana inteira sem acessos à NET porque ou enterro-me de pescoço nas fidelizações que TMN, Optimus, Vodafone e Zapp me obrigam para ter acesso via “satélite” mesmo que seja só para férias e quando já o temos em casa através de cabos ou linhas telefónicas ou, então, aguentamos sem Net porque o chamado “wireless” só existe no papel do Simplex do senhor Sócrates e correligionários das novas tecnologias.
E mesmo quando já temos uma placa de acesso por carregamento de cartão mas se temos o azar de mudar de computador podemos acontecer ficar com uma placa obsoleta porque a inicial é uma placa XYZ e os novos computadores têm um acesso para placas ZYX. Não percebem, não se preocupem que eu também não excepto de ficar com um mono em mão sem utilidade porque a empresa que o forneceu não tem adaptadores para as placas “obsoletas”!
Ainda assim vou na esperança de que desta vez os CTT já tenham criado condições para se poder aceder através do livre acesso. Mas se for como no ano passado só obterei uma face “simpática” e expressivamente carregada de surpresa como se alguém lhes acabasse de perguntar se o caminho para Tóquio passava por ali…

Acabou a saga angolana nos Mundiais de Natação

Vamos permitir que estes jovens possam voltar aqui para dignamente representarem Angola! (fotos de C.Pires)

Terminou a participação dos angolanos nos Mundiais de Natação, Austrália2007.
João Matias fez o 85º tempo nos 50 metros bruços com o tempo de 32,25”; naturalmente João Aguiar, que não participou, foi desclassificado; João Matias acabou por não participar nos 50 metros livres resguardando-se para os 100 metros mariposa.
Nuno Rola, nos 200 metros mariposa quedou-se pela 59ª posição com o tempo final de 2:13,78’ (28,54” aos 50 metros, 1:02,85’ aos 100 metros e 1:38,02’ aos 150 metros); nos 200 metros costas foi desclassificado.
No último dia de prova, entre 117 nadadores participantes, os nossos nadadores acabaram por não ter grandes classificações. Na prova dos 100 metros mariposa João Matias, terminou em 81º com o tempo de 58,19” virando nos 50 metros com 26,82”, enquanto Nuno Rola se quedou pelo 94º lugar com o tempo final de 1:00,59’ virando aos 50 metros com o tempo de 27,98”; Rola foi o que esteve mais próximo do seu tempo de inscrição que era de 59,32”
Com as condições em que ambos participaram neste Mundial (ver apontamento inicial) naturalmente que nenhum conseguiu melhorar os tempos pessoais com que, à partida e apesar de tudo, se apresentaram ao Campeonato.
Ainda assim penso que devemos louvar quem quis elevar o nosso nome e a nossa bandeira, mesmo abandonados!

Não aparo idiotices!!

(nestas alturas já não se importam que hajam imigrantes…)

Antes que me voltem a questionar ou a pedir a minha opinião, informo que não aparo idiotices, nem profiro comentários sobre quem quer, unicamente, publicidade barata e desenvolvida como eles próprios já o terão confessado.
Se não falassem e publicitassem tanto, não talvez não houvessem Le Pen’s e imitações semelhantes por alguns países, nem haveriam problemas como os que se verificam, ultimamente e em pré-eleições – já não é novo –, em terras francesas!
… E não aproveitem para me virem dizer que é um efeito “Salazar”!

A crise da Universidade Independente

Uma das Universidades privadas portuguesas, a Universidade Independente (UnI) está em profunda crise.
O Ministro do Ensino Superior ameaça fechá-la compulsivamente se a actual crise não for resolvida.
Mas o que leva uma universidade com inúmeros africanos como alunos a estar nesta situação.
Relembro que há cerca de um ano os accionistas principais da extensão angolana Universidade Independente de Angola, a Desenvolvimento ao Ensino Superior de Angola (DEA), liderada pelo reitor daquela Carlos Burity da Silva, tentaram, e quase estiveram a conseguir, comprar a maioria das acções da Cooperativa que a sustenta.
À última hora, quando tudo estava quase pronto para ser assinado e a UnI mudar de gestão, alguém, para o caso talvez seja desnecessário nomear até porque nunca houve certezas de quem realmente boicotou a transacção, evocando razões jurídicas e, provavelmente, políticas, terá impedido essa compra. Desta recusa decorre um processo em Portugal, contra alguns dos responsáveis da UnI, devido a uma possível burla de 4 milhões de Euros.
Será porque poderiam vir a descobrir coisas que, segundo parece, a Polícia Judiciária estará a descobrir como diplomas e certificados viciados ou falseados?
A quem interessa, de facto, esta situação que se desenvolve numa Universidade que parece ter licenciado o actual primeiro-ministro português e outros altos dirigentes da classe política portuguesa? (sobre este assunto, larga matéria pode ser lida no blogue “Do Portugal Profundo” que parece ter servido de ponto de partida para a investigação do matutino português Público). Quem, pelo menos, parece estar a ganhar com este imbróglio da Uni são as restantes, privadas e públicas que já disseram estar disponíveis para acolher os alunos caso aquela seja encerrada…
Mal vai uma educação quando um dos sectores mais importantes para a formação académica, económica e científica de um qualquer povo de uma qualquer Nação está nesta ebulição…
Quem ganha com isto?
Os alunos, as primeiras vítimas, os professores, as vítimas colaterais imediatas, e a credibilidade científica de um País não o são certamente!
Este artigo está publicado na manchete do , com o título "Princípio do fim?" inserido num trabalho da redacção deste portal de Notícias.

