31 agosto 2008

Quando se abre a Caixa de Pandora…

(com jogadores destes e um árbitro bicéfalo pertencente a um dos lados...)
"Um dos grandes vectores estratégicos dos dirigentes do Ministérios das Relações Exteriores dos EUA e do Reino Unido, quanto à relações externas foi e tem sido o de defender a secessão dos povos quando, e sempre, que estes, internamente, não se davam bem e desejavam a separação.

Analogicamente, se um casal não se dá bem, então que se separem.

Uma política iniciada em Londres – dividir para reinar – e continuada por Washington – a velha política revolucionária de todos terem direito ao seu próprio destino.

Mas é uma política virada unicamente para países estrangeiros. A Escócia, a Irlanda e os próprios EUA ou Gibraltar são exemplos disso.

Foi, e tem sido, sempre assim ao longo dos séculos. Portugal foi um dos países que gozou dessa política anglófona secessionista. Foi-o, também, com as colónias europeias continentais do pós-II Guerra Mundial. Como, ainda, concordaram com a divisão da Alemanha; se não há entendimento com os russos, dividamo-la.

Foi por isso, também, que os britânicos e os EUA vitoriaram a implosão da URSS e consequente desmembramento. Foram, igualmente, dos primeiros a reconhecer, de imediato, os novos Estados saídos da Perestroïka. (...)
" (pode continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado no (Angola), edição 280, de 30/8 a 6/9/2008, página 42

30 agosto 2008

Dois bons contributos para a campanha

(Esta é a minha opção)

Jaime Araújo Júnior, que se identificou com clareza como militante da FNLA, dá-me um importante contributo para a justeza da Campanha eleitoral angolana, com um artigo de opinião publicado no Notícias Lusófonas.
Nesse artigo, "Roldão" como é conhecido no meio político angolano, começa por recordar que a fome não é só a falta de alimentos mas também pode ser caracterizada pela “Escassez de bens de consumo, inexistência de bens próprios, ausência de instrução e formação” como adiante ele esclarece ao relembrar que:
Apesar de tantas vezes repetido, o “slogan propositadamente criado […] "TEMOS DE TUDO", o que tudo não temos são os meios de aquisição dos bens de consumo e encontramos 68% da população na pobreza extrema”;
Que “uma escassa minoria, entre 0,7% e 0,5% tem milhões em riqueza acumulada e ilegitimamente obtida, em contraponto com os demais ostracizados a quem lhes é retirado o direito à pequena e média empresa. Os pressupostos amigos e financiadores, vindos de outras paragens, ocupam com vantagem para os títeres do regime, esse espaço”;
Recorda a “ausência de instrução e formação” que tem sido “outra nota de grande relevo na governação do partido dominante” com o analfabetismo a atingir “valores alarmantes – 58% – ao invés da média de outros países africanos – 38%”;
Chama a atenção para a falta de habitação quer social e para a construção desalmada de “condomínios a que uma larga e significativa maioria não pode chegar” para o problema da saúde, isto apesar do muito que Sicato tem tentado fazer desde que entrou para o Ministério, mas que acaba por lhe ser impossível fazer alguma coisa mais, quando, como rememora Jaime Araújo Jr. só lhe é destinado “uns míseros 4% do orçamento de estado” pelo que se torna uma “miragem o acesso da população aos cuidados de saúde”; certa parte da população, porque como afirma Jaime Araújo Jr., neste seu artigo, os tais com muitos milhões, “para se curarem vão garbosa e faustosamente ao estrangeiro. Claro à custa do erário público”.
Por isso tal como o resto dos Angolanos, também Jaime Araújo Jr., mais adiante no seu artigo, onde defende o seu natural voto na FNLA, advoga a necessidade de se fazer uma clara Mudança nos desígnios do País.
E tal como Jaime Araújo Jr., também José Maria Huambo, no seu blogue “Interrogações sobre Angola” num apontamento onde faz a apologia do voto no FpD recorda que o partido vencedor, que não seja o MPLA, terá muitas dificuldades em fazer vingar o seu Governo porque, embora não o seja claro constitucionalmente, quem constitui o Governo é o presidente da República, que, por acaso, ou talvez não, é o candidato nº 1 do MPLA e já se assumiu com, frontalidade que se saúda, ser um “jogador” no pleito eleitoral e não “árbitro” como seria de esperar no mais alto representante da Nação.
Daí que José Maria Huambo apresente já um pedido claro à Oposição. Que esta se una em torno de um candidato credível que possa ser alternativa a José Eduardo dos Santos que o MPLA quer, à viva força, apresentar como seu candidato natural às eleições presidenciais.
Razão válida para eu continuar a defender que Eduardo dos Santos se quiser continuar a utilizar o título de “defensor da Paz” deve abdicar de ir às eleições presidenciais.
O problema é que os bajuladores que o rodeiam deixariam de se sentir protegidos e teriam de procurar novos poisos, de preferência no estrangeiro onde cada vez mais se procura não saber de onde vem o dinheiro, ou novos líderes para adularem e salvaguardarem os milhões obtidos sabe-se lá como…
São dois bons contributos para a Campanha eleitoral para ponderar e não desprezar.

29 agosto 2008

Livro sobre Cabinda lançado em Lisboa

De acordo com o convite acima vai ser apresentado hoje, em Lisboa, um livro sobre Cabinda e a sua situação jurídico-político face a Angola.
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A obra, intitulada "O Problema de Cabinda Exposto e Assumido à Luz do Direito e da Justiça", do jurista Francisco Luemba, tem a chancela da Papiro Editora - que parece ter se esquecido das suas obrigações enquanto editora - e será apresentada, pelas 21h, na Bertrand Vasco da Gama, à Expo.

Apesar do convite indicar a apresentação da obra por parte de Orlando Castro, que a Prefaciou, de acordo com este jornalista, pelas razões que só ele deverá explicitar, tal não deverá ser possível de acontecer.

28 agosto 2008

Eleições em Angola - Não se pode elogiar…

"Isaías Samakuva elogiou há dias, a Polícia Nacional angolana pelo trabalho que tem realizado no âmbito da campanha eleitoral. O presidente da UNITA prestou este elogio no final de um encontro com o ministro do Interior, Roberto Leal Monteiro "Ngongo", onde prestou informações ao Ministro do ataque que uma delegação do Galo Negro sofreu, no município de Londuimbali, Huambo, por indivíduos que se diziam militantes do MPLA e que a situação só não foi mais crítica – e "catanas, pedras e paus" foram os meios utilizados contra a delegação – devido a pronta intervenção policial.

Como o que é de elogiar, elogiar deve ser feito, foi o que Samakuva fez. Tal como também o fez a coligação FOFAC, no Uíge.

Mas parece que deveriam se ter calado porque há quem não pareça se dar bem com os elogios, embora queira acreditar que os factos subsequentes são a prova de que no melhor pano cai a nódoa e nem todos devem pagar pelos actos de uns quantos.

Há umas semanas 8 jovens foram barbaramente assassinados, no que ficou reconhecido pelo "massacre da Frescura", com a polícia, num primeiro anúncio, a dar entender nada saber e que tudo poderia ter sido uma rixa entre gangues.

Agora sabe-se que os jovens foram vítimas de uma execução levada a efeito por energúmenos que sob as sagradas roupas da Polícia mais não fizeram que dar azo aos seus mais cruéis e sanguinários instintos com a agravante de afirmarem que se limitaram a defender dos tiros deles e depois de terem sido alertados para uma tentativa de assalto levado a efeito por um grupo de jovens. (...)
" (continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado como "Manchete" no , sob o título acima

Correio Digital, novamente em “out”?


