31 maio 2006
No Dia Mundial da Criança: Os Direitos das Crianças
(© Unicef)
Todas as crianças têm Direitos que, não poucas vezes, são esquecidos ou espezinhados. São 10, os princípios que norteiam a "Declaração dos Direitos da Criança", assinado em 1959, no seio dos países que formam a ONU.
E eles são:
.
. 1º Princípio
Toda criança será beneficiada por estes direitos, sem nenhuma discriminação de raça, cor, sexo, língua, religião, país de origem, classe social ou situação económica. Toda e qualquer criança do mundo deve ter seus direitos respeitados!
. 2º Princípio
Todas as crianças têm direito a protecção especial e a todas as facilidades e oportunidades para se desenvolver plenamente, com liberdade e dignidade. As leis deverão ter em conta os melhores interesses da criança.
. 3º Princípio
Desde o dia em que nasce, toda a criança tem direito a um nome e uma nacionalidade, ou seja, ser cidadão de um país.
. 4º Princípio
As crianças têm direito a crescer e criar-se com saúde. Para isso, as futuras mães também têm direito a cuidados especiais, para que seus filhos possam nascer saudáveis. Todas as crianças têm também direito a alimentação, habitação, recreação e assistência médica.
. 5º Princípio
Crianças com deficiência física ou mental devem receber educação e cuidados especiais exigidos pela sua condição particular. Porque elas merecem respeito como qualquer criança.
. 6º Princípio
Toda a criança deve crescer num ambiente de amor, segurança e compreensão. As crianças devem ser criadas sob o cuidado dos pais, e as mais pequenas jamais deverão separar-se da mãe, a menos que seja necessário (para bem da criança). O governo e a sociedade têm a obrigação de fornecer cuidados especiais para as crianças que não têm família nem dinheiro para viver decentemente.
. 7º Princípio
Toda a criança tem direito a receber educação primária gratuita, e também de qualidade, para que possa ter oportunidades iguais para desenvolver as suas habilidades.
E como brincar também é uma boa maneira de aprender, as crianças também têm todo o direito de brincar e de se divertir!
. 8º Princípio
Seja numa emergência ou acidente, ou em qualquer outro caso, a criança deverá ser a primeira a receber protecção e socorro dos adultos.
. 9º Princípio
Nenhuma criança deverá sofrer por negligência (maus cuidados ou falta deles) dos responsáveis ou do governo, nem por crueldade e exploração. Não será nunca objecto de tráfico (tirada dos pais e vendida e comprada por outras pessoas).
Nenhuma criança deverá trabalhar antes da idade mínima, nem deverá ser obrigada a fazer actividades que prejudiquem sua saúde, educação e desenvolvimento.
. 10º Princípio
A criança deverá ser protegida contra qualquer tipo de preconceito, seja de raça, religião ou posição social. Toda criança deverá crescer num ambiente de compreensão, tolerância e amizade, de paz e de fraternidade universal.
.
Porque será que princípios tão pequenos e tão objectivos são, em regra, tão brutal e obstinadamente ignorados, violados e vilipendiados por quem os mais deveriam proteger?
Elas são crianças-soldados, crianças-trabalhadoras, crianças-escravas, crianças famintas, crianças estropiadas, crianças de rua, crianças seropositivas, enfim crianças sem qualquer tipo de alegria nem aconchego do amanhã.
Senhores, e se parássemos um pouco, para olhar à nossa volta…
Dia Mundial da Criança
Disseminação gratuita do HIV/SIDA? – O Desmentido que se impõe
Tal como oportunamente me referi a este caso estranhando-o e estranhando a eventual passividade das autoridades mas sem que tenha identificado a pseudo-transmissora - não só porque a carta inicial o não indicava como eu próprio, também, alguma vez o faria -, não posso, e nem quero, deixar de colocar, e, porque não dizê-lo, com alívio, o desmentido da “acusada”:
“A Signatária, apresentadora do programa Arco-íris da TPA, vítima recente de um acto de difamação criminosa pela Internet, em defesa da sua honra e dignidade, vê-se na obrigação de utilizar esta via para publicamente esclarecer o seguinte:
1 - Não é nem nunca foi portadora do vírus HIV, como comprovam os exames clínicos realizados recentemente nas seguintes instituições: (…)”
Tal como inicialmente o não fiz, também agora não identifico a apresentadora em causa. De qualquer forma o comunicado pode – e deve – ser lido na íntegra aqui, o blogue onde, inicialmente, fui buscar esta informação.
Não me sinto culpado de uma eventual proliferação na “net” mas também não posso deixar de fazer esta chamada de atenção porque poderia estar em causa quer a honorabilidade da “acusada” como a “inveja maliciosa” da “acusadora” que, por certo, estará devidamente identificada pela missiva que enviou.
Isto continua a não invalidar que a prevenção, e hoje, mais do que ontem e mais do que nunca, deva ser continuada e reafirmada.
“A Signatária, apresentadora do programa Arco-íris da TPA, vítima recente de um acto de difamação criminosa pela Internet, em defesa da sua honra e dignidade, vê-se na obrigação de utilizar esta via para publicamente esclarecer o seguinte:
1 - Não é nem nunca foi portadora do vírus HIV, como comprovam os exames clínicos realizados recentemente nas seguintes instituições: (…)”
Tal como inicialmente o não fiz, também agora não identifico a apresentadora em causa. De qualquer forma o comunicado pode – e deve – ser lido na íntegra aqui, o blogue onde, inicialmente, fui buscar esta informação.
Não me sinto culpado de uma eventual proliferação na “net” mas também não posso deixar de fazer esta chamada de atenção porque poderia estar em causa quer a honorabilidade da “acusada” como a “inveja maliciosa” da “acusadora” que, por certo, estará devidamente identificada pela missiva que enviou.
Isto continua a não invalidar que a prevenção, e hoje, mais do que ontem e mais do que nunca, deva ser continuada e reafirmada.
30 maio 2006
Desculpem, mas falávamos de...
“A democracia enche a barriga das pessoas porque permite a promoção do cidadão, permite que os recursos do Estado sejam bem geridos, permite ainda a liberdade, boa governação, a convivência entre cidadãos, permite a distribuição justa das riquezas” (…) “Vamos mudar aquilo que não funciona bem, o que funciona bem continua como está; uma mudança que respeite as opções políticas dos cidadãos, com segurança e grandeza moral”, sustentou Isaías Samakuva, no sábado, em Lubango, num encontro alargado dos quadros de várias formações políticas representadas na sede provincial da Huíla, tendo insistido também “na criação de um fórum de concertação nacional, com representatividade reconhecida, tendente a dissipar os preconceitos, desconfianças, ressentimentos e outras questões que ferem o espírito de paz e de reconciliação nacional”.
Desculpem, e sem querer estar antecipadamente nas nuvens, mas alguém me confirma de que país, ou democracia, falava o líder do Galo Negro?
Desculpem, e sem querer estar antecipadamente nas nuvens, mas alguém me confirma de que país, ou democracia, falava o líder do Galo Negro?
Angola-Argentina em pré-2006
(foto retirada do Angola Desporto)
Angola perdeu 2-0 com a Argentina em jogo de preparação para o Campeonato do Mundo - Alemanha-2006.
Os golos foram marcados na 1ª parte do encontro.
Infelizmente só pude ver os últimos 10 minutos da 2ª parte porque - e como eu muitos mais - desconhecia que a SporTV ia transmitir o jogo para Portugal.
Se o jogo foi bom ou não, não o posso dizer. Não é em 10 minutos que se aquilata da capacidade de uma equipa; quer dizer, exceptos os super-experts que antes da bola começar a rolar já dão os seus palpites e fazem as suas avantajadas e absurdas observações.
Foram 10 minutos o que vi. Mas o comentário finl da SporTV é que Angola é uma equipa acessível a Portugal e que a Argentina pouco produziu (se não foram estas palavras não estará muito longe o sentido).
Só que esquecem que a bola é redonda, que os favoritos, por vezes, caiem redondos e, como dizia um antigo jogador português, "prognósticos, só no fim".
Lembram-se de 2002 e 2004?
Angola perdeu 2-0 com a Argentina em jogo de preparação para o Campeonato do Mundo - Alemanha-2006.
Os golos foram marcados na 1ª parte do encontro.
Infelizmente só pude ver os últimos 10 minutos da 2ª parte porque - e como eu muitos mais - desconhecia que a SporTV ia transmitir o jogo para Portugal.
Se o jogo foi bom ou não, não o posso dizer. Não é em 10 minutos que se aquilata da capacidade de uma equipa; quer dizer, exceptos os super-experts que antes da bola começar a rolar já dão os seus palpites e fazem as suas avantajadas e absurdas observações.
Foram 10 minutos o que vi. Mas o comentário finl da SporTV é que Angola é uma equipa acessível a Portugal e que a Argentina pouco produziu (se não foram estas palavras não estará muito longe o sentido).
Só que esquecem que a bola é redonda, que os favoritos, por vezes, caiem redondos e, como dizia um antigo jogador português, "prognósticos, só no fim".
Lembram-se de 2002 e 2004?
Degustando na Matola
Mais um pratinho de suculentos mariscos e fresquinhas laurentinas ali para a mesa do canto virada para o rio.
Conforme prometi aqui fica a foto do restaurante do rio onde muitos parecem ter perdido o “tino”, pelo menos.
Tal como a anterior esta imagem foi surripiada ao blogue “Moçambique – Passado e Presente 1” – para ele o meu kanimbambo – onde poderão admirar outras belas fotos da princesa Índico.
Conforme prometi aqui fica a foto do restaurante do rio onde muitos parecem ter perdido o “tino”, pelo menos.
Tal como a anterior esta imagem foi surripiada ao blogue “Moçambique – Passado e Presente 1” – para ele o meu kanimbambo – onde poderão admirar outras belas fotos da princesa Índico.
29 maio 2006
Mais um imposto para o SMS e e-mail da esquina
(imagem surripiada a’O Jumento)
Já tinha lido esta, salvo erro ontem n' O Jumento, mas pensei que fosse uma piada deste irreverente e sempre certeiro blogue, embora não deixando de citar a “Reuters”.
Mas, pelos vistos e a fazer fé no Diário Digital, parece que não.
Segundo este órgão – que espero não seja uma cópia não citada do de cima – o Parlamento Europeu, através de um euro-deputado do grupo popular europeu e do francês UMP, Alain Lamassoure, “está a equacionar cobrar um imposto pelo envio de e-mails e mensagens de texto (SMS) como um modo de financiamento no futuro”.
O imposto será de 1,5 cêntimos para os SMS e de 0,00001 cêntimos por cada e-mail enviado.
E, o mais engrassqado e interessante é que a maioria dos governos, euro-deputados e a Comissão Europeia apoiam a criação destes novos impostos.
E se isto pega e não só para Europa mas também para o resto da “www”?
Vão mas é roubar para a estrada…
Já tinha lido esta, salvo erro ontem n' O Jumento, mas pensei que fosse uma piada deste irreverente e sempre certeiro blogue, embora não deixando de citar a “Reuters”.
Mas, pelos vistos e a fazer fé no Diário Digital, parece que não.
Segundo este órgão – que espero não seja uma cópia não citada do de cima – o Parlamento Europeu, através de um euro-deputado do grupo popular europeu e do francês UMP, Alain Lamassoure, “está a equacionar cobrar um imposto pelo envio de e-mails e mensagens de texto (SMS) como um modo de financiamento no futuro”.
O imposto será de 1,5 cêntimos para os SMS e de 0,00001 cêntimos por cada e-mail enviado.
E, o mais engrassqado e interessante é que a maioria dos governos, euro-deputados e a Comissão Europeia apoiam a criação destes novos impostos.
E se isto pega e não só para Europa mas também para o resto da “www”?
Vão mas é roubar para a estrada…
A Diáspora angolana na revista Valor Acrescentado
A edição nº3 (Fevereiro/Março) da revista angolana Valor Acrescentado, agora disponibilizada em versão online, e distribuída em papel no dia 31 de Maio, em Angola, apresenta um especial sobre a Diáspora angolana sob o título “Angolanos na Diáspora: Um pé na Europa com África no Coração” da responsabilidade de Natasha Oliveira.
Este especial inclui um artigo meu, enquanto Director da Casa de Angola, sob o título “Associações africanas na Diáspora”.
A revista aborda também assuntos como o Mercado de Capitais e Segurador e uma entrevista a um "mais velho" benguelense de Dombe Grande, entre outros conteúdos .
Este especial inclui um artigo meu, enquanto Director da Casa de Angola, sob o título “Associações africanas na Diáspora”.
A revista aborda também assuntos como o Mercado de Capitais e Segurador e uma entrevista a um "mais velho" benguelense de Dombe Grande, entre outros conteúdos .
