Depois de, na passada semana e em manobras militares, ter testado mais 5 mísseis de curto alcance a Coreia do Norte afirmou hoje que vai suspender o seu programa e colaborar com os norte-americanos, chineses – onde divulgaram a sua intenção (porque seria) –, russos, japoneses e sulcoreanos. De notar que as próximas conversações vão ter lugar com a presença, também, dos norte-coreanos.
Enquanto o senhor Bush – esta decisão caiu como mel em vésperas de eleições nos EUA – saudou a decisão norte-coreana, os japoneses afirmam que só voltam às negociações se Pyongyang abandonar o nuclear, o que não me parece exequível no imediato.
Entretanto os norte-coreanos não se livram das mais absurdas – esperemos que o sejam, para bem da região e da Humanidade, – acusações. A última vem de uma parlamentar sul-coreano que acusa os irmãos do norte de terem cidades secretas onde testam a capacidade humana para o desenvolvimento do nuclear.
Isto, se forem, efectivamente, os norte-coreanos…
31 outubro 2006
30 outubro 2006
Uma questão de risco eleitoral
O dirigente socialista português José Lamego alertou hoje, por acaso na sede de um partido centrista português – o CDS-PP, que, estranhamente, também parece alinhar pela mesma diapasão –, para os efeitos negativos que uma eventual alteração do sistema eleitoral português. Essa alteração poria em causa o “bem” mais precioso do actual panorama político do PS: a sua maioria absoluta.
Sendo o PS membro da Internacional Socialista – de que já teve a presidência –, tal como a Frelimo, o MPLA, e o PAICV, não surpreende que estes três partidos afro-lusófonos tenham certos pruridos quanto toca a ver a sua liderança nacional ser demandada.
É uma mera questão escolar e de ensino bem aplicado…
Sendo o PS membro da Internacional Socialista – de que já teve a presidência –, tal como a Frelimo, o MPLA, e o PAICV, não surpreende que estes três partidos afro-lusófonos tenham certos pruridos quanto toca a ver a sua liderança nacional ser demandada.
É uma mera questão escolar e de ensino bem aplicado…
Estarão os guineenses preparados para o “Gorro”?
O “Gorro Vermelho” regressou à Guiné-Bissau depois de um ano de auto-exílio em Marrocos… e saberá alguém explicar quem custeou esse exílio – segundo alguns devido a doença – do cristão Koumba Yalá, no país dos alauitas?
Chegou e abanou.
Apesar de reafirmar que apoiou o candidato “Nino” Vieira às presidenciais não apoia nem reconhece o Fórum – que por acaso também agrupa o PRS – que sustenta a actual coligação governamental no poder, deixando no ar que esta coligação, apesar de uma prorrogativa presidencial, e por isso legítima, não merece qualquer credibilidade.
Chegou e abanou.
Chegou para se candidatar à chefia do PRS; o tal parceiro no Fórum que sustenta a coligação governamental de “Nino” Vieira, o tal apoiado por Koumba Yalá mas que este não reconhece a tal existência.
Recordam-se quando, em tempos, avisei que ainda iria ver um triunvirato “Nino” Vieira, Koumba Yalá e Francisco Fadul no poder?
Koumba chegou e abanou.
Será que a Guiné-Bissau está preparada para o sustentar?
Chegou e abanou.
Apesar de reafirmar que apoiou o candidato “Nino” Vieira às presidenciais não apoia nem reconhece o Fórum – que por acaso também agrupa o PRS – que sustenta a actual coligação governamental no poder, deixando no ar que esta coligação, apesar de uma prorrogativa presidencial, e por isso legítima, não merece qualquer credibilidade.
Chegou e abanou.
Chegou para se candidatar à chefia do PRS; o tal parceiro no Fórum que sustenta a coligação governamental de “Nino” Vieira, o tal apoiado por Koumba Yalá mas que este não reconhece a tal existência.
Recordam-se quando, em tempos, avisei que ainda iria ver um triunvirato “Nino” Vieira, Koumba Yalá e Francisco Fadul no poder?
Koumba chegou e abanou.
Será que a Guiné-Bissau está preparada para o sustentar?
Se perguntar não ofende…
(pobres ou ricos, isso não interessa, o povo angolano está sempre feliz...)
Se perguntar não ofende – e espera-se que não – como é possível que o OGE-2007 de Angola preveja um crescimento de 31,2% e uma inflação de 10% quando os indicadores sociais afirmam que há 68% de angolanos a subsistirem abaixo do limiar da pobreza e o país está no 164º de Índice de Desenvolvimento Humano (entre 175 países).
E, já agora, não estará Angola muito dependente do petróleo, uma das matérias-primas mais voláteis no que toca a preços de produção?!
Angola deve – TEM – de procurar outras alternativas que suportem o seu crescimento!!! A começar no desenvolvimento da sua melhor matéria-prima: os cidadãos Angolanos.
Ah!! e já agora, saúda-se o facto de Angola já ter pago, na íntegra, a sua dívida à Rússia. E se perguntar não ofende – e espera-se que não – foi por isso, e não pela cólera, que Putin não visitou Angola quando previsto?
Se perguntar não ofende – e espera-se que não – como é possível que o OGE-2007 de Angola preveja um crescimento de 31,2% e uma inflação de 10% quando os indicadores sociais afirmam que há 68% de angolanos a subsistirem abaixo do limiar da pobreza e o país está no 164º de Índice de Desenvolvimento Humano (entre 175 países).
E, já agora, não estará Angola muito dependente do petróleo, uma das matérias-primas mais voláteis no que toca a preços de produção?!
Angola deve – TEM – de procurar outras alternativas que suportem o seu crescimento!!! A começar no desenvolvimento da sua melhor matéria-prima: os cidadãos Angolanos.
Ah!! e já agora, saúda-se o facto de Angola já ter pago, na íntegra, a sua dívida à Rússia. E se perguntar não ofende – e espera-se que não – foi por isso, e não pela cólera, que Putin não visitou Angola quando previsto?
Eleições em Angola...
A ironia crítica e pertinaz de Orlando Castro patente nesta crónica publicada no Notícias Lusófonas “Congo apela à calma após eleições angolanas de domingo” glosando as eleições deste fim-de-semana na República Democrática do Congo.
A ler, divertir e sonhar com aquilo que todos os angolanos – ou quase todos – sonham desde a PAZ: as eleições!!!
A ler, divertir e sonhar com aquilo que todos os angolanos – ou quase todos – sonham desde a PAZ: as eleições!!!
29 outubro 2006
Brasil e R.D.Congo dois diferentes estilos em confronto
(Protestos em Bruxelas contra Kabila – imagem ©daqui)
Como serão dirimidas as duas crises* que, por certo – mais numa que em outra –, no próximo fim-de-semana se irão manifestar.
E ambas através das 2ªs voltas (ou turno) para as presidenciais.
Uma, lado ocidental do Atlântico, entre o proletário, entretanto aboletado ao consumismo e ao capitalismo, Lula da Silva e o capitalista, entretanto aderente das boas-maneiras e da transparência – será por causa da Opus Dei? –, Geraldo Alckmin.
No outro caso, na outra margem, são (serão????) as eleições na República Democrática do Congo – que, por acaso, terá observadores nas eleições brasileiras… (é por causa do avançado sistema electrónico brasileiro; o que é que pensavam?!?!) – que oporá o actual presidente-herdeiro, Joseph Kabila – e apoiado pelos governos angolano, namibiano e zimbabueano –, ao seu antigo vice-presidente e líder de uma das facções que esteve em guerra, Jean-Pierre Bemba – que, por mero acaso, ainda goza do apoio do Uganda, Burundi e Ruanda.
Se no primeiro caso a dúvida está em saber como irão votar os brasileiros, nomeadamente, os indecisos – o voto é obrigatório no Brasil –, e se os tucanos conseguirão destronar o populismo, já no caso dos congoleses a dúvida está em saber como os “seus apoiantes” irão acolher o resultado das eleições. Dos “reais” candidatos, dizem as Crónicas recentes, não reza a História. Serão os “virtuais” quem mais as irão apreciar.
Se no Brasil a disputa eleitoral procura, claramente, o voto do povão, já na R.D. do Congo a campanha está na busca e na consolidação dos apoios vizinhos.
Se no Brasil a dúvida estará em saber com quem o boliviano Morales vai ter de negociar, quer por causa dos aquartelamentos fronteiriços apoiados pela Venezuela, quer por causa das nacionalizações petrolíferas, no caso congolês a dúvida está em saber se o candidato vencedor conseguirá calar a oposição dos governos hostis e impedir a fragmentação da República Democrática do Congo.
Tanto num caso, como no outro, a estabilidade política interna – e no caso congolês, também militar – poderá (vai) condicionar a estabilidade política, social e militar dos países vizinhos.
*(texto escrito em 26-Out-2006, com título inicial "E por falar em crises…")
Como serão dirimidas as duas crises* que, por certo – mais numa que em outra –, no próximo fim-de-semana se irão manifestar.
E ambas através das 2ªs voltas (ou turno) para as presidenciais.
Uma, lado ocidental do Atlântico, entre o proletário, entretanto aboletado ao consumismo e ao capitalismo, Lula da Silva e o capitalista, entretanto aderente das boas-maneiras e da transparência – será por causa da Opus Dei? –, Geraldo Alckmin.
No outro caso, na outra margem, são (serão????) as eleições na República Democrática do Congo – que, por acaso, terá observadores nas eleições brasileiras… (é por causa do avançado sistema electrónico brasileiro; o que é que pensavam?!?!) – que oporá o actual presidente-herdeiro, Joseph Kabila – e apoiado pelos governos angolano, namibiano e zimbabueano –, ao seu antigo vice-presidente e líder de uma das facções que esteve em guerra, Jean-Pierre Bemba – que, por mero acaso, ainda goza do apoio do Uganda, Burundi e Ruanda.
Se no primeiro caso a dúvida está em saber como irão votar os brasileiros, nomeadamente, os indecisos – o voto é obrigatório no Brasil –, e se os tucanos conseguirão destronar o populismo, já no caso dos congoleses a dúvida está em saber como os “seus apoiantes” irão acolher o resultado das eleições. Dos “reais” candidatos, dizem as Crónicas recentes, não reza a História. Serão os “virtuais” quem mais as irão apreciar.
Se no Brasil a disputa eleitoral procura, claramente, o voto do povão, já na R.D. do Congo a campanha está na busca e na consolidação dos apoios vizinhos.
Se no Brasil a dúvida estará em saber com quem o boliviano Morales vai ter de negociar, quer por causa dos aquartelamentos fronteiriços apoiados pela Venezuela, quer por causa das nacionalizações petrolíferas, no caso congolês a dúvida está em saber se o candidato vencedor conseguirá calar a oposição dos governos hostis e impedir a fragmentação da República Democrática do Congo.
Tanto num caso, como no outro, a estabilidade política interna – e no caso congolês, também militar – poderá (vai) condicionar a estabilidade política, social e militar dos países vizinhos.
*(texto escrito em 26-Out-2006, com título inicial "E por falar em crises…")
27 outubro 2006
31 anos depois…
… África continua a ajudar as finanças portuguesas.
De facto, com a venda de 67% do capital da hidroeléctrica da Cahora Bassa aos Estado moçambicano por 950 milhões de dólares (cerca de 750 milhões de euros) Portugal irá reduzir substancialmente a sua dívida pública.
E quem se vai rir com isto são os chineses que já disseram estar interessados em explorar o complexo hidroeléctrico da província de Tete.
Memórias de um guerrilheiro
Já vários, aqui neste meio que é a blogosfera, analisaram as memórias e as reflexões de Alcides Sakala no diário – assim o chama o autor –, “Memórias de Um Guerrilheiro”, em particular a pouco cuidada revisão de texto que contraria o habitual cuidado que caracteriza as obras publicadas pela editora Publicações D. Quixote.
São as memórias de um “guerrilheiro pelas circunstâncias, diplomata por profissão, [e] humanista por carácter e formação” – como escreveu Maria Antónia Palla, no prefácio – que relatam as operações militares entre Dezembro de 1998 e Março de 2002 e a sua natural apologia política sem, no entanto, deixar cair o humanismo descrito pela prefaciadora.