29 março 2007

Senhoras, não sabem que é feio arrotar?

Por favor, e em nome da Humanidade, peçam às vacas que arrotem menos porque com essa atitude só estão a contribuir para o aumento do “efeito estufa” desta casa a que chamamos Terra.
Duvidam?
Pois então fiquem com este pequeno trecho retirado daqui.
Na luta contra o aquecimento global, o cientista Winfried Dochner, da Universidade de Hohenheim, na Alemanha, apresentou uma arma inusitada: pílulas anti-arrotos para vacas, noticia a BBCNews.
O especialista alemão afirma que os arrotos dos ruminantes respondem por cerca de quatro por cento das emissões de gás metano no planeta. E a tendência seria de crescimento, já que o consumo de carne está a aumentar.
«Não podemos evitar esse desenvolvimento. Mas com novos métodos, podemos reduzir a influência das vacas no efeito estufa para até 3 por cento, e ainda economizaremos dinheiro», diz o especialista em nutrição animal Dochner.

Anda Al Gore só de carros híbridos, de preferência Lexus, e vêm estas vacas poluir o nosso ar! É galo, perdão, é vaca!
Antes estavam loucas, agora arrotam! E nem pedem perdão…
Vão arrotar para o raio que as parta!

28 março 2007

Paleodemocracia

(um exemplo muito actual de um paleodemocrata...)

Gil Gonçalves, após algum longo período de ausência, volta-nos a mandar de Luanda, via e-mail, algumas das suas crónicas.
Aqui fica uma, recentemente recebida, sob a "capa" de CRÓNICAS DO REINO DE ABDERA, ALGURES NO GOLFO DA GUINÉ.

PALEODEMOCRACIA

Paleodemocracia é a ciência que estuda os fósseis democráticos.
Aconteceu poucos milhões de anos atrás. Um vulto destaca-se das sombras hostis. É um quadrúpede que se ergue. Admira-se, olha-se, sente-se bípede.
Rodeia-se, espraia os olhos, vê muita coisa. Surgem-lhe os primeiros fulgores de cobiça. Sente-se dominador, bate os punhos com força no peito e celebriza o grito de Tarzan. Alguns dinossauros ainda não extintos paralisam as suas actividades. Intrigam-se nas memórias genéticas pelo retorno do Homo Erectus. Lembram-se do que aconteceu antes. Confraternizam, solidarizam-se, vão para outras paragens porque a paz do pirão foi-se.
Alguns fósseis Paleodemocratas descobertos do Homo Habilis revelam já o talento inato para disputas democráticas. É que nos locais de reunião havia muitos ossos, que sem dúvida provam a utilização sofisticada destes artefactos como meio de pacificação dos espíritos discordantes, do triunfo da minoria e a subjugação da maioria.
O Homo Sapiens (que nome tão estranho, inadequado) recebeu a centelha do raciocínio, do espírito não. As outras espécies esforçavam-se por conviver com tal personagem. Debalde procuraram locais de refúgio longínquos, e depressa verificaram que a saída era o precipício dos suicidas lémures. Apesar dos vigias que alertavam «cuidem-se, vem aí o Homo Destruere!!!» não evitaram a exterminação.
Como Homo Oeconomicus sublimou-se. Menos árvores, mais prédios. A evolução humana é o rápido processo de destruição
Entretanto na margem predial, os contratados Chineses estendem peixinhos no horizontal fio-de-prumo, e o sol ávido seca-os. Duas senhoras idosas observam-nos e lamentam o regresso do tempo perdido.
Contrariando a Teoria da Origem das Espécies por Via de Selecção Natural de Darwin, um fóssil vivo recentemente descoberto, tal celacanto, desafia a imaginação dos Paleodemocratas. O fóssil vivo Australopithecus Mugabis Zimbabuensis que desconseguiu humanizar-se. Um cientista resumiu, apressou-se a comunicar o seu trabalho no Congresso dos Paleodemocratas:
- Liberta-se um escravo, ele liberta-se? Não! Sem formação, o escravo liberto prossegue na servidão. Assim… a África Negra permanecerá eternamente na escravidão, porque não houve libertação. O macaco é livre, o escravo não! A melhor democracia é aquela de fingir. Ainda tem muitas foices, chicotes, martelos e catanas, para ceifar, chicotear, martelar e catanar os verdadeiros democratas.

Gil Gonçalves

27 março 2007

Na RDC, Bemba sente-se em perigo

(Vencedores que não são magnânimos e outros não sabem perder…)

O ex-vice-presidente da República Democrática do Congo, Jean-Pierre Bemba, declarou-se pronto a partir para o exílio se não obtiver garantias de que a sua segurança será respeitada no país.
Numa entrevista ao jornal francês "Le Monde", Bemba acusou o presidente da RD Congo, Joseph Kabila, de querer "desembaraçar-se" dele e alertou contra a instauração de uma "nova ditadura".
(…)"A realidade é que Kabila quer desembaraçar-se de mim. Em duas semanas, mil soldados foram destacados para os arredores da minha residência, criando tensões inúteis na cidade", afirmou Bemba ao "Le Monde", considerando "incrível que num país democrático se utilizem os militares para intimidar um político".”

Porque será que estas três citações ("desembaraçar-se", "nova ditadura" e "militares para intimidar um político") não me soam, mas mesmo nada, estranhas?...
(O artigo acima, publicado no Jornal de Notícias de 27 de Março, pode ser lido, integralmente, acedendo aqui).