O iberismo Olivençal
Enquanto ministros – e outros intelectuais ou pseudo-como-tais – manifestam uma forte atracção pelo Iberismo – e eu também começo a senti-lo quando vejo os impostos mais baixos, bem assim os preços dos combustíveis e dos veículos, do outro lado da fronteira – recebi do Grupo de Amigos de Olivença (GAO), via e-mail, esta epístola que, pela oportunidade – sem temer que me acusem de “tuga” – não posso, e com a devida vénia, deixar de colocar parte da mesmo:
“A Questão de Olivença é reportada pela CIA (“The World Factbook")
O Relatório Informativo da CIA de 2006 (“The World Factbook") dá notícia do litígio que opõe Portugal e Espanha a propósito de Olivença:
«Disputes - international: Portugal does not recognize Spanish sovereignty over the territory of Olivenza based on a difference of interpretation of the 1815 Congress of Vienna and the 1801 Treaty of Badajoz»
O assunto é explicado por Carlos Luna (membro da Direcção do GAO), em artigo que se transcreve:
AS HESITAÇÕES DA C.I.A.
Tudo começou em 2003. A instituição norte-americana C.I.A. publica, desde há muito, uma espécie de relatório anual, o "The World Factbook", agora na "Internet". Esse relatório, actualizado anualmente, contém dados de todo o tipo sobre todos os países e territórios do mundo. Como estatística. Não se trata de uma selecção com intuitos políticos, ainda que, como sabemos, nada seja neutro neste mundo.
No que toca a disputas territoriais, eram assinaladas mais de 160, incluindo discordâncias fronteiriças entre o México e os próprios Estados Unidos. O que era novidade era a inclusão de mais uma disputa. De facto, lia-se, no que a Portugal dizia respeito: "Portugal tem periodicamente reafirmado reivindicações sobre os territórios em redor da cidade de Olivença (Espanha)".
Claro que, no que a Espanha se referia, também era assinalada a disputa:"Os habitantes de Gibraltar votaram esmagadoramente em referendo contra o "acordo de total partilha de soberania" discutido entre a Espanha e o Reino Unido para mudar trezentos anos de governo da colónia; Marrocos protesta contra o controle espanhol sobre os enclaves costeiros de Ceuta, Melilla, o Peñon de Velez de la Gomera, as ilhas de Peñon de Alhucemas, as ilhas Chafarinas e as águas circundantes; Marrocos rejeita também o traçado unilateral de uma linha média a partir das Canárias em 2002 para estabelecer limites à exploração de recursos marinhos e interdição de refugiados; Marrocos aceitou que os pescadores espanhóis pescassem temporariamente na costa do Sahará Ocidental, depois de um derrame de crude ter sujado bancos de pesca espanhóis; Portugal tem periodicamente reafirmado reivindicações sobre os territórios em redor da cidade de Olivenza (Espanha)".”
(…)As reacções em Espanha, todavia, excederam o compreensível. Vários jornais noticiaram que a C.I.A. comparava Olivença a Caxemira e a Gaza, e davam a entender que a C.I.A. via movimentos terroristas (?) na Terra das Oliveiras. Chegou-se ao cúmulo de se fazerem entrevistas com autoridades locais, que troçaram da estupidez da C.I.A. e desafiaram os seus agentes a procurar terroristas por aqueles lados.(…) A C.I.A. reformulou o seu relatório, e, no que toca a Olivença, 2004 viu surgir a espantosa afirmação de que "alguns grupos portugueses mantêm reivindicações adormecidas sobre os territórios cedidos a Espanha em redor da Cidade de Olivenza".
(…)Em 2005, desaparecia do relatório da C.I.A. qualquer referência a Olivença. Portugal, no que toca a disputas/reivindicações internacionais, surgia classificado com um "none" (isto é, "nenhuma"; uma só palavra...talvez para poupar espaço...
(…)Felizmente, em 2006, a situação foi recolocada em termos, em geral, correctos. Decerto "alguém" do Estado Português, verificando o erro, se deu ao trabalho de informar a C.I.A. de que Portugal mantém mesmo reservas sobre a soberania espanhola em Olivença. Recorde-se que esta questão ganhou nova importância com o Alqueva, dados os problemas ligados à posse das águas no Guadiana.
Assim, desde Maio de 2006, pode-se ler na "CIA Homepage", sobre Portugal, no que toca a disputas internacionais, o seguinte: "Portugal não reconhece a soberania espanhola sobre o território de Olivença com base numa diferença de interpretação do Congresso de Viena de 1815 e do Tratado de Badajoz de 1801."(…)"em 2003, os habitantes de Gibraltar votaram esmagadoramente, por referendo, a favor de permanecerem como colónia britânica, e contra uma solução de "partilha total de soberania", exigindo também participação em conversações entre o Reino Unido e a Espanha. A Espanha desaprova os planos do Reino Unido no sentido de dar maior autonomia a Gibraltar; Marrocos contesta o domínio da Espanha sobre os enclaves costeiros de Ceuta, Melilla, e sobre as ilhas Peñon de Velez de la Gomera, Peñon de Alhucemas e Ilhas Chafarinas, e as águas adjacentes; Marrocos funciona como a mais importante base de migração ilegal do Norte de África com destino a Espanha; Portugal não reconhece a soberania espanhola sobre o território de Olivença com base numa diferença de interpretação do Congresso de Viena de 1815 e do Tratado de Badajoz de 1801."”
Esta longa epístola poderá ser lida, na íntegra, no sítio do GAO.
“A Questão de Olivença é reportada pela CIA (“The World Factbook")
O Relatório Informativo da CIA de 2006 (“The World Factbook") dá notícia do litígio que opõe Portugal e Espanha a propósito de Olivença:
«Disputes - international: Portugal does not recognize Spanish sovereignty over the territory of Olivenza based on a difference of interpretation of the 1815 Congress of Vienna and the 1801 Treaty of Badajoz»
O assunto é explicado por Carlos Luna (membro da Direcção do GAO), em artigo que se transcreve:
AS HESITAÇÕES DA C.I.A.
Tudo começou em 2003. A instituição norte-americana C.I.A. publica, desde há muito, uma espécie de relatório anual, o "The World Factbook", agora na "Internet". Esse relatório, actualizado anualmente, contém dados de todo o tipo sobre todos os países e territórios do mundo. Como estatística. Não se trata de uma selecção com intuitos políticos, ainda que, como sabemos, nada seja neutro neste mundo.
No que toca a disputas territoriais, eram assinaladas mais de 160, incluindo discordâncias fronteiriças entre o México e os próprios Estados Unidos. O que era novidade era a inclusão de mais uma disputa. De facto, lia-se, no que a Portugal dizia respeito: "Portugal tem periodicamente reafirmado reivindicações sobre os territórios em redor da cidade de Olivença (Espanha)".
Claro que, no que a Espanha se referia, também era assinalada a disputa:"Os habitantes de Gibraltar votaram esmagadoramente em referendo contra o "acordo de total partilha de soberania" discutido entre a Espanha e o Reino Unido para mudar trezentos anos de governo da colónia; Marrocos protesta contra o controle espanhol sobre os enclaves costeiros de Ceuta, Melilla, o Peñon de Velez de la Gomera, as ilhas de Peñon de Alhucemas, as ilhas Chafarinas e as águas circundantes; Marrocos rejeita também o traçado unilateral de uma linha média a partir das Canárias em 2002 para estabelecer limites à exploração de recursos marinhos e interdição de refugiados; Marrocos aceitou que os pescadores espanhóis pescassem temporariamente na costa do Sahará Ocidental, depois de um derrame de crude ter sujado bancos de pesca espanhóis; Portugal tem periodicamente reafirmado reivindicações sobre os territórios em redor da cidade de Olivenza (Espanha)".”
(…)As reacções em Espanha, todavia, excederam o compreensível. Vários jornais noticiaram que a C.I.A. comparava Olivença a Caxemira e a Gaza, e davam a entender que a C.I.A. via movimentos terroristas (?) na Terra das Oliveiras. Chegou-se ao cúmulo de se fazerem entrevistas com autoridades locais, que troçaram da estupidez da C.I.A. e desafiaram os seus agentes a procurar terroristas por aqueles lados.(…) A C.I.A. reformulou o seu relatório, e, no que toca a Olivença, 2004 viu surgir a espantosa afirmação de que "alguns grupos portugueses mantêm reivindicações adormecidas sobre os territórios cedidos a Espanha em redor da Cidade de Olivenza".
(…)Em 2005, desaparecia do relatório da C.I.A. qualquer referência a Olivença. Portugal, no que toca a disputas/reivindicações internacionais, surgia classificado com um "none" (isto é, "nenhuma"; uma só palavra...talvez para poupar espaço...
(…)Felizmente, em 2006, a situação foi recolocada em termos, em geral, correctos. Decerto "alguém" do Estado Português, verificando o erro, se deu ao trabalho de informar a C.I.A. de que Portugal mantém mesmo reservas sobre a soberania espanhola em Olivença. Recorde-se que esta questão ganhou nova importância com o Alqueva, dados os problemas ligados à posse das águas no Guadiana.
Assim, desde Maio de 2006, pode-se ler na "CIA Homepage", sobre Portugal, no que toca a disputas internacionais, o seguinte: "Portugal não reconhece a soberania espanhola sobre o território de Olivença com base numa diferença de interpretação do Congresso de Viena de 1815 e do Tratado de Badajoz de 1801."(…)"em 2003, os habitantes de Gibraltar votaram esmagadoramente, por referendo, a favor de permanecerem como colónia britânica, e contra uma solução de "partilha total de soberania", exigindo também participação em conversações entre o Reino Unido e a Espanha. A Espanha desaprova os planos do Reino Unido no sentido de dar maior autonomia a Gibraltar; Marrocos contesta o domínio da Espanha sobre os enclaves costeiros de Ceuta, Melilla, e sobre as ilhas Peñon de Velez de la Gomera, Peñon de Alhucemas e Ilhas Chafarinas, e as águas adjacentes; Marrocos funciona como a mais importante base de migração ilegal do Norte de África com destino a Espanha; Portugal não reconhece a soberania espanhola sobre o território de Olivença com base numa diferença de interpretação do Congresso de Viena de 1815 e do Tratado de Badajoz de 1801."”
Esta longa epístola poderá ser lida, na íntegra, no sítio do GAO.
28 maio 2006
E a Coreia do Norte já tem mesmo um ICBM? - Artigo
“De acordo com uma televisão japonesa, e citada no site português Diário Digital, a Coreia do Norte estará a preparar o lançamento/teste de um míssil intercontinental (IBCM – InterContinental Balistic Missile) com capacidade de atingir algumas regiões norte-americanas.”
Artigo de Opinião no semanário santomense Correio da Semana, edição nº.66 de 27-Maio-2006 que pode ser lido na íntegra na minha página pessoal.
Artigo de Opinião no semanário santomense Correio da Semana, edição nº.66 de 27-Maio-2006 que pode ser lido na íntegra na minha página pessoal.
27 maio 2006
Foi há 29 anos!
Ainda alguém se lembra desta data, do que aconteceu em 1977 e o que ela marcou para uma geração angolana?
Alguém já pensou em fechar esta ferida pondo frente-a-frente irmãos desavindos durante e posteriormente à crise e acabar com a eterna suspeição de quem teve e não teve razão?
Numa época de paz que se quer duradoira e fomentadora de uma harmonia social e política era bom que este assunto fosse encerrado desculpando-se uns e perdoando-se outros.
Já nada traz os que morreram. Limpemos as memórias e fechemos as feridas.
Não o esqueçamos, para que nunca mais aconteça igual, mas é mais que altura para encerrarmos o 27 de Maio.
É que foi já há 29 anos… que aconteceu o Nitismo!!!!
Alguém já pensou em fechar esta ferida pondo frente-a-frente irmãos desavindos durante e posteriormente à crise e acabar com a eterna suspeição de quem teve e não teve razão?
Numa época de paz que se quer duradoira e fomentadora de uma harmonia social e política era bom que este assunto fosse encerrado desculpando-se uns e perdoando-se outros.
Já nada traz os que morreram. Limpemos as memórias e fechemos as feridas.
Não o esqueçamos, para que nunca mais aconteça igual, mas é mais que altura para encerrarmos o 27 de Maio.
É que foi já há 29 anos… que aconteceu o Nitismo!!!!
Disseminação gratuita do HIV/SIDA?
Se isto é verdade, e quero acreditar – e acredito, porque o conheço – que o jornalista que o produziu, tomou precauções no sentido de verificar da credibilidade de quem o informou, o artigo/carta de que se segue parte, é grave, muito grave, e merece resposta atenta e imediata das autoridades nacionais, de preferência pública porque também o caso já é público.