E esse humanismo está patente num trecho do texto publicado no Malambas.
Uma obra para ler, com o cuidado que a mesma exige – não esquecer que foi escrita em condições difíceis e sob um prisma político-militar complexo – para o natural estudo da moderna História de Angola.
Um obra vista e sentida pelo outro lado da barricada. E por isso mesmo não deve ficar esquecida, pelos cientistas sociais e pelos analistas e politólogos, nas prateleiras de uma qualquer estante.
São as memórias de um “guerrilheiro pelas circunstâncias, diplomata por profissão, [e] humanista por carácter e formação” – como escreveu Maria Antónia Palla, no prefácio – que relatam as operações militares entre Dezembro de 1998 e Março de 2002 e a sua natural apologia política sem, no entanto, deixar cair o humanismo descrito pela prefaciadora.
E esse humanismo está patente num trecho do texto publicado no Malambas.
Uma obra para ler, com o cuidado que a mesma exige – não esquecer que foi escrita em condições difíceis e sob um prisma político-militar complexo – para o natural estudo da moderna História de Angola.
Um obra vista e sentida pelo outro lado da barricada. E por isso mesmo não deve ficar esquecida, pelos cientistas sociais e pelos analistas e politólogos, nas prateleiras de uma qualquer estante.
RSF, China 1 - Imprensa 0
“A imprensa deve «orientar a opinião pública» de acordo com o Partido Comunista Chinês (PCCh) e o Governo”, e contribuir para “para a construção de uma «sociedade harmoniosa», divulgando os textos do presidente Hu Jintao”; assim determina o chefe do departamento de propaganda do partido, Li Changchun, em conversa com os directores dos meios de comunicação chineses, país onde se regista o maior número de detenções de jornalistas por publicarem textos “não autorizados” na Internet.
Agora se percebe porque a R.P.China tem Angola como o maior parceiro comercial de África…
E eu a pensar que se devia ao petróleo; às obras públicas – que estão em (in)movimento – ou à electrificação da cidade de Luanda.
Nada disso. Basta ver o panorama comunicacional angolano que coloca o país no 91º (era 76º, em 2005) lugar no ranking de “liberdade de imprensa”, ainda assim, um pouco melhor que a China (163º).
E já agora, em talhe de foice, registe-se as posições dos restantes países lusófonos que passaram despercebidos na maioria dos órgãos informativos portugueses:
Portugal 12º (era 23º, em 2005); Cabo Verde, 45º (29º, em 2005); Moçambique 47º (49º); Guiné-Bissau 63º (72º); Brasil 75º (63º); Timor Lorosae 83º (58º); São Tomé e Príncipe (não classificado, o que se estranha).
A Namíbia (26º, melhorou 1 posição ) é o país africano onde se regista a imprensa mais livre, enquanto, pasme-se, os EUA não vão além dos 55º (era 44º, em 2005) e a Rússia está no 147º bem atrás de alguns países africanos e asiáticos tidos por “maus leitores”.
A Eritreia (166º) e a Coreia do Norte (167º) são os países mais repressores dos meios de Comunicação Social.
Agora se percebe porque a R.P.China tem Angola como o maior parceiro comercial de África…
E eu a pensar que se devia ao petróleo; às obras públicas – que estão em (in)movimento – ou à electrificação da cidade de Luanda.
Nada disso. Basta ver o panorama comunicacional angolano que coloca o país no 91º (era 76º, em 2005) lugar no ranking de “liberdade de imprensa”, ainda assim, um pouco melhor que a China (163º).
E já agora, em talhe de foice, registe-se as posições dos restantes países lusófonos que passaram despercebidos na maioria dos órgãos informativos portugueses:
Portugal 12º (era 23º, em 2005); Cabo Verde, 45º (29º, em 2005); Moçambique 47º (49º); Guiné-Bissau 63º (72º); Brasil 75º (63º); Timor Lorosae 83º (58º); São Tomé e Príncipe (não classificado, o que se estranha).
A Namíbia (26º, melhorou 1 posição ) é o país africano onde se regista a imprensa mais livre, enquanto, pasme-se, os EUA não vão além dos 55º (era 44º, em 2005) e a Rússia está no 147º bem atrás de alguns países africanos e asiáticos tidos por “maus leitores”.
A Eritreia (166º) e a Coreia do Norte (167º) são os países mais repressores dos meios de Comunicação Social.
26 outubro 2006
Mais juízes lusófonos para Timor-Lorosae!?!?!
Ou me engano muito o presidente do Parlamento Nacional timorense (e da Fretilin), Francisco Guterres "Lu-Olo", não verá as eleições de 20 de Maio de 2007 na sua actual cadeira.
Ter o desplante de questionar um relatório independente da ONU sobre a violência ao afirmar que, sejam eles quem forem, mas venham mais juízes lusófonos…
Tudo porque o citado relatório – o tal que na prática pariu um rato – elaborado pela comissão independente liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, recomenda, entre outros itens e, especificamente, “nos parágrafos 204 e 205, que a fluência em língua portuguesa, requerida nos concursos promovidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para o preenchimento dos lugar de juiz, procurador ou defensor, seja aplicada de forma mais flexível”.
“Lu-Olo” ou é louco, ou quer ir de férias mais cedo, ou então …
Ter o desplante de questionar um relatório independente da ONU sobre a violência ao afirmar que, sejam eles quem forem, mas venham mais juízes lusófonos…
Tudo porque o citado relatório – o tal que na prática pariu um rato – elaborado pela comissão independente liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, recomenda, entre outros itens e, especificamente, “nos parágrafos 204 e 205, que a fluência em língua portuguesa, requerida nos concursos promovidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para o preenchimento dos lugar de juiz, procurador ou defensor, seja aplicada de forma mais flexível”.
“Lu-Olo” ou é louco, ou quer ir de férias mais cedo, ou então …
Eduardo dos Santos quer empenho
(imagem daqui)
O senhor presidente de Angola, Engenheiro José Eduardo dos Santos, durante a tomada de posse dos novos vice-ministros da Defesa e do Interior, respectivamente, general Agostinho Nelumba "Sanjar" e Eduardo Ferreira Martins, solicitou ao entretanto empossado novo Chefe do Estado Maior General (CEMG) das Forças Armadas Angolanas (FAA), general Francisco Pereira Furtado, maior empenho das FAA “…no processo de organização, gestão e no sistema de vigilância e defesa nacional, que garanta a segurança necessária para o desenvolvimento económico e social do país” dado que, como o presidente salientou “…somos todos servidores do Estado, (...) sabemos que o Estado existe para servir o povo e não tenho dúvidas que vós colocareis os interesses nacionais acima de tudo, contribuindo para a consolidação da paz, a reconciliação nacional, democracia e o bem-estar de todos”.
Bonitas palavras!!
Como escreveu Orlando Castro, por certo que o povão, embora ainda que de barriga vazia, apreciou de sobremaneira estas tão singelas quanto virtuosas palavras.
Só que o povão não pode continuar a sustentar-se de palavras bonitas, oportunas mas… que não enchem os copos de caporroto ou marufu, nem as panelas de funji ou kizaka e, muito menos, de muzonguê com que alimentarão os seus filhos.
Nem, tão-pouco, farão o PAM manter-se no país…
Mas que elas foram oportunas e sábias, foram…
O senhor presidente de Angola, Engenheiro José Eduardo dos Santos, durante a tomada de posse dos novos vice-ministros da Defesa e do Interior, respectivamente, general Agostinho Nelumba "Sanjar" e Eduardo Ferreira Martins, solicitou ao entretanto empossado novo Chefe do Estado Maior General (CEMG) das Forças Armadas Angolanas (FAA), general Francisco Pereira Furtado, maior empenho das FAA “…no processo de organização, gestão e no sistema de vigilância e defesa nacional, que garanta a segurança necessária para o desenvolvimento económico e social do país” dado que, como o presidente salientou “…somos todos servidores do Estado, (...) sabemos que o Estado existe para servir o povo e não tenho dúvidas que vós colocareis os interesses nacionais acima de tudo, contribuindo para a consolidação da paz, a reconciliação nacional, democracia e o bem-estar de todos”.
Bonitas palavras!!
Como escreveu Orlando Castro, por certo que o povão, embora ainda que de barriga vazia, apreciou de sobremaneira estas tão singelas quanto virtuosas palavras.
Só que o povão não pode continuar a sustentar-se de palavras bonitas, oportunas mas… que não enchem os copos de caporroto ou marufu, nem as panelas de funji ou kizaka e, muito menos, de muzonguê com que alimentarão os seus filhos.
Nem, tão-pouco, farão o PAM manter-se no país…
Mas que elas foram oportunas e sábias, foram…
Somália e Etiópia em perigosa rota de colisão
(imagem ©daqui)
Fui alertado por um apontamento de Carlos Narciso, no Blogda-se, sobre a possível guerra entre uma das facções guerreiras da Somália e a Etiópia, conforme ele pode constatar no sítio da Aljazeera.net.
Também o sítio do semanário português Sol faz referência a este assunto.De facto, e de acordo com o primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, desde há umas semanas que se registam confrontos entre forças regulares etíopes e guerrilheiros da União dos Tribunais Islâmicos (UTI) que, segura e paulatinamente, estão a ganhar terreno e conquistar cidades à Coligação dos Senhores da Guerra, agora elevados à categoria de protectores do Ocidente, liderados por Abdullah Yusuf, como presidente do Governo Nacional de Transição, e que conta, também, com o apoio de soldados etíopes.
Como a Eritreia, que mantém há uns anos um conflito surdo com a Etiópia, parece apoiar os guerrilheiros da UTI – e não esquecer que foram os sunitas e alguns xiitas que apoiaram a Frente Eritreia de Libertação Nacional na sua luta separatista contra a Etiópia – é de prever uma escalada no conflito.
Não esquecer que a Etiópia ficou sem a sua ancestral saída marítima e que, não poucas vezes, tem reclamado algumas parcelas somalis. O contrário também é verdade; relembremos o deserto de Ogaden e do conflito de 1977.
E, provavelmente, o assunto não ficará por aí.
Djibuti, onde estão estacionadas tropas francesas deverá estar a sentir as costas demasiado quentes. Ora o antigo território dos Afars e dos Issas que também estão disseminados pela Etiópia e pela Somália poderá vir a ser um “prato” delicioso para, por um lado, os etíopes terem uma saída para o Mar e, por outro, os somalis aproveitarem para levar a “jihad” o mais longe possível.
Ora quem dominar a entrada do golfo dominará o Corno de África e todas as rotas marinhas da região, em particular o Golfo de Aden e o sacrificado e discutido estreito de Bad el Mandeb.
E, aqui, por certo, entrarão os sauditas, iemenitas, egípcios e… israelitas e americanos.
Fui alertado por um apontamento de Carlos Narciso, no Blogda-se, sobre a possível guerra entre uma das facções guerreiras da Somália e a Etiópia, conforme ele pode constatar no sítio da Aljazeera.net.
Também o sítio do semanário português Sol faz referência a este assunto.De facto, e de acordo com o primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, desde há umas semanas que se registam confrontos entre forças regulares etíopes e guerrilheiros da União dos Tribunais Islâmicos (UTI) que, segura e paulatinamente, estão a ganhar terreno e conquistar cidades à Coligação dos Senhores da Guerra, agora elevados à categoria de protectores do Ocidente, liderados por Abdullah Yusuf, como presidente do Governo Nacional de Transição, e que conta, também, com o apoio de soldados etíopes.
Como a Eritreia, que mantém há uns anos um conflito surdo com a Etiópia, parece apoiar os guerrilheiros da UTI – e não esquecer que foram os sunitas e alguns xiitas que apoiaram a Frente Eritreia de Libertação Nacional na sua luta separatista contra a Etiópia – é de prever uma escalada no conflito.
Não esquecer que a Etiópia ficou sem a sua ancestral saída marítima e que, não poucas vezes, tem reclamado algumas parcelas somalis. O contrário também é verdade; relembremos o deserto de Ogaden e do conflito de 1977.
E, provavelmente, o assunto não ficará por aí.