O novo aeroporto de Lisboa

(Para os defensores de uma 3ª via, a localização seria a Leste de Rio Frio, salvaguardando-se o montado; imagem ©daqui)
.
Interessante o debate, entre engenheiros, no programa da RTP, “Prós e Contras” sobre a localização e custos do novo aeroporto da região de Lisboa.
Um debate entre os defensores da proposta actual, Ota na região a norte de Lisboa, e os defensores de uma terceira alternativa, em princípio na margem sul, entre a província de Setúbal e o Alentejo.
Interessante ver que há aqueles para quem a Ota é 'o', e não um, facto consumado, para se fazer de imediato e sem delongas e aqueles que sem dizerem que se deve parar já com a Ota, propõem um estudo complementar de ou sobre outras viabilidades.
Porque é que há tanta esta necessidade de se avançar para a Ota a qualquer custo?
Será que existem outros interesses obscuros que alguém faz por não deixar emergir?
Porque se mantém a negação à margem sul do Tejo dado que seria em zonas planas, ao contrário da Ota que está “ladeada” de morros, que passa perto de uma auto-estrada que, no Inverno, não poucas vezes, está envolta em nevoeiro e como um dos oradores relembrou tem a 2 (dois) minutos da embocadura da pista um complexo petroquímico (combustíveis líquidos e gaseificados) em Aveiras de Cima.
Perguntas pertinentes que ficam por clarificar.
Entretanto, alguns números – económicos – foram avançados e pouco, ou nada, clarificados porque como alguém muito bem afirmou, o novo aeroporto de Lisboa é um debate entre "os pagadores de impostos e os gastadores de impostos"!!
Lapidar.

26 março 2007

Abandonados!

(foto ©daqui)

Sob o título acima, o jornal desportivo português A Bola publica, hoje, na sua página 43 o artigo abaixo sobre a participação – ou não – da equipa de natação angolana no Mundial de 2007:
Melbourne – João Matias – Joca – e Nuno Rola que, em Portugal, nadam respectivamente pelo Algés e Belenenses, vieram ao Mundial representar Angola. Tendo chegado nas vésperas do campeonato, e dado que o primeiro saiu de Inglaterra, onde está a estudar, e o segundo de Lisboa, deveriam juntar-se na Austrália ao seleccionar [presumo que seja seleccionador] angolano e outros dois nadadores do Petro de Luanda [quase certamente João Aguiar e Ana Roxiero]. Porém, os dias foram passando… e nada. Ninguém apareceu nem lhes deu qualquer explicação. Todos os contactos que tentaram com a federação de Angola ou o seleccionador foram infrutíferos e só se têm mantido devido ao dinheiro que traziam. Mas não tem sido fácil. Como as inscrições estavam confirmadas, lá vão competindo enquanto o resto dos elementos da equipa têm falta de comparência.
Mau, péssimo demais, para se poder continuar aceitar incúrias como esta e degradação do bom-nome de Angola. E não acredito que o jornal publicasse uma notícia desta sem qualquer fundamento até porque poderão aceder aos links/ligações colocadas entre os […] acima que são da minha responsabilidade e nas provas infra.
Como é possível que o desporto angolano ainda tenha dirigentes que não saibam como deve proteger o nome de Angola?
Um assunto para o senhor Ministro, que tutela o Desporto, se debruçar porque não é primando pela ausência que desenvolveremos o nosso Desporto!
Provas que os atletas deveriam ou deverão participar – e como se pode constatar não seriam só para uma prova, pelo que nem se pode justificar falta de rentabilidade financeira:
. Ana Roxiero:
100 metros mariposa (página 1, 1ªsérie e única ausente); 100 metros livres (participaria no dia 29/Mar, na 3ª série); 50 metros mariposa (participaria no dia 30/Mar, na 3ª série); 50 metros livres (participaria no dia 31/Mar, na 5ª série)
. João Aguiar:
50 metros mariposa (página 2, 9ª série); 100 metros bruços (página 1, 4ª série); 50 metros bruços (participaria no dia 27/Mar, na 8ª série); 100 metros livres (participaria no dia 28/Mar, na 8ª série); 50 metros livres (participaria no dia 30/Mar, na 13ª série) 50 metros costas (participaria no dia 31/Mar, na 5ª série)
. João Matias:
50 metros mariposa (obteve 26,86’’ e 94º como resultado final); 50 metros bruços (participará no dia 27/Mar, na 7ª série); 50 metros livres (participará no dia 30/Mar, na 9ª série); 100 metros mariposa (participará a 30/Mar, na 6ª série)
. Nuno Rola:
100 metros costas (obteve 1.05.55’ e o 75º lugar do ranking); 200 metros mariposa (participará a 27/Mar, na 2ª série); 200 metros costas (participará no dia 29/Mar, na 2ª série); 100 metros mariposa (participará a 30/Mar, na 5ª série)

Missões diplomáticas dos CPLP junto da CPLP…

"De acordo com uma notícia hoje estampada na Manchete do Notícias Lusófonas, o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) terá afirmado que esta organização multinacional e multicultural e política irá alcançar um “prestígio internacional” devido à alteração que está prevista ser feita no seu «Acordo de Sede», para que a CPLP possa criar missões diplomáticas junto desta organização.
Segundo o embaixador Luís Fonseca, numa declaração produzida hoje após uma reunião realizada no MNE português onde se procedeu à assinatura do protocolo que visa a citada transformação do Acordo de sede, esta “alteração vai reforçar o prestígio internacional da CPLP porque passa a ser possível a acreditação dos Estados junto do secretariado e não apenas junto do Governo português” havendo já outros Estados lusófonos, além do Brasileiro, que querem colocar embaixadores junto da CPLP.
Interessante, esta alteração! (...)
"
Parte de um artigo hoje publicado no

Vamos salvar uma biblioteca!

