É possível que o que o repórter tenha visto fosse verdade.
Mas isso, e nesse aspecto concordo com as críticas públicas do Bispo auxiliar de Luanda, D. Anastácio Kahango, não deveria ser dito publicamente e em directo mas denunciado às autoridades e, só na ausência de alguma atitude destas, feita a denúncia pública.
O repórter da Rádio Ecclésia terá dito pelos microfones que os socorristas só se preocupavam em procurar dinheiro entre os escombros em vez de vítimas.
Uma acusação grave que não acredito que fosse generalizado como o repórter fez crer.
Mas, não deixa de ser um pouco estranha a rápida ida do Bispo aos microfones da Rádio Ecclésia para atacar o repórter.
D. Anastácio Kahango quis prestar a merecida homenagem aos socorristas e ao seu labor na incessante busca de vítimas. Poderia e deveria tê-lo feito sem colocar em causa o trabalho do repórter. Ao fazê-lo e do modo como o fez acabou mais por sancionar as palavras críticas do repórter do que apagá-las.
E se lembrarmos que já não é a primeira vez que um repórter da Rádio Ecclésia é desautorizado pelos seus superiores eclesiásticos começa a ser preocupante esta atitude da Rádio Ecclésia.
Será que temem ser calados antes das eleições como já o tentaram com a Rádio Despertar?
Mais importante que denunciar o repórter e a sua falta de sensibilidade perante o drama dos luandenses o senhor Bispo deveria criticar os responsáveis – onde é que eles estão? – do DNIC por o edifício ter começado a ruir à 1 da manhã – ou às 23 horas, mais grave ainda, como afirma um dos sobreviventes preventivamente detido – e nada terem feito para retirar as pessoas antes da derrocada total às 4,30 da manhã que já provocou mais de dezena e meia de vítimas cujo o único crime oficial!!! era estarem no local errado à hora errada.
Essa é que seria uma atitude corajosa do senhor Bispo!
31 março 2008
SADC considerou-as livres e transparentes…
… quanto mais não seja porque foi registado pelos membros da SADC que as urnas eram totalmente transparentes!
No resto constata-se que as eleições foram um “fiasco” para o poder dado a enorme afluência às urnas e o facto de todos os observadores, incluindo a “insuspeita” Comissão Nacional de Eleições (ZEC), totalmente dominada por Mugabe, reconhecer, ao contrário do inicialmente previsto – ainda antes das eleições terem acontecido –, o empate técnico que se verifica entre a oposição do MDC e o ZANU-PF, já com 12 eleitos cada.
É claro que se os militares e polícias, que, nos últimos dias, tanto afirmaram que não permitirão outro vencedor que não Mugabe, impuserem a sua vontade, o Parlamento zimbabueano continuará a ser dominado pelo ZANU-PF e pelos amigos de Mugabe, dado que este tem prorrogativa de eleger alguns dos deputados. Mas, ainda assim, dificilmente conseguirão obter a maioria qualificada que tanto desejam para alterarem a actual Constituição.
Vamos aguardar serenamente os resultados que só deverão ser definitivamente afixados no próximo dia 4 de Abril pela ZEC.
Até lá, a vitória reclamada pela oposição poderá ser cozinhada à vontade de Mugabe e da sua ZEC, salvo se, desta vez, os dirigentes afro-austrais mostrarem, inequivocamente, o cartão vermelho a Mugabe e lhe afirmarem que não aturarão mais fraudes como as verificadas nas eleições de ontem.
O problema é que quem comanda os observadores da SADC vai a eleições em breve e também não as quer perder…
No resto constata-se que as eleições foram um “fiasco” para o poder dado a enorme afluência às urnas e o facto de todos os observadores, incluindo a “insuspeita” Comissão Nacional de Eleições (ZEC), totalmente dominada por Mugabe, reconhecer, ao contrário do inicialmente previsto – ainda antes das eleições terem acontecido –, o empate técnico que se verifica entre a oposição do MDC e o ZANU-PF, já com 12 eleitos cada.
É claro que se os militares e polícias, que, nos últimos dias, tanto afirmaram que não permitirão outro vencedor que não Mugabe, impuserem a sua vontade, o Parlamento zimbabueano continuará a ser dominado pelo ZANU-PF e pelos amigos de Mugabe, dado que este tem prorrogativa de eleger alguns dos deputados. Mas, ainda assim, dificilmente conseguirão obter a maioria qualificada que tanto desejam para alterarem a actual Constituição.
Vamos aguardar serenamente os resultados que só deverão ser definitivamente afixados no próximo dia 4 de Abril pela ZEC.
Até lá, a vitória reclamada pela oposição poderá ser cozinhada à vontade de Mugabe e da sua ZEC, salvo se, desta vez, os dirigentes afro-austrais mostrarem, inequivocamente, o cartão vermelho a Mugabe e lhe afirmarem que não aturarão mais fraudes como as verificadas nas eleições de ontem.
O problema é que quem comanda os observadores da SADC vai a eleições em breve e também não as quer perder…
29 março 2008
Zimbabué eleições sob espectro da fraude
E são africanos que o afirmam.
E se considerarmos que só estiveram presentes observadores da União Africana e da SADC, por parte de África, e da Venezuela e China como externos – os Direitos Humanos aproximam-nos – poderemos concluir que África não está com Mugabe.
Segundo observadores africanos de uma das organizações continentais tarão sido detectados eleitores fantasmas – cerca de 8500 – numa circunscrição onde só haviam cerca de 25 mil eleitores.
E diz Mugabe que nunca fez trafulhas. Olha se fizesse…
Dado que a maioria dos opositores a Mugabe estão fora das zonas residenciais e como foram milhares os que quiseram colocar o seu voto nas urnas vamos aguardar pelo escrutínio final, sabendo de antemão que Mugabe vai ser o vencedor até porque os comandantes das polícias já o afirmaram não admitir que qualquer outro seja eleito em seu lugar.
Ou seja, ou Mugabe é vencedor, ou, então, Mugabe ganha as eleições ou, por fim, vamos ter Mugabe como o eleito. Ninguém quer um banho de sangue na região e os presidentes que o rodeiam, mais do que o temerem, tremem só de pensar no que poderiam lhes acontecer caso Mugabe não fosse eleito para novo mandato.
É que os presidentes vizinhos têm pautado por calarem as injustiças que se tem praticado no Zimbabué.
E se considerarmos que só estiveram presentes observadores da União Africana e da SADC, por parte de África, e da Venezuela e China como externos – os Direitos Humanos aproximam-nos – poderemos concluir que África não está com Mugabe.
Segundo observadores africanos de uma das organizações continentais tarão sido detectados eleitores fantasmas – cerca de 8500 – numa circunscrição onde só haviam cerca de 25 mil eleitores.
E diz Mugabe que nunca fez trafulhas. Olha se fizesse…
Dado que a maioria dos opositores a Mugabe estão fora das zonas residenciais e como foram milhares os que quiseram colocar o seu voto nas urnas vamos aguardar pelo escrutínio final, sabendo de antemão que Mugabe vai ser o vencedor até porque os comandantes das polícias já o afirmaram não admitir que qualquer outro seja eleito em seu lugar.
Ou seja, ou Mugabe é vencedor, ou, então, Mugabe ganha as eleições ou, por fim, vamos ter Mugabe como o eleito. Ninguém quer um banho de sangue na região e os presidentes que o rodeiam, mais do que o temerem, tremem só de pensar no que poderiam lhes acontecer caso Mugabe não fosse eleito para novo mandato.
É que os presidentes vizinhos têm pautado por calarem as injustiças que se tem praticado no Zimbabué.
“O Prédio” caiu, enfim!
(foto Angonotícias)
Gil Gonçalves, nas suas crónicas de Luanda, já vinha há um tempo alertando, em crónicas no diário moçambicano O Observador, para a situação precária como estava o edifício da Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) e como ninguém ligava ao assunto.
Como não há nada que mais aborreça do que se ter razão, o edifício ruiu esta madrugada com cerca de 115 pessoas que lá estavam detidas ou em trabalho, incluindo cerca de 10 mulheres e duas crianças com 3 dias e 2 anos.
E o mais grave é que o edifício começou a ruir à 1 da madrugada e ruiu completamente às 4,30 horas. Incúria completa quem estava à frente do DNIC e que devem ser devidamente responsabilizados, face às vítimas já conhecidas.
Quando se consta que Miala e os seus colegas poderão estar em vias de serem soltos, quando se sabe que uma das colegas de Miala se prepara para entrar em greve de fome, e quando o processo FASEDA está no bom caminho com a detenção de mais um elemento das chamadas Forças Armadas de Segurança Estratégica de Angola, a ruína do DNIC parece que foi um bem que aconteceu a Luanda.
Só esperemos que não hajam mais vítimas mortais que as 3 já confirmadas.
Só desejamos que as autoridades deixem de considerar antipatriotas ou contra-revolucionários todos os que alertam para casos como o que ocorreu hoje e deixem o Laboratório de Engenharia de Angola inspeccionar todos os edifícios públicos da capital, nomeadamente aqueles que têm sido alvo dos ataques furiosos da natureza.
Gil Gonçalves, nas suas crónicas de Luanda, já vinha há um tempo alertando, em crónicas no diário moçambicano O Observador, para a situação precária como estava o edifício da Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) e como ninguém ligava ao assunto.
Como não há nada que mais aborreça do que se ter razão, o edifício ruiu esta madrugada com cerca de 115 pessoas que lá estavam detidas ou em trabalho, incluindo cerca de 10 mulheres e duas crianças com 3 dias e 2 anos.
E o mais grave é que o edifício começou a ruir à 1 da madrugada e ruiu completamente às 4,30 horas. Incúria completa quem estava à frente do DNIC e que devem ser devidamente responsabilizados, face às vítimas já conhecidas.
Quando se consta que Miala e os seus colegas poderão estar em vias de serem soltos, quando se sabe que uma das colegas de Miala se prepara para entrar em greve de fome, e quando o processo FASEDA está no bom caminho com a detenção de mais um elemento das chamadas Forças Armadas de Segurança Estratégica de Angola, a ruína do DNIC parece que foi um bem que aconteceu a Luanda.
Só esperemos que não hajam mais vítimas mortais que as 3 já confirmadas.
Só desejamos que as autoridades deixem de considerar antipatriotas ou contra-revolucionários todos os que alertam para casos como o que ocorreu hoje e deixem o Laboratório de Engenharia de Angola inspeccionar todos os edifícios públicos da capital, nomeadamente aqueles que têm sido alvo dos ataques furiosos da natureza.
28 março 2008
Derrubado por uma gripe
(imagem google)
Se há algo de que já quase não me recordava, era sentir-me inoperante e sem vontade de fazer nada, rigorosamente nada, excepto me manter deitado e quente.
Uma simpática gripe conseguiu colocar-me no estaleiro.
O que alguns tentaram e com pouca subtileza, uma simples gripe conseguiu-o com uma limpeza.
Senti-me, durante toda esta semana, como se fosse um saco de areia onde um grupo de boxeurs se divertiu a socar, socar, socar.
Ainda sinto um pouco combalido, mas como o Mundo não pára e o senhor Mugabe é como a pescada, ou seja, antes do voto introduzido já está eleito pelo voto dos que se aparam no The Herald ou nas projecções da Universidade zimbabueana e o seu partido já sabe que tem a maioria qualificada nas próximas constituintes, vou me deitar para acabar de recuperar esperando que o que acabei de escrever seja só um desvario febril e Zimbabué acorde, manhã, sob um novo e radioso sol de liberdade e que Mugabe tenha percebido, enfim, que o País, mesmo depauperado, vale muito mais que ele.
Uma simpática gripe conseguiu colocar-me no estaleiro.