“Apresentadora da TPA com SIDA arrasa governantes e altas patentes das FAA
Recebi de uma funcionária da Televisão Pública de Angola (TPA) uma carta em que se dá conta do risco a que todos nós, nos tempos que correm, estamos sujeitos: a contracção do vírus do Vírus de Imunodeficiência Humana (VIH).
Na carta, a funcionária da TPA ( que pede o anonimato, como é óbvio!) revela que uma colega sua infectado pelo VIH/SIDA e está a disseminá-lo nalguns círculos de Luanda.”
Esta carta pode ser lida, na íntegra, n’ O Arauto, deixando os comentários qpara quem o quiser fazer no local próprio, ou seja, no artigo em questão.
“Apresentadora da TPA com SIDA arrasa governantes e altas patentes das FAA
Recebi de uma funcionária da Televisão Pública de Angola (TPA) uma carta em que se dá conta do risco a que todos nós, nos tempos que correm, estamos sujeitos: a contracção do vírus do Vírus de Imunodeficiência Humana (VIH).
Na carta, a funcionária da TPA ( que pede o anonimato, como é óbvio!) revela que uma colega sua infectado pelo VIH/SIDA e está a disseminá-lo nalguns círculos de Luanda.”
Esta carta pode ser lida, na íntegra, n’ O Arauto, deixando os comentários qpara quem o quiser fazer no local próprio, ou seja, no artigo em questão.
26 maio 2006
Acordo de pescas entre São Tomé e a União Europeia
(não me recordo de onde provém esta foto)
Alguém me explica como é que um país “gerador” de pescado fica satisfeito porque o “extractor” lhe aumentou em cerca de 100 mil euros (cem mil, quase o preço de um pequeno apartamento em Portugal) pela autorização da captura de pescado santomense?
Ou seja porque lhe aumentou de cerca de 700 mil Euros par pouco mais de 800 mil Euros? (notícia-base na RTP-África/Repórter)
E que parte deste dinheiro é para pagar despesas públicas e outra parte para melhorar o parque piscatório santomense sem que, no entanto, os seus produtos possam ser directamente exportados para países europeus porque a UE não reconhece fiabilidade aos congelados santomenses.
Como é que míseros 800 mil Euros são suficientes para pagar a mais que previsível exaustão dos bancos piscícolos santomenses?
ADENDA: Sobre este assunto ver artigo de Opinião publicado no Africamente.com de hoje, sob o título "Acordo de pesca STP-UE".
Alguém me explica como é que um país “gerador” de pescado fica satisfeito porque o “extractor” lhe aumentou em cerca de 100 mil euros (cem mil, quase o preço de um pequeno apartamento em Portugal) pela autorização da captura de pescado santomense?
Ou seja porque lhe aumentou de cerca de 700 mil Euros par pouco mais de 800 mil Euros? (notícia-base na RTP-África/Repórter)
E que parte deste dinheiro é para pagar despesas públicas e outra parte para melhorar o parque piscatório santomense sem que, no entanto, os seus produtos possam ser directamente exportados para países europeus porque a UE não reconhece fiabilidade aos congelados santomenses.
Como é que míseros 800 mil Euros são suficientes para pagar a mais que previsível exaustão dos bancos piscícolos santomenses?
ADENDA: Sobre este assunto ver artigo de Opinião publicado no Africamente.com de hoje, sob o título "Acordo de pesca STP-UE".
Instabilidade ou necessidade de afirmação?
© "Tão felizes que nós éramos"; foto de arquivo do JN
O que realmente se passa em Timor-Leste?
Há instabilidade como os actos das últimas semanas nos querem fazer crer ou, pelo contrário, uma luta de clãs consubstanciada nos pseudo-grupos Leste/Oeste (lorosae/ loromonu), como alguns parecem ter interesse em acentuar, ou uma clara falta de autoridade governativa – dois ou três elementos para o mesmo poleiro – que já levou o presidente Xanana, através, de terceiros deixar entender que não acredita no actual Governo e assumir directamente o contacto com as forças estrangeiras de interposição?
Quem mandou militares fazerem o papel de polícias e provocar mortes entre civis?
Quem está a ordenar a morte de familiares de polícias?
Porque Xanana e Ramos Horta tiveram contactos com os “revoltosos” sem que nada houvesse e fossem estes a solicitar a presença de forças estrangeiras, contra a inicial vontade de Alkatiri, e só agora realmente essas forças chegaram?
E porque há diferenças assinaláveis entre a atitude do presidente Xanana, conciliador, e o primeiro-ministro Alkatiri, que parece estar em bicos de pés exigindo o reconhecimento de uma unidade governativa – que não parece haver; Horta fala de uma forma que é corroborada pela mulher de Xanana, a australiana Kirsty Sword , e o ministro do Interior anda “desaparecido” – e de uma coordenação com a presidência sobre uma segurança que, mais não é que uma falácia.
E já agora, porque é que esta crise se acentuou depois do Congresso da Fretilim de votações por mãos no ar?
E porque é que os australianos e os neo-zelandeses enviaram uma força de cerca de 1300 homens fortemente armados para subjugar cerca de 50 homens revoltados* e, segundo parece, deficientemente armados?
Será que o petróleo timorense que abastece Austrália está em perigo? Ou será que os australianos pensam que uma mudança radical do actual governo poderia questionar, uma vez mais, o Timor Gap?
E quem agradará esta instabilidade?
Iremos ver uma nova colonização timorense, se bem que encapotada?
Pois!! Tantas perguntas e ainda nenhuma resposta plausível. Nem a inicial.
O que se passa em Timor-Leste? Instabilidade ou necessidade de afirmação?
Adenda: Muita desta matéria sobre a questão timorense pode ser lida no Notícias Lusófonas e no Jornal de Notícias.
*Adenda2: Pelos vistos o grupo inicial de 50 militares já vai em 600... porque será?
O que realmente se passa em Timor-Leste?
Há instabilidade como os actos das últimas semanas nos querem fazer crer ou, pelo contrário, uma luta de clãs consubstanciada nos pseudo-grupos Leste/Oeste (lorosae/ loromonu), como alguns parecem ter interesse em acentuar, ou uma clara falta de autoridade governativa – dois ou três elementos para o mesmo poleiro – que já levou o presidente Xanana, através, de terceiros deixar entender que não acredita no actual Governo e assumir directamente o contacto com as forças estrangeiras de interposição?
Quem mandou militares fazerem o papel de polícias e provocar mortes entre civis?
Quem está a ordenar a morte de familiares de polícias?
Porque Xanana e Ramos Horta tiveram contactos com os “revoltosos” sem que nada houvesse e fossem estes a solicitar a presença de forças estrangeiras, contra a inicial vontade de Alkatiri, e só agora realmente essas forças chegaram?
E porque há diferenças assinaláveis entre a atitude do presidente Xanana, conciliador, e o primeiro-ministro Alkatiri, que parece estar em bicos de pés exigindo o reconhecimento de uma unidade governativa – que não parece haver; Horta fala de uma forma que é corroborada pela mulher de Xanana, a australiana Kirsty Sword , e o ministro do Interior anda “desaparecido” – e de uma coordenação com a presidência sobre uma segurança que, mais não é que uma falácia.
E já agora, porque é que esta crise se acentuou depois do Congresso da Fretilim de votações por mãos no ar?
E porque é que os australianos e os neo-zelandeses enviaram uma força de cerca de 1300 homens fortemente armados para subjugar cerca de 50 homens revoltados* e, segundo parece, deficientemente armados?
Será que o petróleo timorense que abastece Austrália está em perigo? Ou será que os australianos pensam que uma mudança radical do actual governo poderia questionar, uma vez mais, o Timor Gap?
E quem agradará esta instabilidade?
Iremos ver uma nova colonização timorense, se bem que encapotada?
Pois!! Tantas perguntas e ainda nenhuma resposta plausível. Nem a inicial.
O que se passa em Timor-Leste? Instabilidade ou necessidade de afirmação?
Adenda: Muita desta matéria sobre a questão timorense pode ser lida no Notícias Lusófonas e no Jornal de Notícias.
*Adenda2: Pelos vistos o grupo inicial de 50 militares já vai em 600... porque será?
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Xanana
25 maio 2006
Matola, parece ser exemplo
(© Matola, Ponte do rio Matola)
Excelente o trabalho que o meu amigo Carlos Tembe, presidente da Comunidade da Matola, está a fazer nesta cidade satélite de Maputo.
Pelo menos parece haver uma certa harmonia e limpeza pelas imagens que nos chegam ao exterior além de um inequívoco desenvolvimento industrial que se deseja continue, também ele, harmonioso.
E como sempre, um muito discreto Carlos Tembe perante as câmaras televisivas que parecem continuar a intimidá-lo.
Ainda hoje, nas comemorações pelo Dia de África, efectuadas na Matola a primazia foi para os organizadores e participantes quase mal se divisando na mesa de honra.
Excelente o trabalho que o meu amigo Carlos Tembe, presidente da Comunidade da Matola, está a fazer nesta cidade satélite de Maputo.
Pelo menos parece haver uma certa harmonia e limpeza pelas imagens que nos chegam ao exterior além de um inequívoco desenvolvimento industrial que se deseja continue, também ele, harmonioso.
E como sempre, um muito discreto Carlos Tembe perante as câmaras televisivas que parecem continuar a intimidá-lo.
Ainda hoje, nas comemorações pelo Dia de África, efectuadas na Matola a primazia foi para os organizadores e participantes quase mal se divisando na mesa de honra.
Luandino Vieira e o Prémio Camões
(Luandino Vieira em foto da Ed. Caminho)
Mal vai um país que se preocupa em querer saber – ou discutir – o(s) porquê(s) da tão propalada recusa do Prémio Camões 2006 pelo luso-angolano (esta referência à dupla nacionalidade é intencional para evitar algum aproveitamento político) Luandino Vieira.
Acontece que o autor de grandes obras como "Luuanda" e "No Antigamente na Vida – estórias" não terá, de acordo com amigos chegados, recusado o Prémio mas, e tão só, o valor do prémio por motivos meramente pessoais e muito íntimas, como sendo o facto de estar, neste momento, a ter uma vida quase franciscana.
E, já agora, para que se saiba esta não terá sido a primeira vez que um autor recusa receber o prémio, dado que, já em 1994, o poeta português Herberto Hélder terá feito o mesmo, no caso com o Prémio Pessoa, e, registe-se, que a generalidade da sua biografia, incluindo a colocada no sítio do Instituto Camões, omite esta ocorrência.
Então porquê esta toda celeuma com a posição de José Luandino Vieira.
O que poderia era ter doado o valor pecuniário por terceiros, por exemplo, os Meninos da Rua, de Luanda, ou pelas Crianças SOS, de Angola, entre outras organizações de solidariedade.
Aí sim, talvez fosse mais bonito.
E nunca aquilo que a Ministra da Cultura portuguesa deseja fazer; aproveitando-se da situação - mesmo que juridicamente esteja previsto - para colocar metade da verba no orçamento do Gabinete de Relações Internacionais, do seu Ministério.
Mal vai um país que se preocupa em querer saber – ou discutir – o(s) porquê(s) da tão propalada recusa do Prémio Camões 2006 pelo luso-angolano (esta referência à dupla nacionalidade é intencional para evitar algum aproveitamento político) Luandino Vieira.
Acontece que o autor de grandes obras como "Luuanda" e "No Antigamente na Vida – estórias" não terá, de acordo com amigos chegados, recusado o Prémio mas, e tão só, o valor do prémio por motivos meramente pessoais e muito íntimas, como sendo o facto de estar, neste momento, a ter uma vida quase franciscana.
E, já agora, para que se saiba esta não terá sido a primeira vez que um autor recusa receber o prémio, dado que, já em 1994, o poeta português Herberto Hélder terá feito o mesmo, no caso com o Prémio Pessoa, e, registe-se, que a generalidade da sua biografia, incluindo a colocada no sítio do Instituto Camões, omite esta ocorrência.
Então porquê esta toda celeuma com a posição de José Luandino Vieira.
O que poderia era ter doado o valor pecuniário por terceiros, por exemplo, os Meninos da Rua, de Luanda, ou pelas Crianças SOS, de Angola, entre outras organizações de solidariedade.
Aí sim, talvez fosse mais bonito.
E nunca aquilo que a Ministra da Cultura portuguesa deseja fazer; aproveitando-se da situação - mesmo que juridicamente esteja previsto - para colocar metade da verba no orçamento do Gabinete de Relações Internacionais, do seu Ministério.
24 maio 2006
O Dia de África
(A África de Malangatana)
Há dois anos, por esta data, escrevia num dos meus primeiros apontamentos bloguísticos, e por mero acaso de datas, sobre o 25 de Maio, o Dia de África.