Este enorme grito de alerta recebi via e-mail e está publicado no Tantã Cultural, edição 246, de 22 a 28 de Março.
Porque a cultura não pode nem deve morrer, aqui fica o acesso à biblioteca virtual “Domínio público”.
Vamos lá porque, de facto, há muita matéria de interesse e muita cultura a não deixar morrer!

A Europa nos 50 anos do Tratado de Roma



"Deve-se defender uma Europa social, política e democraticamente unida mas nunca uma Europa unificada sob o comando daqueles que ao longo dos séculos só souberam viver em guerras, em demonstrações fáceis de predomínios, na sua maioria bélicos; dos que para quem a História nunca teve qualquer sentido salvo a exigência do sua influência governativa sobre os restantes; daqueles que nunca tiveram um conceito de Nação; dos que para quem as fronteiras são um obstáculo aos seus principais desígnios: serem donos da Europa. (...)"
Parte de um artigo publicado no blogue “Ser Europeu”, de Liliana de Castro, sob o título “Uma Europa unida, talvez, os EUE não!”; uma referência aos 50 anos do Tratado que instituiu, em Roma, a CEE e a CEEA (25 de Março de 1957).

25 março 2007

Angola faz 6 nos preliminares do CAN2008

(Figueiredo, capitão dos Palancas, marcador do 6º golo – e que golo, segundo a rádio – angolano foto©Angop)

Foi proveitoso e positivo o fim-de-semana futebolístico lusófono; 3 vitórias, 1 empat e duma derrota.
As selecções do Brasil e Portugal atestaram com chapa 4 os seus jogos, de preparação, o dos canarinhos, e de qualificação para o Euro2008, os lusitanos.
Já, na Cidadela, e temendo nova tormenta, os Palancas Negras despacharam, por 6-1, a equipa da Eritreia, a surpresa da primeira jornada do Grupo 6, dado que venceu no Quénia, a equipa local. A chuva de golos, que acabou por ter também a bênção da chuva, teve em Flávio (2 golos), Mantorras, de grande penalidade, Mendonça, de livre directo, Zé Kalanga e Figueiredo os artífices da meia-dúzia.
Angola segue na frente do seu grupo com 3 vitórias em outros tantos encontros.
Já os Mambas conseguiram arrancar um bom empate (1-1) na sua deslocação ao Burkina Faso.
Só se lamenta a derrota de Cabo Verde por 2-0, ainda assim, fora e perante uma equipa como é a Argélia, uma antiga mundialista e com campanhas habituais na alta-roda futebolística.
Mas, lamenta-se ainda mais que a televisão não tenha facultado a hipótese, via ondas “hertzianas”, ou via Internet – para quando as emissões online da TPA? é que nem toda a gente tem capacidade de ter um receptor de satélite em casa –, aos emigrantes de verem a sua selecção dar, por aquilo que se ouviu via rádio – obrigado à RDP-África – um banho de futebol aos eritreus.
Para quando?
Ou será que para os canais lusitanos, uma Grécia-Turquia ou um Israel-inglaterra ou uma Rep. Checa-Alemanha são mais importantes – deve ser por causa da enorme comunidade desses países a residirem em Portugal – que os angolanos, por acaso com cerca de 100.000 residentes, 30.000 dos quais inscritos nos Consulados de Lisboa e Porto, os cabo-verdianos – outra grande comunidade –, ou os outros afro-lusófonos.
Para quando?
Já agora saúde-se a nova campeã africana de sub-17, a Nigéria que bateu o Togo na final por 1-0.

23 março 2007

RDC em ebulição, surpresa?

(Bemba que parece ter estado em Portugal há pouco tempo…)

Ataques e conflitos entre milícias e seguranças do antigo vice-presidente Jean-Pierre Bemba e o exército do presidente Joseph Kabila!
Surpresa? só para quem desconhece a realidade democrato-congolesa, tanto em termos políticos como demográficos.
Surpresa? Só, talvez, por tão tardia.
Infelizmente nada que já não tivesse sido previsto nestas páginas e em outros blogues como, por exemplo, o Escrita em Dia.
Alguém acreditaria que Jean-Pierre Bemba aceitaria, livre e caladamente, a manutenção de Kabila no poder alicerçado em “suportes” externos, principalmente quando alguns desses suportes já o tinham amparado no pré-processo e no pós-processo eleitoral e, também, na formação e modernização do Exército democrata-congolês?
Relembro que os partidários do antigo vice-presidente de Kabila, Bemba, tinham alertado para certas situações anómalas, na região noroeste, verificadas antes, durante e após as eleições. E, tal como em outras vezes, a comunidade internacional limitou-se a afirmar que “no geral” as eleições decorreram normalmente. É mais fácil esconder a cabeça na areia, como as avestruzes.
Porque em caso de ataque, podem sentir mas como não vêem…!
Por isso não surpreende esta situação.
Nem que Kabila, mesmo depois de Bemba ter solicitado, via rádio da ONU, que todos os militares e seguranças voltassem aos quartéis e locais de acantonamento, lhe tenha decretado ordem de prisão por “crimes de alta-traição à República”.
E para ajudar à confusão, Bemba refugiou-se na embaixada da África do Sul.
Surpresa?
Só para quem está esquecido que a fronteira entre a República Democrática do Congo (RDC) e os seus vizinhos dos Grandes Lagos, se mantém instável?
Surpresa?
Só para quem se esqueceu, ou não percebeu, os efeitos que a hipotética e já desmentida invasão angolana à RDC produziria, ou a eventual visita de uma delegação da República Popular da Coreia (Coreia do Norte) à RDC!?
Igualmente publicado no sob o título "A RD'Congo em plena ebulição, surpresa para quem? "