Djibuti, onde estão estacionadas tropas francesas deverá estar a sentir as costas demasiado quentes. Ora o antigo território dos Afars e dos Issas que também estão disseminados pela Etiópia e pela Somália poderá vir a ser um “prato” delicioso para, por um lado, os etíopes terem uma saída para o Mar e, por outro, os somalis aproveitarem para levar a “jihad” o mais longe possível.
Ora quem dominar a entrada do golfo dominará o Corno de África e todas as rotas marinhas da região, em particular o Golfo de Aden e o sacrificado e discutido estreito de Bad el Mandeb.
E, aqui, por certo, entrarão os sauditas, iemenitas, egípcios e… israelitas e americanos.
25 outubro 2006
Lixos para que os fez…
©dis
Curiosa a polémica política em são Tomé e Príncipe sobre a hipotética presença – mas não impossível – de lixos tóxicos em navios que estão fundeados ao largo do país.
De um lado o MLSTP a afirmar – sem provas consistentes – que os navios estão carregados de lixos tóxicos provenientes dos países industrializados – não seria de surpreender, já que é habitual esta prática em empresas do Ocidente e do leste Europeu (o caixote de lixo dos meus vizinhos é melhor que o meu) para África – enquanto as autoridades portuárias e governamentais afirmam que os lixos nos navios são domésticos.
Irra!!! Agora até os domésticos são exportáveis.
Bom!!! se for para fazer energia eléctrica que é mais barata que a proveniente da do petróleo e que faz sair divisas do país então porque não deixam entrar esse “lixo”?
E, por outro lado, há relativamente pouco tempo, barcos carregados de resíduos tóxicos que se destinavam a Costa do Marfim, e já depois da última polémica que levou à demissão do Governo no país, foram impedidos de entrar em águas territoriais costamarfinenses e o navio responsável – só que a culpa não foi unicamente do navio transportador mas, também, de uma empresa costamarfinense que em vez de incinerar, procedeu ao seu enterro – pelo desastre de Abidjan imobilizado na Estónia.
Curiosa a polémica política em são Tomé e Príncipe sobre a hipotética presença – mas não impossível – de lixos tóxicos em navios que estão fundeados ao largo do país.
De um lado o MLSTP a afirmar – sem provas consistentes – que os navios estão carregados de lixos tóxicos provenientes dos países industrializados – não seria de surpreender, já que é habitual esta prática em empresas do Ocidente e do leste Europeu (o caixote de lixo dos meus vizinhos é melhor que o meu) para África – enquanto as autoridades portuárias e governamentais afirmam que os lixos nos navios são domésticos.
Irra!!! Agora até os domésticos são exportáveis.
Bom!!! se for para fazer energia eléctrica que é mais barata que a proveniente da do petróleo e que faz sair divisas do país então porque não deixam entrar esse “lixo”?
E, por outro lado, há relativamente pouco tempo, barcos carregados de resíduos tóxicos que se destinavam a Costa do Marfim, e já depois da última polémica que levou à demissão do Governo no país, foram impedidos de entrar em águas territoriais costamarfinenses e o navio responsável – só que a culpa não foi unicamente do navio transportador mas, também, de uma empresa costamarfinense que em vez de incinerar, procedeu ao seu enterro – pelo desastre de Abidjan imobilizado na Estónia.
Confrontos em Dili continuam
Desde este fim-de-semana que Dili tem sido palco de continuados confrontos com vítimas mortais.
E não parece que seja efeitos do relatório independente da ONU sobre a crise – ainda não terminada – de Maio passado.
Primeiro foram confrontos entre grupos rivais – infelizmente já se tornaram habituais sem que as forças de segurança as impeça –, depois as palavras de Ramos Horta de visita ao Papa, agora foi em Dili, perto do aeroporto com dois mortos timorenses e dois feridos da GNR.
Mas o que é interessante, e se de interessante se pode classificar esta situação, os últimos confrontos deveram-se à presença daqueles que o senhor Ramos Horta quer no país e à frente de uma força regional: os australianos.
De acordo com notícias de Timor-Lorosae, “…os deslocados, que exigem a retirada do país das tropas australianas, acusando-as de nada fazerem para garantirem a segurança”.
Pois é!!!
O apoio logístico de muitos anos e as aulas nas Universidades australianas começam a serem bem pagos…
Por outro lado com a crise continuada que o país atravessa não surpreende que o FMI afirme que a economia tenha sido fortemente afectada.
E atrás de uma crise económica, ou devido a ela,…
24 outubro 2006
A Lei do Oeste americano…
(imagem ©daqui)
… “atira primeira e pergunta depois”.
Só assim se entende o que se passou no Iraque entre militares americanos e bombeiros iraquianos.
Depois vem o senhor Bush dizer que deseja “desintoxicar a política” por, na actual campanha para o senado e congresso, os democratas procurarem forçar uma saída rápida do Iraque…
… “atira primeira e pergunta depois”.
Só assim se entende o que se passou no Iraque entre militares americanos e bombeiros iraquianos.
Depois vem o senhor Bush dizer que deseja “desintoxicar a política” por, na actual campanha para o senado e congresso, os democratas procurarem forçar uma saída rápida do Iraque…
Acordo de incidência militar entre a Bolívia e Venezuela
(imagem ©daqui)
Interessante a análise referida no Global Voices sobre o acordo militar entre a Venezuela e Bolívia (Acuerdo de Cooperación Técnica en Materia de Defensa com bolivia)que permite o estabelecimento de bases militares venezuelanas nas fronteiras bolivianas com os seus vizinhos, em particular com o Paraguay (Puerto Quijaro) e Brasil( El Prado).
Mas a Bolívia prevê estabelecer 24 novas bases nas fronteiras com o Perú, Chile, Brasil, Paraguay e Argentina.
Interessante a análise referida no Global Voices sobre o acordo militar entre a Venezuela e Bolívia (Acuerdo de Cooperación Técnica en Materia de Defensa com bolivia)que permite o estabelecimento de bases militares venezuelanas nas fronteiras bolivianas com os seus vizinhos, em particular com o Paraguay (Puerto Quijaro) e Brasil( El Prado).
Mas a Bolívia prevê estabelecer 24 novas bases nas fronteiras com o Perú, Chile, Brasil, Paraguay e Argentina.
TAAG faz jus ao símbolo?
Em vez de voar, limita-se a ficar por terra como as Palancas Negras que simbolizam a Companhia?
Que se passa com a manutenção das aeronaves da TAAG?
Depois de, na semana passada, alguns aviões que faziam as ligações domésticas e regionais, terem de ficar em terra por deficiências no sector de manutenção – segundo parece por ordens do Instituto Nacional de Aviação Civil –, o Boeing 747 que fazia a ligação Lisboa-Luanda teve de aterrar 15 minutos depois devido a uma emergência resultante de um problema técnico (uma rádio terá dito que foi uma deficiência no motor 2).
Mas, verdade seja dita, e ao contrário de outras companhias, a TAAG precaveu o desconforto dos passageiros…
Note-se que, há cerca de 1 ano, e no sentido contrário, também um 747 provocou problemas no aeroporto "4 de Fevereiro", em Luanda.
Por outro lado estranha-se que a manutenção da TAP, segundo me pareceu ouvir (RTP dixit) - o que se estranha, provavelmente fui eu que ouvi mal, espero, - só esteja preparada para os Airbus europeus, quando, como se sabe, o aeroporto de Lisboa é frequentado também por aparelhos Boeing, entre outros.
Que se passa com a manutenção das aeronaves da TAAG?
Depois de, na semana passada, alguns aviões que faziam as ligações domésticas e regionais, terem de ficar em terra por deficiências no sector de manutenção – segundo parece por ordens do Instituto Nacional de Aviação Civil –, o Boeing 747 que fazia a ligação Lisboa-Luanda teve de aterrar 15 minutos depois devido a uma emergência resultante de um problema técnico (uma rádio terá dito que foi uma deficiência no motor 2).
Mas, verdade seja dita, e ao contrário de outras companhias, a TAAG precaveu o desconforto dos passageiros…
Note-se que, há cerca de 1 ano, e no sentido contrário, também um 747 provocou problemas no aeroporto "4 de Fevereiro", em Luanda.
Por outro lado estranha-se que a manutenção da TAP, segundo me pareceu ouvir (RTP dixit) - o que se estranha, provavelmente fui eu que ouvi mal, espero, - só esteja preparada para os Airbus europeus, quando, como se sabe, o aeroporto de Lisboa é frequentado também por aparelhos Boeing, entre outros.
23 outubro 2006
Artigos no Correio da Semana - mês de Outubro
Dois artigos publicados no semanário santomense “Correio da Semana” sobre "O que se passa na Lusofonia" (em 7 de Outubro) e a "Os 1ºs. jogos da Lusofonia" (a 21 de utubro) e que podem ser acedidos a partir de agora, na minha página pessoal, ou directamente aqui.
Aceitam-se críticas.
Aceitam-se críticas.
Darfur “expulsa” representante da ONU
(imagem ©daqui)
O governo sudanês decidiu expulsar o representante da ONU no país, Jan Pronk, devido à situação em Darfur que, cada vez mais, se está a tornar insuportável para o governo de Cartum.
Não foi em vão que os sudaneses “proibiram” Durão Barroso e a sua comitiva de eurocratas a visitar a região mártir de Darfur como também a situação militar está cada vez mais periclitante para o exército islamita de Cartum com militares a desertarem dos combates.
Lamentável a posição do governo de Djamena, Chade, ao repatriar 130 soldados sudaneses que haviam desertado, entregando-os à morte certa.
Pode ser que assim a Comunidade Internacional, em geral e a União Africana, em particular, se decida a fazer tábua-rasa das atitudes autocráticas do regime de Omar Al-Bashir e force o envio de forças de Paz para a região.
Esperemos!!!
Entretanto, neste fim-de-semana, o presidente do Uganda, Yoweri Museveni, decidiu fazer uma visita ao sul do Sudão, mais concretamente a Juba, onde estão sedeados os líderes do Exército de Resistência do Senhor (LRA) que, e por acaso e apesar de já terem sido amnistiados pelo Governo de Cartum, estão indiciados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra.
O mais grave, na concepção do governo sudanês, não foi o facto – protocolarmente pouco diplomático – do presidente ugandês se ter encontrado com os tais líderes mas não ter passado, primeiro, por Cartum…
O governo sudanês decidiu expulsar o representante da ONU no país, Jan Pronk, devido à situação em Darfur que, cada vez mais, se está a tornar insuportável para o governo de Cartum.
Não foi em vão que os sudaneses “proibiram” Durão Barroso e a sua comitiva de eurocratas a visitar a região mártir de Darfur como também a situação militar está cada vez mais periclitante para o exército islamita de Cartum com militares a desertarem dos combates.
Lamentável a posição do governo de Djamena, Chade, ao repatriar 130 soldados sudaneses que haviam desertado, entregando-os à morte certa.
Pode ser que assim a Comunidade Internacional, em geral e a União Africana, em particular, se decida a fazer tábua-rasa das atitudes autocráticas do regime de Omar Al-Bashir e force o envio de forças de Paz para a região.
Esperemos!!!
Entretanto, neste fim-de-semana, o presidente do Uganda, Yoweri Museveni, decidiu fazer uma visita ao sul do Sudão, mais concretamente a Juba, onde estão sedeados os líderes do Exército de Resistência do Senhor (LRA) que, e por acaso e apesar de já terem sido amnistiados pelo Governo de Cartum, estão indiciados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra.
O mais grave, na concepção do governo sudanês, não foi o facto – protocolarmente pouco diplomático – do presidente ugandês se ter encontrado com os tais líderes mas não ter passado, primeiro, por Cartum…
22 outubro 2006
Jornalistas Angolanos pedem explicações
(uma prova do bom jornalismo ©daqui)
O Sindicato de Jornalista de Angola, pela voz da sua presidente, Luísa Rogério, pediu explicações ao Procurador-Geral da República sobre as causas e os motivos da prisão de Raul Danda detido já há algumas semanas sem que tenha sido formalizada uma nota de culpa precisa e de só agora ter recebido autorização para se avistar com um dos seus advogados.