O que alguns tentaram e com pouca subtileza, uma simples gripe conseguiu-o com uma limpeza.
Senti-me, durante toda esta semana, como se fosse um saco de areia onde um grupo de boxeurs se divertiu a socar, socar, socar.
Ainda sinto um pouco combalido, mas como o Mundo não pára e o senhor Mugabe é como a pescada, ou seja, antes do voto introduzido já está eleito pelo voto dos que se aparam no The Herald ou nas projecções da Universidade zimbabueana e o seu partido já sabe que tem a maioria qualificada nas próximas constituintes, vou me deitar para acabar de recuperar esperando que o que acabei de escrever seja só um desvario febril e Zimbabué acorde, manhã, sob um novo e radioso sol de liberdade e que Mugabe tenha percebido, enfim, que o País, mesmo depauperado, vale muito mais que ele.
24 março 2008
Nem todas as batalhas são para celebrar, mas para meditar
(Helicóptero russo capturado na batalha de Cuito Cuanavale e, mais tarde, usado pelas FALA (UNITA) - foto Notícias Lusófonas)
Celebrar batalhas em vésperas de eleições não me parece que seja pertinente, nem curial e muito menos inteligente.
O MPLA – leia-se um certo sector do MPLA que teme a perca de benefícios adquiridos – e os antigos aliados cubanos estão a comemorar os vinte anos da Batalha de Cuito Cuanavale (23 de Março de 1988) onde centenas de angolanos pereceram às ordens de interesses externos, pensando cada uma das partes angolana que defendia valores e ideais.
Nessa, como em outras batalhas que se seguiram, os ideais foram muitas vezes subjugados pelos interesses das duas superpotências e dos seus aliados.
Nessa como em outras batalhas que se seguiram, os valores foram aniquilados em favor dos interesses instituídos esquecendo-se as mais elevadas qualidades que devem nortear a condição humana, como se verificou com a exposição degradante do corpo do “Mais Velho” e como ele foi “traído” pelos seus aliados.
Por isso, não me parece que seja pertinente, em véspera de eleições celebrar um Batalha cujo alcance vitorioso ainda está longe de ser qualificado e quantificado, principalmente quando o interesse final era desalojar a Jamba, facto que não só não aconteceu como acabou por se sentir reforçado.
Compreende-se que os cubanos desejem essa celebração porque reflecte o espírito internacionalista que norteia o exército e o poder castrista.
Mas angolanos celebrarem uma Batalha onde irmãos se digladiaram até à morte para júbilo de outros que viram as suas armas serem testadas com sucesso é incompreensível ou então alguém quer boicotar, antes de o serem, as eleições.
Foi uma Batalha internacionalista entre cubanos, russos, eslavos, sul-africanos e facções angolanas.
Deixem que os cubanos e sul-africanos a celebrem e os angolanos a recordem – leia-se, a meditem – nos locais próprios. Não como celebração, mas como alerta para que não torne a acontecer uma Batalha como aquela em terra-pátria e muito menos entre irmãos.
Vinte anos ainda é muito pouco para se aquilatar da extensão da Batalha. Mas é ainda muito mais recente se considerarmos as eleições que se avizinham.
Celebrar batalhas em vésperas de eleições não me parece que seja pertinente, nem curial e muito menos inteligente.
O MPLA – leia-se um certo sector do MPLA que teme a perca de benefícios adquiridos – e os antigos aliados cubanos estão a comemorar os vinte anos da Batalha de Cuito Cuanavale (23 de Março de 1988) onde centenas de angolanos pereceram às ordens de interesses externos, pensando cada uma das partes angolana que defendia valores e ideais.
Nessa, como em outras batalhas que se seguiram, os ideais foram muitas vezes subjugados pelos interesses das duas superpotências e dos seus aliados.
Nessa como em outras batalhas que se seguiram, os valores foram aniquilados em favor dos interesses instituídos esquecendo-se as mais elevadas qualidades que devem nortear a condição humana, como se verificou com a exposição degradante do corpo do “Mais Velho” e como ele foi “traído” pelos seus aliados.
Por isso, não me parece que seja pertinente, em véspera de eleições celebrar um Batalha cujo alcance vitorioso ainda está longe de ser qualificado e quantificado, principalmente quando o interesse final era desalojar a Jamba, facto que não só não aconteceu como acabou por se sentir reforçado.
Compreende-se que os cubanos desejem essa celebração porque reflecte o espírito internacionalista que norteia o exército e o poder castrista.
Mas angolanos celebrarem uma Batalha onde irmãos se digladiaram até à morte para júbilo de outros que viram as suas armas serem testadas com sucesso é incompreensível ou então alguém quer boicotar, antes de o serem, as eleições.
Foi uma Batalha internacionalista entre cubanos, russos, eslavos, sul-africanos e facções angolanas.
Deixem que os cubanos e sul-africanos a celebrem e os angolanos a recordem – leia-se, a meditem – nos locais próprios. Não como celebração, mas como alerta para que não torne a acontecer uma Batalha como aquela em terra-pátria e muito menos entre irmãos.
Vinte anos ainda é muito pouco para se aquilatar da extensão da Batalha. Mas é ainda muito mais recente se considerarmos as eleições que se avizinham.
19 março 2008
Quando o passado amorfa e o presente bajula…
Porque será que me tenho de curvar perante as duas observações que se seguem de Orlando Castro e que se complementam?
"Tenho sérias dificuldades em entender a razão pela qual, em Portugal, há cada vez mais gente e empresas a seguir o actual exemplo do Sport Lisboa e Benfica.
Isto é, viver orgulhosamente do passado e dar-se por contente em ser segundo."
"O importante num país como Portugal, onde tudo é de faz de conta, é ser filho (mesmo que bastardo) do que enteado (mesmo que legítimo). É ser incompetente e servil, acéfalo e capacho, invertebrado e solícito. Ou seja, curvar-se servilmente perante aqueles de quem depende."
Parece-me que, se no primeiro caso o tiro é certeiro e tem um País claramente objectivado, no segundo caso, e de conversas ultimamente tidas com as mais díspares personalidades não portuguesas, a situação abordada por Orlando Castro é extensiva a outros países genética e umbilicalmente ligados a Portugal.
Há genes que não desmentem a paternidade mesmo que, por vezes, Portugal tenha atitudes que contrariam os objectivos da CPLP e defendidos pelo seu presidente, Cavaco Silva, ou desvirtuem as Convenções Internacionais…
"Tenho sérias dificuldades em entender a razão pela qual, em Portugal, há cada vez mais gente e empresas a seguir o actual exemplo do Sport Lisboa e Benfica.
Isto é, viver orgulhosamente do passado e dar-se por contente em ser segundo."
"O importante num país como Portugal, onde tudo é de faz de conta, é ser filho (mesmo que bastardo) do que enteado (mesmo que legítimo). É ser incompetente e servil, acéfalo e capacho, invertebrado e solícito. Ou seja, curvar-se servilmente perante aqueles de quem depende."
Parece-me que, se no primeiro caso o tiro é certeiro e tem um País claramente objectivado, no segundo caso, e de conversas ultimamente tidas com as mais díspares personalidades não portuguesas, a situação abordada por Orlando Castro é extensiva a outros países genética e umbilicalmente ligados a Portugal.
Há genes que não desmentem a paternidade mesmo que, por vezes, Portugal tenha atitudes que contrariam os objectivos da CPLP e defendidos pelo seu presidente, Cavaco Silva, ou desvirtuem as Convenções Internacionais…
Já não se respeita a Convenção de Viena?
Segundo uma notícia da agência noticiosa portuguesa LUSA, 3 elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) terão entrado no Consulado-Geral do Brasil, em Lisboa, sem solicitar autorização ao cônsul em manifesta infracção ás Convenções Internacionais, nomeadamente, ao facto do Consulado-geral, seja do Brasil ou outrem, ser, oficialmente, território estrangeiro e como tal, só ser possível de ser “invadido” a pedido das autoridades do país em causa ou quando ocorra uma manifesta falta de segurança que possa pôr em causa direitos civis e os responsáveis do “referido território” se encontrem impossibilitados de dar algum acordo ou aval.
E pelo teor da notícia isso não parece ter acontecido. Bem pelo contrário!
Será que em Portugal as autoridades policiais desconhecem a Convenção de Viena sobre Relações Consulares, de 1963 (24 de Abril)?
Talvez seja bom que o Palácio das Necessidades, onde “habita” o Ministério dos Negócios Estrangeiros – são “negócios” , não são “relações” –, comece a esclarecer as suas autoridades policiais das suas naturais limitações.
Talvez que os elementos da PSP ainda não saibam bem o “inglês socialista” actualmente ministrado nas escolas primárias portuguesas – convenhamos que os policiais já devem ter passado por essa escola há uns anos bem largos – e não tenham capacidade para ler a Convenção na língua de Sua Majestade, apesar do Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas português parecer facultar uma versão em português conforme a imagem ao lado. Mas, quanto a isso não há problemas, como também já não tenho idade para esse tal inglês limito-me a ler a versão disponibilizada pelo Ministério das Relações Exteriores brasileiro e nem preciso dos tais 6 anos para compreender o que lá está escrito.
Provavelmente foi isso. No Consulado deveriam estar alguns “perigosos” elementos do professorado português ali a aprender a nova ortografia sem quererem esperar pelos tais incompreensíveis 6 anos de aprendizagem e a PSP pensou que estavam refugiados a preparar mais alguma manifestação. Seria?
E pelo teor da notícia isso não parece ter acontecido. Bem pelo contrário!
Será que em Portugal as autoridades policiais desconhecem a Convenção de Viena sobre Relações Consulares, de 1963 (24 de Abril)?
Talvez seja bom que o Palácio das Necessidades, onde “habita” o Ministério dos Negócios Estrangeiros – são “negócios” , não são “relações” –, comece a esclarecer as suas autoridades policiais das suas naturais limitações.
Talvez que os elementos da PSP ainda não saibam bem o “inglês socialista” actualmente ministrado nas escolas primárias portuguesas – convenhamos que os policiais já devem ter passado por essa escola há uns anos bem largos – e não tenham capacidade para ler a Convenção na língua de Sua Majestade, apesar do Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas português parecer facultar uma versão em português conforme a imagem ao lado. Mas, quanto a isso não há problemas, como também já não tenho idade para esse tal inglês limito-me a ler a versão disponibilizada pelo Ministério das Relações Exteriores brasileiro e nem preciso dos tais 6 anos para compreender o que lá está escrito.
Provavelmente foi isso. No Consulado deveriam estar alguns “perigosos” elementos do professorado português ali a aprender a nova ortografia sem quererem esperar pelos tais incompreensíveis 6 anos de aprendizagem e a PSP pensou que estavam refugiados a preparar mais alguma manifestação. Seria?
17 março 2008
Iraque, 5 anos depois está melhor…
(imagem daqui)
Passados 5 anos sobre a assinatura da sentença dos 3+1 sobre Saddam Hussein e quase 5 anos após a invasão, Dick Cheney, o ainda vice-presidente – está em minúsculas porque não merece mais – dos EUA, diz que o Iraque está muito melhor que o passado, dado que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais.
Não sabemos a que passado o senhor Dick Cheney se refere. Senão vejamos:
No passado ano, cerca de 87 jornalistas morreram no cumprimento do seu dever: informar, mesmo que isso incomode uns quantos, seja no Iraque, seja no Tibete, ou em outro sítio.
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
Até ao momento morreram cerca de 4000 soldados norte-americanos, além de 300 de outras nacionalidades, e umas dezenas de milhares estão feridos cuja gravidade não é quantificável.