22 março 2007

Paiol de Maputo volta a explodir

(pessoas fogem das explosões; foto via TV)
Depois de 1993 (ou 83) e do ano passado, o Paiol de Maputo, próximo do aeroporto e do bairro de Malhazine, onde se sentiu o maior impacto, volta a explodir por razões que, no mínimo, são estranhas.
Segundo o Ministério da Defesa as explosões verificaram-se devido a deficiências eléctricas, mais precisamente, devido a um curto-circuito.
Ora de acordo com informações que obtive de Maputo no local não há energia eléctrica. Mais grave ainda, é o facto deste paiol estar quase em situação de quase total ostracismo desde a retirada do exército colonial, mantendo-se lá, material deste período e material obsoleto da época em que a Frelimo tinha o seu exército.
A ser verdade esta constatação é uma grave incúria.
Incúria essa que já resultou, até ao momento em que estou a escrever e de acordo com informação de Maputo, em 15 mortos oficiais e inúmeros feridos havendo um autêntico caos no Hospital Central de Maputo e na cidade.
.
ADENDA: De acordo com o portal noticioso "Canal de Moçambique" esta é a 2ª (SEGUNDA) explosão em 3 (TRÊS) meses. Inconcebível; como também é inadmissível isto. Ver informações também aqui. Entretanto o último balanço provisório já eleva para 72 o número de vítimas mortais e mais de 3 centanas de feridos.
Até quando os paóis continuarão dentro das nossas cidades?!

Assassínio em Nangpa Pass

(Tibete, uma questão política e estrategicamente esquecida; foto ©Nilton Pavin)

Não é o título de nenhum livro policial! Antes fosse!
Somente um vídeo, um impressionante e cru vídeo, que Carlos Narciso nos faculta, no seu brilhante “Escrita em Dia”, num apontamento intitulado “Assassinos de olhos em bico”, já aqui por mim referenciado em Outubro passado, mas que nunca tinha visionado, sobre o “tiro ao alvo” de um soldado chinês desportivamente – provavelmente preparava-se para os Jogos Olímpicos, na modalidade de tiro “Fosso olímpico” – praticado sobre “peregrinos e refugiados tibetanos que tentavam passar para o Nepal e deste para a Índia a fim de se encontrarem com o Dalai Lama” e que os dirigentes chineses, através da agência de notícias estatal, acusaram de ter disparado primeiro levando à “legítima” resposta chinesa.
E também já nessa altura questionava sobre o que iriam " fazer os paladinos da liberdade, nomeadamente os eurocratas e os norte-americanos? Até quando continuarão com o Tibete em agenda esquecida?"
Continuo sentado à espera da resposta que, provavelmente e por certo, como também alguém terá comentado no citado artigo de Carlos Narciso, nada se fará até aos Jogos Olímpicos, pelo menos.
E, depois, também não.
Há muito dinheiro chinês a correr nas bolsas mundiais. Não esquecer que o tesouro americano parece já estar, e muito, nas mãos de financeiros chineses e do Banco Central da China.
Ora, assim sendo quem irá pôr em causa as “liberdades” chinesas.
Mesmo que estas se simbolizem em simples caminhantes tibetanos tornados iguais a simples alvos.
Tal como o documentário reproduzido no "Escrita em Dia" não incomoda quer as autoridades de Beijing ou a Comunidade Internacional, também é ponto assente que a China será mais um que o TPI nunca irá incomodar!

21 março 2007

Angola com polícias no Zimbabué? - artigo

De acordo com uma notícia da Rádio Ecclésia – Emissora Católica de Angola – e citada pelo portal Angonotícias, mas cuja fonte está num jornal zimbabueano, Angola estará a preparar o envio de 3000 polícias da força de Intervenção Rápida (PIR) para ajudar a conter a onda de violência no Zimbabué.
Parece-me que há aqui alguns erros gráficos e estratégicos na notícia. Senão vejamos:
a) Que violência Angola vai ajudar conter? A do poder mugabeano ou a que é exercida por prosélitos de Mugabe que persistem em dinamitar uma paz social no Zimbabué?
b) Muito dificilmente Angola poderá ajudar a conter uma Paz social num país estrangeiro quando não sabe fazê-lo em casa.
c) O que o PIR irá fazer é ajudar a manter Paz mugabeana consubstanciada na manutenção do poder e nunca uma Paz social zimbabueana.
d) A confirmarem-se estas notícias Angola está em clara contradição com o que pensam os povos e alguns dirigentes políticos de países limítrofes do Zimbabué e a cúpula da União Africana.
e) E muito importante, sendo Angola uma clara potência regional, já afirmada na região centro e centro-austral de África, acreditam os governantes angolanos que a África do Sul, a incontestável potência regional austral, aceitará esta "intromissão" político-estratégica na sua região de influência?
Porque se Angola quer e pode e tem capacidade para ser também uma potência regional – um Estado-director – deve ter em atenção que os sul-africanos nunca aceitarão que Angola desça da sua natural zona de influência para a parte meridional de África. Isso acarretaria um conflito regional, mesmo que só político e social, preocupante.
Por outro lado, Angola não deve destruir o capital de influência que granjeou nos dois Congos e na contribuição para a resolução dos conflitos dos Grandes Lagos.
Se esta sua hipotética intervenção – vamos admitir que esta notícia mais não é que uma mera hipótese académica para manutenção de um “status quo” que interessa aos partidários de Mugabe – vier ocorrer esse grande capital poderá ser rápido e inabalavelmente diluído.
Será que o governo de Angola quer desbaratar o que custou a ganhar?