Algo começa a mudar na mentalidade jornalística angolana, a começar no fim do monopólio estatal da televisão e da rádio.
Será que a regulamentação da nova lei de Imprensa, aprovada em Fevereiro, ainda vem a tempo das eleições legislativas e presidenciais a ocorrer em… (fica em aberto para quando uma data houver!!!!)
O Sindicato de Jornalista de Angola, pela voz da sua presidente, Luísa Rogério, pediu explicações ao Procurador-Geral da República sobre as causas e os motivos da prisão de Raul Danda detido já há algumas semanas sem que tenha sido formalizada uma nota de culpa precisa e de só agora ter recebido autorização para se avistar com um dos seus advogados.
Algo começa a mudar na mentalidade jornalística angolana, a começar no fim do monopólio estatal da televisão e da rádio.
Será que a regulamentação da nova lei de Imprensa, aprovada em Fevereiro, ainda vem a tempo das eleições legislativas e presidenciais a ocorrer em… (fica em aberto para quando uma data houver!!!!)
Taça COSAFA foi para a Zâmbia
Na final da COSAFA Castle Cup os Palancas Negras não conseguiram aumentar o seu palmarés de 3 para 4 taças ao perderem em Lusaka, com a equipa anfitriã, por 2-0.
A primeira derrota desde o Mundial de 2006 dos palancas negras, embora sem o contributo – não pode, nem deve servir de desculpas – dos “emigrantes”.
A Zâmbia igualou Angola e Zimbabwé ao ganhar o troféu pela terceira vez,
A primeira derrota desde o Mundial de 2006 dos palancas negras, embora sem o contributo – não pode, nem deve servir de desculpas – dos “emigrantes”.
A Zâmbia igualou Angola e Zimbabwé ao ganhar o troféu pela terceira vez,
Ministra nigeriana acusa Angola falta de transparência
(imagem ©daqui)
Numa Conferência ocorrida em Oslo, Noruega, e patrocinada pelo Banco Mundial, sob o título Iniciativa para a Transparência da Indústria Extractiva (EITI), a Ministra de Educação da Nigéria, a senhora Obiageli Ezekwesili, terá acusado Angola de ser um dos casos paradigmáticos africanos de falta de transparência e de corrupção referindo ao país como “… um caso acabado de economias em que a abundância dos recursos naturais tem uma enorme preponderância sobre os altos níveis de pobreza aos invés de contribuir para o bem-estar das populações” e só comparável ao antigo Zaire, de Mobutu.
Todas estas acusações foram feitas na presença do vice-Ministro das Finanças de Angola, Job Graça, que, segundo parece, se quedou pelo silêncio.
Não vou defender que não exista corrupção, compadrio, usura e má utilização da coisa pública em Angola.
Mas a Nigéria – onde a primeira-dama chegou a ser uma das mais visadas – vir acusar Angola de corrupção faz lembrar aquele adágio “diz o roto ao nu…”
Numa Conferência ocorrida em Oslo, Noruega, e patrocinada pelo Banco Mundial, sob o título Iniciativa para a Transparência da Indústria Extractiva (EITI), a Ministra de Educação da Nigéria, a senhora Obiageli Ezekwesili, terá acusado Angola de ser um dos casos paradigmáticos africanos de falta de transparência e de corrupção referindo ao país como “… um caso acabado de economias em que a abundância dos recursos naturais tem uma enorme preponderância sobre os altos níveis de pobreza aos invés de contribuir para o bem-estar das populações” e só comparável ao antigo Zaire, de Mobutu.
Todas estas acusações foram feitas na presença do vice-Ministro das Finanças de Angola, Job Graça, que, segundo parece, se quedou pelo silêncio.
Não vou defender que não exista corrupção, compadrio, usura e má utilização da coisa pública em Angola.
Mas a Nigéria – onde a primeira-dama chegou a ser uma das mais visadas – vir acusar Angola de corrupção faz lembrar aquele adágio “diz o roto ao nu…”
20 outubro 2006
Freedom House elogia Cabo Verde e STP
O relatório anual da Freedom House, organismo norte-americano que monitora a liberdade no mundo, afirma que Cabo Verde é o país mais livre de África, só pecando em questão de Comunicação Social (CS) – uma vez mais, os maus da fita – onde é ultrapassado por São Tomé e Príncipe, Mali, África do Sul e Maurícias (tabela dos países).
A pontuação máxima (1.0) foi obtida na rubrica de Direitos Políticos e Liberdades Civis – parece haver aqui alguma incongruência quando a liberdade da CS, que deverá(ia) ter forte peso nesta rubrica, é questionada.
A par de Cabo Verde, as Maurícias está entre os mais dos 60 mais livres.
Entre os países da Lusofonia as classificações da Freedom House (que englobam todos os itens considerados) estão neste ponto:
Mais livres (1,0-2,5): Brasil (Direitos políticos (Dp): 2 e Liberdades cívicas (Lc): 2 – no limite e com ressalvas); Cabo Verde (Dp e Lc: 1); Portugal (Dp e Lc: 1); São Tomé e Príncipe (Dp e Lc: 2 – no limite);
Parcialmente livres (3.0-5.0): Guiné-Bissau (Dp: 3 – com chamada de atenção; Lc: 4); Moçambique (Dp: 3; Lc: 4); Timor-Leste (Dp e Lc:3); Macau (considerado parcialmente livre mas sem pontuação)
Pouco ou nada livres (5.5-7.0): Angola (Dp: 6; Lc: 5 – e depois ainda há quem se surpreenda por Rafael Marques ter ganho o prémio Civil Courage 2006).
Ao longo dos anos os países lusófonos têm registado algumas (infelizmente nem todos) positivas variações conforme se pode perceber neste quadro.
A pontuação máxima (1.0) foi obtida na rubrica de Direitos Políticos e Liberdades Civis – parece haver aqui alguma incongruência quando a liberdade da CS, que deverá(ia) ter forte peso nesta rubrica, é questionada.
A par de Cabo Verde, as Maurícias está entre os mais dos 60 mais livres.
Entre os países da Lusofonia as classificações da Freedom House (que englobam todos os itens considerados) estão neste ponto:
Mais livres (1,0-2,5): Brasil (Direitos políticos (Dp): 2 e Liberdades cívicas (Lc): 2 – no limite e com ressalvas); Cabo Verde (Dp e Lc: 1); Portugal (Dp e Lc: 1); São Tomé e Príncipe (Dp e Lc: 2 – no limite);
Parcialmente livres (3.0-5.0): Guiné-Bissau (Dp: 3 – com chamada de atenção; Lc: 4); Moçambique (Dp: 3; Lc: 4); Timor-Leste (Dp e Lc:3); Macau (considerado parcialmente livre mas sem pontuação)
Pouco ou nada livres (5.5-7.0): Angola (Dp: 6; Lc: 5 – e depois ainda há quem se surpreenda por Rafael Marques ter ganho o prémio Civil Courage 2006).
Ao longo dos anos os países lusófonos têm registado algumas (infelizmente nem todos) positivas variações conforme se pode perceber neste quadro.
Banca Suiça em maré de “limpeza”
(imagem ©daqui)
De acordo com o jornal espanhol “El Pais” os bancos suíços decidiram, de acordo com instruções judiciais, começar a “cativar” – leia-se congelar – ou libertar contas de certas individualidades internacionais, vivas, sobrevivas ou falecidas, no poder ou que com ele estejam ou estivessem relacionados.
De entre os visados por aquele importante órgão espanhol estão personalidades africanas.
Ou porque o Estado suíço tenha mandado devolver aos respectivos Estados os fundos apreendidos desde que se destinam a financiar o desenvolvimento do país e das suas populações; casos das contas de Mobutu cujos fundos que já retornaram ao Congo Democrático – só não sei para que desenvolvimento – ou dos 700 milhões do nigeriano Sani Abacha que, através de um acordo com o Banco Mundial que vai controlar os respectivos fundos, foram devolvidos ao país.
Mas também há aqueles, ainda vivos, a maioria, e no activo, alguns, que terão visto parte, ou no todo, das suas contas congeladas ou investigadas: Nursultan Nazarbaiev , do Cazaquistão; Benazir Bhutto, do Paquistão, e, pasme-se – como isto fosse possível –, o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.
Como é que Eduardo dos Santos pode ter dinheiros na Suiça se o PNUD, segundo matutino português Público, afirma que 70 por cento dos angolanos vivem na miséria; Angola é só o segundo maior produtor de petróleo do Mundo e um dos maiores produtores e exportadores de diamantes…
Sem comentários!!!
De acordo com o jornal espanhol “El Pais” os bancos suíços decidiram, de acordo com instruções judiciais, começar a “cativar” – leia-se congelar – ou libertar contas de certas individualidades internacionais, vivas, sobrevivas ou falecidas, no poder ou que com ele estejam ou estivessem relacionados.
De entre os visados por aquele importante órgão espanhol estão personalidades africanas.
Ou porque o Estado suíço tenha mandado devolver aos respectivos Estados os fundos apreendidos desde que se destinam a financiar o desenvolvimento do país e das suas populações; casos das contas de Mobutu cujos fundos que já retornaram ao Congo Democrático – só não sei para que desenvolvimento – ou dos 700 milhões do nigeriano Sani Abacha que, através de um acordo com o Banco Mundial que vai controlar os respectivos fundos, foram devolvidos ao país.
Mas também há aqueles, ainda vivos, a maioria, e no activo, alguns, que terão visto parte, ou no todo, das suas contas congeladas ou investigadas: Nursultan Nazarbaiev , do Cazaquistão; Benazir Bhutto, do Paquistão, e, pasme-se – como isto fosse possível –, o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.
Como é que Eduardo dos Santos pode ter dinheiros na Suiça se o PNUD, segundo matutino português Público, afirma que 70 por cento dos angolanos vivem na miséria; Angola é só o segundo maior produtor de petróleo do Mundo e um dos maiores produtores e exportadores de diamantes…
Sem comentários!!!
PNUD e o desenvolvimento no relatório 2006
“A Democracia não pertence a nenhum país ou região dado que é um Direito Universal” ou “O planeta não pertence aos que exercem o Poder. Devemos apoiar o Protocolo de Kyoto na medida das nossas capacidades. Cada pequena coisa que façamos, conta”.
Estas são duas das frases-chave que o Relatório anual PNUD, edição de 2006, ora tornado público, nos oferece.
Um relatório onde se encontram incisivas directrizes para os países subdesenvolvidos e, ou, em vias de desenvolvimento, como (i) o fortalecimento da democracia e da governação democrática, onde se ressalva a importância de uma mulher, e pela primeira vez em África, ter ascendido ao mais alto cargo da Nação: a de presidente e, no caso, na Libéria quando Ellen Johnson-Sirleaf venceu as eleições presidenciais. Aqui o PNUD teve um importante papel na ajuda das eleições; (ii) redução da pobreza, com especial realce para o trabalho dos Voluntários da Nações Unidas nesse desiderato e para a melhor redistribuição da riqueza; (iii) prevenção de crises e apoio na reconstrução, sejam aquelas político-militares, sejam as segundas resultantes de catástrofes naturais; (iv) energia e o ambiente; (v) o HIV/SIDA com o Continente africano, nomeadamente na região sub-saariana, a manter a pouco agradável supremacia do mais infectado; (vi) o poder no feminino, porque quanto mais capacidade as mulheres tiverem na gestão dos destinos de uma Nação mais se reflectirá nas gerações seguintes; (vi) criar alianças para o desenvolvimento, porque só estas poderão tirar os países subdesenvolvidos da penúria congénita em que muitos se encontram.
Estas são duas das frases-chave que o Relatório anual PNUD, edição de 2006, ora tornado público, nos oferece.