Que se passa com o portal do Correio Digital? Há dois dias que está assim e segundo fontes de Luanda, recebidas via e-mail, não é por falta de pagamento pelo aluguer do browser.
O que se passa então? E já é a segunda vez que isto acontece em poucos meses.
Eventuais efeitos de uma demasiada liberdade deste portal noticioso independente angolano nas notícias transcritas.
Se assim for então desconfio que vai haver mais nessa situação.
Já agora para quando a reactivação (ou reactualização) do portal do Angolense? Já experimentei alterar algumas das extensões, fazer buscas no Google, Yahoo, MsN e similares mas, e ao contrário do Semanário Angolense, só existe o que está… na mesma.

27 agosto 2008

Vivam as eleições!!!!

(a minha província e a minha cidade)

Em Angola como em Portugal a escola política é a mesma.
Nada como chegarem eleições para aparecerem dinheiros a rodos para obras públicas e inaugurações a mato para mostrar obra feita.
Se para isso tem de haver sistematicamente eleições, então vivam as eleições.
Esta semana, na província do Huambo, o senhor Presidente da República (segundo a Lista fornecida pelo MPLA ao Tribunal Constitucional, o Presidente Eduardo dos Santos, encabeça a referida Lista, logo parte interessada na matéria) inaugurou várias estradas construídas ou reconstruídas de onde se destacam as que ligam a cidade do Huambo a Alto Hama, ao Bailundo e à Caála. 170 quilómetros que custaram 70 milhões de euros.
Três estradas novinhas em folha inauguradas para mostrar como Angola está em pleno desenvolvimento.
Três estradas novinhas em folha inauguradas para mostrar como Angola não precisa, segundo a óptica do Poder, de haver Mudança. Só é pena que se tenham apercebido agora como eram necessárias as infra-estruturas inauguradas ou em vias de serem implementadas.
Porque se estão inaugurar obras, outras há que embora só devam estar semi-concluídas em meados de Setembro já andam a propalar como uma obra a inaugurar: a auto-estrada Luanda-Viana que só vai estar concluída a metade…
E para que a boca não seque há mais água para manter os lábios húmidos.
Entretanto foi iniciada a auto-estrada – agora é só auto-estradas; parece-me que já vi isto em qualquer lugar – entre Luanda e Soyo, por um consórcio sino-italiano. Mas não serão só de estradas que o Poder fala para a província do Zaire. Segundo o vice-ministro das Obras Públicas o Governo vai gastar com a província 5 mil milhões de dólares em infra-estruturas diversas.
Se para isto aconteça com celeridade tem de haver sistematicamente eleições, então vivam as eleições.
Mas Luanda não é só a auto-estrada. Há muitos anos que se vem reclamando com o fornecimento de energia a muitos municípios da cidade da Kianda. Pois hoje foram inaugurados 5 (cinco de uma vez só) postos de transformação para dar luz ao bairro do Rocha Pinto, município da Maianga. Mas também foram inaugurados dois fontanários na comuna do Prenda, um centro cultural para o grupo carnavalesco União da Cacimba e um balneário público adjacente a uma paragem de táxi.
Tudo bem descrito na ANGOP, não fosse o povo não saber que o Poder está a dar obras feitas!
Quanto à minha província, Benguela, e à minha cidade, Lobito, os meios informativos têm de se restringir à nossa – desculpem se me enganei – ANGOP onde só surgem as ladainhas do senhor Jorge Valentim a aplaudir o Governo – leia-se o MPLA, porque é a ele que o senhor JV dá laudas e confirma – pelas grandes obras lá efectuadas, de onde destaca: o Caminho-de-ferro CFB (que nunca mais está pronto pelos chineses; se é que eles ainda lá estão); a ampliação do Porto do Lobito (inoperativo sem a operacionalidade do CFB); a criação de duas enormes fábricas que continuam sem se saber se vão laborar, uma delas a refinaria, tantas vezes falada e outras tantas quase descartada, que só vai destruir o ecossistema da região.
Ah! até a Canata – onde fui gerado – já deixou de ser uma sanzala para haver lá fábricas e, pasme-se – será por lá viver, ou ter nascido, o senhor JV –, casas de luxo (sic).
Mas, se para isto tudo aconteça, com a celeridade que se quer, tem de haver sistematicamente eleições, então vivam as eleições.

26 agosto 2008

Se Maomé não vai à montanha…


Como já aqui referi, apesar da Diáspora não votar, quer, e tem o direito de o querer, saber o que se passa no seu País quanto à campanha eleitoral.

Só tinha três formas de o saber: ou pelas vias oficiais – nada credíveis e muito subservientes – ou pela RTP-África que vai dando notícias – mitigáveis, mas sempre vai dando – da campanha nos dois blocos noticiosos do “Repórter” ou através dos diferentes portais – aqueles que o têm – dos diferentes partidos e coligações presentes no acto eleitoral.

Agora, e já há uns dias, que dois dos principais partidos concorrentes ao acto eleitoral passaram a ter voz própria em concorrência à hegemonia do MPLA na comunicação social – será que a CNE já tomou alguma posição quanto a esse assunto?

A UNITA faz o seu apelo para a Mudança através dos tempos de antenas disponibilizados através do seu portal “Unitaeuro”. Todavia quem não quiser perder tempo e quiser saber rapidamente o que o Galo Negro deseja Mudar, e não ter qualquer dúvida em colocar a cruzinha no , é só aceder ao “Unitaeleições” onde poderá ouvir e ver os tempos de antena.

Agora é a FpD (Frente para a Democracia), que não quer estar somente á sombra da mulemba que define o partido, a criar um portal áudio para os seus eventuais eleitores. Através do seu portal, do blogue oficial de campanha ou acedendo directamente aqui poderão ter acesso aos tempos de antena do FpD.

Se Maomé não vai à montanha, então serão os partidos que têm de ser mais inteligentes que o poder instituído e subserviente.

E quem ganha é a Diáspora e os angolanos que estão no País e só podem ver e ouvir os órgãos de Comunicação Social oficiais.

25 agosto 2008

Na curva final, que imprensa e que CNE?