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
Os EUA, a braços com uma das maiores crises financeiras desde a 2ª Guerra Mundial gasta, diariamente, uma enorme fortuna na manutenção do actual status quo do Iraque, quer em armamento, quer em vidas humanas perdias ou estropiadas, quer numa imagem deturpada que transmite aos árabes, em geral, e aos iraquianos, em particular.
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
Em cinco anos os EUA gastaram qualquer coisa como cerca de 500 mil milhões de dólares para manter a guerra no Iraque, algo como cinco vezes mais o valor dos prejuízos causados pelo furacão Katrina.
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
Um país que exporta entre 2,2 e 2,9 milhões de barris de petróleo/dia e terá a segunda ou mesmo a maior reserva de petróleo tem a sua população em inúmeras filas para compra do precioso suporte de vida dos automóveis: a gasolina.
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
Com a guerra, entre os confirmados 85.000 e os estimados cerca de 1.000.000 de iraquianos morreram vítimas da guerra e dos inúmeros diários atentados.
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
A população iraquiana está dividida – ao estilo muito britânico e norte-americano – entre xiitas, sunitas e curdos, com outras confissões religiosas a pedirem que ninguém dê por elas.
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
Se socialmente os iraquianos estão divididos, economicamente não estão melhores. Mais de 50% da população está no desemprego e abaixo do limiar da pobreza. Segundo a ONU, dos cerca de 27 milhões de iraquianos, quatro milhões lutam diariamente contra a fome e mais de dez milhões não têm água potável
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
O Ocidente, em geral, e os EUA, em particular, apesar dos iraquianos lhes estarem agradecidos por os livrarem de um assassino fanático e irascível, acham que 5 anos de ocupação já é demais e começam a estar cansados da presença de ímpios e estrangeiros.
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
Os candidatos à presidência norte-americana afirmam que o Iraque já custou muito dinheiro aos EUA e que tem de ser revista esta situação. Também um antigo Chefe militar norte-americano se demitiu por não concordar com a política que lá está a ser implementada.
Mas, não há problemas, dado que para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, foi um esforço bem sucedido, as mudanças são fenomenais e porque ele em Novembro vai dizer adeus, quem vier que fique com o menino nas mãos.
Até lá vão morrer mais uns milhares de iraquianos em atentados, algumas dezenas largas de soldados norte-americanos serão mortos ou feridos, o Mundo continuará a ver atentados a interesses ocidentais nos seus países, mas o petróleo que corre desenfreadamente para valores incompreensíveis, nomeadamente para a Europa, dado que o dólar vale cada vez menos, vai continuar a jorrar para os fundos sem fundos de algumas empresas onde, por acaso, certos senhores da Administração Bush têm interesses.
Mas, quanto a isso não há problemas, nem para o senhor Dick Cheney, nem para o senhor Bush, nem para quem eles continuam a dar guarida, dado que o Iraque está melhor, foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se eles o dizem…
Passados 5 anos sobre a assinatura da sentença dos 3+1 sobre Saddam Hussein e quase 5 anos após a invasão, Dick Cheney, o ainda vice-presidente – está em minúsculas porque não merece mais – dos EUA, diz que o Iraque está muito melhor que o passado, dado que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais.
Não sabemos a que passado o senhor Dick Cheney se refere. Senão vejamos:
No passado ano, cerca de 87 jornalistas morreram no cumprimento do seu dever: informar, mesmo que isso incomode uns quantos, seja no Iraque, seja no Tibete, ou em outro sítio.
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
Até ao momento morreram cerca de 4000 soldados norte-americanos, além de 300 de outras nacionalidades, e umas dezenas de milhares estão feridos cuja gravidade não é quantificável.
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
Os EUA, a braços com uma das maiores crises financeiras desde a 2ª Guerra Mundial gasta, diariamente, uma enorme fortuna na manutenção do actual status quo do Iraque, quer em armamento, quer em vidas humanas perdias ou estropiadas, quer numa imagem deturpada que transmite aos árabes, em geral, e aos iraquianos, em particular.
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
Em cinco anos os EUA gastaram qualquer coisa como cerca de 500 mil milhões de dólares para manter a guerra no Iraque, algo como cinco vezes mais o valor dos prejuízos causados pelo furacão Katrina.
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
Um país que exporta entre 2,2 e 2,9 milhões de barris de petróleo/dia e terá a segunda ou mesmo a maior reserva de petróleo tem a sua população em inúmeras filas para compra do precioso suporte de vida dos automóveis: a gasolina.
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
Com a guerra, entre os confirmados 85.000 e os estimados cerca de 1.000.000 de iraquianos morreram vítimas da guerra e dos inúmeros diários atentados.
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
A população iraquiana está dividida – ao estilo muito britânico e norte-americano – entre xiitas, sunitas e curdos, com outras confissões religiosas a pedirem que ninguém dê por elas.
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
Se socialmente os iraquianos estão divididos, economicamente não estão melhores. Mais de 50% da população está no desemprego e abaixo do limiar da pobreza. Segundo a ONU, dos cerca de 27 milhões de iraquianos, quatro milhões lutam diariamente contra a fome e mais de dez milhões não têm água potável
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
O Ocidente, em geral, e os EUA, em particular, apesar dos iraquianos lhes estarem agradecidos por os livrarem de um assassino fanático e irascível, acham que 5 anos de ocupação já é demais e começam a estar cansados da presença de ímpios e estrangeiros.
Mas, não há problemas, para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, já que foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se ele o diz…
Os candidatos à presidência norte-americana afirmam que o Iraque já custou muito dinheiro aos EUA e que tem de ser revista esta situação. Também um antigo Chefe militar norte-americano se demitiu por não concordar com a política que lá está a ser implementada.
Mas, não há problemas, dado que para o senhor Dick Cheney o Iraque está melhor, foi um esforço bem sucedido, as mudanças são fenomenais e porque ele em Novembro vai dizer adeus, quem vier que fique com o menino nas mãos.
Até lá vão morrer mais uns milhares de iraquianos em atentados, algumas dezenas largas de soldados norte-americanos serão mortos ou feridos, o Mundo continuará a ver atentados a interesses ocidentais nos seus países, mas o petróleo que corre desenfreadamente para valores incompreensíveis, nomeadamente para a Europa, dado que o dólar vale cada vez menos, vai continuar a jorrar para os fundos sem fundos de algumas empresas onde, por acaso, certos senhores da Administração Bush têm interesses.
Mas, quanto a isso não há problemas, nem para o senhor Dick Cheney, nem para o senhor Bush, nem para quem eles continuam a dar guarida, dado que o Iraque está melhor, foi um esforço bem sucedido e as mudanças são fenomenais. E se eles o dizem…
Também publicado n'Obs, edição 175, de 20-Março-2008 sob o título "Cinco anos depois, Iraque está melhor (?)"
15 março 2008
Cabinda, um alerta via e-mail
A informação que a seguir transcrevo recebi hoje via e-mail. É muito grave o que lá está referido.
Porque não podemos criticar a casa dos nossos vizinhos, sempre que os Direitos Humanos estão em causa, e admitir igual ou pior na nossa própria casa, aqui fica o alerta esperando que o governo providencie que não mais aconteçam casos como estes que só nos colocam mal perante a Comunidade Internacional.
“Acabei de receber a informação hoje, dia 15.03.2008, de que foram retidas entre 3.000 a 5.000 pessoas, em S. Pedro no Yema, das quais muitas delas crianças, mulheres, idosos e jovens que iam sair em peregrinação, na Semana Santa da Páscoa. Iam sair de S. Pedro no Yema, para S. Tiago em Cabinda, logo de manhã, e foram cercadas por polícia vária, ficando horas debaixo de sol, sem água e sem comida e impedidas de sair em peregrinação.
Levaram Xavier Soca Tati, que está neste momento na polícia de Investigação Criminal a ser interrogado.”
Cabinda e os cabindas, apesar de serem – ou por isso mesmo – parte integrante da Nação angolana não podem continuar a ver os seus filhos tratados como um povo conquistado. Os cabindas têm os mesmos direitos que os luandenses, os lundas, os ganguelas, os bakongo, os cuanhamas, ou os das províncias de Benguela, Huambo, Moxico, Uíge, do Namibe, ou de qualquer outro povo ou província angolana.
Ou seja, tem a obrigação e o direito de serem tratados como qualquer angolano e não acreditamos que os que se encontram a sul do rio Zaire – ou Congo, conforme as conveniências – sejam tratados como conquistados. Ou serão?...
Porque não podemos criticar a casa dos nossos vizinhos, sempre que os Direitos Humanos estão em causa, e admitir igual ou pior na nossa própria casa, aqui fica o alerta esperando que o governo providencie que não mais aconteçam casos como estes que só nos colocam mal perante a Comunidade Internacional.
“Acabei de receber a informação hoje, dia 15.03.2008, de que foram retidas entre 3.000 a 5.000 pessoas, em S. Pedro no Yema, das quais muitas delas crianças, mulheres, idosos e jovens que iam sair em peregrinação, na Semana Santa da Páscoa. Iam sair de S. Pedro no Yema, para S. Tiago em Cabinda, logo de manhã, e foram cercadas por polícia vária, ficando horas debaixo de sol, sem água e sem comida e impedidas de sair em peregrinação.
Levaram Xavier Soca Tati, que está neste momento na polícia de Investigação Criminal a ser interrogado.”
Cabinda e os cabindas, apesar de serem – ou por isso mesmo – parte integrante da Nação angolana não podem continuar a ver os seus filhos tratados como um povo conquistado. Os cabindas têm os mesmos direitos que os luandenses, os lundas, os ganguelas, os bakongo, os cuanhamas, ou os das províncias de Benguela, Huambo, Moxico, Uíge, do Namibe, ou de qualquer outro povo ou província angolana.
Ou seja, tem a obrigação e o direito de serem tratados como qualquer angolano e não acreditamos que os que se encontram a sul do rio Zaire – ou Congo, conforme as conveniências – sejam tratados como conquistados. Ou serão?...
14 março 2008
E olha se fossem dos mais violadores...
Ainda bem que a China, segundo o Departamento de Estado dos EUA já não se encontra entre os países "mais violadores dos Direitos Humanos". Ainda bem...
Caso contrário, hoje já não haveria monges no Tibete!
Porque segundo as últimas notícias, forças de segurança chinesas terão disparado contra monges budistas que se manifestavam contra a administração chinesa da região, nomeadamente, na capital Lhasa.
Por esse facto, o Governo chinês decidiu fechar as portas da capital tibetana, e do próprio Tibete, a turistas estrangeiros e, muito menos, a jornalistas.
Os chineses ainda não se esqueceram que uns abelhudos romenos se lembraram de filmar o assassínio levado a efeito por indivíduos fardados sobre peregrinos tibetanos…
Segundo pessoas de Lhasa, citadas pela agência Nova China(?!), a cidade e a região está perigosa para os estrangeiros e para os próprios tibetanos devido a actos de violência e pilhagem sobre veículos da polícia e estabelecimentos da capital levada a efeito por manifestantes que se juntaram à manifestação dos monges que já durará 3 dias.
Em qualquer dos casos, ainda bem que a China já não está no lote dos «piores violadores dos direitos humanos do mundo» porque senão já não existiam tibetanos.
Realmente, ainda bem que a hipocrisia ainda não mata…
Bem pode o Dalai Lama pedir contenção, mas quando à sua volta, quem se intitula como paladino da Liberdade e da defesa dos Direitos Humanos sobrepõe os interesses comerciais àqueles, não há contenção que valha.
E da parte dos EUA e da União Europeia o que se vê?
Meras exortações à contenção e libertação de detidos, por parte dos europeus, ou de umas iniciais recriminações norte-americanas por actos "deploráveis" uma rápida inflexão para que a China "dê provas de moderação no Tibete e não recorra à força".