Um relatório onde se encontram incisivas directrizes para os países subdesenvolvidos e, ou, em vias de desenvolvimento, como (i) o fortalecimento da democracia e da governação democrática, onde se ressalva a importância de uma mulher, e pela primeira vez em África, ter ascendido ao mais alto cargo da Nação: a de presidente e, no caso, na Libéria quando Ellen Johnson-Sirleaf venceu as eleições presidenciais. Aqui o PNUD teve um importante papel na ajuda das eleições; (ii) redução da pobreza, com especial realce para o trabalho dos Voluntários da Nações Unidas nesse desiderato e para a melhor redistribuição da riqueza; (iii) prevenção de crises e apoio na reconstrução, sejam aquelas político-militares, sejam as segundas resultantes de catástrofes naturais; (iv) energia e o ambiente; (v) o HIV/SIDA com o Continente africano, nomeadamente na região sub-saariana, a manter a pouco agradável supremacia do mais infectado; (vi) o poder no feminino, porque quanto mais capacidade as mulheres tiverem na gestão dos destinos de uma Nação mais se reflectirá nas gerações seguintes; (vi) criar alianças para o desenvolvimento, porque só estas poderão tirar os países subdesenvolvidos da penúria congénita em que muitos se encontram.
19 outubro 2006
Machel, 20 anos depois...
Há vinte anos Samora Moisés Machel, presidente de Moçambique, falecia vítima de um acidente aéreo sobre a África do Sul, na colina de Mbuzini.
20 anos depois a polémica continua.
Foi acidente ou um assassínio? E, neste caso, quem serão realmente os culpados.
Muitos se acoitam no silêncio, sejam sul-africanos, sejam moçambicanos ou, mesmo, as autoridades aeronáuticas russas a quem pertencia o aparelho e sua tripulação.
E parece que ninguém quer deixar levantar o véu... até quando?
20 anos depois a polémica continua.
Foi acidente ou um assassínio? E, neste caso, quem serão realmente os culpados.
Muitos se acoitam no silêncio, sejam sul-africanos, sejam moçambicanos ou, mesmo, as autoridades aeronáuticas russas a quem pertencia o aparelho e sua tripulação.
E parece que ninguém quer deixar levantar o véu... até quando?
Apoios aos Palop e Timor-Lorosae encolhem
O matutino português Público afirma hoje que o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português decidiu contemplar a Lusofonia (os Palop e Timor-Leste) como eles merecem e é seu apanágio.
Ou seja, decidiu reduzir em mais de metade a sua comparticipação para apoios aos países menos desenvolvidos da Lusofonia.
Os 39 milhões de euros que Portugal gastou, ou gastará, até ao final do ano, em 2007 o Ministério de Luís Amado só irá gastar cerca de 15,6 milhões de euros distribuídos em 5,6 para as áreas da educação e desenvolvimento e 10 milhões para o apoio “à democracia, governação e consolidação do estado de Direito”.
E depois queixam-se que os países da Lusofonia se marimbem para Portugal e se globalizem ainda mais, quer a nível cultural, como económico e político.
Provavelmente o MNE deve estar a guardar algum dinheiro para indemnizar famílias de prisioneiros dos célebres voos da CIA que, embora admitindo a sua passagem por Portugal, não estão realmente provados, porque a senhora rice não o confirmou…
Por favor, deixem de gozar com a nossa chipala!!
Ou seja, decidiu reduzir em mais de metade a sua comparticipação para apoios aos países menos desenvolvidos da Lusofonia.
Os 39 milhões de euros que Portugal gastou, ou gastará, até ao final do ano, em 2007 o Ministério de Luís Amado só irá gastar cerca de 15,6 milhões de euros distribuídos em 5,6 para as áreas da educação e desenvolvimento e 10 milhões para o apoio “à democracia, governação e consolidação do estado de Direito”.
E depois queixam-se que os países da Lusofonia se marimbem para Portugal e se globalizem ainda mais, quer a nível cultural, como económico e político.
Provavelmente o MNE deve estar a guardar algum dinheiro para indemnizar famílias de prisioneiros dos célebres voos da CIA que, embora admitindo a sua passagem por Portugal, não estão realmente provados, porque a senhora rice não o confirmou…
Por favor, deixem de gozar com a nossa chipala!!
18 outubro 2006
Porto vai pagar SCUT’s?!
(imagem ©daqui)
De acordo com um artigo do Diário Económico, o Ministro das Obras Públicas, Mário Lino, terá anunciado que algumas das SCUT’s (acho que quer dizer estradas sem custos para o utilizador, ou assim…) do Grande Porto e do Norte vão passar a ser pagas, segundo o princípio muito democrático do utilizador/pagador.
Acho este princípio muito válido e justo, mas…
Como diria o meu avô, há já uns largos anos falecido, “pago para ver” ou como diria na minha terra “este mwadiê passou-se”.
Então a malta do Porto que nunca pagou nada – repito, NADA – nem pontes, ao contrário dos sulistas e elitistas, agora é que vão passar a pagar a utilização das vias rodoviárias da sua zona?
Nã!!! Nã acredito!!!
E eu que estou para ir amanhã, ao Porto, para fazer a apresentação do livro “Alto Hama, crónicas (diz)traídas” do jornalista e amigo Orlando Castro já começo a pensar três a cinco vezes se hei-de ir; e se for terei que arranjar um sotaque nortenho – acho que o meu sotaque angolano não me vai salvar, se souberem que venho do sul elitista onde mora aquele ministério…
É que se aborrecem e fazem emergir o sagrado bairrismo nortenho bem que os sulistas e elitistas da margem norte do Tejo poderão começar encomendar a alma ao Criador… e já no próximo fim-de-semana há um Sporting-Porto.
Socorro!!!! vou para o reino dos Algarves… assim como assim estou mais perto do meu Continente e eu não tenho nada a ver com aqueles dois…
De acordo com um artigo do Diário Económico, o Ministro das Obras Públicas, Mário Lino, terá anunciado que algumas das SCUT’s (acho que quer dizer estradas sem custos para o utilizador, ou assim…) do Grande Porto e do Norte vão passar a ser pagas, segundo o princípio muito democrático do utilizador/pagador.
Acho este princípio muito válido e justo, mas…
Como diria o meu avô, há já uns largos anos falecido, “pago para ver” ou como diria na minha terra “este mwadiê passou-se”.
Então a malta do Porto que nunca pagou nada – repito, NADA – nem pontes, ao contrário dos sulistas e elitistas, agora é que vão passar a pagar a utilização das vias rodoviárias da sua zona?
Nã!!! Nã acredito!!!
E eu que estou para ir amanhã, ao Porto, para fazer a apresentação do livro “Alto Hama, crónicas (diz)traídas” do jornalista e amigo Orlando Castro já começo a pensar três a cinco vezes se hei-de ir; e se for terei que arranjar um sotaque nortenho – acho que o meu sotaque angolano não me vai salvar, se souberem que venho do sul elitista onde mora aquele ministério…
É que se aborrecem e fazem emergir o sagrado bairrismo nortenho bem que os sulistas e elitistas da margem norte do Tejo poderão começar encomendar a alma ao Criador… e já no próximo fim-de-semana há um Sporting-Porto.
Socorro!!!! vou para o reino dos Algarves… assim como assim estou mais perto do meu Continente e eu não tenho nada a ver com aqueles dois…
17 outubro 2006
Timor-leste, relatório parece ter parido um rato
(Xanana pode continuar a sorrir para… ©imagem base daqui)
O relatório da comissão independente da ONU que investigou os incidentes de Abril e Maio passados, em Dili, e que se previa muito cáustico para a sociedade política timorense, em especial para o seu presidente, parece não ser assim.
O relatório apresentado pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, considerou que «a crise que ocorreu no país pode ser explicada em grande medida pela debilidade das instituições do Estado e a fragilidade do primado da lei»., reconhece «responsabilidade criminal individual» em relação, entre outros, aos ex-ministros Rogério Lobato (Interior) e Roque Rodrigues (Defesa), ao comandante das forças armadas, brigadeiro-general Taur Matan Ruak, ao major Alfredo Reinado e a vários efectivos das forças de segurança e civis e recomenda uma investigação adicional para apurar eventuais responsabilidades criminais do ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri na eventual distribuição ilegal de armas a civis.
Ou seja, tirando Matan Ruak que não gosta da presença dos australianos no oaís – terá sido por isso? – os restantes são os do costume.
O certo é que a população civil e algumas actividades sócio-profissionais timorenses temem fortes desacatos na sequência deste relatório (contém 79 páginas).
E o interessante é que a ONU só reforçou o Parlamento e o Palácio do Governo com algumas dezenas de polícias malaias e militares australianos.
Porque será?!?!
O relatório da comissão independente da ONU que investigou os incidentes de Abril e Maio passados, em Dili, e que se previa muito cáustico para a sociedade política timorense, em especial para o seu presidente, parece não ser assim.
O relatório apresentado pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, considerou que «a crise que ocorreu no país pode ser explicada em grande medida pela debilidade das instituições do Estado e a fragilidade do primado da lei»., reconhece «responsabilidade criminal individual» em relação, entre outros, aos ex-ministros Rogério Lobato (Interior) e Roque Rodrigues (Defesa), ao comandante das forças armadas, brigadeiro-general Taur Matan Ruak, ao major Alfredo Reinado e a vários efectivos das forças de segurança e civis e recomenda uma investigação adicional para apurar eventuais responsabilidades criminais do ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri na eventual distribuição ilegal de armas a civis.
Ou seja, tirando Matan Ruak que não gosta da presença dos australianos no oaís – terá sido por isso? – os restantes são os do costume.
O certo é que a população civil e algumas actividades sócio-profissionais timorenses temem fortes desacatos na sequência deste relatório (contém 79 páginas).
E o interessante é que a ONU só reforçou o Parlamento e o Palácio do Governo com algumas dezenas de polícias malaias e militares australianos.
Porque será?!?!
16 outubro 2006
Armas em boas mãos
(foto © do “Escrita em Dia /blogda-se”)
A poucos dias da 2º volta das eleições presidenciais que oporá o ainda presidente (e favorito para alguns países vizinhos,) Josef Kabila ao seu antigo vice e líder rebelde, Jean-Pierre Bemba, e das autárquicas na República Democrática do Congo (a 29 de Outubro e com a presença de 500 observadores da UE), e quando a ONU está a preparar para aprovar um Tratado Internacional para o Comércio de Armas (em média morrem 500.000 pessoas devido às armas), a campanha “Control Arms” – que engloba, entre outros, a Amnistia Internacional, a Oxfam International e a Iansa – apurou, em Setembro passado, que entre as armas agrupadas pela ONU, junto dos rebeldes, naquele país, estavam armas ligeiras russas, chinesas, sérvias e sul-africanas e balas norte-americanas e gregas.
Num país de mais de 62,6 milhões de habitantes, cerca de 3,9 milhões terão morrido durante o conflito desde 1998 onde, apesar de um acordo de paz de 2002, os conflitos continuam a persistir, em grande parte devido á conivência de alguns vizinhos do Norte e à silenciosa atitude de uma grande parte da comunidade Internacional.
A poucos dias da 2º volta das eleições presidenciais que oporá o ainda presidente (e favorito para alguns países vizinhos,) Josef Kabila ao seu antigo vice e líder rebelde, Jean-Pierre Bemba, e das autárquicas na República Democrática do Congo (a 29 de Outubro e com a presença de 500 observadores da UE), e quando a ONU está a preparar para aprovar um Tratado Internacional para o Comércio de Armas (em média morrem 500.000 pessoas devido às armas), a campanha “Control Arms” – que engloba, entre outros, a Amnistia Internacional, a Oxfam International e a Iansa – apurou, em Setembro passado, que entre as armas agrupadas pela ONU, junto dos rebeldes, naquele país, estavam armas ligeiras russas, chinesas, sérvias e sul-africanas e balas norte-americanas e gregas.
Num país de mais de 62,6 milhões de habitantes, cerca de 3,9 milhões terão morrido durante o conflito desde 1998 onde, apesar de um acordo de paz de 2002, os conflitos continuam a persistir, em grande parte devido á conivência de alguns vizinhos do Norte e à silenciosa atitude de uma grande parte da comunidade Internacional.
Rafael Marques recebe mais outro prémio
Rafael Marques de Morais, jornalista e activista dos Direitos Humanos angolano, foi galardoado com o prémio «Civil Courage Prize / Coragem Cívica de 2006», instituído pela Fundação privada norte-americana ‘Northcote Parkinson Fund’; um prémio que irá receber, no próximo dia 18, em New York.