Tal como há dois anos, continuo a querer acreditar e sonhar que África será um continente mais humanizado, menos epidémico, mais livre, menos corrupto, mais justo e fraterno e menos despótico onde os Homens governam os Homens com sabedoria e sensatez.
Quero uma África tal como alguns Humanistas e visionários como Senghor, Cabral, Nkrumah, Mandela, Kenniata, Nyerere, entre outros, a sonharam, uma África grande e altiva, a nossa “Big África”.
Quero continuar a sonhar, e ver rápida, esta minha, nossa, África.
A África que devemos ser nós a nos preocuparmos em a erguer, embora com a ajuda de Deus: “BaNto na Hosi Sikê-léla Afrikaa” (mais ou menos “Deus ajudará os africanos a erguer África”).
África aiuhé!!!
NOTA: Evocando o "Dia de África" vários poemas de autores afro-lusófonos no Malambas e, entre eles, despretensiosamente um deste vosso escriba.
Há dois anos, por esta data, escrevia num dos meus primeiros apontamentos bloguísticos, e por mero acaso de datas, sobre o 25 de Maio, o Dia de África.
Tal como há dois anos, continuo a querer acreditar e sonhar que África será um continente mais humanizado, menos epidémico, mais livre, menos corrupto, mais justo e fraterno e menos despótico onde os Homens governam os Homens com sabedoria e sensatez.
Quero uma África tal como alguns Humanistas e visionários como Senghor, Cabral, Nkrumah, Mandela, Kenniata, Nyerere, entre outros, a sonharam, uma África grande e altiva, a nossa “Big África”.
Quero continuar a sonhar, e ver rápida, esta minha, nossa, África.
A África que devemos ser nós a nos preocuparmos em a erguer, embora com a ajuda de Deus: “BaNto na Hosi Sikê-léla Afrikaa” (mais ou menos “Deus ajudará os africanos a erguer África”).
África aiuhé!!!
NOTA: Evocando o "Dia de África" vários poemas de autores afro-lusófonos no Malambas e, entre eles, despretensiosamente um deste vosso escriba.
Citações ao Pululu
O Pululu teve alguns dos seus apontamentos aqui escritos, na última semana, citados e retranscritos na Agência Bissau:
. JORNALISMO ANGOLANO EM DEBATE NA CASA DE ANGOLA
. ALKATIRI REELEITO NA FRETILIN
. GUINÉ-BISSAU: TROIKA ESTÁ A DESMORONAR-SE
. PRÉMIO CAMÕES 2006 PARA LUANDINO VIEIRA
. JORNALISMO ANGOLANO EM DEBATE NA CASA DE ANGOLA
. ALKATIRI REELEITO NA FRETILIN
. GUINÉ-BISSAU: TROIKA ESTÁ A DESMORONAR-SE
. PRÉMIO CAMÕES 2006 PARA LUANDINO VIEIRA
Carta aberta a “Nino” Vieira, por Didinho
O analista guineense Fernando Casimiro (Didinho) publica na sua página pessoal, “Conteúdo” (Editorial), uma Carta aberta ao General João Bernardo “Nino” Vieira, presidente da República da Guiné-Bissau que pelo seu interessante conteúdo não deve passar sem ser lida e ponderada.
“Sua Exa Senhor General,
Pela primeira vez achei por bem dirigir-me directa e objectivamente a si, tendo em conta a urgência do Debate Nacional sobre a Reconciliação Nacional que V. Exa tem suscitado, sendo que prometeu organizar ainda este ano de 2006 uma conferência sobre a matéria.
Esta minha carta aberta é, antes de mais, um convite a V. Exa e, consequentemente, a todos os guineenses, para uma reflexão sobre o país, no intuito de se criar uma plataforma construtiva para o Debate Nacional tendo a VERDADE como alicerce e referência primeira a considerar.
Pela VERDADE decidi parar para pensar.
Pela VERDADE, decidi questionar-me a mim mesmo sobre o papel que quero e posso desempenhar em prol de um CONTRIBUTO positivo na Reconciliação entre todos os guineenses. (…)”
Uma carta com 3 enormes capítulos “A VERDADE como alicerce e referência para o debate Nacional”, “Da proclamação da Independência Nacional aos dias de hoje” e “Comissão de Verdade e Reconciliação - Experiências de outros países”, onde são evocados os diferentes passos da vida social, política e militar da Guiné-Bissau, o problema das “mortes” inexplicáveis e inexplicadas e trazida à colação alguns temas internacionais que podem ser “imagem” para o que se quer e não se quer para a Guiné-Bissau.
Pela sua extensão, deverão aceder à mesma através daqui ou da página pessoal de Fernando Casimiro (Didinho).
“Sua Exa Senhor General,
Pela primeira vez achei por bem dirigir-me directa e objectivamente a si, tendo em conta a urgência do Debate Nacional sobre a Reconciliação Nacional que V. Exa tem suscitado, sendo que prometeu organizar ainda este ano de 2006 uma conferência sobre a matéria.
Esta minha carta aberta é, antes de mais, um convite a V. Exa e, consequentemente, a todos os guineenses, para uma reflexão sobre o país, no intuito de se criar uma plataforma construtiva para o Debate Nacional tendo a VERDADE como alicerce e referência primeira a considerar.
Pela VERDADE decidi parar para pensar.
Pela VERDADE, decidi questionar-me a mim mesmo sobre o papel que quero e posso desempenhar em prol de um CONTRIBUTO positivo na Reconciliação entre todos os guineenses. (…)”
Uma carta com 3 enormes capítulos “A VERDADE como alicerce e referência para o debate Nacional”, “Da proclamação da Independência Nacional aos dias de hoje” e “Comissão de Verdade e Reconciliação - Experiências de outros países”, onde são evocados os diferentes passos da vida social, política e militar da Guiné-Bissau, o problema das “mortes” inexplicáveis e inexplicadas e trazida à colação alguns temas internacionais que podem ser “imagem” para o que se quer e não se quer para a Guiné-Bissau.
Pela sua extensão, deverão aceder à mesma através daqui ou da página pessoal de Fernando Casimiro (Didinho).
23 maio 2006
PRS não quer ligações com PAIGC
O presidente interino do PRS Alberto Nambeia afirmou que o Partido da Renovação Social (PRS) rejeita quaisquer negociações com o PAIGC, e que a proposta que quadros dos dois partidos que formaram o Grupo de Iniciativa de Salvação Nacional (GISN) apresentaram soa como "uma tentativa de golpe de Estado constitucional"(?).
Bom de um partido que tem um líder interino há quase 4 anos, o que deixa muito a desejar quanto à sua credibilidade, o que se pode esperar.
Que Koumba Yalá volte do seu “auto-desterro” de quase seis meses em Marrocos par tomar a nau? e com que fins? provocar a queda do Governo de “Nino” e surgir como o filósofo salvador da Pátria? e já agora o que é que Yalá está há tantos meses a fazer em Marrocos?
Por outro lado o facto do PAIGC ter sido tão pronto a aceitar a proposta do GISN talvez tmbém tenha levado a esta "nega" do PRS.
Já será de esperar tudo…
Bom de um partido que tem um líder interino há quase 4 anos, o que deixa muito a desejar quanto à sua credibilidade, o que se pode esperar.
Que Koumba Yalá volte do seu “auto-desterro” de quase seis meses em Marrocos par tomar a nau? e com que fins? provocar a queda do Governo de “Nino” e surgir como o filósofo salvador da Pátria? e já agora o que é que Yalá está há tantos meses a fazer em Marrocos?
Por outro lado o facto do PAIGC ter sido tão pronto a aceitar a proposta do GISN talvez tmbém tenha levado a esta "nega" do PRS.
Já será de esperar tudo…
Jornalista angolano abraça o "blogue"
"O Arauto" é o novo blogue que, a partir de hoje, está nas ondas netianas.
Um blogue do jornalista angolano Jorge Eurico que, pelos artigos que temos o prazer de ler no Notícias Lusófonas, na Folha 8 e no Figuras & Negócios, de certeza que promete.
Pode ser acedido através do endereço: http://www.pchila.blogspot.com/.
Bem vindo Jorge Eurico.
Um blogue do jornalista angolano Jorge Eurico que, pelos artigos que temos o prazer de ler no Notícias Lusófonas, na Folha 8 e no Figuras & Negócios, de certeza que promete.
Pode ser acedido através do endereço: http://www.pchila.blogspot.com/.
Bem vindo Jorge Eurico.
Moçambique, o CAN e as dúvidas
(imagem da taça retirada do sítio CAF)
Mal ainda foi digerido o CAN2006, do Egipto, ainda não aconteceu o CAN2008, no Gana, e o CAN2010 já está envolto em dúvidas e polémica.
A 14 de Maio a CAF, Confederação Africana de Futebol, pré-seleccionou no Cairo as candidaturas de Angola, Líbia, Nigéria, e a conjunta do Gabão e da Guiné Equatorial para a organização do CAN de 2010, rejeitando as de Moçambique, Namíbia, Senegal e do Zimbabué.
Até aqui parece tudo natural.
Parece mas, no entender do velho capitão, Mário Coluna, presidente da Federação Moçambicana de Futebol, a CAF foi corrompida pelo petróleo já que, no seu entender entre as oito candidaturas as que foram pré-seleccionadas para “organizar o CAN de 2010 (…) são países produtores de petróleo”.
Ora Coluna vai mais longe ao deixar esta afirmação que, caso seja exacta, levanta, realmente, muitas dúvidas quanto à idoneidade dos “escrutinadores” da organização: “Moçambique é o único país que submeteu o seu dossier a tempo com todas as garantias exigidas pela CAF”.
Em que ficamos?
Por mim saúdo a pré-selecção de Angola, mas como todas as pessoas honestas quero que o CAN venha para o meu país mas com transparência e sem qualquer tipo de cavilação.
Espera-se os novos desenvolvimentos que estas acusações vão, por certo, trazer; ou será que iremos ter um “apito dourado” na CAF?...
Mal ainda foi digerido o CAN2006, do Egipto, ainda não aconteceu o CAN2008, no Gana, e o CAN2010 já está envolto em dúvidas e polémica.
A 14 de Maio a CAF, Confederação Africana de Futebol, pré-seleccionou no Cairo as candidaturas de Angola, Líbia, Nigéria, e a conjunta do Gabão e da Guiné Equatorial para a organização do CAN de 2010, rejeitando as de Moçambique, Namíbia, Senegal e do Zimbabué.
Até aqui parece tudo natural.
Parece mas, no entender do velho capitão, Mário Coluna, presidente da Federação Moçambicana de Futebol, a CAF foi corrompida pelo petróleo já que, no seu entender entre as oito candidaturas as que foram pré-seleccionadas para “organizar o CAN de 2010 (…) são países produtores de petróleo”.
Ora Coluna vai mais longe ao deixar esta afirmação que, caso seja exacta, levanta, realmente, muitas dúvidas quanto à idoneidade dos “escrutinadores” da organização: “Moçambique é o único país que submeteu o seu dossier a tempo com todas as garantias exigidas pela CAF”.
Em que ficamos?
Por mim saúdo a pré-selecção de Angola, mas como todas as pessoas honestas quero que o CAN venha para o meu país mas com transparência e sem qualquer tipo de cavilação.
Espera-se os novos desenvolvimentos que estas acusações vão, por certo, trazer; ou será que iremos ter um “apito dourado” na CAF?...
22 maio 2006
E vem aí o terceiro ano
Ontem, quando entrei no blogue estava pronto para escrever uma coisa, acabei por ver outra que me chamou mais à atenção - a "separação" do Montenegro da República Federativa Jugoslava da Sérvia e Montenegro - e acabei por me esquecer do que inicialmente aqui vinha fazer.
Ou seja, agradecer a todos aqueles que me têm aturado ao longo destes dois anos -completados ontem - e dizer-vos que vou entrar - já o fiz - no ano 3 com ainda vontade para continuar a dar cabo da paciência dos internautas que vão à procura de um rápido "X" e aparece este tipo que se chama "Y", o Pululu.
E será, talvez, por isso que as visitas andam, nas últimas semanas, em média pelos 100 acessos diários e, a grande maioria, novos ou não repetitivos no dia.
Também não será alheio, por certo, os acessos via Notícias Lusófonas e o facto de estar entre os 15 mais acedidos através do eusou-jornalista.com bem assim de companheiros desta lide que, para não privilegiar - nomeando-os que bem o mereciam - uns em detrimento de outros - não nomeados por esquecimento - não os identifico.
A todos o meu muito obrigado.
E, já agora, porque a cultura deve ser um dos meios de subsistência do espírito proponho-vos uma viagem até ao Malambas, um blogue onde predomina a poesia e o conto; e quam quiser pode propor tanto um como outro para publicação.