Artigo hoje publicado no .

Um quase 3 em 1

Hoje, 21 de Março, dia do equinócio e início Primavera no Hemisfério Norte, comemoram-se os:

Dia Mundial da Floresta e da Árvore

(Floresta do Maiombe; foto ©daqui)
Aproveitando a data relembro este apontamento aqui deixado há dias. Como gostaria de saber que também o meu país aderiu, em pleno, à ideia com medidas como, por exemplo, a manutenção de uma racional exploração da rica floresta do Maiombe, Cabinda, ou plantações de árvores a sul de Benguela para a contenção do natural avanço do deserto do Namibe.

Dia Mundial da Poesia

As Águas
A chuva regressou pela boca da noite
Da sua grande caminhada
Qual virgem prostituída
Lançou-se desesperada
Nos braços famintos
Das árvores ressequidas!(...)
(Podem continuar a ler este belo poema, que celebra a água e as árvores, de Onésimo Silveira, no Malambas)

E... amanhã, 22 de Março, vamo-nos lembrar do
Dia Mundial da Água

(Quedas de Kalandula/Duque de Bragança, Malange, Angola - foto de ©Henrique J.C. Oliveira, Março/1974)

19 março 2007

Porquê chegar a isto?

Foi preciso haver a detenção de Mantorras, em Lisboa, e de portugueses, em Angola, para que um caso simples, de resolução, como se comprova, muito simples, fosse rapidamente resolvido entre dois Ministros e dois Directores-gerais e a partir de hoje existir uma norma transitória para recíproca utilização das cartas de condução entre os dois países.
Não podiam ter resolvido esta questão na ida do primeiro-ministro português, José Sócrates, a Luanda?
Porquê chegar a este ponto?
Foi para ver quem tinha um braço-de-ferro mais forte?

Poesia em Luanda

(Também pode ser poesia; Até depois, se despede o navio; uma foto de ©BRB)

No próximo dia 20 de Março, véspera do Dia Mundial da Poesia, a Editora Nzila, em colaboração com a União de Escritores Angolanos, apresenta-nos a última obra poética de Carlos Ferreira (Cassé), “Até Depois”.
Uma boa prenunciação para o Dia Mundial da Poesia

A Ti Pai!

Há alturas, mesmo quando já está muito doente, ou talvez por isso mesmo, em que sentimos a falta da sua proverbial calma, ponderação e força.
Porque este poema que li no Mundo Jovem reflecte o que sinto, em Tua Homenagem, o coloquei no Malambas.

Ainda do Gana ao Zimbabué - artigo

Sob o título "Do Pai da Moderna Independência Africana ao Mugabe Despótico" um artigo de opinião publicado no Correio da Semana, edição 107, de 17/Março/2007.
"No passado dia 6 de Março o Gana comemorou o 50º aniversário como estado independente.
E como “prenda” pelas bodas de ouro, os 53 Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), reunidos em Adis-Abeba, decidiram entregar a presidência rotativa da UA ao Gana.
Foi o primeiro Estado independente africano do pós-II guerra mundial. O primeiro sob efectivo auspício das Nações Unidas.
Um Estado sob colonização inglesa; na altura estes entregaram a independência a um príncipe ashanti, Kwame Nkrumah, que consideravam, incorrectamente como comprova a História, como sendo o mais digno e, na altura, único representante da antiga casa imperial que remontava ao império do Ghana – basta ler a magnífica obra do historiador Ki-Zerbo “História da África Negra” ou, procurar uma pequena ajuda no meu ensaio “África – Trajectos Políticos, Religiosos e Culturais”, para constatar o erro geo-histórico britânico. Herdeiro ashanti do reino de Daomé (da expressão ashanti “Dan Ho Mé – no ventre de Dan”) sim; nunca do império do Ghana. (...)
"
Pode continuar a ler na minha página-pessoal/artigos.

Iraque, 4 anos de desespero

"Na ocasião em que se relembra(?) os 4 anos da invasão do Iraque para a deposição de Saddam Hussein - e quase destruição de um país secular -, um artigo feito nas vésperas da reunião dos Açores entre o presidente Bush e os primeiros-ministros do Reino Unido, Espanha e Portugal.
Este artigo foi, em tempo útil, enviado para publicação no Jornal de Angola, não sabendo se, alguma vez, foi publicado dado que nunca se dignaram a confirmar apesar das mensagens enviadas e, que eu o sei, foram recebidas e lidas.
Porque, apesar do espaço temporal decorrido, parece não estar desactualizado, ponho à disposição de todos para lerem e criticarem!
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O IRAQUE NA CIMEIRA DOS AÇORES
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Quando estas linhas forem publicadas, já se terá realizado a principal cimeira do pós-Guerra Fria e da era nuclear e que, em certa medida, se perspectiva ser uma reunião onde Postdam e Yalta se confundirão, a Cimeira dos Açores – também chamada por alguns analistas, como a Cimeira da Guerra – que reuniu à mesma mesa e com o mesmo fim, os Chefes de Governo de Portugal, Durão Barroso, do Reino Unido, Tony Blair, do Reino da Espanha, José Maria Aznar, e o presidente dos Estados Unidos da América do Norte, George W. Bush.
Nesta Cimeira se decidirá da Diplomacia da Paz, da Guerra e, ou, acima de tudo, de um Ultimatum ao Iraque e, em certa medida, aos membros da Comunidade Internacional que estão com dúvidas. De entre eles estão os três Estados africanos com assento não-permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, com destaque para Angola, o Chile e o México – que entre os membros não-permanentes são os que mais têm resistido ao uso imediato da força no Iraque, – a França, a Rússia e a China, membros com direito de veto. (...)
"
Pela actualidade publicado no portal /jornalista; pode continuar a ler acedendo aqui.