Nenhuma crítica acerba ou forte e ninguém falou dos Jogos Olímpicos!
Realmente, ainda bem que a hipocrisia ainda não mata…
Caso contrário, hoje já não haveria monges no Tibete!
Porque segundo as últimas notícias, forças de segurança chinesas terão disparado contra monges budistas que se manifestavam contra a administração chinesa da região, nomeadamente, na capital Lhasa.
Por esse facto, o Governo chinês decidiu fechar as portas da capital tibetana, e do próprio Tibete, a turistas estrangeiros e, muito menos, a jornalistas.
Os chineses ainda não se esqueceram que uns abelhudos romenos se lembraram de filmar o assassínio levado a efeito por indivíduos fardados sobre peregrinos tibetanos…
Segundo pessoas de Lhasa, citadas pela agência Nova China(?!), a cidade e a região está perigosa para os estrangeiros e para os próprios tibetanos devido a actos de violência e pilhagem sobre veículos da polícia e estabelecimentos da capital levada a efeito por manifestantes que se juntaram à manifestação dos monges que já durará 3 dias.
Em qualquer dos casos, ainda bem que a China já não está no lote dos «piores violadores dos direitos humanos do mundo» porque senão já não existiam tibetanos.
Realmente, ainda bem que a hipocrisia ainda não mata…
Bem pode o Dalai Lama pedir contenção, mas quando à sua volta, quem se intitula como paladino da Liberdade e da defesa dos Direitos Humanos sobrepõe os interesses comerciais àqueles, não há contenção que valha.
E da parte dos EUA e da União Europeia o que se vê?
Meras exortações à contenção e libertação de detidos, por parte dos europeus, ou de umas iniciais recriminações norte-americanas por actos "deploráveis" uma rápida inflexão para que a China "dê provas de moderação no Tibete e não recorra à força".
Nenhuma crítica acerba ou forte e ninguém falou dos Jogos Olímpicos!
Realmente, ainda bem que a hipocrisia ainda não mata…
13 março 2008
Jornalistas, uns tipos que perguntam demais…
Segundo o “O Apostolado”, a visita a Cabinda do Ministro do Interior, Roberto Leal Monteiro Ngongo, não parece ter corrido lá muito bem.
De acordo com aquele portal o Ministro parece ter tido um «calem-se que já não vos quero ouvir» por via de uma “azeda e aturada reunião […] com representantes do governo de Cabinda e das empresas empreiteiras em obras na província”.
O Ministro ia verificar como estavam em andamento o programa de investimentos públicos na província mais setentrional de Angola.
E por isso quando no final da “inspecção de 48 horas” se aprontou para os jornalistas decidiu – eles às vezes fazem perguntas impertinentes… – impedir a entrada do correspondente da Rádio Ecclésia de Angola; mas, ainda assim, o correspondente da rádio da Igreja católica angolana conseguiu saber que o Ministro estava indignado com os “atrasos detectados na execução das obras acalentadas pelo governo”; aqui só não percebi se o jornalista quereria dizer se as obras estavam «alimentadas» ou «adormecidas» pelo Governo (ver dicionário)…
Talvez porque o jornalista fosse tentar esclarecer esta dúvida é que foi impedido de entrar no local da Conferência de Imprensa.
O que vale é que o referido jornalista já teve o apoio do Sindicato dos Jornalistas de Angola que, através de um seu membro, considerou esta “peripécia como «mais um abuso da liberdade de imprensa», cuja remoção clama pelo esforço colectivo do país”.
Essa do abuso de liberdade de imprensa não lembra a ninguém… ou será que ele queria dizer «mais um abuso contra a liberdade de imprensa». Não se esqueçam que por causa da falta de um NÃO os angolanos da Diáspora julgavam que já se poderiam recensear…
De acordo com aquele portal o Ministro parece ter tido um «calem-se que já não vos quero ouvir» por via de uma “azeda e aturada reunião […] com representantes do governo de Cabinda e das empresas empreiteiras em obras na província”.
O Ministro ia verificar como estavam em andamento o programa de investimentos públicos na província mais setentrional de Angola.
E por isso quando no final da “inspecção de 48 horas” se aprontou para os jornalistas decidiu – eles às vezes fazem perguntas impertinentes… – impedir a entrada do correspondente da Rádio Ecclésia de Angola; mas, ainda assim, o correspondente da rádio da Igreja católica angolana conseguiu saber que o Ministro estava indignado com os “atrasos detectados na execução das obras acalentadas pelo governo”; aqui só não percebi se o jornalista quereria dizer se as obras estavam «alimentadas» ou «adormecidas» pelo Governo (ver dicionário)…
Talvez porque o jornalista fosse tentar esclarecer esta dúvida é que foi impedido de entrar no local da Conferência de Imprensa.
O que vale é que o referido jornalista já teve o apoio do Sindicato dos Jornalistas de Angola que, através de um seu membro, considerou esta “peripécia como «mais um abuso da liberdade de imprensa», cuja remoção clama pelo esforço colectivo do país”.
Essa do abuso de liberdade de imprensa não lembra a ninguém… ou será que ele queria dizer «mais um abuso contra a liberdade de imprensa». Não se esqueçam que por causa da falta de um NÃO os angolanos da Diáspora julgavam que já se poderiam recensear…
Antecipando o Dia Mundial da Poesia
Em antecipação ao Dia Mundial da poesia que se comemora a 21 de Março, a editora Papiro vai apresentar a obra "Antologia Poética - De Luz e de sombra" no próximo dia 18 de Março, pelas 18,30 horas, na Livraria Byblos, no Centro Comercial das Amoreiras, em Lisboa, e no dia 20 de Março, às 21,00 horas, na Livraria Almedina, no Arrábida shopping, no Porto.
Em ambos os casos a apresentação da obra estará a cargo da poetisa Maria de Lourdes dos Anjos.
Em ambos os casos a apresentação da obra estará a cargo da poetisa Maria de Lourdes dos Anjos.
12 março 2008
Ainda bem que a hipocrisia ainda não mata…
(imagem via Internet)
"Relatório anual dos EUA sobre Direitos do Homem revela graves lacunas nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa
Felizmente que a hipocrisia, como hoje já escrevi no meu blogue, ainda não mata ou o Mundo estaria a caminho de ver uma classe “animal” integrar na CITES por estar a entrar em extinção. Falo dos “políticos”! Só por hipocrisia se pode dizer que a China deixou de pertencer à classe dos países «piores violadores dos direitos humanos do mundo» em contraponto ao Sudão, que segundo o semanário português “Sol”, e citando o relatório anual norte-americano sobre os Direitos do Homem, publicado pelo departamento de Estado, Síria e Uzbequistão que SÓ agora entraram nessa classe!!!
De acordo com o referido relatório são 10 – somente 10 – os países que se perfilam como os piores violadores dos Direitos Humanos: Coreia do Norte, Birmânia, Irão, Síria, Zimbabué, Cuba, Bielorrússia, Uzbequistão, Eritreia e Sudão.
Pesar de ter retirado a China da classe “piores violadores” o referido relatório considera que o País dos novos Mandarins ainda “continua a ser um país autoritário, onde os cidadãos estão privados dos direitos fundamentais, os jornalistas são perseguidos e detidos por não haver liberdade de expressão, tal como os agentes humanitários por o associativismo se encontrar sancionado, e os reclusos sofrem torturas.”
E se considerarmos que durante os Jogos Olímpicos os atletas vão estar proibidos de terem à cabeceira das suas camas livros religiosos, que alguns dos cidadãos chineses foram “corridos” das suas zonas residenciais para serem erguidas as estruturas que vão suportar os Jogos, suporta os piores regimes autocratas de África e Ásia, só por cortesia – leia-se, hipocrisia e necessidade de salvaguardar os Fundos de Tesouro que estão nas mãos chinesas – se pode considerar a China como não sendo um dos piores violadores.
Por alguma razão o senhor Bush afirma que a “Liberdade pode ser contrariada, pode ser retardada, mas não pode ser negada”.
Felizmente que a hipocrisia ainda não mata…
Mas se o relatório “ameniza” a China, releva que nos PALOP a situação não está muito melhor. (...)" (pode continuar a ler aqui ou aqui)
De acordo com o referido relatório são 10 – somente 10 – os países que se perfilam como os piores violadores dos Direitos Humanos: Coreia do Norte, Birmânia, Irão, Síria, Zimbabué, Cuba, Bielorrússia, Uzbequistão, Eritreia e Sudão.
Pesar de ter retirado a China da classe “piores violadores” o referido relatório considera que o País dos novos Mandarins ainda “continua a ser um país autoritário, onde os cidadãos estão privados dos direitos fundamentais, os jornalistas são perseguidos e detidos por não haver liberdade de expressão, tal como os agentes humanitários por o associativismo se encontrar sancionado, e os reclusos sofrem torturas.”
E se considerarmos que durante os Jogos Olímpicos os atletas vão estar proibidos de terem à cabeceira das suas camas livros religiosos, que alguns dos cidadãos chineses foram “corridos” das suas zonas residenciais para serem erguidas as estruturas que vão suportar os Jogos, suporta os piores regimes autocratas de África e Ásia, só por cortesia – leia-se, hipocrisia e necessidade de salvaguardar os Fundos de Tesouro que estão nas mãos chinesas – se pode considerar a China como não sendo um dos piores violadores.
Por alguma razão o senhor Bush afirma que a “Liberdade pode ser contrariada, pode ser retardada, mas não pode ser negada”.
Felizmente que a hipocrisia ainda não mata…
Mas se o relatório “ameniza” a China, releva que nos PALOP a situação não está muito melhor. (...)" (pode continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado como "Manchete" do , sob o título "Ainda bem para alguns - Se a hipocrisia matasse mesmo..."
Até para o ano…?
(imagem EPA/SIC)
Depois de ver – perdão, telever – o jogo de hoje entre o Benfica e o Getafe (2ª mão dos oitavos da Taça UEFA) compreendi o que o senhor Camacho queria dizer quanto à motivação…
Nem mesmo com a hipótese de poderem perder o acesso directo à Liga dos Campeões por causa da classificação de Portugal no respectivo ranking os parece ter motivado, pelo menos, a rematar com mais intencionalidade.
Ou será que leram a capa de um semanário português "O Crime" - o nome também diz tudo... - que pondera a hipótese do (quase) (re)campeão poder perder 24 pontos na linha do que o Belenenses pode também perder por causa da incorrecta utilização de um jogador que deveria ter sido a “Liga” e a Federação a verificarem, porque são elas quem primeiro recebem os certificados internacionais?
Mas, se essa é a ideia que desmotiva os jogadores, não se devem esquecer que entre o Benfica e o actual sexto classificado só há cerca de 7 ou 8 pontos de diferença e poucos jogos para jogar até ao final do Campeonato…
Ah! e já agora, quando é que o Benfica se capacita que jogos transmitidos pela SIC não são nunca para ganhar? Poderei estar com elevada amnésia mas não me recordo de jogos internacionais do Benfica transmitidos pela SIC que tenham tido um resultado positivo… Talvez seja uma amnésia… ou idade…
Nem mesmo com a hipótese de poderem perder o acesso directo à Liga dos Campeões por causa da classificação de Portugal no respectivo ranking os parece ter motivado, pelo menos, a rematar com mais intencionalidade.
Ou será que leram a capa de um semanário português "O Crime" - o nome também diz tudo... - que pondera a hipótese do (quase) (re)campeão poder perder 24 pontos na linha do que o Belenenses pode também perder por causa da incorrecta utilização de um jogador que deveria ter sido a “Liga” e a Federação a verificarem, porque são elas quem primeiro recebem os certificados internacionais?