De acordo com os organizadores deste prémio, este galardão contempla a persistente resistência contra as injustiças, sob grandes riscos pessoais do jornalista angolano que, recentemente, publicou um relatório “Operação Kissonde: Os Diamantes da Humilhação e da Miséria” onde denuncia “o impacto trágico da extracção de diamantes no quotidiano das populações locais e os graves abusos cometidos pelas empresas privadas de segurança ao serviço da indústria.
De acordo com os organizadores deste prémio, este galardão contempla a persistente resistência contra as injustiças, sob grandes riscos pessoais do jornalista angolano que, recentemente, publicou um relatório “Operação Kissonde: Os Diamantes da Humilhação e da Miséria” onde denuncia “o impacto trágico da extracção de diamantes no quotidiano das populações locais e os graves abusos cometidos pelas empresas privadas de segurança ao serviço da indústria.
Flávio põe Al-Ahly na final
O angolano Flávio marcou o golo que colocou o Al-Ahly na final da Liga dos Campeões Africanos onde irá disputar com os tunisinos do CS Sfaxien, que eliminou os sul-africanos do Orlando Pirates, o título de campeão africano, que ainda detém.
O Al-Ahly beneficiou do golo fora marcado aos costa-marfinenses do ASEC Mimosa.
De notar que os dois finalistas já se encontraram na fase de grupos com uma vitória para cada um.
O Al-Ahly beneficiou do golo fora marcado aos costa-marfinenses do ASEC Mimosa.
De notar que os dois finalistas já se encontraram na fase de grupos com uma vitória para cada um.
Nuclear em boas mãos...
Segundo o director da Agência Internacional da Energia Atómica, Mohamed El Baradei, o antigo laureado Nobel da Paz, cerca de 49 países (a ONU tem 192 países com assento na Assembleia-geral e a FIFA agrupa 198 representações) possuem ou têm capacidade para ter armas nucleares!!!!
Ou seja, cerca de 25,5% dos países do Mundo mantém uma Paz de terror sobre os restantes.
E preocupa-se o Mundo com umas instrumentozitos da Coreia do Norte e uns jogozitos do Irão…
Ou seja, cerca de 25,5% dos países do Mundo mantém uma Paz de terror sobre os restantes.
E preocupa-se o Mundo com umas instrumentozitos da Coreia do Norte e uns jogozitos do Irão…
Tibete, uma questão esquecida
Nada como uma questão nuclear e uma necessidade de manter a China dentro do comércio internacional para que uma questão com mais de 50 anos se mantenha perpetuamente esquecida nos segredos dos deuses e nos escuros corredores das diplomacias paralelas.
Falo, concretamente, do Tibete e da sua ocupação pela China popular.
Periodicamente, felizmente, o assunto vem a baila embora não seja pelas melhores ocorrências.
Segundo parece, no final do mês passado, um grupo de tibetanos terá sido atacado por forças chineses estacionadas no Tibete. De acordo com os dirigentes chineses os militares terão respondido, através da legítima defesa, a um ataque tibetano.
Primeiro, admitindo que isto é verdade, é um reconhecimento explícito da China que a questão tibetana não está calma e que há elementos contrários à sua presença no Tibete pelo que os tibetanos procuram a sua libertação nacional;
Segundo, os chineses não conseguem controlar os maoistas do Nepal porque só estes, ou desertores chineses, poderiam fornecer armas que levassem os tibetanos atacar os guardas vermelhos.
Ora, acontece que a realidade parece bem diferente.
Segundo uma notícia do matutino português Correio da Manhã, terão sido os guardas fronteiriços que dispararam indiscriminadamente sobre peregrinos e refugiados tibetanos que tentavam passar para o Nepal e deste para a Índia a fim de se encontrarem com o Dalai Lama.
E isto estará devidamente tele-documentado por um operador de câmara que acompanhava um grupo de alpinistas europeus.
O que irão fazer os paladinos da liberdade, nomeadamente os eurocratas e os norte-americanos? Até quando continuarão com o Tibete em agenda esquecida?
Falo, concretamente, do Tibete e da sua ocupação pela China popular.
Periodicamente, felizmente, o assunto vem a baila embora não seja pelas melhores ocorrências.
Segundo parece, no final do mês passado, um grupo de tibetanos terá sido atacado por forças chineses estacionadas no Tibete. De acordo com os dirigentes chineses os militares terão respondido, através da legítima defesa, a um ataque tibetano.
Primeiro, admitindo que isto é verdade, é um reconhecimento explícito da China que a questão tibetana não está calma e que há elementos contrários à sua presença no Tibete pelo que os tibetanos procuram a sua libertação nacional;
Segundo, os chineses não conseguem controlar os maoistas do Nepal porque só estes, ou desertores chineses, poderiam fornecer armas que levassem os tibetanos atacar os guardas vermelhos.
Ora, acontece que a realidade parece bem diferente.
Segundo uma notícia do matutino português Correio da Manhã, terão sido os guardas fronteiriços que dispararam indiscriminadamente sobre peregrinos e refugiados tibetanos que tentavam passar para o Nepal e deste para a Índia a fim de se encontrarem com o Dalai Lama.
E isto estará devidamente tele-documentado por um operador de câmara que acompanhava um grupo de alpinistas europeus.
O que irão fazer os paladinos da liberdade, nomeadamente os eurocratas e os norte-americanos? Até quando continuarão com o Tibete em agenda esquecida?
15 outubro 2006
1ºs. Jogos da Lusofonia – últimos resultados e quadro das medalhas
Uma vez mais, e ao contrário do que seria de esperar numa equipa participante no último Mundial de Basquetebol, no Japão, Angola voltou a baquear face a Portugal na final da modalidade (59-53) ficando, assim, com a medalha de prata, enquanto a de bronze foi para Cabo Verde.
Já em femininos as moçambicanas arrecadaram a medalha de ouro ao vencerem na final a equipa das quinas por 69-60 deixando, uma vez mais, a de bronze para as senhoras da Morabeza.
No voley de praia as equipas canarinhas ganharam duas medalhas de ouro (masculino e feminino) e uma de prata (feminino).
.
A distribuição final das medalhas foi como segue:
Brasil………………..….….29 Ouro..19 Prata…. 9 Bronze (57 medalhas)
Portugal……………..……12 ……..…..18 …..…….21 ….....(51)
Sri Lanka…………….…... 3 ……….… 2 ….....…. 1 …...…..(6)
Moçambique……………. 3 ………… 0 .…....……. 3....…...(6)
Cabo Verde…………..…. 1 ………… 1 ……....….. 4 …..…..(6)
Macau………………....…. 0 ………… 3 …...……..11 ….....(14)
Angola……………….....… 0 ………… 3 ……....….. 2 …...……(5)
Índia……………….…....… 0 ……... 1 ……....….. 2 …..……(3)
São Tomé e Príncipe. 0 ………… 1 ……...….. 2 …....……(3)
Guiné-Bissau………….. 0 ………… 0 ……...…... 1 ……....…(1)
Timor Leste………….... 0 ………… 0 ………...... 1 …....……(1)
Guiné Equatorial…… 0 medalhas
Até aos Jogos da Lusofonia 2009, em Portugal.
Já em femininos as moçambicanas arrecadaram a medalha de ouro ao vencerem na final a equipa das quinas por 69-60 deixando, uma vez mais, a de bronze para as senhoras da Morabeza.
No voley de praia as equipas canarinhas ganharam duas medalhas de ouro (masculino e feminino) e uma de prata (feminino).
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A distribuição final das medalhas foi como segue:
Brasil………………..….….29 Ouro..19 Prata…. 9 Bronze (57 medalhas)
Portugal……………..……12 ……..…..18 …..…….21 ….....(51)
Sri Lanka…………….…... 3 ……….… 2 ….....…. 1 …...…..(6)
Moçambique……………. 3 ………… 0 .…....……. 3....…...(6)
Cabo Verde…………..…. 1 ………… 1 ……....….. 4 …..…..(6)
Macau………………....…. 0 ………… 3 …...……..11 ….....(14)
Angola……………….....… 0 ………… 3 ……....….. 2 …...……(5)
Índia……………….…....… 0 ……... 1 ……....….. 2 …..……(3)
São Tomé e Príncipe. 0 ………… 1 ……...….. 2 …....……(3)
Guiné-Bissau………….. 0 ………… 0 ……...…... 1 ……....…(1)
Timor Leste………….... 0 ………… 0 ………...... 1 …....……(1)
Guiné Equatorial…… 0 medalhas
Até aos Jogos da Lusofonia 2009, em Portugal.
13 outubro 2006
Nobel da Paz contempla luta contra a miséria
(imagem ©daqui)
O Prémio Nobel, tal como preconizava o seu criador, continua a contemplar causas sociais.
Depois dos suecos contemplarem a Literatura galardoando um defensor das causas arménias e curdas, Oslo anunciou que o Nobel da Paz vai para um banco do Bangladesh e para o seu fundador.
O Banco Grameen e Mohamed Yunus foram laureados devido aos constantes esforços desenvolvidos, e que começam a ser copiados em alguns países africanos, em criar um desenvolvimento económico e social mais justo através do microcrédito.
Segundo o Comité norueguês uma “paz duradoura não pode ser obtida se não conseguirmos abrir um caminho para que a população deixe a pobreza” e a Instituição e o seu fundador têm como objectivos contribuir para erradicar a pobreza do mundo.
O Prémio Nobel, tal como preconizava o seu criador, continua a contemplar causas sociais.
Depois dos suecos contemplarem a Literatura galardoando um defensor das causas arménias e curdas, Oslo anunciou que o Nobel da Paz vai para um banco do Bangladesh e para o seu fundador.
O Banco Grameen e Mohamed Yunus foram laureados devido aos constantes esforços desenvolvidos, e que começam a ser copiados em alguns países africanos, em criar um desenvolvimento económico e social mais justo através do microcrédito.
Segundo o Comité norueguês uma “paz duradoura não pode ser obtida se não conseguirmos abrir um caminho para que a população deixe a pobreza” e a Instituição e o seu fundador têm como objectivos contribuir para erradicar a pobreza do mundo.
12 outubro 2006
Qual a estratégia europeia para África?
O jornalista Orlando Castro, no seu blogue "Alto Hama" faz uma pequena e incisiva análise ao falhanço da estratégia europeia para África.
Orlando Castro alicerça o seu comentário nas palavras do assessor político do presidente da Comissão Europeia - por acaso um português de nome José Manuel (Durão) Barroso e que também foi primeiro-ministro de Portugal sem que se vislumbrasse alguma política estratégica para África (nem a dele nem a dos sucessores ou antecessores directos) - durante uma palestra na Fundação Luso-americana para o Desenvolvimento (FLAD).
E já agora, além de pegar em sacos - de certeza que não foi para a chapa do paparazzi que o senhor Barroso e companhia o fizeram - qual era o efectivo "conceito estratégico" que a Comissão Europeia preconiza, ou preconizou?
Será que alguma vez existiu? além do celebérrima e nunca efectuada Reunião UE-África, todos os anos chamada à colação?
Orlando Castro alicerça o seu comentário nas palavras do assessor político do presidente da Comissão Europeia - por acaso um português de nome José Manuel (Durão) Barroso e que também foi primeiro-ministro de Portugal sem que se vislumbrasse alguma política estratégica para África (nem a dele nem a dos sucessores ou antecessores directos) - durante uma palestra na Fundação Luso-americana para o Desenvolvimento (FLAD).
E já agora, além de pegar em sacos - de certeza que não foi para a chapa do paparazzi que o senhor Barroso e companhia o fizeram - qual era o efectivo "conceito estratégico" que a Comissão Europeia preconiza, ou preconizou?
Será que alguma vez existiu? além do celebérrima e nunca efectuada Reunião UE-África, todos os anos chamada à colação?
Entrevista de Afonso Dlakhama ao NL
Fortíssima a entrevista de Afonso Dlakhama (ou Dhlakama) ao jornalista Jorge Eurico, do Notícias Lusófonas.
Se 10% do que lá está corresponder à verdade dos factos - que, conhecendo como conheço o jornalista, por certo, corresponderão na totalidade à verdade da entrevista - se 10% for verdade existe muita coisa que necessita de ser clarificada e que a Comunidade Internacional deverá impor à Frelimo a reposição da verdade e da legalidade política, social e democrática.