18 março 2007

Angola e Zimbabué solidários

As vozes dentro da União Africana não firmam pela mesma diapasão.
Apesar de haver, e cada vez mais dentro de África, muitas vozes, contrárias às atitudes do presidente Robert Mugabe no Zimbabué, nomeadamente, à sua política repressiva antidemocrática, há quem esteja solidário com aquele autocrata africano. Surpresa, talvez não!
Basta ler este artigo, assinado por Jorge Heitor, hoje no matutino português Público:
«O ministro angolano do Interior, Roberto Leal Monteiro, "N"Gongo", declarou ontem em Harare que as autoridades de Luanda se solidarizaram com a forma como a polícia do Zimbabwe ter vindo a "conter casos de violência, de modo a manter a paz e a segurança", noticiou a rádio estatal, citada pela agência noticiosa alemã DPA. Entretanto, o responsável pela Comissão da União Africana, Alpha Oumar Konaré, incitou "todas as partes do conflito a encetarem um diálogo sincero e construtivo para resolver os problemas do Zimbabwe".»
Mas também já nem os seus prosélitos escapam:
«Por outro lado, acusou alguns quadros do seu próprio partido, a ZANU - Frente Patriótica, de conspirarem contra ele com a ajuda de países ocidentais que, no seu entender, estão a sabotar a economia do país: "Líderes ambiciosos têm feito acordos com os britânicos e os americanos".»
Porque será?

Em Sacavém vivem…

… descendentes de africanos, ciganos e naturais!
(parte mais substantiva de uma reportagem de uma repórter da RTP1, no noticiário das 13,00, hoje sobre acontecimentos ocorridos em Sacavém, arredores de Lisboa).
Sem comentários!!!

16 março 2007

Piadas do mundo neo-rural

Agora que a China está só a um pequeno - mas demasiado grande - ponto de ser cumprida a vontade de Deng Chiao Ping "Um País, Dois Sistemas" com a aceitação, desde hoje, da propriedade privada - só falta a integração de Taiwan no regime -, uma pequena piada da vida neo-ruralizada e que pode, no futuro, ou talvez já, acontecer também na China Popular:

De manhãzinha, o telefone toca...

"Alô, patrão? Aqui é o Ernesto...o caseiro de tua casa de campo."

"Ah sim, Ernesto. O que posso fazer por você?Aconteceu alguma coisa?"

"Uh... Estou ligando para avisá-lo,patrão, que seu papagaio morreu."
"Meu papagaio? Morreu? Aquele que ganhou a competição internacional de fala?"

"Sim, patrão...esse mesmo!"
"Caramba! Que azar! Gastei uma pequena fortuna com esse pássaro. Mas ele morreu de que?"

"De comer carne estragada, patrão."


"Carne estragada? E quem foi que lhe deu carne estragada?"
"Ninguém, patrão, ele comeu a carne do seu cavalo morto!"

"Cavalo morto? Que cavalo morto?"
"Aquele que ganhou a corrida no último Derby. Ele morreu de ataque cardíaco depois de puxar a carroça com as pipas de água."
"Você está ficando louco? Que carroça com pipas de água?"
"A que usei pra apagar o incêndio, patrão!"
"Deus do céu! De que incêndio você está falando, homem?"
"O incêndio na tua casa, patrão! Uma vela caiu perto da cortina e começou o incêndio."
"Mas que..!! A casa tem eletricidade!! Pra quê diabos foi usada essa vela?"
"Para o funeral, patrão."
"QUE RAIOS DE FUNERAL?"
"O funeral da tua esposa, patrão. Ela apareceu aqui numa noite escura e eu pensei que era um ladrão. Então bati nela com aquele seu novo taco de golf que o senhor ganhou do Tiger Woods."
Após uma longa pausa e completo silêncio...
"Ernesto, se você quebrou esse taco, você é um homem morto!

É só corrupção?!