Angola entrou na curva que antecede a recta final da grande meta que vai ser as eleições legislativas de 5 de Setembro.
Os partidos, com maior ou menos dificuldade vão tentando mostrar ao potencial eleitorado as suas virtudes e desmontar os erros e as falácias dos seus opositores.
Com maior ou menos dificuldade o eleitorado tenta perceber quem irá estar em melhores condições para no 6 de Setembro haver um que diga eu ganhei e os outros assumam sem problemas a não vitória e a sua capacidade para serem os árbitros e juízes do que o vencedor fará durante os próximos 4 anos.
Como potencial eleitor que não me deixaram ser, o que contrariou os artºs 3º. nº1 e 5º. nº2, da Lei 3/05 de 1 de Julho de 2005, e Cap. I artºs 3º. nº 1 e 8º., do Decreto-Lei 58/05, de 24 de Agosto de 2005, saberia que iria querer, como a grande maioria do eleitorado angolano, uma clara
Mudança.
Não sou um eleitor, porque alguém assim o decidiu contrariando o disposto nos artºs 3º. nº1 e 5º. nº2, da Lei 3/05 de 1 de Julho de 2005, e Cap. I artºs 3º. nº 1 e 8º., do Decreto-Lei 58/05, de 24 de Agosto de 2005. Mas isso não impede que queira saber o que pensam os outros candidatos.
Não o sou, mas tenho estou suficientemente politizado para saber o que quero e estômago protegido para não ir nas conversas daqueles que estiveram anos para fazer coisas e agora até auto-estradas querem inaugurar.
Apesar da não ser eleitor quero, e tenho o direito de saber o que pensam os candidatos daqueles que não pensam como eu. Estamos ou não num regime democrático ou potencialmente direccionado para a democracia.
Somos ou não livres para pensar e falar o que queremos?
Se assim é então temos o direito de ser informados com isenção pela comunicação social pública já que quem a paga não é o partido X ou partido Y.
Esses se querem publicidade livre pagam para aparecer como tal. Como o fazem, por exemplo, no Semanário Angolense.
Por isso não compreendo como a Comissão Nacional de Eleições (CNE) continua a autorizar que um director de um Jornal público e único diário – o Jornal de Angola – continue a escrever editoriais claramente a favor de um partido e denegrindo os restantes.
É ilegal e contraria o que pediu o senhor Presidente da República José Eduardo dos Santos, além de ser contrário ao disposto no Capítulo I, artº 30º do Decreto-Lei 58/05 já anteriormente referida.
Tal como não se entende que os noticiários da TPA Internacional que retransmitem os emitidos em Angola só façam e apresentem notícias do MPLA e da sua propaganda política esquecendo-se ostensivamente os demais partidos.
Senhores conselheiros da CNE, apesar de não votarmos, esta atitude da TPA Internacional é ilegal e contraria o que pediu o senhor Presidente da República José Eduardo dos Santos, além de ser contrário ao disposto no Capítulo I, artº 30º do Decreto-Lei 58/05 já anteriormente referida.
É certo que a coordenadora dos jornais emitidos na TPA internacional é militante do MPLA e uma das personalidades com mais poder no País. Mas isso não lhe deve dar o direito nem autoridade suficiente para impedir a isenção que é exigível a um órgão de informação pública como é a TPA.
Por isso cabe a CNE tomar as providências que lhe são devidas e penalizar quem anda a pôr em cauda o artº 40. (Limites à Propaganda Eleitoral) do capítulo I da já citada Decreto-Lei 58/05 de 24 de Agosto de 2005 a que se acresce os artº 48º. (Publicações Periódicas) e 49º. (Estações de Rádio e de Televisão)).
Vamos aguardar pelo que vai fazer a CNE.
Infelizmente não me deixaram ser eleitor, por essa razão, também não posso votar. Mas nada me impede de dizer que desejo que no próximo dia 5 de Setembro os meus compatriotas votem pela
Mudança... que o 11 nos oferece!

22 agosto 2008

Atenção aos corações... mesmo os Fortes

Apesar do atleta português Marco Fortes o ter dito, e assim sempre o interpretei, sob piada e como forma, talvez, de mandar a raiva da derrota para atrás das costas, que a manhã era para estar na caminha – anedota que lhe provocou imensos amargos de boca e um convite claro para abandonar a delegação portuguesa mais cedo – parece que, sem o saber, o atleta luso estava certo.
Segundo ouvi hoje num vídeo aqui publicado e repescado numa notícia da portuguesa RTP, a manhã é a pior altura do dia, aquele onde acontecem mais problemas cardíacos, podendo ir até
3 vezes mais que em outros períodos.
Talvez seja bom que os detractores e os “trombudos” e sorumbáticos, mas sempre “vencedores atléticos”, portugueses – por isso é que o COI português tem tantas medalhas olímpicas nas suas vitrinas – comecem a procurar entender melhor as piadas e não fazer logo juízos de valor e, também, talvez tomarem mais precauções de saúde…

21 agosto 2008

Quando os maus políticos e os péssimos governantes se põem em bicos de pés!

"Sempre que há eventos desportivos de cariz mundial ou olímpico é ver os políticos e alguns comentadores a debitarem as suas opiniões, não porque saibam de desporto. mas porque necessitam de ver os seus nomes nos escaparates da Comunicação social.

E esse não é uma característica do país XYZ ou do país ABC. Em todos se encontrar estas espécies sempre prontas à descarregar as suas intempéries vocais.

E se os desportistas que eles só conhecem de nome, da TV e dos jornais, mas que consideram como produtos seus, não apresentam vitórias então é bom que fujam porque são, no mínimo, uns falhados que nem respeitam quem lhes paga.

Viu-se isso com a delegação portuguesa aos Jogos Olímpicos.

Partiu com o “compromisso” de obter um número X de medalhas – davam-nas logo como garantidas – esquecendo-se que os atletas não competiam sozinhos e que, salvo algumas excepções que foram para aprender e mais tarde aplicar, também outros se prepararam para estas provas com vontade de ganhar.

Mas como o decorrer das provas mostrou que, efectivamente, eles não eram os únicos atletas em competição viu-se que o resultado foi, até este momento que escrevo, saldado por duas únicas medalhas olímpicas e uma meia dúzia de diplomas (ou seja, de atletas que se qualificaram até ao 8º lugar).

Como alguns fazedores de opinião, ou que se julgam assim por causa dos elevados montantes que auferem para falar em algumas televisões, verberaram a campanha portuguesa – provavelmente também eles julgavam que os atletas portugueses eram os únicos – o Governo português fez sair uma informação que mostra, no mínimo, como sabe se comportar como Pilatos. (...)
" (continue a ler aqui ou aqui)

Publicado no , hoje, sob o título acima.

Cabinda não tem Paz mas não é assim que se faz ouvir a voz…

Numa campanha eleitoral é admissível, embora nem sempre aceitável, o confronto entre os opositores desde que o mesmo não ultrapasse a via verbal.

Por isso tem sido questionado e verberado os ataques que os partidos, nomeadamente os da oposição são alvos, muitas vezes por indivíduos que se dizem afectos – onde se incluem alguns com cargos directivos – ao partido do poder.

Mas mais grave se tornam os ataques quando os mesmos acontecem numa província que o poder e alguns sectores castrenses teimam em afirmar que está quase totalmente pacificada.

Segundo o
Jornal Digital, na última terça-feira, na região de Miconje, uma caravana do MPLA em campanha eleitoral na província de Cabinda terá sido atacada por elementos secessionistas cabindenses – ou que se dizem cabindenses – que provocaram inúmeras vítimas entre os membros da caravana.

Tudo porque a guerrilha cabindense quer impedir a população da província de participar na campanha eleitoral e nas eleições e já avisou que vai continuar com ataques destes.

Uma base democrática começa na aceitação das vontades contrárias à dos próximos.

Se a guerrilha cabindense não admite que pessoas como eles possam ter outros valores que não os mesmo que eles, significa que o espírito democrático não vive entre eles.

As eleições podem ser o princípio de uma alteração qualitativa na província.

Parece que o que querem é a manutenção do actual status quo e não a defesa dos interesses cabindenses.

Não é com ataques como os que levaram a efeito que solidificam simpatias, nem mesmo internamente.

O medo, porque é isso o que querem impor, pode se instalar por muito tempo, por anos, mas nunca se instalará definitivamente.

Ninguém consegue governar sobre o medo por muito tempo. É bom que pensem nisso!

20 agosto 2008

Realmente há falta de pobres em Angola…

"Alguns paladinos da verdade acusam quem não está com eles de ser contra eles principalmente se alguém tem a ousadia de afirmar que há – perdão, havia – em Angola poucos, muitos poucos, com milhões e muitos, milhões sem nada, ou quase nada. Realmente continua a haver poucos muitos poucos com MUITOS milhões e pouco menos de uma dezena e meia de milhões com QUASE NADA!

Também é pouco verdadeiro as ignóbeis críticas que dizem que se a economia angolana está forte, é certo que à custa do volátil petróleo e dos diamantes, já o desenvolvimento económico das populações é deficiente.

Erro crasso que quem não conhece a economia angolana. Ou não tivesse havido uma forte abertura da economia angolana à economia de mercado como adiante se comprova.

Tinham razão quando protestavam. Tinham razão quando afirmavam que o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, terá afirmado que cerca de 68% dos angolanos vivem na pobreza.