Há acusações graves - muito graves -, com nomes e tudo, que devem ser claramente ajuizadas e não deixar que a Justiça seja amesquinhada na sua génese.
Cabe ao Governo de Luísa Diogo atestar da veracidade destas fortes acusações.
Se 10% do que lá está corresponder à verdade dos factos - que, conhecendo como conheço o jornalista, por certo, corresponderão na totalidade à verdade da entrevista - se 10% for verdade existe muita coisa que necessita de ser clarificada e que a Comunidade Internacional deverá impor à Frelimo a reposição da verdade e da legalidade política, social e democrática.
Há acusações graves - muito graves -, com nomes e tudo, que devem ser claramente ajuizadas e não deixar que a Justiça seja amesquinhada na sua génese.
Cabe ao Governo de Luísa Diogo atestar da veracidade destas fortes acusações.
Tropas regionais em vez da ONU... para Timor-Leste
"O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, admitiu hoje em Camberra que Timor-Leste poderá prescindir de uma força de manutenção de paz da ONU para lidar com perturbações da ordem, por considerar suficiente a força militar regional liderada pela Austrália" (para quem tem um assessor de imprensa australiano que só fala inglês, que se espera?)
Depois das "palavras soltas" que têm vindo de certos sectores próximos da ONU, que segundo parecem dizer que o próprio Xanana poderá ser implicado nos desacatos iniciados em Maio passado (apesar da eventual dureza do relatório e do elogio que fez à GNR portuguesa) o que se poderia esperar senão aquelas palavras de Ramos Horta.
Isto, ainda que o representante em funções do secretário-geral da ONU, Finn Reske-Nielsen, exija a responsabilização dos culpados para acabar com a irresponsabilidade reinante desde Maio passado ou que o julgamento de Alkatiri não ande nem desande... antes pelo contrário.
Depois das "palavras soltas" que têm vindo de certos sectores próximos da ONU, que segundo parecem dizer que o próprio Xanana poderá ser implicado nos desacatos iniciados em Maio passado (apesar da eventual dureza do relatório e do elogio que fez à GNR portuguesa) o que se poderia esperar senão aquelas palavras de Ramos Horta.
Isto, ainda que o representante em funções do secretário-geral da ONU, Finn Reske-Nielsen, exija a responsabilização dos culpados para acabar com a irresponsabilidade reinante desde Maio passado ou que o julgamento de Alkatiri não ande nem desande... antes pelo contrário.
Nobel da Literatura 2006 para escritor turco
Orhan Pamuk, um escritor pouco querido dos nacionalistas turcos, natural de Istambul, onde nasceu em 1952, devido ao seu apoio às causas arménias e curda foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura de 2006.
Pamuk, segundo a Academia sueca, terá ganho o título devido ao seu empenho na denúncia literária daquelas causa e das tensões entre o Ocidente e o Oriente através da sua constante «busca pela alma melancólica da sua cidade» que lhe terá permitido descobrir «novos símbolos para o confronto e o cruzar de culturas».
Orhan Pamuk tem dois livros editados em português: A Cidadela Branca e Os Jardins da Memória, ambos com a chancela da Editorial Presença.
Pamuk, segundo a Academia sueca, terá ganho o título devido ao seu empenho na denúncia literária daquelas causa e das tensões entre o Ocidente e o Oriente através da sua constante «busca pela alma melancólica da sua cidade» que lhe terá permitido descobrir «novos símbolos para o confronto e o cruzar de culturas».
Orhan Pamuk tem dois livros editados em português: A Cidadela Branca e Os Jardins da Memória, ambos com a chancela da Editorial Presença.
10 outubro 2006
ONU muda de inquilino
Sai um africano e entra um asiático cerca de 36 anos depois.
Ao ganês Kofi Annan vai suceder um sul-coreano, o ainda Ministro dos Negócios Estrangeiros, Ban Ki-Moon.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas já o designou oficialmente para ocupar o cargo de Secretário-geral da ONU.
Salvo qualquer surpresa que a Assembleia-Geral das Nações Unidas possa provocar – e já não seria caso virgem naquele areópago internacional – a 1 de Janeiro de 2007 teremos um novo Secretário-geral no já velhinho palácio do vidro de New York.
Nada melhor que um locatário do Sul para aquilatar do que os primos do Norte andam a cogitar.
O que não há dúvidas que a 1 de Janeiro o novo Secretário-geral irá, por certo, ganhar um dossiê bem recheado de problemas.
Ao ganês Kofi Annan vai suceder um sul-coreano, o ainda Ministro dos Negócios Estrangeiros, Ban Ki-Moon.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas já o designou oficialmente para ocupar o cargo de Secretário-geral da ONU.
Salvo qualquer surpresa que a Assembleia-Geral das Nações Unidas possa provocar – e já não seria caso virgem naquele areópago internacional – a 1 de Janeiro de 2007 teremos um novo Secretário-geral no já velhinho palácio do vidro de New York.
Nada melhor que um locatário do Sul para aquilatar do que os primos do Norte andam a cogitar.
O que não há dúvidas que a 1 de Janeiro o novo Secretário-geral irá, por certo, ganhar um dossiê bem recheado de problemas.
I. Jogos da Lusofonia – resultados finais de futebol
(imagem daqui)
Na modalidade de Futebol, Portugal ganhou a medalha de ouro ao bate, na final, Angola por 2-0 (todos obtidos na primeira metade da partida). Por sua vez, Cabo Verde arrecadou a medalha de bronze depois de levar de vencida a equipa dos “mambas” por 1-0.
Entretanto, em outras modalidades registe-se que os Palancas Negras, em basquetebol masculino, continuam imparáveis na chapa 100 perante os seus adversários, levando já 3 vitórias; em femininos o destaque vai para Moçambique com duas vitórias, uma das quais, e logo de entrada, face a Portugal.
Em futsal, Angola venceu o primeiro jogo, face a Macau, por 2-0 e baqueou perante a equipa canarinha por 7-0.
Assim, e quando estão disputadas algumas provas a distribuição de medalhas é como segue:
Brasil: 5 de ouro; 1 de prata
Portugal: 2 de ouro; 1 de prata; 2 de bronze
Angola: 2 de prata; 1 de bronze
Macau: 1 de prata e 6 de bronze
Cabo Verde: 1 de prata; 1 de bronze
Índia: 1 de prata; 1 de bronze
STP: 2 de bronze
Moçambique: 1 de bronze
NOTA: Uma vez mais sou obrigado a dizer que deverei ter problemas com os meus televisores ou, mais especificamente, com a sintonização dos mesmos. Segundo li no sítio dos Jogos, a Televisão portuguesa (RTP??) terá celebrado - e na presença do responsável pelo desporto - um convénio com a COJOL e a CCTV para a transmissão do evento(??).
Até ao momento nada consegui sintonizar...
ADENDA: O seu a seu dono. A RTP1 mostrou, ontem no final do noticiário, o resumo... dos golos da final de futebol; e viva...
Na modalidade de Futebol, Portugal ganhou a medalha de ouro ao bate, na final, Angola por 2-0 (todos obtidos na primeira metade da partida). Por sua vez, Cabo Verde arrecadou a medalha de bronze depois de levar de vencida a equipa dos “mambas” por 1-0.
Entretanto, em outras modalidades registe-se que os Palancas Negras, em basquetebol masculino, continuam imparáveis na chapa 100 perante os seus adversários, levando já 3 vitórias; em femininos o destaque vai para Moçambique com duas vitórias, uma das quais, e logo de entrada, face a Portugal.
Em futsal, Angola venceu o primeiro jogo, face a Macau, por 2-0 e baqueou perante a equipa canarinha por 7-0.
Assim, e quando estão disputadas algumas provas a distribuição de medalhas é como segue:
Brasil: 5 de ouro; 1 de prata
Portugal: 2 de ouro; 1 de prata; 2 de bronze
Angola: 2 de prata; 1 de bronze
Macau: 1 de prata e 6 de bronze
Cabo Verde: 1 de prata; 1 de bronze
Índia: 1 de prata; 1 de bronze
STP: 2 de bronze
Moçambique: 1 de bronze
NOTA: Uma vez mais sou obrigado a dizer que deverei ter problemas com os meus televisores ou, mais especificamente, com a sintonização dos mesmos. Segundo li no sítio dos Jogos, a Televisão portuguesa (RTP??) terá celebrado - e na presença do responsável pelo desporto - um convénio com a COJOL e a CCTV para a transmissão do evento(??).
Até ao momento nada consegui sintonizar...
ADENDA: O seu a seu dono. A RTP1 mostrou, ontem no final do noticiário, o resumo... dos golos da final de futebol; e viva...
Duas crianças traquinas a brincar com o fogo
Pois é o que parecem ser o Irão e a Coreia do Norte com a sua campanha "Nuclear sim" e venha ele.
Irão mantém-se irredutível em não parar o desenvolvimento do seu programa nuclear com a União Europeia e os EUA a lamentarem essa irredutibilidade e a exigirem tomada de medidas severas que façam estancar a traquinice iraniana.
Já a Coreia do Norte apresenta brinquedos mais desenvolvidos e prontos a serem servidos(?) pelo seus meninos.
Segundo parece, entre domingo e segunda terão feito deflagrar um engenho nuclear com cerca de uma megatonelada facto sentido pelos sismógrafos da Noruega e prontamente criticado pelos seus vizinhos japoneses e sul-coreanos e pela generalidade da imprensa asiática.
Mas será que qualquer uma destas traquinas crianças obteve os seus brinquedos livremente e sem apoios?
Claro que não!!
Se o Irão tem condições financeiras para comprar e desenvolver o seu programa nuclear, já a Coreia do Norte, endemicamente paupérrima, não o teria conseguido sem ajuda apesar de, neste última brincadeira parecer criticá-los.
E quem os tem ajudado?
Muito simples.
Quem forneceu material base para o programa iraniano. Não foram os russos, os chineses e, paradoxal ou talvez não, os franceses e, segundo consta em certos "mentideros", também uns certos inimigos mortais relativamente próximos?
E quem está mais próximo dos norte-coreanos e os ajuda quer a nível militar, como político e económico? não é a República Popular da China?
Ora como já há tempos aqui escrevi é mais fácil criticar um pária (Coreia do Norte) e este proceder a testes nucleares sem que seja penalizado - mais do que já o é - do que a China. Esta teria tudo a perder caso levasse a efeito testes nucleares... eles ainda precisam da OMC (a do comércio....).
Por isso será conveniente que o Mundo pense bem antes de criticar seja quem for, principalmente se, bem mais perto da Europa, dois colossos continuam a traquinar com o nuclear: Índia e Paquistão; e nada lhes acontece.
Ou seja, neste infantário que é o Mundo nuclear, temos duas crianças traquinas a brincarem com um fogo nada fátuo.
Irão mantém-se irredutível em não parar o desenvolvimento do seu programa nuclear com a União Europeia e os EUA a lamentarem essa irredutibilidade e a exigirem tomada de medidas severas que façam estancar a traquinice iraniana.
Já a Coreia do Norte apresenta brinquedos mais desenvolvidos e prontos a serem servidos(?) pelo seus meninos.
Segundo parece, entre domingo e segunda terão feito deflagrar um engenho nuclear com cerca de uma megatonelada facto sentido pelos sismógrafos da Noruega e prontamente criticado pelos seus vizinhos japoneses e sul-coreanos e pela generalidade da imprensa asiática.
Mas será que qualquer uma destas traquinas crianças obteve os seus brinquedos livremente e sem apoios?
Claro que não!!
Se o Irão tem condições financeiras para comprar e desenvolver o seu programa nuclear, já a Coreia do Norte, endemicamente paupérrima, não o teria conseguido sem ajuda apesar de, neste última brincadeira parecer criticá-los.
E quem os tem ajudado?
Muito simples.
Quem forneceu material base para o programa iraniano. Não foram os russos, os chineses e, paradoxal ou talvez não, os franceses e, segundo consta em certos "mentideros", também uns certos inimigos mortais relativamente próximos?
E quem está mais próximo dos norte-coreanos e os ajuda quer a nível militar, como político e económico? não é a República Popular da China?