Ou seja, agradecer a todos aqueles que me têm aturado ao longo destes dois anos -completados ontem - e dizer-vos que vou entrar - já o fiz - no ano 3 com ainda vontade para continuar a dar cabo da paciência dos internautas que vão à procura de um rápido "X" e aparece este tipo que se chama "Y", o Pululu.
E será, talvez, por isso que as visitas andam, nas últimas semanas, em média pelos 100 acessos diários e, a grande maioria, novos ou não repetitivos no dia.
Também não será alheio, por certo, os acessos via Notícias Lusófonas e o facto de estar entre os 15 mais acedidos através do eusou-jornalista.com bem assim de companheiros desta lide que, para não privilegiar - nomeando-os que bem o mereciam - uns em detrimento de outros - não nomeados por esquecimento - não os identifico.
A todos o meu muito obrigado.
E, já agora, porque a cultura deve ser um dos meios de subsistência do espírito proponho-vos uma viagem até ao Malambas, um blogue onde predomina a poesia e o conto; e quam quiser pode propor tanto um como outro para publicação.
E o de Timor vai para...
De acordo com o DiárioDigital e também citada, um pouco mais extensa, no Notícias Lusófonas , a portuguesa GalpEnergia, concorrente à exploração petrolífera de um dos seis blocos timorenses em disputa, perdeu o concurso para um dos seus accionistas de referência, a italiana ENI (não terá havido aqui um conflito de interesses) que, ganhou 5 dos seis blocos; o outro foi para a indiana Reliance Industries.
O consórcio, onde estava a petrolífera portuguesa, integrava, ainda, a brasileira Petrobras e a malaia Petronas concorreu a dois blocos; o Bloco C, onde concorria a GalpEnergia apresentou uma proposta - a fazer fé nos valores citados, são, no mínimo, imbecis ou quereiam fazer dos timorenses imbecis - que previa um retorno de benefícios a Timor-Leste de somente apenas de 1 milhão de dólares enquanto a ENI ofereceu 4,5 vezes mais .
Só como pequena - mas que pode ser importante no actual contexto político e social timorenses - as propostas de concessão foram aprovadas pelo ministro dos Recursos Naturais, Minerais e da Política Energética, Mari Alcatiri que, por acaso, é também primeiro-ministro que terá afirmado que para a sua escolha entraram critérios feitos com base nas melhores condições e vantagens para Timor-Leste. E, realmente, face aos benefícios apresentados...
Só duas pequeninas questões: sendo a ENI um dos, ou o, principal parceiro estratégico da Galp, e com a colaboração de algumas entidades que estão, ou estiveram, no poleiro português, terá havido mesmo uma disputa limpa? E nos critérios de Alkatiri só entraram, realmente, questões de vantagens e melhores condições económicas e de benefícios para Timor-Leste e não diferendos políticos por causa da situação interna no país e da hipótese de Portugal ser - ou ter de fazer - o polícia de segurança interna?
Ora como comentava Rui Paulo Matos no apontamento anterior, sobre o petróleo angolano, Portugal continua a ir "à fonte encher a bilha de água...Sem petróleo, sem diamantes, sem coca resta-nos o turismo do Algarve e de Tróia..."
O consórcio, onde estava a petrolífera portuguesa, integrava, ainda, a brasileira Petrobras e a malaia Petronas concorreu a dois blocos; o Bloco C, onde concorria a GalpEnergia apresentou uma proposta - a fazer fé nos valores citados, são, no mínimo, imbecis ou quereiam fazer dos timorenses imbecis - que previa um retorno de benefícios a Timor-Leste de somente apenas de 1 milhão de dólares enquanto a ENI ofereceu 4,5 vezes mais .
Só como pequena - mas que pode ser importante no actual contexto político e social timorenses - as propostas de concessão foram aprovadas pelo ministro dos Recursos Naturais, Minerais e da Política Energética, Mari Alcatiri que, por acaso, é também primeiro-ministro que terá afirmado que para a sua escolha entraram critérios feitos com base nas melhores condições e vantagens para Timor-Leste. E, realmente, face aos benefícios apresentados...
Só duas pequeninas questões: sendo a ENI um dos, ou o, principal parceiro estratégico da Galp, e com a colaboração de algumas entidades que estão, ou estiveram, no poleiro português, terá havido mesmo uma disputa limpa? E nos critérios de Alkatiri só entraram, realmente, questões de vantagens e melhores condições económicas e de benefícios para Timor-Leste e não diferendos políticos por causa da situação interna no país e da hipótese de Portugal ser - ou ter de fazer - o polícia de segurança interna?
Ora como comentava Rui Paulo Matos no apontamento anterior, sobre o petróleo angolano, Portugal continua a ir "à fonte encher a bilha de água...Sem petróleo, sem diamantes, sem coca resta-nos o turismo do Algarve e de Tróia..."
Petróleo angolano: e os vencedores são...
Pelo que se vê, e apesar de nada claramente transparecer, as relações franco-angolanas começam a melhorar, mas...
De acordo com a Angop, o concurso público para adjudicação dos blocos 17 e 18, hoje levados a efeito, contemplaram, respectivamente, os consórcios liderados pela francesa ELf-Total (que ficará com 40% da operação, seguida da Sonangol e da Falcon Oil, do empresário António Mosquito, entre outras) e pela brasileira Petrobras (também com 40% do consórcio e agrupa, ainda, a Sonangol, o Grupo Gemas, entre outros).
Cada bloco, situado em águas profundas, atingiu um belo recorde de USD um bilião e 100 milhões em bónus de assinatura e 200 milhões para projectos sociais.
Ecos das Ilhas, um jornal on-line de STP
A nossa confrade Brígida Brito do magnífico “África de todos os sonhos” fez-me chegar, via correio electrónico, esta sempre encantadora informação: São Tomé e Príncipe tem mais um meio informativo on-line ainda que, em gestação, vocacionado para as questões políticas e económicas: "Ecos das Ilhas".
Qualquer sugestão pode ser enviada ou para o e-mail que está no sítio ou para o de Petter Bouças: petterboudx@hotmail.com.
Qualquer sugestão pode ser enviada ou para o e-mail que está no sítio ou para o de Petter Bouças: petterboudx@hotmail.com.
A falta de alternância…
(Também não é só em África © cartune de Eugénio Yanez)
“A ausência de alternância democrática em vários países africanos onde uma pessoa pode monopolizar o poder e permanecer durante 15, 20, 25 ou 30 e mesmo 40 anos se as condições o permitirem está na origem de todas as crises que conhece o continente. (…) Semelhante estilo de gestão do poder está na origem seja dum golpe de Estado militar ou duma medida de segurança e de ódio [e] que um líder que fica no poder um período tão longo, que pensa não ter de prestar contas a ninguém, [acredita, também,] que o quando o momento chegar cederá o poder a um delfim que ele escolherá.”
Estas sensatas palavras – embora circunstanciais porque está em campanha para o Referendo Constitucional do próximo mês de Junho que restringe os mandatos políticos a não mais de 2 consecutivos – foram proferidas pelo coronel Ely Ould Mohamed Vall, presidente do Conselho Militar para a Justiça e Democracia (CMJD) e chefe de Estado da Mauritânia que, em Agosto de 2005, levou a feito um golpe de Estado que derrubou o regime islâmico e autocrático de Maaouiya Ould Taya.
Em qualquer dos casos, umas palavras que não deverão cair em saco roto e trará algum incómodo a alguns certos dirigentes africanos, principalmente àqueles que ainda estão indecisos quanto à marcação de eleições porque não sabem se devem ir a elas ou nomear algum seu delfim.
“A ausência de alternância democrática em vários países africanos onde uma pessoa pode monopolizar o poder e permanecer durante 15, 20, 25 ou 30 e mesmo 40 anos se as condições o permitirem está na origem de todas as crises que conhece o continente. (…) Semelhante estilo de gestão do poder está na origem seja dum golpe de Estado militar ou duma medida de segurança e de ódio [e] que um líder que fica no poder um período tão longo, que pensa não ter de prestar contas a ninguém, [acredita, também,] que o quando o momento chegar cederá o poder a um delfim que ele escolherá.”
Estas sensatas palavras – embora circunstanciais porque está em campanha para o Referendo Constitucional do próximo mês de Junho que restringe os mandatos políticos a não mais de 2 consecutivos – foram proferidas pelo coronel Ely Ould Mohamed Vall, presidente do Conselho Militar para a Justiça e Democracia (CMJD) e chefe de Estado da Mauritânia que, em Agosto de 2005, levou a feito um golpe de Estado que derrubou o regime islâmico e autocrático de Maaouiya Ould Taya.
Em qualquer dos casos, umas palavras que não deverão cair em saco roto e trará algum incómodo a alguns certos dirigentes africanos, principalmente àqueles que ainda estão indecisos quanto à marcação de eleições porque não sabem se devem ir a elas ou nomear algum seu delfim.
21 maio 2006
O fim da Nação jugoslava ou o início da crise Europeia?
Os eleitores da república autónoma de Montenegro que forma com a Sérvia e o território autónomo do Kososo– sob administração efectiva da NATO/Kfor – a República Jugoslava da Sérvia e Montenegro, terão dado hoje, em referendo e segundo notícias divulgadas na SIC Online, a machadada final na Grande Sérvia.
O referendo para a independência, que teve a afluência de mais de metade dos cerca de 485 mil montenegrinos eleitores, parece ter obtido a aprovação de 56,3% (1,3% mais do que era exigido como mínimo legal para ser aceite pelos observadores da União Europeia(?)).
Este acto poderá matar a União Jugoslava (a terra dos eslavos do sul) mas dificilmente matará a vontade sérvia de refazer a Grande Sérvia que nos princípios do século XX levou à morte do arquiduque austro-húngaro Francisco Fernando e que despoletaria a 1ª Guerra Mundial e a formação, no fim desta, do Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos.
De facto, como poderá a poderosa e, ultimamente, vexada Sérvia poder desenvolver-se sem uma saída para o mar – um dos grandes obstáculos para as independências anteriores – que lhe oferecia Montenegro – uma nota que esta região só passou a República autónoma por vontade do seu antigo veraneante mais conhecido, o croata Josef Broz “Tito” – e sem o rico e monástico – desde o século XIV – território do Kosovo?
Uma vez mais o Ocidente continua a não sopesar os prós e os contra das suas opiniões geopolíticas; ou seja, tanto os americanos como os britânicos continuam a sustentar a velhinha política do “se não se entendem que se separem” com evidentes maus resultados.
É assim com o Kosovo que o Ocidente se esquece que se tem maioria albanesa devo-o repovoação que o império otomano fez deste território que, desde que passou para administração ocidental tem provocado algumas, e não poucas, dores de cabeça à Macedónia com crises fronteiriças quase constantes.
Até quando o resto do Ocidente e a Europa vão atrás daquela medida extrema anglófona?
E a pergunta final é: será a morte da Grande Sérvia ou prospectiva-se a maior crise da Europa do pós-guerra?
Os fundos euro-comunitários não pagam nem apagam nacionalismos! E os sérvios são-no e já o demonstraram até à exaustão.
Daí a pergunta no título: será "O fim da Nação jugoslava ou o início da crise Europeia?" e ficará por aqui?
O referendo para a independência, que teve a afluência de mais de metade dos cerca de 485 mil montenegrinos eleitores, parece ter obtido a aprovação de 56,3% (1,3% mais do que era exigido como mínimo legal para ser aceite pelos observadores da União Europeia(?)).
Este acto poderá matar a União Jugoslava (a terra dos eslavos do sul) mas dificilmente matará a vontade sérvia de refazer a Grande Sérvia que nos princípios do século XX levou à morte do arquiduque austro-húngaro Francisco Fernando e que despoletaria a 1ª Guerra Mundial e a formação, no fim desta, do Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos.
De facto, como poderá a poderosa e, ultimamente, vexada Sérvia poder desenvolver-se sem uma saída para o mar – um dos grandes obstáculos para as independências anteriores – que lhe oferecia Montenegro – uma nota que esta região só passou a República autónoma por vontade do seu antigo veraneante mais conhecido, o croata Josef Broz “Tito” – e sem o rico e monástico – desde o século XIV – território do Kosovo?
Uma vez mais o Ocidente continua a não sopesar os prós e os contra das suas opiniões geopolíticas; ou seja, tanto os americanos como os britânicos continuam a sustentar a velhinha política do “se não se entendem que se separem” com evidentes maus resultados.
É assim com o Kosovo que o Ocidente se esquece que se tem maioria albanesa devo-o repovoação que o império otomano fez deste território que, desde que passou para administração ocidental tem provocado algumas, e não poucas, dores de cabeça à Macedónia com crises fronteiriças quase constantes.