Como depois se demonstra é um erro enorme e deficiente conhecimento de matemática.

Feliciano Cangue, angolano, professor universitário de profissão e engenheiro de formação, a residir no Brasil, no seu blogue “Hukalilile Don´t cry for me Angola” (http://cangue.blogspot.com) apresenta uma lista obtida junto de alguns órgãos de informação angolana que provam quanto os críticos, nomeadamente o senhor Samakuva, estão totalmente errados. (...)" (pode continuar aqui ou aqui)
Publicado como Manchete no , de hoje

Há 40 anos confirmava-se a DSL

(checos procuram impedir avanço das tropas soviéticas em Praga; imagem via Google)

Faz hoje 40 anos que Praga viu entrar cerca de 250 mil soldados e 5 mil tanques russos e soviéticos para abafarem, de vez, a chamada Primavera de Praga, iniciada em Abril de 1968, que assentava num socialismo livre desestalinizado onde não haveria ditadura e nem censura à imprensa; era aquilo que os líderes checos chamavam de “socialismo com face humana”.
Só que a brezneviana Doutrina de Soberania Limitada (DSL) – que, por acaso, até foi Tito quem assim a apelidou –, já testada pelos soviéticos, em 1956, na Hungria, era formalmente confirmada em Praga com uma violência considerada, na altura, inaudita e inexplicável.
Os dirigentes checos que tiveram a coragem de alinhar com o novo socialismo foram levados para Moscovo onde foram forçados a assinarem o Protocolo de Moscovo que confirmava a total integração da então Checoslováquia na organização do Tratado de Varsóvia, vulgo “Pacto de Varsóvia”, à renúncia do líder checo Alexander Dubcek, por vias pouco dignas, e serviu de aviso para todos os países que pudessem querer sair da órbita moscovita.
Na altura o jornal oficial Pravda, sob o aplauso de personalidades com Fidel Castro e Álvaro Cunhal, justificava que tinha sido “um dever internacionalista”, enquanto o líder chinês Chu En-Lai – iniciava-se aqui, com clareza, o cisma sino-russo – protestava veementemente.

19 agosto 2008

SADC “adopta” uma Zona de Comércio Livre

A 28ª Cimeira Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) que decorreu desde sábado em Sandton, nos arredores de Joanesburgo, encerrou com o lançamento oficial da Zona de Comércio Livre (ZCL) ou Free Trade Agreement (FTA).

Uma vontade há muito manifestada por alguns países da zona mas a que Angola disse que, para já, NÃO no que acaba por ser uma derrota da Cimeira e uma afirmação cada vez mais efectiva da equidistância que se verifica entre Pretória e Luanda tudo por causa do domínio da SADC. A África do sul é a maior potência económica da SADC e domina a maioria das pautas alfandegárias da futura ZCL.

Além de Angola – que diz pensar aderir à ZCL dentro de dois ou três anos – também o Malawi e o Congo Democrático, mas por razões diferentes, não aderiram à ideia.

A ZCL afro-austral – que quer convergir, futuramente, numa União Aduaneira em tudo semelhante àquela que acabou na União europeia – vai permitir aos estados-membros que eliminem as tarifas, quotas e preferências que recaem sobre a maior parte dos, ou todos os, bens importados e exportados entre aqueles países e estimular o comércio entre eles por meio da especialização, da divisão do trabalho e das vantagens comparativas.

Outro dos objectivos desta ZCL é a criação futura de uma moeda única a circular na região.

A Cimeira, que readmitiu as Seychelles, elevando, de novo, para 15 Estados-membros, acabou por ficar também marcada pelo novo – e habitual – falhanço das conversações entre Mugabe e seu séquito e os vencedores das legislativas do Zimbabwé, na persistência de manter Thabo Mbeki como mediador do conflito, além de o ter, naturalmente pelo cargo que ocupa, nomeado presidente em exercício, e ao boicote do Botswana por não concordar com a presença de Mugabe a quem não reconhece qualquer legitimidade.

A 28ª Cimeira ficou ainda marcada pelas manifestações anti-Mugabe e anti-Mswati III (rei da Swazilândia) levadas a efeito pela todo-poderosa central sindical sul-africana Cosatu, no que parece não ter minimamente preocupado os líderes afro-austrais presentes na Cimeira.

Ficou ainda definido que Angola vai continuar a participar no Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança até à 29 ª Cimeira da SADC, que terá lugar, no próximo ano, na República Democrática do Congo – até lá Joseph Kabila, será o vice-presidente da SADC –; deste órgão fazem também parte a Suazilândia, que substitui Angola na presidência, e Moçambique que ocupará a vice-presidência, e cujo principal desafio é desempenhar(!?) um papel actuante na consolidação da paz, estabilidade e segurança na região (os zimbabueanos que o digam...).

Os críticos vão e ele fica

A Zâmbia perdeu hoje o seu presidente, Levy Mwanawasa, falecido em Paris, onde se encontrava em tratamento depois de sofrido, há cerca de 2 meses, um ataque cardíaco.
Mwanawasa assumia, actualmente, também o cargo de presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e perfilava-se na região como o maior e mais acutilante crítico de Robert Mugabe.
Relembre-se que foi o único Chefe de Estado da África Austral que teve a coragem e a frontalidade de acusar Mugabe de ditadura. De condenar a violência política no Zimbabwé, de pedir aos estados membros da SADC que impedissem a entrada nos seus portos do navio chinês, que transportava armas para o Zimbabwé, depois das eleições parlamentares e presidenciais de Março passado e de exigir o adiamento da segunda volta das eleições presidenciais de Junho, defendendo que o ambiente no País de Mugabe era desfavorável à organização de eleições livres e justas.
As disputas entre Mwanawasa e Mugabe eram de tal ordem que os "homens" de Mugabe chegaram a dar o estadista zambiano como morto e levar o "ingénuo" Mbeki fazer-lhe uma "homenagem" fúnebre de que depois teve de pedir desculpas públicas.
Os críticos vão passando e Mugabe vai se mantendo no cargo, com um passo em frente e cinco atrás nas rondas que vai mantendo com Tsvangirai, sempre com o “ingénuo” beneplácito de alguns Chefes de Estado vizinhos…
O, até agora, vice-presidente Rupiah Banda, vai assumir a chefia de Estado até que sejam cumpridos os requisitos constitucionais zambianos.

18 agosto 2008

Os Jogos da Despedida de 2 Grandes Campeões


Maria de Lurdes Mutola, de Moçambique, e Francis Obikwelu, de Portugal, despediram-se da alta competição, nos Jogos Olímpicos de Beijing 2008, para se dedicarem a tempo inteiro às suas Fundações de apoio aos mais necessitados e à busca de novos campeões entre estes.
Aos dois por aquilo que nos ofereceram, nomeadamente pela humildade que sempre demonstraram e que só têm os verdadeiros grandes Campeões, o meu muito obrigado!

Angola nas ½ finais em Canoagem e adeus em Basquete

Com uma prova regular, Fortunato Pacavira qualificou-se para as meias-finais em Canoagem, nos 1000 metros da classe C1, ao qualificar-se em 7º na sua série.
As meias-finais realizar-se-ão no próximo dia 20.
Uma boa notícia nos JO de Beijing2008 com o fim de evitar um eclipse total da delegação angolana.
De registar que a Lusofonia estará bem representada nas meias com a também presença do brasileiro Nivalter Jesus que se qualificou em 6º na série seguinte à de Pacavira.
África terá mais um representante nas meias-finais com a presença do sul-africano Calvin Mokoto.