Mas, se essa é a ideia que desmotiva os jogadores, não se devem esquecer que entre o Benfica e o actual sexto classificado só há cerca de 7 ou 8 pontos de diferença e poucos jogos para jogar até ao final do Campeonato…
Ah! e já agora, quando é que o Benfica se capacita que jogos transmitidos pela SIC não são nunca para ganhar? Poderei estar com elevada amnésia mas não me recordo de jogos internacionais do Benfica transmitidos pela SIC que tenham tido um resultado positivo… Talvez seja uma amnésia… ou idade…
E também pelo que vejo, este ano, o Benfica anda com certa incompatibilidade com equipas que veste de azul...
Que acabe depressa o ano futebolístico ou não há tensão arterial que aguente...
Política por política…
O secretário para Informação do MPLA, Norberto "Kuata-Kanaua" dos Santos, em nome do partido, acusou a “Rádio Despertar” criada no âmbito dos acordos subsequentes a Luena e como sucessora da Rádio Vorgan, logo da e pró-UNITA, de se portar mais como uma rádio politizada, e fazendo política a favor da UNITA, do que como rádio comercial como está licenciada.
O senhor Norberto dos Santos, que considera a situação "grave", refere que a "Rádio Despertar" não pode continuar a fazer actividade política, sob pena de “nós respondermos pela mesma letra” o que não traria nada de bom nem interessará aos angolanos.
Concordo em absoluto.
Se a estação emissora – que por acaso e salvo erro só consegue emitir para Luanda e nem assim é facilmente audível em todo o espaço luandense – foi licenciada para ser, unicamente, uma emissora comercial não deve praticar política ou pelo menos, a fazê-lo não deverá ultrapassar os mínimos admissíveis e dentro de um critério editorial de informação.
Mas, porque será que tem de haver sempre um mas, o senhor Norberto dos Santos não deve também se esquecer da ANGOP, o órgão oficial de informação nacional, nem o Jornal de Angola, o principal e ainda única jornal diário angolano, de modo a que deixem de dar prevalência – diária quase exclusividade – às notícias do MPLA ou que a ele estão afectas.
Ou há moralidade…
E já agora, porque é que o Governo, cujo partido maioritário é o MPLA não providencia que se ouça no espectro internauta a RNA (o Canal A nem abre e a Rádio Luanda muito raramente se ouve ou mesmo, ultimamente, nem isso), a TPA (dois canais, um deles já “entregue” a um privado) que só se consegue ver com, quase sempre só dois dias depois – ainda ssim, valha-nos isso –, na rubrica Multimédia e nem todos os programas?
Antes ainda se podia ouvir a Rádio Ecclésia de Angola, agora já nem se consegue aceder às emissões online…
O senhor Norberto dos Santos, que considera a situação "grave", refere que a "Rádio Despertar" não pode continuar a fazer actividade política, sob pena de “nós respondermos pela mesma letra” o que não traria nada de bom nem interessará aos angolanos.
Concordo em absoluto.
Se a estação emissora – que por acaso e salvo erro só consegue emitir para Luanda e nem assim é facilmente audível em todo o espaço luandense – foi licenciada para ser, unicamente, uma emissora comercial não deve praticar política ou pelo menos, a fazê-lo não deverá ultrapassar os mínimos admissíveis e dentro de um critério editorial de informação.
Mas, porque será que tem de haver sempre um mas, o senhor Norberto dos Santos não deve também se esquecer da ANGOP, o órgão oficial de informação nacional, nem o Jornal de Angola, o principal e ainda única jornal diário angolano, de modo a que deixem de dar prevalência – diária quase exclusividade – às notícias do MPLA ou que a ele estão afectas.
Ou há moralidade…
E já agora, porque é que o Governo, cujo partido maioritário é o MPLA não providencia que se ouça no espectro internauta a RNA (o Canal A nem abre e a Rádio Luanda muito raramente se ouve ou mesmo, ultimamente, nem isso), a TPA (dois canais, um deles já “entregue” a um privado) que só se consegue ver com, quase sempre só dois dias depois – ainda ssim, valha-nos isso –, na rubrica Multimédia e nem todos os programas?
Antes ainda se podia ouvir a Rádio Ecclésia de Angola, agora já nem se consegue aceder às emissões online…
Crónica de Luanda: transportes "600 + 3000"
(foto de J.Magro/Valor Acrescentado)
Gil Gonçalves, na sua Crónica de Luanda fala-nos dos problemas dos transportes na cidade da Kianda.
"Desolando arrasaremos por toda a parte, se a tanto o Zimbabué, nos der mais alento e arte.
Eis seiscentos autocarros para entrega às empresas de transportes da cidade. E mais licenciamento de três mil táxis. Já ninguém consegue movimentar-se de automóvel, não há mais espaço, a não ser no aéreo. É preciso é comprar, porque há sempre comissões para engavetar. Os automóveis conflituam o trânsito e as nossas mentes. Mas, ninguém tem coragem de andar, no rodar da bicicleta salutar. Só automóvel para o ambiente envenenar. Mas, como sempre uma mente genial descobre como convencer o espaço. É alargar as estradas existentes. Então partem-se casas, com generais que comandam, por isso escolhem a solução mais simples… destruir o inimigo. Este reino é obra de especuladores imobiliários. Contratam-se chineses que copiam, clonam equipamentos, máquinas; tudo. Isso não revela sabedoria. As obras efectuam-se por pardais. Onde chegam não há planta que sobreviva. Quando um governo parte casas, e atira as pessoas para a rua como acusadas de feitiçaria, a democracia cai e não se levanta, porque é petrolífera. É a lei da democracia da selvajaria petrolífera, onde não há leis que se cumpram.
Não investir na população, é chamar, apelar à Revolução Francesa. Com muito dinheiro do petróleo, sem lei e sem ordem chegam estrangeiros, aventureiros e exclamam: «este país é um paraíso para investimentos» Crescimento económico significa crescimento da poluição. Não é necessária uma guerra, um cataclismo para destruir a Terra. A poluição da China e EUA, chega e sobra, porque a História é o movimento dos idiotas que aspiram ao poder. Por isso, o povo quando fecha ou tapa os ouvidos é porque atingiu o último degrau da degradação moral e social. A África não está no neocolonialismo, está no anarquismo.
Há governantes que afirmam categoricamente que o povo não presta. Fico na dúvida: serão os governantes ou o povo que não presta?
Esta cidade já é a mais poluída do mundo, com gigantescas, dantescas fábricas nocturnas, onde toda a noite, muito próximo, portugueses fazem barulho infernal nas obras. Não se consegue dormir. Aqui não cumprem leis, só as cumprem em Portugal. A democracia só é valida nos países de origem. Fora, não há leis. São bons alunos dos americanos, semeiam desprezo, colhem ódio e terror. Porque a melhor divisão da riqueza é o saque. Poucos governam para construírem, muitos governam para destruírem.
Tudo e todos no desleixo, na não solidariedade humana, no regresso à barbárie de um povo, de uma nação. Quando os governantes não investem na literatura, é porque não sabem ler. Quando se envia vária correspondência a governantes, e não respondem, é porque são analfabetos.
E os paternalistas fazem-se presentes, com sorrisos como presentes, mas ausentes confundem, defendem não se sabe o quê quando afirmam: «é um povo independente, feliz» e acenam com a constante hipocrisia que a China é a mais rápida economia crescente no mundo; e o maior mercado mundial de poluição. Assim, a China será o maior exportador mundial de miséria, de doenças, de fome. E importar-se-ão mais centenas de autocarros e táxis, e muitos mais automóveis para petróleo ver."
Eis seiscentos autocarros para entrega às empresas de transportes da cidade. E mais licenciamento de três mil táxis. Já ninguém consegue movimentar-se de automóvel, não há mais espaço, a não ser no aéreo. É preciso é comprar, porque há sempre comissões para engavetar. Os automóveis conflituam o trânsito e as nossas mentes. Mas, ninguém tem coragem de andar, no rodar da bicicleta salutar. Só automóvel para o ambiente envenenar. Mas, como sempre uma mente genial descobre como convencer o espaço. É alargar as estradas existentes. Então partem-se casas, com generais que comandam, por isso escolhem a solução mais simples… destruir o inimigo. Este reino é obra de especuladores imobiliários. Contratam-se chineses que copiam, clonam equipamentos, máquinas; tudo. Isso não revela sabedoria. As obras efectuam-se por pardais. Onde chegam não há planta que sobreviva. Quando um governo parte casas, e atira as pessoas para a rua como acusadas de feitiçaria, a democracia cai e não se levanta, porque é petrolífera. É a lei da democracia da selvajaria petrolífera, onde não há leis que se cumpram.
Não investir na população, é chamar, apelar à Revolução Francesa. Com muito dinheiro do petróleo, sem lei e sem ordem chegam estrangeiros, aventureiros e exclamam: «este país é um paraíso para investimentos» Crescimento económico significa crescimento da poluição. Não é necessária uma guerra, um cataclismo para destruir a Terra. A poluição da China e EUA, chega e sobra, porque a História é o movimento dos idiotas que aspiram ao poder. Por isso, o povo quando fecha ou tapa os ouvidos é porque atingiu o último degrau da degradação moral e social. A África não está no neocolonialismo, está no anarquismo.
Há governantes que afirmam categoricamente que o povo não presta. Fico na dúvida: serão os governantes ou o povo que não presta?
Esta cidade já é a mais poluída do mundo, com gigantescas, dantescas fábricas nocturnas, onde toda a noite, muito próximo, portugueses fazem barulho infernal nas obras. Não se consegue dormir. Aqui não cumprem leis, só as cumprem em Portugal. A democracia só é valida nos países de origem. Fora, não há leis. São bons alunos dos americanos, semeiam desprezo, colhem ódio e terror. Porque a melhor divisão da riqueza é o saque. Poucos governam para construírem, muitos governam para destruírem.
Tudo e todos no desleixo, na não solidariedade humana, no regresso à barbárie de um povo, de uma nação. Quando os governantes não investem na literatura, é porque não sabem ler. Quando se envia vária correspondência a governantes, e não respondem, é porque são analfabetos.
E os paternalistas fazem-se presentes, com sorrisos como presentes, mas ausentes confundem, defendem não se sabe o quê quando afirmam: «é um povo independente, feliz» e acenam com a constante hipocrisia que a China é a mais rápida economia crescente no mundo; e o maior mercado mundial de poluição. Assim, a China será o maior exportador mundial de miséria, de doenças, de fome. E importar-se-ão mais centenas de autocarros e táxis, e muitos mais automóveis para petróleo ver."
Portal senegalês inventiva emigração clandestina
(embarcação “cayuco” com clandestinos chegando a Tenerife, Canárias; imagem Reuters/El Pais)
De acordo com o jornal espanhol El Mundo, um portal senegalês, reconhecido pelo incentivo que faz à emigração clandestina para a Europa, afirma que Espanha é o melhor destino para a emigração senegalesa pelo menos nos próximos 4 anos em Governo socialista porque, segundo aquele portal citado pelo periódico espanhol, Zapatero “facilite mucho la obtención de permisos de residencia a los senegaleses”.
Ainda de acordo com o El Mundo o portal senegalês explica como poderão chegar às Ilhas Canárias e, daí, entrar em Espanha onde, pela sua situação na União Europeia, os senegaleses – e por extensão todos os africanos que partem do Senegal – poderão circular livremente no espaço europeu.
Como há grandes empreendimentos a decorrer, é natural que se precise de mão-de-obra menos qualificada – leia-se mão-de-obra barata para fazer o que os gentios não o querem fazer –, logo, há que receber os clandestinos.