Até quando o resto do Ocidente e a Europa vão atrás daquela medida extrema anglófona?
E a pergunta final é: será a morte da Grande Sérvia ou prospectiva-se a maior crise da Europa do pós-guerra?
Os fundos euro-comunitários não pagam nem apagam nacionalismos! E os sérvios são-no e já o demonstraram até à exaustão.
Daí a pergunta no título: será "O fim da Nação jugoslava ou o início da crise Europeia?" e ficará por aqui?
20 maio 2006
Portugal e as legalizações de imigrantes
"O Estado português e as legalizações “a pacote” de imigrantes", um artigo - já com algumas semanas de gestação - publicado esta quinta-feira no semanário Frente Oeste, ainda sobre as anunciadas legalizações que, na altura, o dirigente associativo guineense Fernando Ka denunciou, em entrevista televisiva, como sendo "a pacote".
Aceitam-se críticas aqui, ou no artigo no Frente Oeste.
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Este artigo pode, igualmente, ser lido na secção de Opinião, do Notícias Lusófonas.
Aceitam-se críticas aqui, ou no artigo no Frente Oeste.
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Este artigo pode, igualmente, ser lido na secção de Opinião, do Notícias Lusófonas.
Zimbabué versus pobreza
(o “realojamento” no subúrbio de Harare, © foto da BBC)
Quando se sabe que África é dos continentes que mais tem de combater a pobreza, e quando alguns tentam combater essa pobreza com projectos credíveis, no Zimbabué o presidente Mugabe continua a caminhar a passos largos para tornar o antigo celeiro do centro meridional de África num país ainda mais pobre apesar de querer, para dentro e para alguns de fora, fazer crer que o que deseja é dividir equitativamente a riqueza pelo Estado – leia-se, pela sua pandilha – e pelo povo; mesmo que esta já quase não exista como afirmam os poucos economistas zimbabueanos que ainda permanecem no país.
De facto, o novo alvo de Mugabe está virado para as minas e as companhias mineiras detidas pelos estrangeiros – a grande maioria dominada por sul-africanos, cujo presidente continua a achar que Mugabe é um democrata, e por britânicos.
Para isso o governo de Harare – leia-se, o senhor Mugabe – apresentou um novo (já antigo) programa económico onde 25% das acções de todas as companhias mineiras serão tomadas de forma gratuita e 26% compradas compulsivamente, ou seja, 51% das acções passam, à força, para as mãos do Estado zimbabueano ou, por outras palavras, para o ciclo mugabeano.
Segundo Mugabe, destes 51% nacionalizados, o governo está a pensar distribuir 50/50% ou 51/49% entre o povo e o Estado.
E aqui surge a pergunta. Quem é o povo, porque o Estado já se sabe quem é.
O povo é todo aquele que vive no Zimbabué, incluindo aqueles que têm votado na oposição e expulsos de Harare ao abrigo de um realojamento na altura tão duramente criticado por inopinado quanto inconcebível - ver foto acima -? Ou serão só os filiados do seu partido e os antigos combatentes – e destes nem todos serão, por certo, contemplados.
Vamos esperar para ver e também para ver como reagirá, desta feita, os governos de Mbeki, principalmente este, e de Blair.
E como irá reagir o BAD que, ainda há dias, começou a distribuir por alguns países oeste-africanos fundos para desenvolverem as suas depauperadas economias?
ADENDA: Sobre a pobreza no Mundo, a Marcha Mundial contra a Fome que vai ser feita amanhã, dia 21 de Maio em várias cidades de 117 países.
Quando se sabe que África é dos continentes que mais tem de combater a pobreza, e quando alguns tentam combater essa pobreza com projectos credíveis, no Zimbabué o presidente Mugabe continua a caminhar a passos largos para tornar o antigo celeiro do centro meridional de África num país ainda mais pobre apesar de querer, para dentro e para alguns de fora, fazer crer que o que deseja é dividir equitativamente a riqueza pelo Estado – leia-se, pela sua pandilha – e pelo povo; mesmo que esta já quase não exista como afirmam os poucos economistas zimbabueanos que ainda permanecem no país.
De facto, o novo alvo de Mugabe está virado para as minas e as companhias mineiras detidas pelos estrangeiros – a grande maioria dominada por sul-africanos, cujo presidente continua a achar que Mugabe é um democrata, e por britânicos.
Para isso o governo de Harare – leia-se, o senhor Mugabe – apresentou um novo (já antigo) programa económico onde 25% das acções de todas as companhias mineiras serão tomadas de forma gratuita e 26% compradas compulsivamente, ou seja, 51% das acções passam, à força, para as mãos do Estado zimbabueano ou, por outras palavras, para o ciclo mugabeano.
Segundo Mugabe, destes 51% nacionalizados, o governo está a pensar distribuir 50/50% ou 51/49% entre o povo e o Estado.
E aqui surge a pergunta. Quem é o povo, porque o Estado já se sabe quem é.
O povo é todo aquele que vive no Zimbabué, incluindo aqueles que têm votado na oposição e expulsos de Harare ao abrigo de um realojamento na altura tão duramente criticado por inopinado quanto inconcebível - ver foto acima -? Ou serão só os filiados do seu partido e os antigos combatentes – e destes nem todos serão, por certo, contemplados.
Vamos esperar para ver e também para ver como reagirá, desta feita, os governos de Mbeki, principalmente este, e de Blair.
E como irá reagir o BAD que, ainda há dias, começou a distribuir por alguns países oeste-africanos fundos para desenvolverem as suas depauperadas economias?
ADENDA: Sobre a pobreza no Mundo, a Marcha Mundial contra a Fome que vai ser feita amanhã, dia 21 de Maio em várias cidades de 117 países.
BAD procura minorar a pobreza em África
Com vista a erradicação da pobreza em África, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) assinou em Ouagadougou, Burkina Faso, 5 acordos de financiamento avaliados em cerca de 124, 4 milhões de USDólares.
Os cinco acordos destinam-se à realização do projecto de gestão duradoura de gado ruminante na generalidade da África Ocidental, a um projecto de intensificação de um perímetro irrigado no Mali, à reabilitação do sector agrícola e rural na Guiné Bissau, a um apoio institucional ao sector dos transportes na Serra Leoa e ao saneamento básico da capital Ganesa.
O Mali, vai receber cerca de USD 19,4 milhões para a implementação do projecto de intensificação do perímetro do arrozal irrigado de Baguinéda, na região de Koulikoro, a cerca de 30 quilómetros a nordeste capital, Bamako; este projecto inclui a formação de 15 mil camponeses, dos quais oito mil mulheres, a reabilitação e equipamento de cinco estações de pesquisa zootécnica, a criação de zonas reprodutivas para cerca de 200 manadas em diferentes aldeias e a reabilitação de matadouros e de mercados sub-regionais.
À Guiné-Bissau foram doação cerca de USD 7,5 milhões destinados ao financiamento do Projecto de Reabilitação do Sector Agrícola e Rural (PRESAR); um projecto que visa reforçar a segurança alimentar, permitirá o aumento da produção de arroz e hortícola nas regiões do norte, leste e oeste.
Com o Gana foi assinado uma convenção que doa cerca de USD 68 milhões para a construção de infra-estruturas de saneamento da capital, Accra; o projecto visa, primordialmente, (re)construir canais e zonas de drenagem das águas pluviais e construir na periferia da cidade as novas infra-estruturas públicas.
Por sua vez, a Serra Leoa rubricou com um acordo de financiamento de USD 3,4 milhões destinados a estudos que viabilizem a construção da estrada Matotoko-Sefadu, na região do leste.
Finalmente, o BAD vai conceder um crédito de USD 26 milhões para apoiar um projecto de conservação da biodiversidade animal na África Ocidental, com especial destaque no Senegal, Gâmbia, Guiné Conarky e Mali.
Uns dizem que têm intenções – o G8 – outros, fazem-no.
Os cinco acordos destinam-se à realização do projecto de gestão duradoura de gado ruminante na generalidade da África Ocidental, a um projecto de intensificação de um perímetro irrigado no Mali, à reabilitação do sector agrícola e rural na Guiné Bissau, a um apoio institucional ao sector dos transportes na Serra Leoa e ao saneamento básico da capital Ganesa.
O Mali, vai receber cerca de USD 19,4 milhões para a implementação do projecto de intensificação do perímetro do arrozal irrigado de Baguinéda, na região de Koulikoro, a cerca de 30 quilómetros a nordeste capital, Bamako; este projecto inclui a formação de 15 mil camponeses, dos quais oito mil mulheres, a reabilitação e equipamento de cinco estações de pesquisa zootécnica, a criação de zonas reprodutivas para cerca de 200 manadas em diferentes aldeias e a reabilitação de matadouros e de mercados sub-regionais.
À Guiné-Bissau foram doação cerca de USD 7,5 milhões destinados ao financiamento do Projecto de Reabilitação do Sector Agrícola e Rural (PRESAR); um projecto que visa reforçar a segurança alimentar, permitirá o aumento da produção de arroz e hortícola nas regiões do norte, leste e oeste.
Com o Gana foi assinado uma convenção que doa cerca de USD 68 milhões para a construção de infra-estruturas de saneamento da capital, Accra; o projecto visa, primordialmente, (re)construir canais e zonas de drenagem das águas pluviais e construir na periferia da cidade as novas infra-estruturas públicas.
Por sua vez, a Serra Leoa rubricou com um acordo de financiamento de USD 3,4 milhões destinados a estudos que viabilizem a construção da estrada Matotoko-Sefadu, na região do leste.
Finalmente, o BAD vai conceder um crédito de USD 26 milhões para apoiar um projecto de conservação da biodiversidade animal na África Ocidental, com especial destaque no Senegal, Gâmbia, Guiné Conarky e Mali.
Uns dizem que têm intenções – o G8 – outros, fazem-no.
Alkatiri reeleito na Fretilin
Mari Alkatiri foi hoje reeleito secretário-geral da FRETILIN com 97,1 por cento do voto dos cerca de 560 delegados presentes no congresso decorre em Díli e, por exclusão, mantém-se como primeiro-ministro de Timor-Leste. (com base numa notícia do Notícias Lusófonas)
Ou seja, baralhou-se e voltou tudo a ficar na mesma.
Também quem esperava de um Congresso em que tudo foi decidido por “braço no ar” e, ainda por cima, com contagens por distrito a distrito?
À boa maneira socialista Alkatiri, nas suas primeiras declarações mostrou-se emocionado com a sua reeleição porque fundamentalmente “se trata de uma vitória que demonstra a confiança do povo e dos militantes da FRETILIN”. Ou seja, o povo é Fretilin e a Fretilin é o povo maubere.
Agora se entende porque houve a mãozinha no ar. Estava tudo em família.
Tudo, não! Tudo menos José Luís Guterres, embaixador de Timor-Leste em Washington, chefe da missão timorense na ONU e inicial candidato à chefia do partido que abdicou da candidatura quando o pré-Congresso decidiu-se pela mãozinha no ar. E viva a Democracia…
ADENDA (21.Maio.2006): Aproveitar para felicitar o povo timorense por mais um aniversário que hoje decorre pela independência - o 4º ano - e desejar que este período crítico não seja mais que um parágrafo na História que o povo maubere está a construir e que tão breve quanto o possível possa, enfim, afirmar que já não é o país mais pobre da Ásia e Oceania.
Ou seja, baralhou-se e voltou tudo a ficar na mesma.
Também quem esperava de um Congresso em que tudo foi decidido por “braço no ar” e, ainda por cima, com contagens por distrito a distrito?
À boa maneira socialista Alkatiri, nas suas primeiras declarações mostrou-se emocionado com a sua reeleição porque fundamentalmente “se trata de uma vitória que demonstra a confiança do povo e dos militantes da FRETILIN”. Ou seja, o povo é Fretilin e a Fretilin é o povo maubere.
Agora se entende porque houve a mãozinha no ar. Estava tudo em família.
Tudo, não! Tudo menos José Luís Guterres, embaixador de Timor-Leste em Washington, chefe da missão timorense na ONU e inicial candidato à chefia do partido que abdicou da candidatura quando o pré-Congresso decidiu-se pela mãozinha no ar. E viva a Democracia…
ADENDA (21.Maio.2006): Aproveitar para felicitar o povo timorense por mais um aniversário que hoje decorre pela independência - o 4º ano - e desejar que este período crítico não seja mais que um parágrafo na História que o povo maubere está a construir e que tão breve quanto o possível possa, enfim, afirmar que já não é o país mais pobre da Ásia e Oceania.
Portugal é do Terceiro Mundo?