Entretanto o santomense Alcino Gomes não foi além da última posição na sua ronda em nos 1000 metros K1, em Kayak.
Das quatro equipas africanas em presença, só o representante sul-africano conseguiu ir às meias-finais. Senegal, Seychelles e Costa do Marfim viram os seus remadores serem eliminados como Gomes que ficou com o pior registo de todos os concorrentes. Mas se notar-mos que aos 250 metros ia em antepenúltimo lugar à frente dum norte-americano que terminou em 6º até nem foi uma má experiência.
Também o português Emanuel Silva foi apurado nesta classe para as meias-finais.

Em Basquetebol a esperança ficou por aí. Ao quinto jogo somou-se a quinta derrota; desta feita frente à selecção Campeã do Mundo, a Espanha, pelo “simpático” resultado de…50-98!!! com 30-40 ao intervalo (no final do primeiro período a esperança estava forte já que Angola vencia por 23-15). Eduardo Mingas foi o melhor marcador angolano e o quarto do encontro.

Nota Complementar: Lurdes Mutola despediu-se da alta competição com um 5º lugar na final dos 800 metros tendo ficado a 1 escasso segundo das medalhas. Lurdes Mutola despediu-se com a sua melhor marca deste ano.

Nota Complementar 2: Pacavira foi eliminado na classe C1 em 500 metros. Vamos esperar que amanhã consiga escrever o nome de Angola com letras grandes nas meias-finais de 1000 metros.

17 agosto 2008

Angola nas Olimpíadas de Beijing – IV (um eclipse?)

Se havia dúvidas que a participação angolana nos XXIX Jogos Olímpicos da idade moderna parecia a menos positivas desde que começou a sua participação na família Olímpica, nos de Moscovo 1980, os resultados mostram que essas dúvidas estão quase totalmente dissipadas.

Em Basquetebol a participação do seleccionado de Ginguba, depois dos excelentes desempenhos no CAN e nos troféus x x foi a pior dos últimos tempos esperando que consiga, ainda assim, fugir ao último lugar dos
Na penúltima jornada Angola baqueou face à Grécia por concludentes 61-102 com 28!!-43 ao intervalo. Na última jornada, amanhã, Angola irá medir forças com a fortíssima armada espanhola que é só a campeã Mundial em título. A esperança está em Angola levantar a cabeça e conseguir o feito dos jogos de Barcelona, ou seja, derrotar os espanhóis. Suspirar não custa…

Também no Andebol, a participação angolana da selecção feminina acabou por ser quase depauperante, dependendo do que o Comité decidir quanto à luta pelos lugares depois do 8º.
O melhor que conseguiram foi despedirem-se, na fase de grupos com um empate a 24 golos com o Kazaquistão (16-14 ao intervalo), deixando escapar nos últimos minutos uma vitória quase certa. Por enquanto fica a consolação de saber que as senhoras do Andebol estão a caminho de ganhar o prémio Fair-Play.
Segundo consta nos meios desportivos, um dos motivos por tão fraco empenho das atletas angolanas poderá passar pelos prémios recebidos pelo título de Campeãs africanas. De acordo com alguém que se identificou como atleta, e que parece ter sido corroborado por duas andebolistas contactadas pelo Semanário Angolense, os prémios terão sido distribuídos de forma diferenciada entre elas. Umas poderão ter recebido 50 mil dólares, outras 30 mil e outras somente 10 mil dólares o que contraria o que estaria concordado entre a Federação e as atletas.
A quem isto interessou?

Vamos aguardar que a participação angolana se tenha pautado só por um eclipse parcial já que ainda há a última jornada de Basquete, a da esperança, e a participação angolana na Canoagem, amanhã em C1 (500 e 1000 metros com Fortunato Pacavira) e na Maratona masculina, com João Ntyamba, no próximo dia 24 de Agosto.

E, depois, venham os Paralímpicos onde Angola já tem tradições medalhísticas!

Como nota complementar se assinalar que amanhã São Tomé e Príncipe vai estar em acção também em Canoagem, em Kayak K1, com Alcino Silva, em 1000 metros e na terça, em 500 metros; já em Atletismo realce, hoje, para a "velha senhora" moçambicana Lurdes Mutola que se qualificou para a final de amanhã dos 800 metros, com a sua melhor marca do ano, e já depois de ter limpo, na véspera, a sua série de 800 metros também com a melhor marca do Ano.

Semanário Angolense mudou o portal

Afinal o Semanário Angolense está activo. Ainda bem!
Por razões que desconheço nem todos foram avisados da mudança. Nem tão-pouco, estranhamente, os outros órgãos fizeram referência a isso.
Talvez porque não seja aconselhável mexer com poderes instituídos.
Soube da alteração por uma leitora brasileira que me fez o favor de alertar para o novo poiso do SA, o que publicamente agradeço.
O certo é que o Semanário Angolense agora está neste portal com um interessante, afirmaria mesmo, muito prático e apelativo visual.
Assim sempre que a Comunidade Angolana no Exterior, aquela que uns senhores tão simpáticos e interligentes decidiram não ter consições para se recensear e votar, quiser estar actualizada sobre as questões angolanas, mesmo que nem sempre sejam simpáticas para os nossos interesses políticos ou sociais, podem aceder ao SA pelo novo portal. Registe-se que este novo portal mantém o acesso ao portal antigo onde poderemos sempre ir consultar os arquivos antigos.

Eleições livres e justas é o que queremos que sejam!

Eleições livres e justas em Angola é o que todos desejamos e ansiamos, mas quando é o mediador de um grave problema chamado Zimbabué que o afirma, tão categoricamente, começamos a temer que isso não será verdade.
O presidente sul-africano, Thabo Mbeki, afirmou ontem, na cerimónia de abertura da 28ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, que as eleições em Angola “serão livres e justas”porque o processo de preparação do acto eleitoral “transmite confiança à comunidade internacional de um exercício transparente nas eleições legislativas”.
Quando surgem sondagens fantasmas e artesanais criadas pelos subservientes analistas muito bem pagos – só podem ser mesmo muito bem pagos ao ponto do seu coordenador solicitar suspensão do trabalho na Rede Globo onde era (é) um conceituado profissional – em circunstâncias pouco credíveis como foi já aqui analisado, bem assim pelo catedrático Francisco Cangue e pelo jornalista Orlando Castro ou por alguns órgãos de informação angolanos independentes;
Quando caravanas dos partidos oposicionistas ao MPLA são atacadas, simpatizantes detidos, comícios boicotados;
Quando em 33 anos de poder, aliados a 6 bons anos de Paz, o Povo vê personalidades aumentarem os seus proventos, nomeadamente comprando quintas e empresas na Europa e nos EUA, e padecem de fome;
Quando os partidos oposicionistas, nomeadamente os méis pequenos, tiveram dificuldades, umas logísticas outras claramente que lhe foram impostas para conseguirem se inscreverem no Tribunal Constitucional para estarem presentes no pleito eleitoral;
Quando a campanha eleitoral só é possível nas ruas ou nos panfletos políticos porque os pequenos partidos não têm à sua disponibilidade uma televisão do Estado, paga por erário público, mas só ao serviço de um único partido, o MPLA (basta ver as notícias que passam nos telejornais nacionais em rodapé só se reportam ao partido que está no poder há cerca de 33 anos);
É pouco crível afirmar que as eleições vão ser justas e livres.
E quando o homem que proferiu esta certeza é o mesmo a quem a SADC incumbiu de mediar a crise política do Zimbabué, que tudo tem feito por manter o senhor Mugabe como presidente daquele país mesmo que toda a Comunidade Internacional, incluindo a própria SADC manifestem as suas reservas, nuns casos, ou afirmem, noutros que as eleições presidenciais foram a maior fraude reconhecida em África, então estamos todos conversados!
Vamos ter de mostrar que desta vez ele poderá ter razão e denunciar publicamente os actos menos claros que o poder faz na rua.
Vamos todos trabalhar para que haja a Mudança em Angola mesmo que isso atrapalhe as contas de alguns senhores de Brasília ou de Lisboa!
Angola tem 15 dias para politizar também o estômago dos angolanos!