É o que se pode entender desta circular da Direcção-Geral de Viação (DGV) portuguesa e hoje referenciada no Notícias Lusófonas.
Segundo a tal circular, com cabeçalho do Ministério da Administração Interna (MAI), só podem ser substituídas por licenças de condução portuguesas, sem novos exames, as emitidas “«pela administração portuguesa em Moçambique (até 25.06.1975), em Cabo-Verde (até 5.07.1975), em São Tomé e Príncipe (até 12.07.1975), na Guiné-Bissau (até 10.09.1974), em Angola (até 11.11.1975)»” ou as de “Timor-Leste (até 28.11.1975) e de Macau (até 19.12.1999)”.
Ou seja, todas as emitidas posteriormente enfermam de uma clara e inequívoca doença: NÃO SÃO VÁLIDAS!
Porque, provavelmente, na concepção do MAI e da DGV as cartas obtidas naqueles países deverão ter sido todas compradas com “gasosas”.
Até porque já se sabe que Angola está, segundo a Transparency International, entre os países mais corruptos do Mundo, mas...
Mas, já as obtidas em países como o Azerbeijão, o Zimbabué, ou a República Democrática do Congo – países onde a corrupção nunca existiu, provavelmente, – signatárias da Convenção de Viena sobre o Tráfego Rodoviário já não é lhes exigido esse requisito!
Por favor tenham dó e não insultem a inteligência dos países membros da CPLP que já, por si só, está muito desacreditada.
Mais vale o Estado português dizer, e de uma vez, que nada quer com a CPLP!!!
Também razões não faltam para que isso seja um facto consumado. Basta relembrar que o Brasil aguarda, há cerca de um ano, a autorização portuguesa para ter um embaixador residente junto daquela organização multinacional…
E já agora, só por mera curiosidade, porque diabo a juíza que ouviu hoje Mantorras no Tribunal de Seixal, no caso da carta angolana, quis, segundo noticiou a RTP no seu noticiário da 13 horas, saber quanto ganhava? Seria para calcular o valor da multa que havia de aplicar?
Estranho, não é?
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NOTA: Entretanto, no Tribunal de Viana, arredores de Luanda, alguns portugueses cujas cartas foram apreendidas no final da semana passada, foram condenados a 20 dias de detenção remíveis a pagamento em dinheiro (aproximadamente de 61 mil kwanzas, cerca de 640 euros).
Dois dos portugueses foram absolvidos por terem em seu poder a Carta Internacional.

15 março 2007

Porque hoje é 15 de Março… - artigo

"… e há dois dias foi 13 de Março!
Como diria um “La palissiano” que é uma evidência tão incontestável. Basta olhar o calendário. Pois é! Mas há quem não se tenha apercebido do facto.
Por exemplo, o Jornal de Angola excepto no cabeçalho – e porque, provavelmente, é automático – não parece saber que dia é hoje.
Pode-se não gostar de quem esteve por detrás das duas citadas datas.
Pode-se não gostar porque esse é um direito de quem quer ser livre.
Mas se há algo que não se pode esconder da História isso são as datas e, principalmente, se são datas históricas.
E para Angola, a par do 4 de Janeiro, do 4 de Fevereiro, 22 de Fevereiro, 4 de Abril e do 11 de Novembro, o 13 e o 15 de Março são, igualmente, duas datas históricas que não podem, nem devem, ser olvidadas.
(...)"
Sobre esta temática, um artigo no ; podem acedê-lo aqui.

Alguém se esqueceu das datas…

As alterações ocorridas em Janeiro passado pelo ministro da comunicação social, Manuel Rabelais, deixavam uma esperança no ar. Que a comunicação social estatizada – leia-se, órgãos oficiais de um partido político – deixavam de estar ao serviço de uns quantos para estar ao serviço do povo angolano.
Uma aspiração legítima que se saudou e que o próprio Ministro fez questão de deixar no ar essa legítima intenção!
Mas parece que os novos directores e chefes de redacção dos referidos órgãos não estiveram intelectual e auditivamente presentes, porque fisicamente, sim, na tomada de posse e não ouviram as palavras do Ministro.
Só assim se explica que três dos principais – únicos – órgãos informativos estatais primam pela ausência de qualquer referência ao 15 de Março de 1961.
Se a data de 13 de Março de 1966 é, apesar da sua importância histórica, mais de cariz político, porque reflecte a criação de um partido, a UNITA e não a data que, oficialmente, começou a luta guerrilheira – essa foi na noite de Natal de 1966(?), em Luau (Teixeira de Sousa) –, e se o primeiro acto revolucionário ocorreu no 4 de Fevereiro de 1961, já o 15 de Março de 1961 marca o inicio oficial das lutas guerrilheiras pela Libertação Nacional.
Porque, independentemente de eventuais conotações políticas que lhas imputem, há quem não esqueça as datas mais importantes do país, e eu não esqueço, aqui fica a lembrança aos directores dos órgãos informativos caso, por acaso, façam o favor de ler estas linhas.

14 março 2007

Campanha “plantemos 1 bilhão de árvores”.

(“Miradouro da Lua”, próximo de Luanda; procuremos que a terra não fique assim)

A ecologista queniana Wangari Maathai, laureada pela Paz, desafiou a população mundial a plantar um bilhão de árvores em 2007, como forma de minorar os efeitos de estufa que alguns países persistem em ignorar.
A iniciativa de Maathai, conta com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e de alguns países que já aderiram ao projecto.
O Uganda perfila-se, neste momento, como um dos mais activos tendo plantado já mais de 1 milhão de árvores. Mas outros países africanos, nomeadamente o Senegal e o Quénia, mas, também e a nível de particulares, Moçambique, Mali e Marrocos, estão na corrida pela melhoria do ar do planeta.
Na Europa o destaque vai para a Sérvia (cerca de 200 mil árvores), Espanha e França que já plantaram cada mais de 30 mil árvores, cada. Em Portugal, o Parque Biológico de Gaia e Escolas de Vila Real (na região norte de país) e a Câmara de Odivelas, no sul, foram algumas das instituições e entidades portuguesas que abraçaram o desafio, tendo contribuído, os primeiros, com 150 carvalhos – procurando recuperar um floresta indígena em extinção –, e 2050 árvores de outras espécies.
E como seria interessante que outros países, nomeadamente, os que mais próximos estão dos desertos também abraçassem este desafio.
Quem sabe se da parte de países como os EUA, Austrália, Rússia e China não teriam a ajuda “desinteressada”, porque é incómoda esta iniciativa, na rega e sobrevivência das árvores plantadas…
Poder-se-ia recuperar algum terreno ao deserto, ou pelo menos, estancá-lo!