(foto de satélite daqui; realmente só com riscos - têm de aumentar a imagem para os ver - se separa Portugal de Espanha, porque da França os Pirinéus mostram a separação)
"A Espanha lançou uma ofensiva diplomática contra a imigração ilegal. Confrontado com uma vaga de clandestinos desde o início do ano, que ameaça bater todos os recordes, o executivo de Madrid tenta resolver o problema na origem…
Maria Teresa Fernandez de la Vega, vice-presidente do governo, explica que a Espanha "é um país do Primeiro Mundo que faz fronteira com o Terceiro Mundo. A escassas milhas encontra-se o continente mais empobrecido, o mais esquecido e o menos atendido"(in: Notícias Lusófonas)
Tudo isto porque a Espanha quer conter a imigração clandestina tendo, inclusive, arrendado um satélite para controlar as migrações clandestinas.
Até aqui tudo natural num país que deseja salvaguardar as suas fronteiras políticas.
O que já não se entende bem são algumas das palavras da vice-presidente do Governo de Zapatero que a Espanha é um “país do Primeiro Mundo que faz fronteira com o Terceiro Mundo”. Se bem entendo Portugal e França serão países do Terceiro Mundo já que são eles que têm fronteiras com a Espanha. As Canárias, são ilhas e Ceuta e Mellila são enclaves num país, Marrocos, que até tem relações privilegiadas com a União Europeia.
Querem ver que deverá ser só a França.
É que me esquecia que Portugal faz parte do iberismo… embora Portugal esteja dentro do “mais empobrecido e menos atendido…”
"A Espanha lançou uma ofensiva diplomática contra a imigração ilegal. Confrontado com uma vaga de clandestinos desde o início do ano, que ameaça bater todos os recordes, o executivo de Madrid tenta resolver o problema na origem…
Maria Teresa Fernandez de la Vega, vice-presidente do governo, explica que a Espanha "é um país do Primeiro Mundo que faz fronteira com o Terceiro Mundo. A escassas milhas encontra-se o continente mais empobrecido, o mais esquecido e o menos atendido"(in: Notícias Lusófonas)
Tudo isto porque a Espanha quer conter a imigração clandestina tendo, inclusive, arrendado um satélite para controlar as migrações clandestinas.
Até aqui tudo natural num país que deseja salvaguardar as suas fronteiras políticas.
O que já não se entende bem são algumas das palavras da vice-presidente do Governo de Zapatero que a Espanha é um “país do Primeiro Mundo que faz fronteira com o Terceiro Mundo”. Se bem entendo Portugal e França serão países do Terceiro Mundo já que são eles que têm fronteiras com a Espanha. As Canárias, são ilhas e Ceuta e Mellila são enclaves num país, Marrocos, que até tem relações privilegiadas com a União Europeia.
Querem ver que deverá ser só a França.
É que me esquecia que Portugal faz parte do iberismo… embora Portugal esteja dentro do “mais empobrecido e menos atendido…”
19 maio 2006
Coreia do Norte tem ICBM?
(© foto retirada daqui)
De acordo com uma televisão japonesa, e citada no Diário Digital, a Coreia do Norte está a preparar o lançamento/teste de um míssil intercontinental (IBCM – InterContinental Balistic Missile) com capacidade de atingir algumas regiões norte-americanas.
Ainda assim, certos especialistas da área de estratégia duvidam dessa capacidade.
Uma coisa temos de reconhecer. Os EUA mantêm com a Coreia do Norte uma política de auto-contenção verbal face, por exemplo, ao que se passa com o Irão e os sul-coreanos mantêm calados.
A dúvida que se põe não está na eventual capacidade nuclear e militar da Coreia mas quem realmente a sustenta.
Esse é o grande enigma da questão.
Como é que um país em contínuo subdesenvolvimento económico, alimentar e produtivo pode exibir um tal poder militar; e porque é que as potências ocidentais – Rússia incluída – continuam a nada obstar nem tentar dissuadir esta situação.
Será por não ser, realmente, a Coreia do Norte a real potência nuclear mas uma terceira entidade e, por acaso, um poderoso vizinho que a ajudou e a tem mantido desde a Crise de Coreia de 1950-1953 e que teve o seu epílogo com um armistício garantido pelo paralelo 38?
De acordo com uma televisão japonesa, e citada no Diário Digital, a Coreia do Norte está a preparar o lançamento/teste de um míssil intercontinental (IBCM – InterContinental Balistic Missile) com capacidade de atingir algumas regiões norte-americanas.
Ainda assim, certos especialistas da área de estratégia duvidam dessa capacidade.
Uma coisa temos de reconhecer. Os EUA mantêm com a Coreia do Norte uma política de auto-contenção verbal face, por exemplo, ao que se passa com o Irão e os sul-coreanos mantêm calados.
A dúvida que se põe não está na eventual capacidade nuclear e militar da Coreia mas quem realmente a sustenta.
Esse é o grande enigma da questão.
Como é que um país em contínuo subdesenvolvimento económico, alimentar e produtivo pode exibir um tal poder militar; e porque é que as potências ocidentais – Rússia incluída – continuam a nada obstar nem tentar dissuadir esta situação.
Será por não ser, realmente, a Coreia do Norte a real potência nuclear mas uma terceira entidade e, por acaso, um poderoso vizinho que a ajudou e a tem mantido desde a Crise de Coreia de 1950-1953 e que teve o seu epílogo com um armistício garantido pelo paralelo 38?
Prémio Camões 2006 para Luandino Vieira
“O Prémio Camões 2006, o mais importante galardão literário da língua portuguesa, no valor de cem mil euros, foi atribuído hoje em Lisboa ao escritor angolano José Luandino Vieira.”
Pela segunda vez, um autor angolano – depois de Pepetela, em 1997 – é galardoado com o maior prémio literário de língua portuguesa.
Não há dúvida que o autor de “No antigamente, na vida - estórias”, “Luuanda”, “A Vida verdadeira de Domingos Xavier”, “Nosso Musseque”, entre outras, já merecia um reconhecimento mais profundo.
Um belo poema de Luandino Vieira, "Estrada" pode ser lido Malambas e agora também aqui.
Pela segunda vez, um autor angolano – depois de Pepetela, em 1997 – é galardoado com o maior prémio literário de língua portuguesa.
Não há dúvida que o autor de “No antigamente, na vida - estórias”, “Luuanda”, “A Vida verdadeira de Domingos Xavier”, “Nosso Musseque”, entre outras, já merecia um reconhecimento mais profundo.
Um belo poema de Luandino Vieira, "Estrada" pode ser lido Malambas e agora também aqui.
Guiné-Bissau, e a troika…
Parece que a troïka guineense está a desmoronar-se.
Depois de Fadul ter afirmado que ia abandonar a política e a liderança do PUSD, eis que quadros do PRS, de Kumba Yala, se juntam a quadros do PAIGC e formam um Grupo de Iniciativa de Salvação Nacional com vista à busca de um verdadeiro consenso nacional em torno da Guiné-Bissau.
De acordo com aqueles dirigentes o país precisa de uma maioria estável que só o PAIGC e o PRS podem fornecer, sem que isso obrigue o actual Governo de iniciativa presidencial ter de cair. Ora, e de acordo com algumas fontes, a criação deste Grupo de Reflexão já terá acolhido o interesse das cúpulas dos seus partidos já que ambos se vão reunir para encetarem o diálogo entre si.
Não esqueçamos que estes desenvolvimentos tiveram o seu ponto de partida numa reunião ocorrida entre o presidente “Nino” Vieira e o candidato derrotado Bacai Sanhá onde ambos concordaram que o país deve se sobrepor às questiúnculas pessoais e partidárias e dever ser criado um Governo de união nacional.
O país precisa, realmente, de paz, sossego e unidade nacional para poder se (re)afirmar no seio da Nações Unidas e na região.
Entretanto o Tribunal Supremo aprovou a criação de um novo partido político, a 31ª força política, o Partido da Nova Democracia, que, de acordo com o presidente da comissão instaladora, Ibraima Djaló, se inspira “nos ideais do partido homónimo português liderado por Manuel Monteiro” e como este, defendem o liberalismo político e económico como modelo de sociedade. De notar que a grande maioria dos quadros no novo partido guineense foram apoiantes de Iaia Djaló à presidência da Guiné-Bissau.
Depois de Fadul ter afirmado que ia abandonar a política e a liderança do PUSD, eis que quadros do PRS, de Kumba Yala, se juntam a quadros do PAIGC e formam um Grupo de Iniciativa de Salvação Nacional com vista à busca de um verdadeiro consenso nacional em torno da Guiné-Bissau.
De acordo com aqueles dirigentes o país precisa de uma maioria estável que só o PAIGC e o PRS podem fornecer, sem que isso obrigue o actual Governo de iniciativa presidencial ter de cair. Ora, e de acordo com algumas fontes, a criação deste Grupo de Reflexão já terá acolhido o interesse das cúpulas dos seus partidos já que ambos se vão reunir para encetarem o diálogo entre si.
Não esqueçamos que estes desenvolvimentos tiveram o seu ponto de partida numa reunião ocorrida entre o presidente “Nino” Vieira e o candidato derrotado Bacai Sanhá onde ambos concordaram que o país deve se sobrepor às questiúnculas pessoais e partidárias e dever ser criado um Governo de união nacional.
O país precisa, realmente, de paz, sossego e unidade nacional para poder se (re)afirmar no seio da Nações Unidas e na região.
Entretanto o Tribunal Supremo aprovou a criação de um novo partido político, a 31ª força política, o Partido da Nova Democracia, que, de acordo com o presidente da comissão instaladora, Ibraima Djaló, se inspira “nos ideais do partido homónimo português liderado por Manuel Monteiro” e como este, defendem o liberalismo político e económico como modelo de sociedade. De notar que a grande maioria dos quadros no novo partido guineense foram apoiantes de Iaia Djaló à presidência da Guiné-Bissau.
O jornalismo angolano em debate na Casa de Angola
No âmbito do mês de África, a Casa de Angola está a organizar um ciclo de Conferências sobre o jornalismo em Angola.
Por esse facto, ontem, realizou-se um debate/conferência onde participaram dois jornalistas que falaram sobre o jornalismo escrito e radiofónico.
Pela imprensa escrita falou o jornalista angolano Jorge Eurico, delegado/correspondente do Notícias Lusófonas, em Angola e Cabo Verde, e colaborador da “Figura & Negócios” e “Folha8”, e pela área da rádio, o jornalista Nuno Sardinha, da RDP-África (produtor do programa "Música sem espinhas").
Um debate vivo, participativo que durou cerca de 2 horas.
Este ciclo deverá ter a sua continuidade, no próximo dia 31 de Maio, com a presença televisão angolana – previa-se, também, a presença do representante da ANGOP, mas que por motivos profissionais estará, nessa data, fora de Portugal, pelo que ficará para outra altura –, que irá, por certo, falar dos problemas e dos desejos que a televisão angolana prospectiva no futuro, principalmente, com a aprovação da nova Lei de Imprensa angolana.
Estes eventos, que muito me têm ocupado pelo cargo que exerço na Casa de Angola, têm tirado tempo e espaço para aqui vir o que espero retomar de imediato. Até porque têm ocorrido acontecimentos que devem ser analisados.
Por esse facto, ontem, realizou-se um debate/conferência onde participaram dois jornalistas que falaram sobre o jornalismo escrito e radiofónico.
Pela imprensa escrita falou o jornalista angolano Jorge Eurico, delegado/correspondente do Notícias Lusófonas, em Angola e Cabo Verde, e colaborador da “Figura & Negócios” e “Folha8”, e pela área da rádio, o jornalista Nuno Sardinha, da RDP-África (produtor do programa "Música sem espinhas").
Um debate vivo, participativo que durou cerca de 2 horas.
Este ciclo deverá ter a sua continuidade, no próximo dia 31 de Maio, com a presença televisão angolana – previa-se, também, a presença do representante da ANGOP, mas que por motivos profissionais estará, nessa data, fora de Portugal, pelo que ficará para outra altura –, que irá, por certo, falar dos problemas e dos desejos que a televisão angolana prospectiva no futuro, principalmente, com a aprovação da nova Lei de Imprensa angolana.
Estes eventos, que muito me têm ocupado pelo cargo que exerço na Casa de Angola, têm tirado tempo e espaço para aqui vir o que espero retomar de imediato. Até porque têm ocorrido acontecimentos que devem ser analisados.
15 maio 2006
A ABMP cita três apontamentos do Pululu
A Agência Bissau, Média e Publicações (ABMP), da Guiné-Bissau, reproduziu três apontamentos que aqui foram publicados: “sabes inglês, então podes voar…”; “países africanos no conselho dos direitos humanos da onu”; e “a fifa terá mesmo razão?”, esta na sua secção de desporto e as duas primeiras na página inicial.
À jovem equipa do ABMP o meu reconhecimento e votos que continuem a nos transmitir informações de Bissau tão rápidas e prontas quanto o possível.