16 agosto 2008

Onde fizeram a sondagem?

(estas também fazem sondagens mas... de água que tanta falta falta aos angolanos, num País onde existe muita!)
.
Parece circular em Luanda entre os mundos diplomático e económico uma sondagem encomendada pelo poder próximo do Príncipe e feita, tal como em 1992, por especialistas brasileiros.
Não se contesta nem se questiona a qualidade dos operadores de marketing político brasileiros. Já deram bastas provas da sua qualidade.
O que se questiona é a forma como o fizeram para dizerem que o MPLA vai ter uma vitória folgada.
Feliciano Cangue chama-lhe, e com toda a propriedade, uma “intenção de voto artesanal”. Porque, de facto, só em critérios muito apertados seria possível fazer essa sondagem. Não seria, por certo nos bairros, musseques e sanzalas de Angola que os 58 especialistas brasileiros e 61 angolanos conseguiriam fazer uma sondagem (e o desconhecimento que o principal conselheiro demonstra do crescimento angolano é um sinal claro que não conhece realmente o terreno).
Porque as sondagens menos artesanais já efectuadas, e mesmo assim, são sob reservas porque são-no feitas em portais e, ou, blogues, dizem-nos que é possível a vitória do MPLA – ou não estivesse este no poder e a dominar os meios oficiais da Comunicação Social, que o Ministro que os tutela não deixa que esqueçam – mas por números muito próximos dos 50%.
Também militantes deste partidos, com quem recentemente falei, admitem que dos cerca de 4 milhões de militantes que o partido tem registado (números que me ofereceram e que cedo gratuitamente) não devem votar todos, nem pouco mais ou menos, no partido. Se eles já pensam assim e afirmam que se não ultrapassar os valores de 1992 será uma derrota…
Também contactos com sectores institucionais a operarem no terreno eleitoral, parecem não questionar uma possível vitória do MPLA – ou não estivesse este no poder e a dominar os meios oficiais da Comunicação Social, que o Ministro que os tutela não deixa que esqueçam – mas consideram que haverá uma proximidade entre o MPLA e o principal partido da oposição (que por acaso está na posição 11 do boletim de voto) UNITA e, talvez, apareça uma ou outra força que possa interferir na gestão do bem público que se chama Governo. Dizem-no discretamente porque não podem dar o seu testemunho público devido às suas funções.
Por isso, é no mínimo estranho, que os especialistas brasileiros tenham tão fortes convicções sobre as intenções de voto dos angolanos, a fazer fé no que os dirigentes e, ou, governantes afectos ao MPLA afirmam saber, quando não há liberdade para falar ou escrever nos meios independentes como se explica o mutismo por que passam dois dos maiores semanários independentes de Angola com os portais quedos desde há cerca de um mês (a última actualização reporta-se à edição da semana 12-19 de Julho, pelos menos na Internet).
Se é ou foi a única forma para pressionar e elevar o moral interno – o que é natural quando parecem deixar no ostracismo dirigentes como João Lourenço ou então para adormecer os investidores quanto às crises internas – nesse caso não deveriam mostrá-lo aos diplomatas e investidores externos.
Só se descredibilizam e colocam o patamar eleitoral num nível pouco credível para a Comunidade Internacional.
Ou, então, foram pagos por quem quer transformar Angola na nova Cuba, ou seja, num grande produtor de cana-de-açúcar, para exportar açúcar para a Europa e, acima de tudo, a menina dos olhos de Lula da Silva, o etanol!
Realmente Angola precisa de uma clara Mudança, porque 30 anos de poder e com uma economia girando, quase que unicamente, em torno do petróleo – cujo preço está a cair no mercado internacional – e nos diamantes, pertencentes a determinadas famílias “monoparentais”, não há Governo que possa ser muito justo!

15 agosto 2008

Bissau pode cair nas malhas do narcotráfico

(Os abutres quando atacam...; sugestiva foto daqui)

"Há muito que algumas personalidades e Instituições credíveis, e também nestas páginas, se vem avisando que a Guiné-Bissau pode cair, inabalavelmente, nas malhas do narcotráfico.

Avisam e são visados.

Em Maio, o destituído primeiro-ministro N'Dafa Cabi numa audição feita pela Procuradoria-geral da República Bissau-guineense (PGR) depois de ter publicamente denunciado que houve pessoas no país que enriqueceram com negócios da droga, terá afirmado que teria um "dossier" sobre factos relacionados com o narcotráfico e que envolviam figuras ligadas ao Estado Bissau-guineense.

Até ao presente, a única consequência visível foi a sua destituição por “Nino” Vieira e, entre as acusações políticas que se lhe fizeram, foi precisamente não ter conseguido acabar ou minorar o efeito do narcotráfico – oficialmente nunca assumido – no País.

Já em Julho, a então ministra da Justiça, Carmelita Pires, terá denunciado ter sido alvo de ameaças de morte, caso não se afastasse das investigações ao tráfico de droga no na Guiné-Bissau observando que o País correria sérios riscos de se transformar num Estado subserviente ao narcotraficantes, se, entretanto, nada continuar a ser feito.
Agora, é o presidente Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Luís Vaz Martins, que vem denunciar que a Guiné-Bissau corre o risco de ver o seu poder político – qual, haverá realmente? – ser financiado pelo narcotráfico, o que desvirtuaria os princípios da democracia que se quer para o País e temer o que possa acontecer nas eleições de 16 de Novembro próximo. (...)
" (continue a ler aqui ou aqui)

Publicado no , "Colunistas" de hoje.

Quando se fala em Somália…

…Ou é por causa dos piratas no Mar e dos raptos que levam a efeito com o “apoio” mediático que isso sempre acarreta, principalmente se for sobre europeus ou norte-americanos – dos outros ninguém sabe nunca nada… –, ou pelos ataques bombistas das milícias islamitas dos antigos Tribunais Islâmicos Somalis (UTI), ou jihadistas, que provocou 8 mortos (seis civis e 2 militares etíopes) provocando entre os etíopes metralhas indiscriminadas, ou por situações como as ocorridas hoje perto de Arbiska, arredores de Mogadíscio.
Segundo relatos de populações locais, militares etíopes atacaram indiscriminadamente dois autocarros provocando entre 30 e 37 mortos entre os ocupantes.
Com libertadores assim quem precisa das milícias islâmicas jihadistas na Somália

Angola nas Olimpíadas de Beijing - III

(a vontade da angolana Luisa Kiala não chegou; foto ©Cai Yang/Xinhua, daqui)
A participação angolana no Jogos Olímpicos de Beijing2008 continua a dar mostras do mesmo, ou seja, derrotas.
Em 3 partidas já realizadas, outras tantas derrotas do seleccionado angolano de Basquetebol, a última registada face à China por 68-85, um resultado inesperado face ao placard registado ao intervalo, 42-44.
Já em Andebol, as senhoras não fazem melhor, tendo já feito 4 jogos para outras tantas derrotas. Depois da duas derrotas já aqui assinaladas desaire face à China por 24-32, com 12-14 ao intervalo, e hoje de manhã nova escorregadela desta feita face à Roménia por 23-28, com 7-16 ao intervalo. Depois desta derrota, e apesar de ainda ter mais uma partida para encerrar o Grupo A com o Kazaquistão, é já sabido que o seleccionado angolano vai disputar os lugares entre o 6 e o último.
Também em Voleibol de Praia a dupla angolana encerrou a sua participação em terras mandarins com 3 derrotas por igual resultado, 0-2 (depois da dupla brasileira, derrota com a dupla australiana, Slack e Schacht, com os parciais de 15-21 e 09-21; e com a dupla georgiana, Jorge Terceiro e Renatos Gomes, com os parciais 14-21 e 13-21).
Também ontem começou a participação angolana na Natação (modalidade que a ANGOP parece continuar a esquecer a sua existência, tal como no Mundial de 2007) com a entrada de João Matias, nos 100 metros mariposa, na primeira série, onde obteve o 2º lugar com o tempo de 57,06’, melhorando o seu tempo de qualificação, o que lhe dá um lugar na casa do 79º.
Hoje, Ana Romero, em 50 metro livres, quedou-se, na 5ª série, no 8º lugar com o tempo de 29,06’, melhorando em 2 centésimos o seu tempo de qualificação para os Jogos.