Ainda bem que a hipocrisia ainda não mata…
Talvez assim, Portugal possa, e pela mesma dupla razão – imunidade à hipocrisia e a construção do TGV, Aeroporto de Lisboa, auto-estradas, etc. –, começar a colocar menos entraves na entrada de imigrantes palopianos – que raramente são clandestinos – de uma organização linguística de que faz parte e que o seu presidente ainda recentemente considerou de se implementar para bem de todos os países que dela fazem parte. Cavaco Silva, referia-se à CPLP que, parece pensar ainda existir. Só se for no Brasil, onde ainda parece haver objectivos e ideias…
De acordo com o jornal espanhol El Mundo, um portal senegalês, reconhecido pelo incentivo que faz à emigração clandestina para a Europa, afirma que Espanha é o melhor destino para a emigração senegalesa pelo menos nos próximos 4 anos em Governo socialista porque, segundo aquele portal citado pelo periódico espanhol, Zapatero “facilite mucho la obtención de permisos de residencia a los senegaleses”.
Ainda de acordo com o El Mundo o portal senegalês explica como poderão chegar às Ilhas Canárias e, daí, entrar em Espanha onde, pela sua situação na União Europeia, os senegaleses – e por extensão todos os africanos que partem do Senegal – poderão circular livremente no espaço europeu.
Como há grandes empreendimentos a decorrer, é natural que se precise de mão-de-obra menos qualificada – leia-se mão-de-obra barata para fazer o que os gentios não o querem fazer –, logo, há que receber os clandestinos.
Ainda bem que a hipocrisia ainda não mata…
Talvez assim, Portugal possa, e pela mesma dupla razão – imunidade à hipocrisia e a construção do TGV, Aeroporto de Lisboa, auto-estradas, etc. –, começar a colocar menos entraves na entrada de imigrantes palopianos – que raramente são clandestinos – de uma organização linguística de que faz parte e que o seu presidente ainda recentemente considerou de se implementar para bem de todos os países que dela fazem parte. Cavaco Silva, referia-se à CPLP que, parece pensar ainda existir. Só se for no Brasil, onde ainda parece haver objectivos e ideias…
11 março 2008
Uma questão de “armamento” a reter…
(... e quem tem destas, também precisa de declarar ou estarão num paiol?; imagem daqui)
“Onze paióis abarrotados de armamento de calibre diverso foram descobertos nas localidades de Betânia, Mira Sete, Tchiengue, Kavimbi, Kutuilo e Licua, nos municípios de Mavinga e Rivungo, Kuando Kubango, no decurso de uma operação de busca dirigida levada a cabo pelo comando provincial da Polícia Nacional. Em declarações ao Jornal de Angola, o porta-voz da corporação, superintendente Mário Mendes, referiu que todos os paióis descobertos estão localizados nas antigas áreas de influência da UNITA, durante o conflito armado, e somente o de Licua foi já desmantelado.” (in: Jornal de Angola, Online, sob o título “Polícia descobre 11 paióis no Kuando Kubango” de 11-Mar-2008)
Um facto a reter e a não deixar passar em claro.
Principalmente, não deixar passar em claro que a Polícia Nacional não diz a quem, eventualmente, pertencerão as eventuais armas descobertas nos tais 11 paióis como também não diz, quem os denunciou ou se o eventual armamento descoberto estava obsoleto, ou não, e o que continha, excepto que seriam “armamento de calibre diverso”!
Nada transpira. Deixa no ar para os bons entendedores. Se foi descoberto na área da UNITA e depois das “denúncias” do Ministro da Defesa, senhor Kundi Payhama, é natural que os bons entendedores tirem de 2 mais 2, que os paióis são da ex-FALA, Forças Armadas Revolucionárias de Angola, o antigo braço-armado da UNITA.
Tão simples como isso.
Mas se recordarmos as tais palavras do (ainda) senhor Ministro da Defesa, que parece se ter esquecido que superintende as Forças Armadas de Angola (FAA), as únicas legalmente autorizadas para deter armas e paióis de calibre militar, estranha-se que tenha sido a Polícia Nacional e não, como seria expectável, as FAA’s.
Teria sido porque temeu que o general Numa Kamalata, actual Secretário-geral da UNITA, siga por diante com a promessa – tornada pública numa recente entrevista ao Angolense – de obrigar o senhor Kundi Payhama a provar o que disse perante os Tribunais e o fórum próprio que são as FAA’s?
Além de que tanto a PN como o (ainda) senhor Ministro da Defesa parecem se esquecer do “avisado” tráfego de armas na fronteira lunda entre Angola e a Rep. Dem. do Congo, admitido pelo Comissário Paulo de Almeida, em declarações ao Angolense, e onde relembra que indivíduos se têm aproveitado do armamento abandonado pela UNITA, para levar a efeito o comércio de armas na fronteira dos dois países, cujos locais o general Numa relembra que foram indicados às FAA’s e que o Comissário reconhece que é mantido em segredo por algumas pessoas “que querem obter proveito financeiro” com o referido tráfego…
Ou será para devolver à Polícia Nacional um pouco da perdida credibilidade com os descomedimentos propalados com o caso do português atingido em Cabinda? Para o superintendente Carmo Neto o português foi atingido devido a uma eventual tentativa de roubo de fundos da empresa onde trabalha e que seriam para pagamentos de salários. De acordo com a FLEC – aquela que já estava quase diluída e que vê alguns dos seus antigos guerrilheiros acusarem Bento Bembe de faltar à verdade quanto ao pagamento de reformas – teria sido aquela organização, pretensamente autonomista, que o atingiu como “aviso” às empresas estrangeiras a operarem em Cabinda, além da própria empresa portuguesa também ter desmentido – e a palavra é esta mesmo – o superintendente sobre os motivos que levaram o português a ser atingido.
Realmente, e face à campanha de desarmamento que Angola está a levar a efeito – só peca por tardia dado que já tinha falado no assunto há cerca de 4 anos –, foi um tiro muito certeiro e com subentendidos ainda mais certeiros…
Ou não estivéssemos em pré-campanha eleitoral e em pré-actualização dos cadernos eleitorais…
“Onze paióis abarrotados de armamento de calibre diverso foram descobertos nas localidades de Betânia, Mira Sete, Tchiengue, Kavimbi, Kutuilo e Licua, nos municípios de Mavinga e Rivungo, Kuando Kubango, no decurso de uma operação de busca dirigida levada a cabo pelo comando provincial da Polícia Nacional. Em declarações ao Jornal de Angola, o porta-voz da corporação, superintendente Mário Mendes, referiu que todos os paióis descobertos estão localizados nas antigas áreas de influência da UNITA, durante o conflito armado, e somente o de Licua foi já desmantelado.” (in: Jornal de Angola, Online, sob o título “Polícia descobre 11 paióis no Kuando Kubango” de 11-Mar-2008)
Um facto a reter e a não deixar passar em claro.
Principalmente, não deixar passar em claro que a Polícia Nacional não diz a quem, eventualmente, pertencerão as eventuais armas descobertas nos tais 11 paióis como também não diz, quem os denunciou ou se o eventual armamento descoberto estava obsoleto, ou não, e o que continha, excepto que seriam “armamento de calibre diverso”!
Nada transpira. Deixa no ar para os bons entendedores. Se foi descoberto na área da UNITA e depois das “denúncias” do Ministro da Defesa, senhor Kundi Payhama, é natural que os bons entendedores tirem de 2 mais 2, que os paióis são da ex-FALA, Forças Armadas Revolucionárias de Angola, o antigo braço-armado da UNITA.
Tão simples como isso.
Mas se recordarmos as tais palavras do (ainda) senhor Ministro da Defesa, que parece se ter esquecido que superintende as Forças Armadas de Angola (FAA), as únicas legalmente autorizadas para deter armas e paióis de calibre militar, estranha-se que tenha sido a Polícia Nacional e não, como seria expectável, as FAA’s.
Teria sido porque temeu que o general Numa Kamalata, actual Secretário-geral da UNITA, siga por diante com a promessa – tornada pública numa recente entrevista ao Angolense – de obrigar o senhor Kundi Payhama a provar o que disse perante os Tribunais e o fórum próprio que são as FAA’s?
Além de que tanto a PN como o (ainda) senhor Ministro da Defesa parecem se esquecer do “avisado” tráfego de armas na fronteira lunda entre Angola e a Rep. Dem. do Congo, admitido pelo Comissário Paulo de Almeida, em declarações ao Angolense, e onde relembra que indivíduos se têm aproveitado do armamento abandonado pela UNITA, para levar a efeito o comércio de armas na fronteira dos dois países, cujos locais o general Numa relembra que foram indicados às FAA’s e que o Comissário reconhece que é mantido em segredo por algumas pessoas “que querem obter proveito financeiro” com o referido tráfego…
Ou será para devolver à Polícia Nacional um pouco da perdida credibilidade com os descomedimentos propalados com o caso do português atingido em Cabinda? Para o superintendente Carmo Neto o português foi atingido devido a uma eventual tentativa de roubo de fundos da empresa onde trabalha e que seriam para pagamentos de salários. De acordo com a FLEC – aquela que já estava quase diluída e que vê alguns dos seus antigos guerrilheiros acusarem Bento Bembe de faltar à verdade quanto ao pagamento de reformas – teria sido aquela organização, pretensamente autonomista, que o atingiu como “aviso” às empresas estrangeiras a operarem em Cabinda, além da própria empresa portuguesa também ter desmentido – e a palavra é esta mesmo – o superintendente sobre os motivos que levaram o português a ser atingido.
Realmente, e face à campanha de desarmamento que Angola está a levar a efeito – só peca por tardia dado que já tinha falado no assunto há cerca de 4 anos –, foi um tiro muito certeiro e com subentendidos ainda mais certeiros…
Ou não estivéssemos em pré-campanha eleitoral e em pré-actualização dos cadernos eleitorais…
Enquanto houver Darfur e afins...
"Haverá sempre quem “ofereça” armas e apoios em troca de crude, ferro, urânio e afins.
Haverão sempre pessoas bem intencionadas que não alinham com os poderes instituídos e que lutam contra o “establishment” actual, mesmo que para isso tentem provocar boicotes contra os patrocinadores dos Jogos Olímpicos.
Haverá sempre um Spielberg que se recusa a servir de emblema para branquear quem não quer prescindir dos seus novos actuais poderes nem ajudar acabar com crises como as do Darfur.
Haverão sempre críticas particulares mas, igualmente, sempre subserviências oficiais como a inglesa que diz não se dever boicotar os Jogos – o que concordo – mas que não quer questionar os ataques aos direitos humanos e liberdade religiosa na China nem falar no conflito no Darfur durante sua viagem de seis dias a Hong Kong, Xangai, Chongqing e Pequim. (...)" (pode continuar a ler aqui ou aqui)
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10 março 2008
Mugabe tem medo do resultado eleitoral?
(some e segue...)
A pouco mais de 15 dias das eleições legislativas e presidenciais do Zimbabué, Robert Mugabe, o todo poderoso senhor “dono” do País que vai ter comos adversários um antigo companheiro de armas políticas e ex-Ministro das Finanças, Simba Makoni, e o líder oposicionista Morgan Tsvangirai, do MMD, decidiu avançar com a proposta de “Lei de Indigenato e Poder Económico” que dá aos zimbabueanos – negros, sublinhe-se, – o direito de deterem 51% do capital das empresas formadas ou criadas no Zimbabué.
Sem esta percentagem mínima, o Governo impedirá a criação de empresas, fusões ou reestruturações ou a entrada de novos investimentos no País.
Os adversários já declararam que esta proposta de Lei é uma “é uma tentativa cínica de comprar o apoio do eleitorado antes das eleições” enquanto o ministro de Informação afirma que com esta lei – que andava adormecida há muito tempo – vai “dar aos zimbabueanos negros o poder de partilharem a riqueza do país”.