É igualmente gratificante verificar que o “Pululu” mantém-se, desde o início do mês, entre os 15 mais to “Top 15 Jornalista” do sítio “Eu sou Jornalista”, onde inclusível estão publicadas algumas das minhas crónicas, entre dezenas de conceituados meios de comunicação e webblogues de informação.
Obrigado a todos os que por lá acedem a este vosso espaço.
À jovem equipa do ABMP o meu reconhecimento e votos que continuem a nos transmitir informações de Bissau tão rápidas e prontas quanto o possível.
É igualmente gratificante verificar que o “Pululu” mantém-se, desde o início do mês, entre os 15 mais to “Top 15 Jornalista” do sítio “Eu sou Jornalista”, onde inclusível estão publicadas algumas das minhas crónicas, entre dezenas de conceituados meios de comunicação e webblogues de informação.
Obrigado a todos os que por lá acedem a este vosso espaço.
Dois artigos de opinião no Correio da Semana
Dois artigos publicados no semanário santomense “Correio da Semana” sobre o mês de África (em 29 de Abril) e a crise da Juventude (a 13 de Maio) e que podem ser acedidos a partir de agora, aqui através da opção artigos/outros órgãos.
Aceitam-se críticas.
Aceitam-se críticas.
14 maio 2006
A FIFA terá mesmo razão???
Há quem me explique porque é a FIFA impede Pedro Emanuel e Chainho de poderem jogar pela Selecção Angolana, só pelo facto de já terem participado em selecções jovens de Portugal e Makukula, antigo atacante das selecções portuguesas mais jovens pode participar – e participou nas eliminatórias do CAN2006 – pela selecção congolesa?
Será que alguém tem medo que Angola - eu não o quero acreditar - se reforce e aconteça juntas das selecções europeias algum desastre como foi o Mundial de 2002 e as receitas e audiências televisivas caiem a pique?
As desculpas apresentadas – a serem verdadeiras – não pegam!!!
Arranjem outras…
Entretanto aí vão os 23 eleitos do Prof. Oliveira Gonçalves para o Mundial de 2006, na Alemanha:
Guarda-redes: João Ricardo (sem clube), Lama (Petro-Atlético) e Mário (InterClube)
Defesas: Delgado (Petro-Atlético), Jamba (ASA), Kali (Barreirense), Lebo Lebo (Petro Atletico), Loco (1º de Agosto), Marco Abreu (Portimonense), Marco Airosa (Barreirense) e Rui Marques (Hull City).
Médios: André (Kuwait SC), Edson (Paços Ferreira), Figueiredo e Mendonça (Varzim), Miloy (InterClube) e Zé Kalanga (Petro-Atlético).
Avançados: Akwá (sem clube), André Titi Buengo (Clermont Foot), Flávio (Al Ahli), Love (ASA), Mantorras (Benfica) e Mateus (Gil Vicente).
Gilberto e Maurito, por estarem lesionados não fazem parte dos planos do Professor que, quem sabe, pode ser um candidato a treinador do Benfica – de novo o meu palpite e sem ser por SMS…
Já agora os meus parabéns ao Benfica pela conquista, em Moçambique, do troféu “Encontro de Gigantes” e o meu lamento pela pouca cortesia desportiva dos meus compatriotas do Petro-Atlético que, segundo rezam as crónicas, teve momentos de “demasiada rispidez” no contacto futebolístico. Depois do célebre Portugal-Angola, este seriam um jogo óptimo para diluir a má imagem então deixada.
Espero que não tenha sido uma “vingança” pela não presença daqueles dois jogadores “portugueses” e não pensem que tenha sido Portugal a impedir a sua participação.
Bom, diga-se, também, que não vi, li ou ouvi algum dirigente português apoiar a pretensão angolana. Só da FFA e dos jogadores.
Teria sido bonita uma ajuda pública portuguesa… mas quando leio n’ A Bola um artigo de um dirigente associativo e antigo treinador de uma modalidade dita amadora apoiar a atitude da FIFA e esquecendo-se que Portugal já o fez, ainda mais grave, ao “naturalizar” um atleta nigeriano para poder aparecer nos anais do atletismo…
Ah! Parabéns ao F.C.Porto pela “dobradinha” - talvez seja melhor preparar um avião para ir ao Brasil -; mas, alguém me explica o que vai na cabeça daqueles madiés que, mesmo a ganharem, provocam desacatos como os vistos na televisão? Não será altura dos dirigentes associativos e das Federações terem mãos nos energúmenos que só estragam o que de bom o espectáculo pode oferecer? Não será altura dos clubes começarem a sofrer, e bem, as consequência dos actos que os seus apaniguados provocam de modo a que comecem a saber escolher quem pode apoiar ou não a sua equipa.
Se, por exemplo, o FCP que ganhou a taça fosse penalizado pelos actos dos seus apoiantes, do tipo… “PERCA DA TAÇA” não acreditam que começava a haver mais respeito nos estádios??????? (na foto o angolano-português, e capitão do FCP, Pedro Emanuel, ergue a Taça de Portugal)
Será que alguém tem medo que Angola - eu não o quero acreditar - se reforce e aconteça juntas das selecções europeias algum desastre como foi o Mundial de 2002 e as receitas e audiências televisivas caiem a pique?
As desculpas apresentadas – a serem verdadeiras – não pegam!!!
Arranjem outras…
Entretanto aí vão os 23 eleitos do Prof. Oliveira Gonçalves para o Mundial de 2006, na Alemanha:
Guarda-redes: João Ricardo (sem clube), Lama (Petro-Atlético) e Mário (InterClube)
Defesas: Delgado (Petro-Atlético), Jamba (ASA), Kali (Barreirense), Lebo Lebo (Petro Atletico), Loco (1º de Agosto), Marco Abreu (Portimonense), Marco Airosa (Barreirense) e Rui Marques (Hull City).
Médios: André (Kuwait SC), Edson (Paços Ferreira), Figueiredo e Mendonça (Varzim), Miloy (InterClube) e Zé Kalanga (Petro-Atlético).
Avançados: Akwá (sem clube), André Titi Buengo (Clermont Foot), Flávio (Al Ahli), Love (ASA), Mantorras (Benfica) e Mateus (Gil Vicente).
Gilberto e Maurito, por estarem lesionados não fazem parte dos planos do Professor que, quem sabe, pode ser um candidato a treinador do Benfica – de novo o meu palpite e sem ser por SMS…
Já agora os meus parabéns ao Benfica pela conquista, em Moçambique, do troféu “Encontro de Gigantes” e o meu lamento pela pouca cortesia desportiva dos meus compatriotas do Petro-Atlético que, segundo rezam as crónicas, teve momentos de “demasiada rispidez” no contacto futebolístico. Depois do célebre Portugal-Angola, este seriam um jogo óptimo para diluir a má imagem então deixada.
Espero que não tenha sido uma “vingança” pela não presença daqueles dois jogadores “portugueses” e não pensem que tenha sido Portugal a impedir a sua participação.
Bom, diga-se, também, que não vi, li ou ouvi algum dirigente português apoiar a pretensão angolana. Só da FFA e dos jogadores.
Teria sido bonita uma ajuda pública portuguesa… mas quando leio n’ A Bola um artigo de um dirigente associativo e antigo treinador de uma modalidade dita amadora apoiar a atitude da FIFA e esquecendo-se que Portugal já o fez, ainda mais grave, ao “naturalizar” um atleta nigeriano para poder aparecer nos anais do atletismo…
Ah! Parabéns ao F.C.Porto pela “dobradinha” - talvez seja melhor preparar um avião para ir ao Brasil -; mas, alguém me explica o que vai na cabeça daqueles madiés que, mesmo a ganharem, provocam desacatos como os vistos na televisão? Não será altura dos dirigentes associativos e das Federações terem mãos nos energúmenos que só estragam o que de bom o espectáculo pode oferecer? Não será altura dos clubes começarem a sofrer, e bem, as consequência dos actos que os seus apaniguados provocam de modo a que comecem a saber escolher quem pode apoiar ou não a sua equipa.
Se, por exemplo, o FCP que ganhou a taça fosse penalizado pelos actos dos seus apoiantes, do tipo… “PERCA DA TAÇA” não acreditam que começava a haver mais respeito nos estádios??????? (na foto o angolano-português, e capitão do FCP, Pedro Emanuel, ergue a Taça de Portugal)
12 maio 2006
A cólera, uma perigosa assassina das crianças angolanas
Um oportuno trabalho jornalístico do Notícias Lusófonas junto da UNICEF, em Angola, sobre a epidemia da cólera no país e o seu mortal impacto junto das crianças angolanas. Uma assassina que contribui, em larga escala, para os 18% da mortalidade infantil em Angola nas doenças diarreicas.
Oportuno, principalmente quando é o próprio bastonário da Ordem dos Médicos a questionar o tipo de ajudas que autoridades angolanas desejam do exterior.
Há que combater a Cólera por todos os meios e não esperar que as chuvas parem para estancar a doença.
Também não é com o fim da época das chuvas que o paludismo (malária) desaparece – responsável pela morte de 23% das crianças angolanas – e, também este, é transmitido por mosquitos, no caso, que povoam charcos, mangais e lagunas, a grande maioria criados pelas chuvas.
Será tudo uma questão de prevenção.
Prevenção da salubridade pública e privada. Para isso muito devem contribuir os meios de comunicação social.
Daí o meu contributo com a imagem acima, embora as mãos não sejam as únicas a serem lavadas. Também a fruta e os legumes devem ser bem lavados e a água purificada ou fervida.
Oportuno, principalmente quando é o próprio bastonário da Ordem dos Médicos a questionar o tipo de ajudas que autoridades angolanas desejam do exterior.
Há que combater a Cólera por todos os meios e não esperar que as chuvas parem para estancar a doença.
Também não é com o fim da época das chuvas que o paludismo (malária) desaparece – responsável pela morte de 23% das crianças angolanas – e, também este, é transmitido por mosquitos, no caso, que povoam charcos, mangais e lagunas, a grande maioria criados pelas chuvas.
Será tudo uma questão de prevenção.
Prevenção da salubridade pública e privada. Para isso muito devem contribuir os meios de comunicação social.
Daí o meu contributo com a imagem acima, embora as mãos não sejam as únicas a serem lavadas. Também a fruta e os legumes devem ser bem lavados e a água purificada ou fervida.
Estudo sobre a Palanca Negra ganha prémio internacional
(tela expropriada daqui)
“O projecto de conservação da palanca negra gigante, que está a ser desenvolvido em Angola pelo Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica, venceu o Whitley Award 2006, um dos mais prestigiados na área da protecção ambiental.
O prémio [de 30 mil libras], uma iniciativa do Whitley Fund for Nature (WFN), foi entregue quarta-feira à noite, numa cerimónia realizada na Real Sociedade de Geografia de Londres.
O projecto angolano era um dos dez finalistas deste prémio, tendo sido seleccionado entre mais de 160 candidaturas de todo o mundo.”
Sendo um dos nossos maiores – senão mesmo, actualmente, o maior – símbolos nacionais e depois da equipa do professor Pedro Vaz Pinto ter (re)confirmado que este belíssimo antílope não estava extinto, após fotos de manadas na região de Malange, nada como um prémio para “obrigar” a redireccionar os nossos governantes e outras entidades para a efectiva preservação da espécie que é única no Mundo e, ao mesmo tempo, símbolo da TAAG e das equipas nacionais desportivas angolanas.
artigo da Lusa citado aqui, aqui, aqui e que já antes tinha abordado, e, desculpem mas deve ter sido falta de vista, nada aqui.
“O projecto de conservação da palanca negra gigante, que está a ser desenvolvido em Angola pelo Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica, venceu o Whitley Award 2006, um dos mais prestigiados na área da protecção ambiental.
O prémio [de 30 mil libras], uma iniciativa do Whitley Fund for Nature (WFN), foi entregue quarta-feira à noite, numa cerimónia realizada na Real Sociedade de Geografia de Londres.
O projecto angolano era um dos dez finalistas deste prémio, tendo sido seleccionado entre mais de 160 candidaturas de todo o mundo.”
Sendo um dos nossos maiores – senão mesmo, actualmente, o maior – símbolos nacionais e depois da equipa do professor Pedro Vaz Pinto ter (re)confirmado que este belíssimo antílope não estava extinto, após fotos de manadas na região de Malange, nada como um prémio para “obrigar” a redireccionar os nossos governantes e outras entidades para a efectiva preservação da espécie que é única no Mundo e, ao mesmo tempo, símbolo da TAAG e das equipas nacionais desportivas angolanas.
artigo da Lusa citado aqui, aqui, aqui e que já antes tinha abordado, e, desculpem mas deve ter sido falta de vista, nada aqui.
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