14 agosto 2008

A Media caiu no purgatório?

"Habitualmente a Comunicação Social, o 3º poder, é olhada, não poucas vezes e quase sempre pelos Governos nacionais e locais, como um enorme e pavoroso “adamastor” que deve ser, tão prontamente quanto possível, amordaçada, decapitada, chacinada, numa palavra, abolida.

Em países autocratas ou cuja vida democrática é cerceada – leia-se falta de liberdade de falar, um eufemismo de ditatoriais – é natural que a Comunicação Social veja a sua actividade restringida aos interesses comanditários, sejam eles, políticos, sociais ou económicos. E aqui, relembrava, até por causa dos impedimentos a que têm estado sujeitos, os jornalistas que cobrem os Jogos Olímpicos de Pequim, na China.

Mas países há que embora se digam democratas, o seu verdadeiro ambiente político é de um amordaçamento constante sobre a Comunicação Social não pública, como se tem constatado no caso de Angola. Portais houve que estiveram encerrados, segundo estes – e quem somos nós para duvidar das palavras dos próprios, embora ninguém as aceite como plausíveis – por razões técnicas – talvez as mesmas que quiseram calar o ClubK –. Talvez as mesmas razões técnicas que fazem com que os semanários independentes Angolense e Semanário Angolense se mantenham quedos e mudos há duas semanas (por acaso ambos esta(va)m alojados no mesmo sistema que o de um dos portais “parados”). Mas se eles dizem que foram por motivos técnicos…

Agora que países do chamado 1º Mundo, cuja liberdade de imprensa é um bem inestimável e, como em qualquer regime democrático, o verdadeiro suporte da Liberdade e da consciência se registam casos anacrónicos como os recentemente ocorridos em Portugal e, mais recentemente ainda, em Itália, já começamos a temer pela livre e correcta opinião. (...)
" (continuar a ler aqui ou aqui).
Publicado no , edição de 14/Agosto/2008

Reinado foi executado a sangue-frio?

Segundo um relatório das autópsias os executores da tentativa de assassinato dos principais – sejamos mais específicos, do presidente José Ramos-Horta – dirigentes de Timor-leste, o major Alfredo Reinado e um dos seus acompanhantes, teriam sido mortos à “queima-roupa e na nuca” o que no decorrer de um tiroteio seria muito difícil.
Ou seja e para ser mais explícito, Reinado foi executado a sangue-frio como um qualquer criminoso num qualquer local de guerra ou como acontece em certos lugares onde a Liberdade é uma palavra vã.
Já em Fevereiro de 2008, num artigo publicado no Notícias Lusófonas “Golpe de Estado? -São mais as dúvidas e menos as certezas” e que chamei a atenção aqui neste blogue eu levantava dúvidas quanto à forma como teria decorrido o – parece cada vez mais hipotético – ataque a Ramos-Horta e nas condições transmitidas ao domínio público.
Na altura as dúvidas eram legítimas face ao histórico anterior do “relacionamento” entre o Presidente Ramos-Horta e o major fugitivo e entre este e o actual Chefe de Governo “Xanana” Gusmão.
Era estranho que alguém tão “bem” formado militarmente não tivesse conseguido neutralizar uma pessoa tão desprotegida como, segundo rezavam as crónicas da altura, estaria Ramos-Horta.
E a estranheza vai se acumulando até que alguém consiga fazer sair para fora do “escuro” a verdade do “Golpe”.
Mas também não deixa de ser estranho que só agora este assunto venha à ribalta, principalmente quando parece que os proventos do petróleo timorense aumentaram...

Urnas opacas e lacradas previamente?

(urna em madeira opaca utilizada nas votações brasileiras de 1932, 1934 e 1937; ainda estamos nisto?)

A confirmar-se a suspeita lançada no Notícias Lusófonas por um velho amigo e jornalista, Orlando Castro é, no mínimo estranho, que isso aconteça.
Não é que se queira levantar suspeições quanto à honorabilidade dos homens e mulheres, mesmo sendo membros governamentais, já de si estranho, que vão verificar, fechar e lacrar as urnas.
Mas manda o bom senso e a clara democraticidade que as urnas devem ser fechadas e lacradas no local de votação e depois de verificadas pelos observadores, sejam partidários – que devem estar sempre presentes até para reafirmarem a civilidade do acto –, governamentais ou internacionais.
E também manda a clareza do voto que as urnas sejam, se possível, transparentes para que o eleitor veja com os seus próprios olhos, ou quem juridicamente os acompanhe, que o seu boletim de voto entrou efectivamente na urna.
Agora, opacos e previamente lacrados antes de chegarem aos locais de voto?… Hum...

13 agosto 2008

Os Jogos do tudo ou do nada com uma velhinha doutrina à vista?

(A imagem da nova Rússia?; foto via Google)

Tal como muitos milhões que não puderam, ou não quiseram, se deslocar à China, fui maravilhado com o esplendor e a beleza da Cerimónia de Abertura. Só que…
Como o jornalista Bissau-guineense Aly Silva realça, a China é reconhecida como a "
maior falsificadora" de produtos, principalmente, de grande marcas.
Para que a sua fama não ficasse beliscada até a Cerimónia teve de ser "falsificada" ou pré-gravada, pelo menos em algum aspectos, como se pode ler aqui e, pasme-se se puder pelas razões evocadas!, aqui ou aqui.
Mas para que os jogos não se fiquem só pelas falsidades cénicas, até seria o menos, também as há na parte desportiva e já vem de há muitos anos.
Há atletas que mudam de nacionalidade porque os novos países lhes dão condições desportivas e, ou, de trabalho que os originais não conseguem fazê-lo; e há aqueles que mudam só para poderem competir nos Jogos, como parece ter sido o caso da
equipa georgiana de voleibol de praia, de ascendência brasileira e que só foi duas vezes ao País.
Agora utilizar isto como arremesso político, só de
maus desportistas e, ou, do complexo de pequenez ou a assumpção da "nova/velhinha" doutrina da soberania limitada da "nova" Rússia Império-Federal e do novo "Rasputin" russo (só lhe falta o "Ras" porque o resto está lá bem evidente) que a NATO deixou, e com muita e cínica clareza, reemergir!