Num País onde a inflação já atinge, oficialmente, os 100.000% esta proposta de Lei será mais uma seta envenenada na já difícil, quase inexistente, economia do País igualmente caracterizada pelas doenças e por uma extrema pobreza.
E, enquanto isso, os países limítrofes vão fechando os olhos e tentando reconciliações pré-eleitorais entre Mugabe e os seus adversários sem terem em conta os reais interesses dos zimbabueanos.
Sem esta percentagem mínima, o Governo impedirá a criação de empresas, fusões ou reestruturações ou a entrada de novos investimentos no País.
Os adversários já declararam que esta proposta de Lei é uma “é uma tentativa cínica de comprar o apoio do eleitorado antes das eleições” enquanto o ministro de Informação afirma que com esta lei – que andava adormecida há muito tempo – vai “dar aos zimbabueanos negros o poder de partilharem a riqueza do país”.
Num País onde a inflação já atinge, oficialmente, os 100.000% esta proposta de Lei será mais uma seta envenenada na já difícil, quase inexistente, economia do País igualmente caracterizada pelas doenças e por uma extrema pobreza.
E, enquanto isso, os países limítrofes vão fechando os olhos e tentando reconciliações pré-eleitorais entre Mugabe e os seus adversários sem terem em conta os reais interesses dos zimbabueanos.
07 março 2008
As boas ideias copiam-se…
(tudo serve para protestar; e em véspera do Dia internacional da Mulher...)
Se há coisas que diferenciam irmãos, há outras que, inequivocamente, os unem e fazem-se copiar uns aos outros embora, logicamente, existam pequenos nadas – embora, por vezes, muito importantes –, que os diferenciam entre si.
Por exemplo, os Governos de Angola e de Portugal, embora o Governo angolano seja, pelo menos em teoria, um Governo de Coligação, são muito parecidos quando toca a assuntos que os questionem.
Muito parecidos, como os irmãos que os sustentam, em Angola é o MPLA e em Portugal é o PS e ambos afiliados da multinacional, perdão, supranacional, a Internacional Socialista.
Em Angola, tal como em Portugal, há quem, naturalmente, daí o salutar(?!) confronto de ideias, não concorde com certas matérias governativas. Em Angola, tal como em Portugal, se não se concorda, discute-se e, em último caso, os contestatários vão para a rua em manifestações.
Em Angola, tal como em Portugal, os organizadores civilizados – nesse aspecto, e apesar da Frelimo também pertencer à IS, os irmãos de Moçambique não ponderam e fazem-no logo – solicitam às autoridades competentes uma autorização de manifestação.
E aqui vem as tais “nuances” que diferenciam sempre os irmãos…
Em Angola, se o assunto não agrada o Governo provincial pura e simplesmente diz “Não autorizamos!”. Aqui o MPLA, por sinal um bom aluno no que toca à disciplina partidária, seja estudando as “normativas” portuguesas, seja as russas, ainda não consegue chegar às subtilezas do irmão socialista português.
Em Portugal, o sistema, também já são mais uns anitos de Democracia, é mais grácil e inteligente.
Há uns anos, salvo erro durante o consolado de um senhor que nunca perdia mais que 5 minutos na leitura dos jornais, as autoridades locais destacavam uns simpáticos senhores de Câmaras de vídeo em punho para filmar quem estava presente nas manifs.
Que falta de finura e que evidência tão grande.
Agora não. Autorizam-se as manifs e, astutamente, alguém – quem nunca se sabe, a culpa é uma senhora que vive para tia e morre sempre solteira – vai indagar junto dos potenciais manifestantes se, como, quem e quando pensam estar na referida manifestação.
O MPLA ainda tem muito para aprender em não ser tão intuitivo e tão opressor.
Mas como recordava, o jornalista Orlando Castro num artigo recente, o MPLA como continua a ser um bom aluno…
Por exemplo, os Governos de Angola e de Portugal, embora o Governo angolano seja, pelo menos em teoria, um Governo de Coligação, são muito parecidos quando toca a assuntos que os questionem.
Muito parecidos, como os irmãos que os sustentam, em Angola é o MPLA e em Portugal é o PS e ambos afiliados da multinacional, perdão, supranacional, a Internacional Socialista.
Em Angola, tal como em Portugal, há quem, naturalmente, daí o salutar(?!) confronto de ideias, não concorde com certas matérias governativas. Em Angola, tal como em Portugal, se não se concorda, discute-se e, em último caso, os contestatários vão para a rua em manifestações.
Em Angola, tal como em Portugal, os organizadores civilizados – nesse aspecto, e apesar da Frelimo também pertencer à IS, os irmãos de Moçambique não ponderam e fazem-no logo – solicitam às autoridades competentes uma autorização de manifestação.
E aqui vem as tais “nuances” que diferenciam sempre os irmãos…
Em Angola, se o assunto não agrada o Governo provincial pura e simplesmente diz “Não autorizamos!”. Aqui o MPLA, por sinal um bom aluno no que toca à disciplina partidária, seja estudando as “normativas” portuguesas, seja as russas, ainda não consegue chegar às subtilezas do irmão socialista português.
Em Portugal, o sistema, também já são mais uns anitos de Democracia, é mais grácil e inteligente.
Há uns anos, salvo erro durante o consolado de um senhor que nunca perdia mais que 5 minutos na leitura dos jornais, as autoridades locais destacavam uns simpáticos senhores de Câmaras de vídeo em punho para filmar quem estava presente nas manifs.
Que falta de finura e que evidência tão grande.
Agora não. Autorizam-se as manifs e, astutamente, alguém – quem nunca se sabe, a culpa é uma senhora que vive para tia e morre sempre solteira – vai indagar junto dos potenciais manifestantes se, como, quem e quando pensam estar na referida manifestação.
O MPLA ainda tem muito para aprender em não ser tão intuitivo e tão opressor.
Mas como recordava, o jornalista Orlando Castro num artigo recente, o MPLA como continua a ser um bom aluno…
Um Estado neo-policial?
"Mas agora descobriu-se que existe uma nova classe de malfeitores, provavelmente, terroristas…
Desde 1974 que Portugal alvora a bandeira da Liberdade e da Democracia onde, teoricamente – não entremos na Utopia –, todos são iguais entre si, apesar de sabermos que, como relembrava o proscrito escritor britânico George Orwell, existem uns mais iguais que outros. Também sabemos, pelo menos os que habitam, e não poucas vezes, penam, na “West Coast of Europe” (WCE), que desde 2005 existe um Governo de maioria, por sinal, um Governo que deveria ser um dos mais pró-sociais deste País, dado que quem o suporta é o Partido Socialista.
Se a Utopia fizesse, realmente, escola, Portugal deveria ser um dos Países mais interessantes para se viver, justificando-se assim, que muitos imigrantes o procurem e tenham o devido acolhimento.
Ah! muitos emigrantes europeus e dos novos Estados da União, porque aqueles que durante centenas de anos estiveram sob as diferentes bandeiras e domínios portugueses esses continuam ver vedados o livre acesso a Portugal como se fossem… malfeitores ou terroristas, talvez.
O problema é que a maioria dos eventuais malfeitores ou são de alguns dos novos Estados da União ou estão lá juntos e entram em Portugal quase livremente trazendo com eles, mesmo que o não queiram, e tenho a certeza que o não querem, as respectivas máfias locais.
Mas agora descobriu-se que em Portugal existe uma nova classe de malfeitores, provavelmente, terroristas. Estão no sindicalismo e, ou, os que a ele estão afectos. (...)" (pode continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado na "Manchete" do , de hoje sob o título "Portugal, Portugal- Estado neo-policial?"
Desde 1974 que Portugal alvora a bandeira da Liberdade e da Democracia onde, teoricamente – não entremos na Utopia –, todos são iguais entre si, apesar de sabermos que, como relembrava o proscrito escritor britânico George Orwell, existem uns mais iguais que outros. Também sabemos, pelo menos os que habitam, e não poucas vezes, penam, na “West Coast of Europe” (WCE), que desde 2005 existe um Governo de maioria, por sinal, um Governo que deveria ser um dos mais pró-sociais deste País, dado que quem o suporta é o Partido Socialista.
Se a Utopia fizesse, realmente, escola, Portugal deveria ser um dos Países mais interessantes para se viver, justificando-se assim, que muitos imigrantes o procurem e tenham o devido acolhimento.
Ah! muitos emigrantes europeus e dos novos Estados da União, porque aqueles que durante centenas de anos estiveram sob as diferentes bandeiras e domínios portugueses esses continuam ver vedados o livre acesso a Portugal como se fossem… malfeitores ou terroristas, talvez.
O problema é que a maioria dos eventuais malfeitores ou são de alguns dos novos Estados da União ou estão lá juntos e entram em Portugal quase livremente trazendo com eles, mesmo que o não queiram, e tenho a certeza que o não querem, as respectivas máfias locais.
Mas agora descobriu-se que em Portugal existe uma nova classe de malfeitores, provavelmente, terroristas. Estão no sindicalismo e, ou, os que a ele estão afectos. (...)" (pode continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado na "Manchete" do , de hoje sob o título "Portugal, Portugal- Estado neo-policial?"
Um interessante autocolante...
Segundo me constou, por e-mail recebido, este autocolante está a ser encontrado na maioria dos carros de Brasília e que está a ser disseminado por todo o Brasil.
Mas, pensando bem, um autocolante que pode também ser disseminado não só para o Brasil como para outras regiões do Mundo, onde pouquíssimos têm muitos milhões e milhões, sem nada, vêem pavões cirandar...
Isto será um sintoma claro que como o Povão anda a ver e olhar os políticos, sejam no Brasil ou em qualquer outra parte do Mundo. Penso que será altura daqueles começarem a parar para pensar... se souberem o que isso é!
06 março 2008
As maiores cidades “lixocráticas”…
(Entre maravilhosas imagens de uma bela capital maputense, esta imagem aqui)
Sob o título “Maputo, capital da República “lixocrática” de Moçambique”, o jornal electrónico moçambicano (versão em PDF) “O Observador”, na edição 171, de amanhã, e citando um trabalho da revista “Forbes” detectou que Maputo, é a 23ª cidade mais suja do Mundo, mas com as "/des)honrosas" companhias de Luanda, (22ª), Moscovo (14ª), Dar-es-Salaam (Tanzânia), em 12ª, Brazaville, (10ª), Antananarivo (Madagáscar), em 3ª, Ciudad du México, como 5ª, Adis-Abeba (6ª) e Mumbai (7ª), estão entre as 25 cidades mais sujas do planeta, numa lista liderada por Baku, Azerbeijão.
Por isso não surpreende que nas últimas chuvadas registadas em Luanda, já esta semana, tenham ocorrido, e para não variar, novas e contundentes cheias e que também, trouxe, como já é habitual, a falta de luz e água potável.
Capapinha foi-se embora mas o sistema mantém-se…
Com a devida vénia deixo-vos o artigo d’O Observador para meditarem e deixarem os comentários que acharem mais pertinentes.
"A capital moçambicana, que não vê a maior parte dos seus prédios pintados desde o dia da Independência nacional, é a 25.ª cidade mais suja do mundo, segundo revelação feita recentemente pela revista norte-americana ”Forbes”. Maputo é secundada por cidades como Luanda, Moscovo, Antananarivo e México. E, como diz o outro, se o País é a capital, e o resto é paisagem, então a quantidade de lixo existentes em Maputo reflecte o actual estado das dez províncias que compõem o território nacional."