Ora como já há tempos aqui escrevi é mais fácil criticar um pária (Coreia do Norte) e este proceder a testes nucleares sem que seja penalizado - mais do que já o é - do que a China. Esta teria tudo a perder caso levasse a efeito testes nucleares... eles ainda precisam da OMC (a do comércio....).
Por isso será conveniente que o Mundo pense bem antes de criticar seja quem for, principalmente se, bem mais perto da Europa, dois colossos continuam a traquinar com o nuclear: Índia e Paquistão; e nada lhes acontece.
Ou seja, neste infantário que é o Mundo nuclear, temos duas crianças traquinas a brincarem com um fogo nada fátuo.
09 outubro 2006
Os I. Jogos da Lusofonia
Alguém me sabe dizer em que televisões portuguesas são dadas notícias dos 1º Jogos da Lusofonia, que se realizam na longínqua Macau?
A pergunta prende-se pelo facto de ter estado este fim-de-semana fora de Lisboa e na televisão que eu via esse facto passou incólume excepto, espante-se ou talvez não, na CNN onde o assunto foi abordado e onde se vê um spot publicitário ao mesmo.
Provavelmente deve ter sido uma mera coincidência e o meu sintonizador estar avariado, tal como os jornais que li – deve ter acontecido só com aqueles onde comprei – apresentarem notícias sintéticas ou quase nada.
Depois da absurda barracada com a equipa angolana de futebol que, segundo parece, teve dificuldades de entrar em Macau devido a vistos(???) e que lhe terá valido uma falta de comparência perante Moçambique, vamos ter uma final Portugal-Angola enquanto Cabo Verde e Moçambique irão disputar o último lugar do pódio.
Angola foi repescado para as meias-finais como o melhor segundo lugar das 3 séries.
Mas apesar dos Jogos só terem começado, oficialmente, a 7 de Outubro, na prática começaram a 4 de Outubro.
As primeiras medalhas já foram entregues. De realçar a conquista de duas medalhas de ouro por parte do Brasil, na modalidade de taekwondo, onde também Macau e Cabo Verde se estrearam com 1 de prata e uma de bronze e São Tomé e Príncipe com 1 de bronze tal como a Índia.
Em basquetebol Angola soma e segue com duas chapas 100, em masculinos; em femininos, que Angola não participa, saliente-se a vitória de Moçambique sobre Portugal e de Cabo Verde sobre Macau.
NOTA: Ainda sobre o futebol, e para o CAN2008, saúdam-se as vitórias de Angola (3-1 ao Quénia) e Cabo Verde (1-0 à Rep. da Guiné) e lamenta-se o insosso e perigoso empate de Moçambique a 0-0 face à Tanzânia.
A pergunta prende-se pelo facto de ter estado este fim-de-semana fora de Lisboa e na televisão que eu via esse facto passou incólume excepto, espante-se ou talvez não, na CNN onde o assunto foi abordado e onde se vê um spot publicitário ao mesmo.
Provavelmente deve ter sido uma mera coincidência e o meu sintonizador estar avariado, tal como os jornais que li – deve ter acontecido só com aqueles onde comprei – apresentarem notícias sintéticas ou quase nada.
Depois da absurda barracada com a equipa angolana de futebol que, segundo parece, teve dificuldades de entrar em Macau devido a vistos(???) e que lhe terá valido uma falta de comparência perante Moçambique, vamos ter uma final Portugal-Angola enquanto Cabo Verde e Moçambique irão disputar o último lugar do pódio.
Angola foi repescado para as meias-finais como o melhor segundo lugar das 3 séries.
Mas apesar dos Jogos só terem começado, oficialmente, a 7 de Outubro, na prática começaram a 4 de Outubro.
As primeiras medalhas já foram entregues. De realçar a conquista de duas medalhas de ouro por parte do Brasil, na modalidade de taekwondo, onde também Macau e Cabo Verde se estrearam com 1 de prata e uma de bronze e São Tomé e Príncipe com 1 de bronze tal como a Índia.
Em basquetebol Angola soma e segue com duas chapas 100, em masculinos; em femininos, que Angola não participa, saliente-se a vitória de Moçambique sobre Portugal e de Cabo Verde sobre Macau.
NOTA: Ainda sobre o futebol, e para o CAN2008, saúdam-se as vitórias de Angola (3-1 ao Quénia) e Cabo Verde (1-0 à Rep. da Guiné) e lamenta-se o insosso e perigoso empate de Moçambique a 0-0 face à Tanzânia.
Crimes, acusava ela
Mais uma vez a Carta não chegou a Garcia.
Novamente a autocracia mandou matar o mensageiro.
Uma vez mais um jornalista, incómodo e impertinente, foi silenciado para não continuar a divulgar crimes de Estado.
Porque CRIMES, dizia ela;
Porque crime fizeram eles: assassinaram-na.
Anna Politkovskaia (1958-2006), uma voz crítica do regime autocrático russo – encapuçadamente democrático, porque é isso que o Ocidente quer crer – de Putin, apareceu morta a tiro no elevador do seu prédio.
E uma vez mais, Anna, uma missionária do jornalismo de investigação, preparava um artigo sobre as sevícias que se praticavam, em nome da justiça, da liberdade e da integridade territorial, na Chechénia.
Tiveram medo e, uma vez mais, um jornalista russo foi brutalmente silenciado.
Novamente a autocracia mandou matar o mensageiro.
Uma vez mais um jornalista, incómodo e impertinente, foi silenciado para não continuar a divulgar crimes de Estado.
Porque CRIMES, dizia ela;
Porque crime fizeram eles: assassinaram-na.
Anna Politkovskaia (1958-2006), uma voz crítica do regime autocrático russo – encapuçadamente democrático, porque é isso que o Ocidente quer crer – de Putin, apareceu morta a tiro no elevador do seu prédio.
E uma vez mais, Anna, uma missionária do jornalismo de investigação, preparava um artigo sobre as sevícias que se praticavam, em nome da justiça, da liberdade e da integridade territorial, na Chechénia.
Tiveram medo e, uma vez mais, um jornalista russo foi brutalmente silenciado.
Leopold Senghor, 100 anos
Comemora-se hoje o centenário do nascimento daquele que, com Aimé Césaire e Leon Damas, foi um dos pais do movimento cultural e social “Negritude”.
05 outubro 2006
Autocracias e jornalismo
"Recebi via e-mail um “grito de revolta e alerta” por causa de um jornalista bissau-guineense que terá sido ameaçado de intimidação física, incluindo ameaças de morte, devido a uma reportagem por ele feita no aniversário da independência da Guiné-Bissau. O jornalista, Adulai Indjai, técnico social da ONG portuguesa INDE, produtor e apresentador do programa radiofónico Voz da Juventude para os objectivos do Milénio, financiado pela VNU, Rádio Jovem, e jornalista no Gazeta de Notícias, decidiu fazer um programa diferente sobre os 33 anos da Guiné-Bissau e em vez de laurear o poder preferiu ir á rua e auscultar a opinião pública e ouvir o que o país real lhe tinha para dizer. Que crime lesa-pátria."
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Parte de um artigo de opinião publicado na rubrica "Manchete" do , sob o título "Autocracias detestam liberdade de Imprensa" e que pode ser lida, na íntegra, a partir daqui.
.
Parte de um artigo de opinião publicado na rubrica "Manchete" do , sob o título "Autocracias detestam liberdade de Imprensa" e que pode ser lida, na íntegra, a partir daqui.
Rússia e Geórgia em clara rota de colisão
(Russos entregues à OSCE, foto ©AFP/BBC Brasil)
Nunca os russos perdoaram a Tbilissi a sua emancipação total (faz lembrar um certo Sekou Touré quando a França quis oferecer a independência à Guiné mas dentro da Comunidade Francófona) embora, de início e até à crise da Chechénia, tivesse optado por uma solução de compromisso com a Federação Russa, nem os georgianos perdoam aos russos não os terem ajudado no seu conflito interno com a Abkházia e Ossétia do Sul.
Entretanto, e enquanto analista europeus – nomeadamente a Comissão e Parlamento da União Europeia – e especialistas norte-americanos se vão esquecendo do assunto, a crise começa a mostrar contornos de poder se tornar numa desproporcionada crise económica, diplomática e militar muito perto do coração da Europa.
E as periferias serão as que sofrerão mais fortemente.
Nunca os russos perdoaram a Tbilissi a sua emancipação total (faz lembrar um certo Sekou Touré quando a França quis oferecer a independência à Guiné mas dentro da Comunidade Francófona) embora, de início e até à crise da Chechénia, tivesse optado por uma solução de compromisso com a Federação Russa, nem os georgianos perdoam aos russos não os terem ajudado no seu conflito interno com a Abkházia e Ossétia do Sul.
Entretanto, e enquanto analista europeus – nomeadamente a Comissão e Parlamento da União Europeia – e especialistas norte-americanos se vão esquecendo do assunto, a crise começa a mostrar contornos de poder se tornar numa desproporcionada crise económica, diplomática e militar muito perto do coração da Europa.
E as periferias serão as que sofrerão mais fortemente.
O novo muro da vergonha
Com a desculpa que é necessário conter a imigração clandestina, George W. Bush, presidente dos EUA, ratificou a proposta aprovada no Senado de construção de uma cerca/muro entre os EUA e o México.
E são ambos co-fundadores, juntamente com o Canadá, do acordo de livre de circulação de comércio da América do Norte (NAFTA)...
Com vizinhos e amigos destes quem precisa de má-vizinhança.
Direito das Crianças? uma treta
Segundo um relatório da Nações Unidas, que vai ser apresentado na Assembleia-geral, no próximo dia 12 de Outubro, pelo responsável pelo estudo e especialista da ONU, Paulo Sérgio Pinheiro, anualmente, cerca de 550 milhões de crianças sofrem todo o tipo de atentados "violência familiar, trabalham em actividades de risco ou são alvo de mutilações genitais" e esquecem-se das que são obrigadas a matar: os meninos-soldados.
Segundo este estudo, anualmente "275 milhões de crianças são violentadas nas suas famílias, 126 milhões são sujeitas a trabalhos considerados de risco e entre 100 e 140 milhões de meninas e adolescentes sofrem mutilações genitais".
E todos os anos, principalmente pelo 1º de Junho clamamos pelos Direitos Internacionais das Crianças.
Tretas!!!!
Segundo este estudo, anualmente "275 milhões de crianças são violentadas nas suas famílias, 126 milhões são sujeitas a trabalhos considerados de risco e entre 100 e 140 milhões de meninas e adolescentes sofrem mutilações genitais".
E todos os anos, principalmente pelo 1º de Junho clamamos pelos Direitos Internacionais das Crianças.
Tretas!!!!
04 outubro 2006
RNA, de Benguela, emite a que ritmo?
(imagem retirada daqui)
Se o que aqui [a qualidade do blog e a respeitabilidade de quem o produz merecem-me que o cite] está escrito, em formato de carta/socorro conterr 20% - bastam 20% - de verdade, então é muito grave e será necessário que a Cidade Alta ou o Fotungo tomem rápidas providências.
O que lá está escrito são gravíssimas acusações onde não faltam conteúdos, nomes e muito mais.
Depois do que escrevi num apontamento anterior e se queremos defender o jornalismo e torná-lo mais e mais credível não podem acontecer casos como os que estão relatados na tal carta e que se passarão na emissora provincial de Benguela da rádio Nacional de Angola.
Alguém que veja e leia rapidamente isto.
Se o que aqui [a qualidade do blog e a respeitabilidade de quem o produz merecem-me que o cite] está escrito, em formato de carta/socorro conterr 20% - bastam 20% - de verdade, então é muito grave e será necessário que a Cidade Alta ou o Fotungo tomem rápidas providências.
O que lá está escrito são gravíssimas acusações onde não faltam conteúdos, nomes e muito mais.
Depois do que escrevi num apontamento anterior e se queremos defender o jornalismo e torná-lo mais e mais credível não podem acontecer casos como os que estão relatados na tal carta e que se passarão na emissora provincial de Benguela da rádio Nacional de Angola.
Alguém que veja e leia rapidamente isto.
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