12 agosto 2008

Angola, e a campanha lá vai…

(ximunado daqui)
Se alguém esperava uma campanha clara e objectiva parece, ao fim de oito dias, que bem pode continuar sentadinho a esperar por ela.
A fazer fé nos órgãos de comunicação social independentes a campanha tem pautado pela fraca qualidade exceptuando o MPLA (porque será?, ao ponto d’A Capital escrever em manchete “Riam-se camaradas” e já parecer que ganhou ao ponto de já fazer
convites para cargos ministeriais ou de colocar “personalidades” à margem…) e a UNITA (esta só na rádio – de qualquer forma pode-se aquilatar da qualidade na TV através do portal Unitaeleições). Tudo o resto parece ser um deserto de ideias apesar de muito “gritarem” por Deus.
E por falar em deserto, há quem não goste de ver as suas vistas “ofuscadas” por bandeiras de outros partidos que não o seu. Boavida Neto, governador provincial do Namibe e dirigente local do MPLA, acusou partidos oposicionistas, nomeadamente UNITA, PRS e PLD de colocarem bandeiras e material de propaganda perto ou à frente da delegação provincial do MPLA. Como a Lei parece omissa quanto à disposição do material de propaganda, talvez fazer o que Orlando Castro preconiza e que eu ximunei “
bandeiras da oposição só no deserto”. Mas também na cidade da Kianda andam a retirar propaganda da oposição.
Mas se não se pode colocar bandeiras em certos “sagrados” lugares, também há quem pense que não se deve fazer propaganda nos “seus” domínios. Um
soba, perto do município da Maquela do Zombo, decidiu agredir simpatizantes da UNITA que estava a fazer uma passeata pelo município. E bem pode pregar o Presidente para que haja sã convivência ou o Primeiro-ministro afirmar que as eleições vão ser “transparentes, livres e justas”.
É que a Igreja Católica parece não esperar grandes avanços nas mentalidades de certos “angolanos” (talvez daqueles que se
achem mais que os outros) embora já apelando, através da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) que os eleitores votem sem temores e a dêem uma clara resposta aos políticos “de que não desejam a guerra”.
Mas, ainda assim, parece que o partido dos camaradas não se sente tão bem implantado. Só assim se explica o
boicote que fizeram à campanha da UNITA em Cabinda.
Depois de um início algo comprometedor, nomeadamente na altura da pré-campanha e da recolha de listas, ou a
detenção, estranha, em Luanda, no Rangel, de 13 militantes do PADEPA que estavam a pedir o voto na UNITA, parece que a Polícia está a fazer agora um excelente papel de moderador e de conciliador.
Só não se entende a detenção esta segunda feira do Vice-presidente do congresso e comunidades angolanas na África do Sul (CECA), Miguel Fernandes, quando estava a apoiar os citados militantes do PADEPA que deram o seu apoio à UNITA. Segundo as autoridades estas personalidades traziam consigo material e panfletos que “incentivavam a violência”. Só que a juíza a quem foram presentes considerou que não reconhecendo que os mesmos “
estavam no seu direito e uso das suas liberdades políticas em fase de campanha eleitoral que ocorre em território nacional”.
E assim vai a campanha ao oitavo dia.
Ah! e já agora, se não for demais, é possível que me informe se – e quando – a TPA Internacional (que também já é visível nos continentes Americano e Africano) está a transmitir a campanha eleitoral? até agora ainda nada vi, mas como não estou constantemente a ver a televisão e não há sinais de programação, nem no portal... Ou será que como a Diáspora não vota não tem direito a conhecer os programas eleitorais dos próximos Governantes nacionais?
É que Angola espera pela Mudança e gostaríamos, mesmo os que estão fora, de conhecer melhor quem nos vai Governar! Sejam quem for que seguro o galo…

Angola nas Olimpíadas de Beijing - II

(Carlos Morais em imagem via TV; ©Elcalmeida)
E a prestação das nossa equipas nos Jogos Olímpicos de Beijing 2008 continuam a não pautar por sorrisos…
Na segunda jornada o seleccionado feminino de Andebol voltou a perder, para o Grupo A, desta feita com as vice-campeãs do mundo, por 17-31, com 6-14 ao intervalo.
Na terceira jornada as comandadas por Vivaldo Eduardo vão defrontar as anfitriãs da R.P.China.
Já em Basquetebol a secreta esperança da surpresa só ficou pela metade.
Os homens de Ginguba conseguiram evitar que o seleccionado dos EUA não chegassem a chapa 100 e perderem por menos de 30 pontos como muitos já preconizavam como impossível de conseguirem.
Angola, que conseguiu colocar em jogo o melhor marcador da partida (na foto, com 24 pontos) perdeu por “somente” 97-76. Na próxima jornada os campeões africanos confrontarão a China.
Em Voleibol de Praia nova derrota da dupla angolana (Fernandes/Morais), desta feita frente a uma equipa australiana e, novamente, por 2-0 com os parciais de 15-21 e 9-21, devendo terminar a sua prestação amanhã frente a uma dupla georgiana.

África nas Olimpíadas de Beijing

(Beijing 2008)
Quanto aos diferentes seleccionados africanos nos JO2008 destacam-se:
Em Basquetebol feminino, também as campeãs africanas, o Mali, não se tem pautado pela regularidade como comprovam os resultados negativos. Perdeu na primeira jornada com a Nova Zelândia (72-76) e com a República Checa (81-47), defrontando, amanhã, as senhoras dos EUA.
Já em Andebol, o Egipto (homens) mostra querer mostrar que a modalidade em África está bem. Empatou na primeira jornada a 23 golos com a Dinamarca e perdeu com a Rússia por 28-27 na segunda jornada. A próxima jornada oporá os Faraós à Alemanha.
Em Futebol feminino, a Nigéria, defrontou na primeira jornada a Coreia do Norte e perdeu por 1-0, empatando a 0-0 com a Holanda na segunda jornada, voltou a perder na terceira jornada por 1-o com a Alemanha e venceu o Japão por 2-1 na 4ª e última jornada do seu Grupo F (incompreensível que os seleccionados femininos tenham efectuado quatro jogos em quase outros tantos dias consecutivos; só entre a 2ª e 3ª jornada houve um dia de descanso). Hoje baqueou frente à candidata Brasil por 3-1. A próxima jornada, amanhã (mais dois jogos seguidos; talvez resultado da pouca importância que a FIFA dá aos JO’s) oporá as nigerianas aos EUA.
Já no Futebol masculino o continente africano está representado pela Costa do Marfim (Cote d’Ivoire), no Grupo A, Nigéria, Grupo B, e pelos Camarões, no Grupo D, conforme segue:
Costa do Marfim–Argentina (1-2); Costa do Marfim–Sérvia (4-2); Costa do Marfim–Austrália (amanhã)
Nigéria–Holanda (0-0); Nigéria–Japão (2-1); Nigéria–EUA (amanhã);
Camarões–Coreia do Sul (1-1); Camarões–Honduras (1-0); Camarões–Itália (amanhã);
Em Natação destaque a zimbabueana Kirsty Coventry, já com 2 medalhas de prata: nos 400 metros estilos e nos 100 metros costas, conquistada hoje e depois de ontem ter batido o record do Mundo (voltou a ser apurada para a final dos 200 metros estilos com record Olímpico); para a sul-africana Katheryn Meaklim que venceu a sua série em 200 metros mariposa, classificando-se para as meias-finais; o 4º lugar na final de 200 metros livres do sul-africano Jean Basson.
Em Voleibol destaques para o Egipto (homens) e a Argélia (senhoras).
A Argélia baqueou, naturalmente, frente ao Brasil e frente à Sérvia, ambos pelo mesmo resultado (0-3)
Também os egípcios começaram os jogos defrontando o Brasil com o mesmo resultado das argelinas, ou seja, perderam por 0-3; um painel que registou o mesmo resultado frente à Polónia.
Igualmente em Voleibol de Praia feminino o panorama não é melhor. A dupla sul-africana (Augoustides/Nel) somou por derrotas (0-2) os dois confrontos iniciais.
Outras modalidades poderão ser seguidas por aqui clicando na modalidade pretendida ou entrando numa qualquer modalidade acedendo ao rectângulo, no topo ao lado, e escolhendo a respectiva disciplina.