Sob o título “Maputo, capital da República “lixocrática” de Moçambique”, o jornal electrónico moçambicano (versão em PDF) “O Observador”, na edição 171, de amanhã, e citando um trabalho da revista “Forbes” detectou que Maputo, é a 23ª cidade mais suja do Mundo, mas com as "/des)honrosas" companhias de Luanda, (22ª), Moscovo (14ª), Dar-es-Salaam (Tanzânia), em 12ª, Brazaville, (10ª), Antananarivo (Madagáscar), em 3ª, Ciudad du México, como 5ª, Adis-Abeba (6ª) e Mumbai (7ª), estão entre as 25 cidades mais sujas do planeta, numa lista liderada por Baku, Azerbeijão.
Por isso não surpreende que nas últimas chuvadas registadas em Luanda, já esta semana, tenham ocorrido, e para não variar, novas e contundentes cheias e que também, trouxe, como já é habitual, a falta de luz e água potável.
Capapinha foi-se embora mas o sistema mantém-se…
Com a devida vénia deixo-vos o artigo d’O Observador para meditarem e deixarem os comentários que acharem mais pertinentes.
"A capital moçambicana, que não vê a maior parte dos seus prédios pintados desde o dia da Independência nacional, é a 25.ª cidade mais suja do mundo, segundo revelação feita recentemente pela revista norte-americana ”Forbes”. Maputo é secundada por cidades como Luanda, Moscovo, Antananarivo e México. E, como diz o outro, se o País é a capital, e o resto é paisagem, então a quantidade de lixo existentes em Maputo reflecte o actual estado das dez províncias que compõem o território nacional."
03 março 2008
Se perguntar não ofende…
(imagem daqui)
Como se entende que um País que tem algumas das maiores barragens hidroeléctricas de África, a maioria já recuperadas ou em vias disso, possa continuar a registar “apagões” quase sistematicamente diários.
Luanda, é um dos casos mais paradigmáticos de Angola.
Não creio que seja o “roubo” de energia a única desculpa viável. Haverá, por certo, muita incúria e muita gasosa que faz com que os luandenses, e passo a citar “…numa altura em que se gastaram, e gastam milhões e milhões de dólares na energia eléctrica, há mais de uma semana que todos os dias há apagões” (informação recebida via e-mail de quem necessita da energia eléctrica para trabalhar, nomeadamente, por causa da Internet que, também ela, está cada vez mais difícil).
Vamos ficar a aguardar que o novo Governo saído das eleições de Setembro – se não puder ser antes – consiga reverter esta estranha situação.
A Angola não basta querer ser uma potência. Tem de fazer por o justificar. E logo nos pormenores mais pequenos como é a capacidade de produzir e “manter” a energia eléctrica.
Angola tem enormes potencialidades hídricas e carbonetos para produzir electricidade. Desde que os responsáveis o queiram… Ou será que alguns responsáveis temem que os angolanos saibam mais do que devem com o livre acesso à electricidade e, por exclusão, aos diferentes meios de comunicação?
Como se entende que um País que tem algumas das maiores barragens hidroeléctricas de África, a maioria já recuperadas ou em vias disso, possa continuar a registar “apagões” quase sistematicamente diários.
Luanda, é um dos casos mais paradigmáticos de Angola.
Não creio que seja o “roubo” de energia a única desculpa viável. Haverá, por certo, muita incúria e muita gasosa que faz com que os luandenses, e passo a citar “…numa altura em que se gastaram, e gastam milhões e milhões de dólares na energia eléctrica, há mais de uma semana que todos os dias há apagões” (informação recebida via e-mail de quem necessita da energia eléctrica para trabalhar, nomeadamente, por causa da Internet que, também ela, está cada vez mais difícil).
Vamos ficar a aguardar que o novo Governo saído das eleições de Setembro – se não puder ser antes – consiga reverter esta estranha situação.
A Angola não basta querer ser uma potência. Tem de fazer por o justificar. E logo nos pormenores mais pequenos como é a capacidade de produzir e “manter” a energia eléctrica.
Angola tem enormes potencialidades hídricas e carbonetos para produzir electricidade. Desde que os responsáveis o queiram… Ou será que alguns responsáveis temem que os angolanos saibam mais do que devem com o livre acesso à electricidade e, por exclusão, aos diferentes meios de comunicação?
E agora, será que vamos saber mesmo tudo?
O homem mais procurado de Timor-Leste depois da morte – ou terá sido assassinato(?) – de Alfredo Reinado, Gastão Salsinha, rendeu-se(?), entregando-se às autoridades do País, através de um pároco local.
Dado que ele, numa recente entrevista deu entender – diriam mesmo, terá afirmado – que nada teve a ver, ou pelo menos, não terá sido como têm pintado, com o eventual ataque(?) a “Xanana” Gusmão, será que ele vai mesmo dizer tudo o que sabe ou em troca de um perdão total ter-se-á de calar e não colocar cá fora tudo o que realmente sabe e se passou no "putsch" de Fevereiro passado?
Fiquemos a aguardar pelos próximos capítulos, porque tenho a certeza que isto não ficará por aqui…
Dado que ele, numa recente entrevista deu entender – diriam mesmo, terá afirmado – que nada teve a ver, ou pelo menos, não terá sido como têm pintado, com o eventual ataque(?) a “Xanana” Gusmão, será que ele vai mesmo dizer tudo o que sabe ou em troca de um perdão total ter-se-á de calar e não colocar cá fora tudo o que realmente sabe e se passou no "putsch" de Fevereiro passado?
Fiquemos a aguardar pelos próximos capítulos, porque tenho a certeza que isto não ficará por aqui…
01 março 2008
Falta de cultura ou distracção?
Ontem, tal como outras pessoas, recebi um e-mail que anexava os votos de pesar aprovados, unanimemente, pelos deputados portugueses pelas mortes de dois Homens da Angolanidade e da Lusofonia – porque ambos defendiam ser Homens da Cultura global e não só angolana – como foram Gentil Viana e Joaquim Pinto de Andrade.
No texto que nos foi posto à disposição, em particular o do Gentil Viana, aparece um erro – eu quero acreditar que é um erro – relativamente a personalidades que acompanharam gentil Viana em vivo na sua fuga pela Liberdade das antigas colónias portuguesas.
No texto escreve-se a certa altura que “…em meados da década de 1960, empreendeu uma fuga célebre com mais cerca de cem companheiros de várias ex-colónias portuguesas de África, entre os quais os moçambicanos Joaquim Chissano e Pepetela, iniciando um longo périplo que o levaria a Paris, Gana, Congo Brazzaville, Argélia, China, e mais tarde à guerrilha em Angola”.
Dado que os portugueses sempre tiveram uma “maldita” tendência pelo excesso de cultura, ou seja, necessidade escolar de saberem mais do que necessitavam para os assuntos respectivos – como se comprova ainda hoje em que, para o actual Governo, é mais importante uma criança em formação saber já o inglês antes de bem conhecer a sua língua materna, o português – quero acreditar que chamarem Pepetela – Artur Pestana dos Santos, de seu nome –, por acaso natural de Benguela, Angola, um moçambicano foi um triste lapso de transcrição e não uma gritante falta de cultura dos representantes da Nação portuguesa. E já agora, foi galardoado com o Prémio Camões, em 1997.
Não falei, nem escrevi mais cedo, por razões institucionais que se prendem com o facto de enquanto vogal da Direcção da Casa de Angola manter solidariedade institucional com um dos signatários das citadas “Notas de Pesar” que é, também ele, membro dos Corpos Sociais desta Associação cultural representante dos angolanos, em Lisboa e nas zonas onde uma Casa de Angola não há!
Também não fiz nenhum alerta mais cedo, até porque Orlando Castro já disso se tinha encarregado – e bem –, porque o e-mail recebido ainda indicava "VOTO DE PESAR N.º …/X", ou seja, como se ainda não fosse definitivo. Todavia, e pelo que me chegou aos ouvidos e aos e-mails, o voto ficou assim como descrito acima.
Ainda assim, não ia escrever nada, mas como recebi diversos “toques”, quer no blogue, quer por via de e-mails, e porque não fujo a desafios que não coloquem em causa valores nem posturas aqui fica o meu reparo.
De futuro, bom seria que houvesse mais atenção no que se transmite para o exterior, nomeadamente se essas informações partem da Casa que legisla a vida dos que vivem em Portugal.
No texto que nos foi posto à disposição, em particular o do Gentil Viana, aparece um erro – eu quero acreditar que é um erro – relativamente a personalidades que acompanharam gentil Viana em vivo na sua fuga pela Liberdade das antigas colónias portuguesas.
No texto escreve-se a certa altura que “…em meados da década de 1960, empreendeu uma fuga célebre com mais cerca de cem companheiros de várias ex-colónias portuguesas de África, entre os quais os moçambicanos Joaquim Chissano e Pepetela, iniciando um longo périplo que o levaria a Paris, Gana, Congo Brazzaville, Argélia, China, e mais tarde à guerrilha em Angola”.
Dado que os portugueses sempre tiveram uma “maldita” tendência pelo excesso de cultura, ou seja, necessidade escolar de saberem mais do que necessitavam para os assuntos respectivos – como se comprova ainda hoje em que, para o actual Governo, é mais importante uma criança em formação saber já o inglês antes de bem conhecer a sua língua materna, o português – quero acreditar que chamarem Pepetela – Artur Pestana dos Santos, de seu nome –, por acaso natural de Benguela, Angola, um moçambicano foi um triste lapso de transcrição e não uma gritante falta de cultura dos representantes da Nação portuguesa. E já agora, foi galardoado com o Prémio Camões, em 1997.
Não falei, nem escrevi mais cedo, por razões institucionais que se prendem com o facto de enquanto vogal da Direcção da Casa de Angola manter solidariedade institucional com um dos signatários das citadas “Notas de Pesar” que é, também ele, membro dos Corpos Sociais desta Associação cultural representante dos angolanos, em Lisboa e nas zonas onde uma Casa de Angola não há!
Também não fiz nenhum alerta mais cedo, até porque Orlando Castro já disso se tinha encarregado – e bem –, porque o e-mail recebido ainda indicava "VOTO DE PESAR N.º …/X", ou seja, como se ainda não fosse definitivo. Todavia, e pelo que me chegou aos ouvidos e aos e-mails, o voto ficou assim como descrito acima.
Ainda assim, não ia escrever nada, mas como recebi diversos “toques”, quer no blogue, quer por via de e-mails, e porque não fujo a desafios que não coloquem em causa valores nem posturas aqui fica o meu reparo.
De futuro, bom seria que houvesse mais atenção no que se transmite para o exterior, nomeadamente se essas informações partem da Casa que legisla a vida dos que vivem em Portugal.
Assim não há Governo que aguente…
"Há cerca de um ano três partidos Bissau-guineenses juntaram-se em nome da estabilidade governativa e nacional e criaram um Governo multipartidário que deveria proceder à recuperação da credibilidade das instituições nacionais e ser um interlocutor válido credível para as relações com o exterior.
Sabemos o quanto isso tem sido difícil para não dizer quase impossível.
Sabemos o quanto isso tem sido difícil para não dizer quase impossível.
Desde acusações de ser um potencial narco-Estado caso o governo não tomasse as rédeas de defesa nacional; de falta de pagamento aos funcionários públicos; de eventuais participações em disputas extra-fronteiriça – como as que se verificaram recentemente com a acusação da possível participação de militares Bissau-guineenses na República da Guiné –; ou de desvios de fundos euro-comunitários e afro-comunitários, de tudo a Guiné-Bissau e os seus governantes têm sido – ou foram – acusados.
Parecia que o governo de Martinho N’Dafa Cabi estava, realmente e aos poucos, recolher dividendos dessa estabilidade governativa e apoios externos consideráveis, exceptuando-se fundos para eleições que, a isso, a comunidade internacional mandou procurar a quem tinha ficado com os anteriores…(...)" (pode continuar a ler aqui ou aqui)
Artigo publicado na secção "Colunistas" do , de hoje.
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